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compreender o significado simbólico da cúpula e as relações que ela ... Figura 20 -- Esquema estrutural da cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore .
Tipologia: Notas de aula
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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Instituto de Artes JAQUELINE PEREIRA DE VASCONCELOS
Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Artes, do Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Artes Visuais, Área de Concentração: Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais da Arte Orientador: Prof. Dr. Percival Tirapeli SÃO PAULO 2020
Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Artes Visuais no Curso de Pós-Graduação em Artes, do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, com a Área de concentração em Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais da Arte, pela seguinte banca examinadora:
Orientador: Prof. Dr. Percival Tirapeli UNESP – Instituto de Artes
Prof. Dra Rosângela da Silva Leote UNESP – Instituto de Artes
Prof, Dra Maria Elisa Linardi Instituição Externa São Paulo, 25 de agosto de 2020
Dedico aos meus pais, pilares da minha formação como ser humano. Agradeço pelo apoio incondicional em todos os momentos difíceis da minha trajetória acadêmica. Esta é a prova de que todo o investimento e toda a dedicação valeram a pena. À minha irmã, pelas orações, carinho e torcida nesta jornada. Ao meu noivo, Jean, pois sua presença tornou esta jornada mais fácil. Esta é uma das conquistas ao seu lado. Ao meu amigo, Iury Greghi, que foi uma fonte inesgotável de apoio técnico e de boa vontade durante todo o processo.
Ao professor Dr. Agnus e à professora Dra. Joedy Luciana Barros, que colaboraram no aprofundamento da minha identidade como artista plástica. Ao querido professor Luiz Alberto de Genaro, que, por meio da prática e reflexão pictórica, ajudou na minha construção como artista plástica, reforçando a minha vocação e promovendo o conhecimento da teoria através da prática. Aos funcionários da secretaria da Pós-Graduação, Fábio Akio Maeda e Rodrigo Gutierrez Leão, que sempre foram atenciosos com minhas dúvidas. À Biblioteca do Instituto de Artes da Unesp, que possui vasto acervo bibliográfico específico da área, inspirando a pesquisa e a permanência no espaço. À Biblioteca da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), pelo acolhimento como ex-aluna enquanto estive transitando na cidade de Presidente Prudente. Aos meus amigos Gustavo Thiago Souza Andrade e Mariane Cristina de Souza, por poder contar com o apoio durante o curso. Também agradeço à minha colega do curso, Paloma Bazan, pelo companheirismo e cooperação mútua durante esses anos. Aos amigos que fiz durante esse período na Instituição e no grupo Barroco Memória Viva.
“A arquitetura é a vontade de uma época traduzida em espaço. ” Mies van der Rohe.
This research investigates the domes of the Catholic churches of São Paulo (SP) city and addresses their importance as an architectural element in these buildings. Supported by the history of Western sacred architecture, it aimed to understand the symbolic meaning of the dome and the relations it establishes with its own construction. A case study of five churches located in the capital of São Paulo was carried out. These churches belong to the local architectural and historical context. Some of them were rebuilt and others were constructed during the late 19th and early 20th centuries and belong to the eclectic architecture. Recognizing the value of the patrimony in conjunction with the studies that have been carried out in historiographic, artistic and architectonic research is a key element in order to arouse the interest for the conservation and maintenance of this patrimony. Keywords: Sacred Art. Eclectic Architecture. Dome. São Paulo. Churches
Figura 13 - Desenho ilustrativo da Catedral de Pisa em visão lateral e frontal (1092)
Figura 86 - Pintura na cúpula central representando as preces de São Luiz Orione
Figura 108 - Planta baixa da Catedral de Santa Maria Assunta (1196-1264), Siena
por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. .................... 121 6.2 Análise das iconografias dispostas em quatro faces da calota da cúpula por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b Tema secundário ou convencional........................................................................ 124 6.3 Análise da iconografia disposta nos quatro penditivos da por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. ........................................ 125 6.4 Análise da iconografia disposta nos quatro penditivos da cúpula por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b Tema secundário ou convencional............................................................................................ 127 7 PARÓQUIA NOSSA SENHORA ACHIROPITA ............................................ 128 7.1 Análise da iconografia disposta na primeira face da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. ........................................ 138 7.2 Análise da iconografia disposta na primeira face da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional. ................................................................................................ 140 7.3 Análise da iconografia disposta na segunda face da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. ........................................ 141 7.4 Análise da iconografia disposta na segunda face da cúpula por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional. ................................................................................................ 143 7.5 Análise da iconografia disposta na terceira face da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. ........................................ 144 7.6 Análise da iconografia disposta na terceira face da cúpula por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional. ................................................................................................ 146 7.7 Análise da iconografia disposta na quarta face da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. ........................................ 147 7.8 Análise da iconografia disposta na quarta face da cúpula por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional. ................................................................................................ 148 7.9 Análise das iconografias dispostas em quatro faces da calota da cúpula por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. .................... 149 7.10 Análise das iconografias dispostas em quatro faces da calota da cúpula
por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional........................................................................ 151 7.11 Análise da iconografia disposta nos quatro penditivos da cúpula do altar- mor por meio da aplicação da primeira etapa do método Panofsky: a - tema primário ou natural, subdividido em factual e expressional. .......... 155 7.12 Análise da iconografia disposta nos quatro penditivos da cúpula do altar- mor por meio da aplicação da segunda etapa do método Panofsky: b- Tema secundário ou convencional. ............................................................ 157 8 CATEDRAL METROPOLITANA NOSSA SENHORA ASSUNÇÃO E SÃO PAULO - SÉ ................................................................................................... 161 9 CONCLUSÃO .................................................................................................. 175 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 178 GLOSSÁRIO ........................................................................................................... 184
processo de substituição dos templos coloniais. Este processo está ligado à reedificação e à construção de novos edifícios arquitetônicos da cidade, aliado à transformação e expansão urbana, provenientes da culminância de fatores que ocorreram na capital, que serão abordados no desenvolvimento do texto. A arquitetura eclética, em São Paulo, teve um intercâmbio direto com o ecletismo europeu e, por outro caminho já estabelecido no Brasil, foi influenciada pela arquitetura neoclássica iniciada no Rio de Janeiro com a chegada da missão artística francesa, em 1816, que se espalhou para outras cidades, atingindo, também, São Paulo. Tendo em vista a natureza do objeto de estudo, a pesquisa engloba a seguinte metodologia: partirá do mapeamento das igrejas que apresentam este componente arquitetônico, seguido de visitas, registros, investigação histórica, análise arquitetônica e artística. Selecionará, também, exemplos relevantes à história local que enfatizam a diversificação existente no ecletismo paulistano. Ainda no que se refere à metodologia, pretende-se compreender o significado simbólico da cúpula por meio de uma investigação histórica da arquitetura sacra Ocidental, para incluir seu emprego nas igrejas paulistanas averiguadas. Nesse sentido, indaga-se qual a origem da cúpula na arquitetura sacra Ocidental, acompanhando sua trajetória desde a Roma antiga, passando pelo período Medieval até o Renascimento, em compreensão com a relação que estabeleceu com a própria edificação a qual pertence. Segundo a morfologia destes templos, aplicará o conceito de espacialidade na arquitetura proposto pelo teórico Bruno Zevi. As metodologias, aplicadas às paróquias: Imaculado Coração de Maria, Nossa Senhora da Consolação, Santo Agostinho, Nossa Senhora Achiropita e Catedral da Sé, partem da análise morfológica e espacial seguindo o conceito de Bruno Zevi.
A cúpula é um elemento arquitetônico carregado de simbolismo que foi utilizado em muitos templos que se apresentaram durante a história da humanidade. Remonta à antiguidade clássica, quando foi edificada no templo romano o Panteão, mas há ainda outras memoráveis construções durante a era cristã medieval e renascentista em que ela comparece. Independentemente da época ou local em que é concebida, carrega em sua essência o mesmo simbolismo, as particularidades ficam imbuídas na compreensão do homem em relação à fé, e as intenções representacionais que estão contidas na edificação. A capacidade de possuir um único significado só pode ser atingida por ser primitiva a ligação que é tecida pelo homem e seu símbolo. Primeiramente o homem obteve a impressão sensorial e perceptiva do formato abobadado, logo foi tecida a representação da abóbada celeste. Posteriormente, foi descoberta a forma esférica do Planeta Terra, logo passou também a corresponder com a simbologia do próprio objeto “esfera”, que é definida como “um círculo passado a tridimensionalidade [...] considerada a mais perfeita forma espacial, tornou-se símbolo do universo (- Pré-socráticos), do – Céu, que rodeia a terra como sphaera , e do homem primordial (- Platão) ”. (LUCKER, 2003, p.
Como representação do elevado conhecimento geométrico e técnico construtivo, foi primeiramente empregada no Panteão (118-125), destacada por sua grandiosidade, que, além de ser engenhosa, completava a função espiritual do templo pagão, que passou a função religiosa quando o cristianismo foi adotado na Europa Ocidental. Entretanto, mais do que a religião, foi verdadeiramente o símbolo da força e a glória do Império Romano, que perdurou do séc. I ao IV. O símbolo revelou a autoridade e o domínio dos cidadãos “suas terras e povos díspares unidos pela autoridade celestial e perfeição de Roma” (FIEDERER, 2017, s/p). Quanto ao símbolo religioso, a cúpula foi utilizada inicialmente pelos primeiros cristãos: os bizantinos. Estes a empregaram majestosamente na Basílica de Santa Sofia (532-537); mais tarde, na românica Catedral de Pisa (1064 a 1118) e, no renascimento, na Basílica de Santa Maria Del Fiore (1296-1436). Logo a cúpula