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Cultura e Trabalho: Interconexão entre Cultura e Ocupação, Slides de Cultura

Textos sobre a relação entre cultura e trabalho, abordando temas como a manifestação de conceitos e idéias através de práticas artísticas e rituais, a interconexão entre a cultura popular e o trabalho, a importância da culinária na cultura e a relação entre a cultura e as oportunidades de emprego. O texto também discute a importância da preservação e evolução de tradições culturais.

O que você vai aprender

  • Como a cultura popular se relaciona com a cultura de massa?
  • Qual é a importância da culinária na preservação e evolução de tradições culturais?
  • Qual é a importância da cultura na formação de identidades diferenciadas?
  • Como a cultura popular se manifesta através de práticas artísticas e rituais?
  • Quais são as oportunidades de trabalho e renda que surgem de grandes festas populares?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Romar_88
Romar_88 🇧🇷

4.6

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Cultura
e Trabalho
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Cultura

e Trabalho

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Sumário

  • pagbranca.qxd 22.01.07 17:57 Page
    1. Ilha da fantasia Festas populares TEXTO Subtema
    1. Cultura Conceito
    1. Casa de farinha Regionalidades
    1. Bandeiras e lágrimas O trabalhador do setor rural
    1. A culinária tambêm é cultura Culinária também é cultura
    1. É trampo, mano Primeiro emprego
    1. Um canto às ocupações O artista e os trabalhadores
    1. O jargão Valorização profissional
    1. Classe operária Crítica social
    1. Oktoberfest Festas populares
    1. A chegada de lampião no céu
    1. Estética do oprimido Autoconhecimento
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    1. Nem tudo é brincadeira… Festas populares
    1. A geografia do sabor Cultura e culinária
    1. Perguntas de um trabalhador que lê Contestação da história oficial
    1. The slang industry Estudo de idiomas
    1. Vidas secas Regionalidades
    1. Feita para as massas Conceito de cultura
    1. Cai-cai balão Festas populares
    1. O suor dos “boleiros” Futebol e profissão
    1. Ensaio: o maracatu Retratos do carnaval
    1. Carta a um zapatero que compuso mal unos zapatos
    1. As grandes festas e as oportunidades de trabalho e renda Festas popular
    1. Cinema povo: ói nóis na fita Trabalho e tempo livre
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Cultura e Trabalho • 7

Marcada pelas impressionantes alego- rias representadas pelos carros confeccio- nados por artistas parintinenses, a dispu- ta entre Caprichoso e Garantido fez com que as lendas da região, ano após ano, voltassem a povoar o imaginário popular. É a história do homem amazônico por meio dessa grande festa que, com suas toadas, contagia tanto os brincantes quanto o público nas arquibancadas.

Bumbódromo O Bumbódromo, Centro Cultural e Es- portivo Amazonino Mendes, foi inaugurado em 1988, e divide Parintins ao meio, mar- cando o limite dos currais de Garantido e Caprichoso. É considerado a maior obra cul- tural e desportiva do Estado do Amazonas.

Fonte P^ Extraído do site http://www.parintins.com.br

O pajé do Caprichoso, Waldir Viana. Foto: Antonio Menezes /AE

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A

lém dos seres vivos e da matéria cósmica, existem também coisas culturais, muitíssimo mais complica- das. Chama-se cultura tudo o que é feito pelos ho- mens, ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. Por exemplo, uma cadeira está na cara que é cultural por- que foi feita por alguém. Mesmo o banquinho mais vaga- bundo, que mal se põe em pé, é uma coisa cultural. É cultu- ra, também, porque feita pelos homens, uma galinha. Sem a intervenção humana, que criou os bichos domésticos, as galinhas, as vacas, os porcos, os cabritos, as cabras, não exis- tiriam. Só haveria animais selvagens.

Conceito

TEXTO 2

8 • Cultura e Trabalho

CULTURA

A dialética da simplicidade, empregada pelo
antropólogo, escritor e ex-ministro da Educação,
explica, da maneira mais simples, como cultura
é tudo o que resulta do trabalho humano
Darcy Ribeiro

Foto: Antonio Menezes / AE

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CASA DE

FARINHA

Regionalidades

TEXTO 3

10 • Cultura e Trabalho

A farinha de mandioca,uma das
bases da alimentação do nosso
povo, é produzida pelos índios
desde muito tempo,
bem antes de os portugueses
descobrirem o Brasil.

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A

farinha de mandioca é um produto da raiz da mandioca ( jatropha manihot ), planta da família das eufrobiáceas, muito conhecida, cultivada e aproveitada pelos índios em vários produ- tos alimentícios, como puderam constatar os portugueses quando chegaram ao Brasil. Os índios chamavam as suas planta- ções, ou roças de mandioca, de mandiotu- ba. A mandioca amolecida, fermentada ou apodrecida para o fabrico de farinha ou extração da goma, por sua vez, era chama- da de mandiopuba , e a farinha misturada com água, o pirão, de uypeba. Em Pernambuco existiam várias espé- cies de mandioca: branquinha, cruvela, caravela ou mamão, engana-ladrão, fria ou da mata, landim, manipeba, vermelha,

entre ouras, além da mandioca brava, muito venenosa. A “casa de farinha” é o local onde se transforma a mandioca em farinha, ingre- diente usado na fabricação de vários alimentos, entre os quais o beiju, conheci- do pelos índios como mbyú , muito aprecia- do na região Nordeste do Brasil. Em 1551, o padre jesuíta Manoel da Nóbrega, quan- do escreveu sobre sua visita a Pernambuco, falou do beiju e das farinhas fabricados pelos indígenas. No período colonial, a farinha de mandioca era usada para a alimentação dos escravos, dos criados das fazendas e enge- nhos, além de servir também como supri- mento de viagem para os portugueses (farnel de viajantes).

Cultura e Trabalho • 11

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Cultura e Trabalho • 13

A farinha de mandioca é usada em vários tipos de farofa, pirão, beiju e entra como ingrediente em uma grande quanti- dade de receitas da culinária brasileira. A casa de farinha ajudou a fixar o homem à terra, transformando a mandio- ca num importante alimento, responsável pela diminuição da fome em algumas regi- ões brasileiras.

Fonte P Fundação Joaquim Nabuco www.fundaj.gov.br

Adivinhas do folclore sergipano acerca da mandioca

1. Branquinha, branquinho, reviradinho? Beiju! 2. Carneirinho de beira-mata que o leite mata? Mandioca! 3. Preta por fora, branca por dentro? Macaxeira! 4. Anda, anda e não sai do lugar? Rodete de casa de farinha! 5. Tapi passou por aqui e fez oca? Tapioca!

Ilustração: Alcy

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E

m 1955 deixei a Fiat Lux, onde trabalhava como torneiro mecânico e pintor dos grandes painéis que decoravam as paredes do refeitório nas noites de sábado. Por meses, perambulei em busca de um emprego que pudesse me enca- minhar como artista. A culpa por tentar outra profissão doía. Eu era o único da família que trabalhava. Voltava para casa tarde, quando todos dormiam, com vergonha de enfrentar o desespero de minha mãe pela falta de dinheiro. Depois de um tempo, consegui estágio no estúdio do Pingo. A ajuda de custo mal dava para a condução. Mas a quem precisa, a vida ensina a não perder oportunidade alguma. Varria o estúdio e cuidava do estoque; quando sobrava tempo, desenhava. A sorte bateu em minha porta numa manhã de junho de

  1. Uma vizinha encomendou um quadro para a festa juni- na que daria em seu quintal. Com Salim, dono de armarinho e pai do Soni, meu melhor amigo, consegui o brim branco;

BANDEIRAS

E LÁGRIMAS

O trabalhador do setor cultural

TEXTO 4

14 • Cultura e Trabalho

O artista plástico
descobre a comunhão de idéias
e a similaridade de sua vida com
as do consagrado Alfredo Volpi
Elifas Andreato

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A CULINÁRIA

TAMBÉM É CULTURA

C

ozinhar é uma arte: é preciso ter “mão” para doces e salgados. Mile- narmente as receitas foram transmiti- das de geração em geração, antes de surgi- rem a imprensa e os livros de receitas. Mas os hábitos alimentares também foram se alterando de geração em geração: pratos antigos caíam em desuso, como a vitela com purê de rosas dos romanos ou o pão com cebola e cerveja dos antigos egípcios. E tam- bém a cada geração foram surgindo pratos novos, principalmente quando se difundi- am novos ingredientes, como o açúcar que o Ocidente recebeu primeiro do Oriente e depois das Américas, ou o milho, a batata, a mandioca e o tomate, conhecidos só nas Américas antes de sua “descoberta” por Colombo. Alguns pratos tradicionais brasileiros têm origens curiosas. A feijoada, o prato nacional das grandes ocasiões, surgiu nas senzalas: as negras aproveitavam as partes do porco que os brancos desprezavam e jogavam fora, como os pés, rabo, orelha, focinho.... O cuscuz paulista era o prato

habitual dos bandeirantes em suas prolon- gadas expedições, pois seus ingredientes, a farinha de milho e o peixe seco, conserva- dos em alforjes de couro, não se deteriora- vam e se mantinham comestíveis durante muito tempo. Os conventos de freiras, na Colônia, eram palco de experimentações culinárias com o então novo ingrediente, o açúcar. O antropólogo Gilberto Freyre anotou que as referências mundanas ficaram evidenci- adas em nomes de doces como “baba de moça” e “beijo de frade”.

Cultura e culinária

TEXTO 5

16 • Cultura e Trabalho

Renato Pompeu é escritor e jornalista.

Receitas são transmitidas de geração em geração há séculos
Renato
Pompeu

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Cultura e Trabalho • 17

F

oi lançado em Curitiba o projeto Mer- cado Alternativo do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil, o MH20, cujo obje- tivo é promover, por meio da cultura do hip- hop , a montagem de uma cadeia produtiva. Cerca de 140 jovens, com idade entre 16 e 24 anos, desempregados, de baixa renda e que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada, participaram da primeira fase do projeto. Depois, são selecionados no máximo cinqüen- ta participantes para atuar nas seis empresas que serão administradas por eles. Os ramos de atuação das empresas são: serigrafia, estúdio de gravação de CD, estúdio de vídeo, eventos, adereços, e uma loja – que irá escoar toda a produção de roupas, acessó- rios, documentários e videoclipes, entre outros produtos. Tudo seguindo o estilo da cultura

hip-hop. Os participantes receberão qualifica- ção profissional para administrar um pequeno negócio. O projeto prevê aulas diárias: teoria no período da manhã e prática à tarde, sobre como administrar empreendimentos, escolher fornecedores, determinar preços dos produtos, como lidar com concorrentes, entre outros temas. Terminado o projeto, as empresas con- tinuarão no mercado, com o acompanhamen- to e o suporte do MH2O. O MH2O faz parte do programa Empreen- dedorismo Juvenil, do Ministério do Trabalho e Emprego, MTE, vertente do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego.

Extraído do site: http://www.mte.gov.br

Jovens de baixa renda iniciam atividades do
projeto MH2O, baseado no mundo do hip-hop

Primeiro emprego

TEXTO 6

Foto: J. F. Diorio / AE

É TRAMPO, MANO

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loja; e se derem presente a algum irmão ou amigo mais caro, esperarei ganhar outro tão bom quanto o do seu irmão ou amigo mais caro; se seu amante ou esposo ou esposa de dia ou de noite é bem-vindo sempre igualmente bem-vinda há de ser minha pessoa; se vocês adoecerem, se se tornarem degradados, criminosos, eu ainda assim ficarei por causa de vocês; se recordarem o que tenham feito de louco e fora da lei, então não posso lembrar eu também o que tanto tenho feito de louco e fora da lei? Se vocês bebem a um canto da mesa, no outro canto da mesa bebo eu. Se vêem na rua alguém desconhecido e gostam dele ou dela

  • ora, na rua eu vejo muitas vezes alguém desconhecido e também gosto. O que é que têm pensado de si mesmos?

Ou serão por acaso os que menos têm pensado em si mesmos? Serão vocês os que julgam o presidente maior do que vocês? Ou os ricaços mais bem situados que vocês? Ou talvez os eruditos mais sábios que vocês? (Por serem gordos ou cheios de espinhas, por terem sido bêbados ou até mesmo ladrões, uma vez, ou por estarem doentes, por serem reumáticos, por serem um homem ou uma mulher da vida, por leviandade ou fraqueza, ou por não serem doutores ou por não terem visto seus nomes nunca em letra de forma

  • deixarão de lutar por serem algo menos imortal?)

Cultura e Trabalho • 19

Walt Whitman (1812-1892) é considerado o mais importante poeta norte-americano do século 19 e seu livro Folhas de Relva (Leaves of Grass) é celebrado como sua obra maior. Extraído do Livro Folhas de Relva , Walt Whitman, tradução: Geir Campos. Editora Brasiliense/

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Luis Fernando Verissimo

Cultura do trabalho

TEXTO 8

20 • Cultura e Trabalho

O JARGÃO

Onde o autor constata que o emprego
do jargão profissional cria fama
de entendido para quem pouco sabe,
às vezes, nem o jargão

N

enhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.

  • Ó Matias, você que entende de mercado de capitais...
  • Nem tanto, nem tanto... (Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.)
  • Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação?
  • Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papéis top market – ou o que nós chamamos de topi-marque –, o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release , entende?
  • Francamente, não. Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz: "É difícil conversar com leigos...". Ilustração: Alcy

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