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Textos sobre a relação entre cultura e trabalho, abordando temas como a manifestação de conceitos e idéias através de práticas artísticas e rituais, a interconexão entre a cultura popular e o trabalho, a importância da culinária na cultura e a relação entre a cultura e as oportunidades de emprego. O texto também discute a importância da preservação e evolução de tradições culturais.
O que você vai aprender
Tipologia: Slides
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Cultura e Trabalho • 7
Marcada pelas impressionantes alego- rias representadas pelos carros confeccio- nados por artistas parintinenses, a dispu- ta entre Caprichoso e Garantido fez com que as lendas da região, ano após ano, voltassem a povoar o imaginário popular. É a história do homem amazônico por meio dessa grande festa que, com suas toadas, contagia tanto os brincantes quanto o público nas arquibancadas.
Bumbódromo O Bumbódromo, Centro Cultural e Es- portivo Amazonino Mendes, foi inaugurado em 1988, e divide Parintins ao meio, mar- cando o limite dos currais de Garantido e Caprichoso. É considerado a maior obra cul- tural e desportiva do Estado do Amazonas.
Fonte P^ Extraído do site http://www.parintins.com.br
O pajé do Caprichoso, Waldir Viana. Foto: Antonio Menezes /AE
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A
lém dos seres vivos e da matéria cósmica, existem também coisas culturais, muitíssimo mais complica- das. Chama-se cultura tudo o que é feito pelos ho- mens, ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. Por exemplo, uma cadeira está na cara que é cultural por- que foi feita por alguém. Mesmo o banquinho mais vaga- bundo, que mal se põe em pé, é uma coisa cultural. É cultu- ra, também, porque feita pelos homens, uma galinha. Sem a intervenção humana, que criou os bichos domésticos, as galinhas, as vacas, os porcos, os cabritos, as cabras, não exis- tiriam. Só haveria animais selvagens.
Conceito
8 • Cultura e Trabalho
CULTURA
Foto: Antonio Menezes / AE
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Regionalidades
10 • Cultura e Trabalho
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A
farinha de mandioca é um produto da raiz da mandioca ( jatropha manihot ), planta da família das eufrobiáceas, muito conhecida, cultivada e aproveitada pelos índios em vários produ- tos alimentícios, como puderam constatar os portugueses quando chegaram ao Brasil. Os índios chamavam as suas planta- ções, ou roças de mandioca, de mandiotu- ba. A mandioca amolecida, fermentada ou apodrecida para o fabrico de farinha ou extração da goma, por sua vez, era chama- da de mandiopuba , e a farinha misturada com água, o pirão, de uypeba. Em Pernambuco existiam várias espé- cies de mandioca: branquinha, cruvela, caravela ou mamão, engana-ladrão, fria ou da mata, landim, manipeba, vermelha,
entre ouras, além da mandioca brava, muito venenosa. A “casa de farinha” é o local onde se transforma a mandioca em farinha, ingre- diente usado na fabricação de vários alimentos, entre os quais o beiju, conheci- do pelos índios como mbyú , muito aprecia- do na região Nordeste do Brasil. Em 1551, o padre jesuíta Manoel da Nóbrega, quan- do escreveu sobre sua visita a Pernambuco, falou do beiju e das farinhas fabricados pelos indígenas. No período colonial, a farinha de mandioca era usada para a alimentação dos escravos, dos criados das fazendas e enge- nhos, além de servir também como supri- mento de viagem para os portugueses (farnel de viajantes).
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A farinha de mandioca é usada em vários tipos de farofa, pirão, beiju e entra como ingrediente em uma grande quanti- dade de receitas da culinária brasileira. A casa de farinha ajudou a fixar o homem à terra, transformando a mandio- ca num importante alimento, responsável pela diminuição da fome em algumas regi- ões brasileiras.
Fonte P Fundação Joaquim Nabuco www.fundaj.gov.br
Adivinhas do folclore sergipano acerca da mandioca
1. Branquinha, branquinho, reviradinho? Beiju! 2. Carneirinho de beira-mata que o leite mata? Mandioca! 3. Preta por fora, branca por dentro? Macaxeira! 4. Anda, anda e não sai do lugar? Rodete de casa de farinha! 5. Tapi passou por aqui e fez oca? Tapioca!
Ilustração: Alcy
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E
m 1955 deixei a Fiat Lux, onde trabalhava como torneiro mecânico e pintor dos grandes painéis que decoravam as paredes do refeitório nas noites de sábado. Por meses, perambulei em busca de um emprego que pudesse me enca- minhar como artista. A culpa por tentar outra profissão doía. Eu era o único da família que trabalhava. Voltava para casa tarde, quando todos dormiam, com vergonha de enfrentar o desespero de minha mãe pela falta de dinheiro. Depois de um tempo, consegui estágio no estúdio do Pingo. A ajuda de custo mal dava para a condução. Mas a quem precisa, a vida ensina a não perder oportunidade alguma. Varria o estúdio e cuidava do estoque; quando sobrava tempo, desenhava. A sorte bateu em minha porta numa manhã de junho de
BANDEIRAS
E LÁGRIMAS
O trabalhador do setor cultural
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A CULINÁRIA
TAMBÉM É CULTURA
C
ozinhar é uma arte: é preciso ter “mão” para doces e salgados. Mile- narmente as receitas foram transmiti- das de geração em geração, antes de surgi- rem a imprensa e os livros de receitas. Mas os hábitos alimentares também foram se alterando de geração em geração: pratos antigos caíam em desuso, como a vitela com purê de rosas dos romanos ou o pão com cebola e cerveja dos antigos egípcios. E tam- bém a cada geração foram surgindo pratos novos, principalmente quando se difundi- am novos ingredientes, como o açúcar que o Ocidente recebeu primeiro do Oriente e depois das Américas, ou o milho, a batata, a mandioca e o tomate, conhecidos só nas Américas antes de sua “descoberta” por Colombo. Alguns pratos tradicionais brasileiros têm origens curiosas. A feijoada, o prato nacional das grandes ocasiões, surgiu nas senzalas: as negras aproveitavam as partes do porco que os brancos desprezavam e jogavam fora, como os pés, rabo, orelha, focinho.... O cuscuz paulista era o prato
habitual dos bandeirantes em suas prolon- gadas expedições, pois seus ingredientes, a farinha de milho e o peixe seco, conserva- dos em alforjes de couro, não se deteriora- vam e se mantinham comestíveis durante muito tempo. Os conventos de freiras, na Colônia, eram palco de experimentações culinárias com o então novo ingrediente, o açúcar. O antropólogo Gilberto Freyre anotou que as referências mundanas ficaram evidenci- adas em nomes de doces como “baba de moça” e “beijo de frade”.
Cultura e culinária
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Renato Pompeu é escritor e jornalista.
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F
oi lançado em Curitiba o projeto Mer- cado Alternativo do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil, o MH20, cujo obje- tivo é promover, por meio da cultura do hip- hop , a montagem de uma cadeia produtiva. Cerca de 140 jovens, com idade entre 16 e 24 anos, desempregados, de baixa renda e que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada, participaram da primeira fase do projeto. Depois, são selecionados no máximo cinqüen- ta participantes para atuar nas seis empresas que serão administradas por eles. Os ramos de atuação das empresas são: serigrafia, estúdio de gravação de CD, estúdio de vídeo, eventos, adereços, e uma loja – que irá escoar toda a produção de roupas, acessó- rios, documentários e videoclipes, entre outros produtos. Tudo seguindo o estilo da cultura
hip-hop. Os participantes receberão qualifica- ção profissional para administrar um pequeno negócio. O projeto prevê aulas diárias: teoria no período da manhã e prática à tarde, sobre como administrar empreendimentos, escolher fornecedores, determinar preços dos produtos, como lidar com concorrentes, entre outros temas. Terminado o projeto, as empresas con- tinuarão no mercado, com o acompanhamen- to e o suporte do MH2O. O MH2O faz parte do programa Empreen- dedorismo Juvenil, do Ministério do Trabalho e Emprego, MTE, vertente do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego.
Extraído do site: http://www.mte.gov.br
Primeiro emprego
Foto: J. F. Diorio / AE
É TRAMPO, MANO
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loja; e se derem presente a algum irmão ou amigo mais caro, esperarei ganhar outro tão bom quanto o do seu irmão ou amigo mais caro; se seu amante ou esposo ou esposa de dia ou de noite é bem-vindo sempre igualmente bem-vinda há de ser minha pessoa; se vocês adoecerem, se se tornarem degradados, criminosos, eu ainda assim ficarei por causa de vocês; se recordarem o que tenham feito de louco e fora da lei, então não posso lembrar eu também o que tanto tenho feito de louco e fora da lei? Se vocês bebem a um canto da mesa, no outro canto da mesa bebo eu. Se vêem na rua alguém desconhecido e gostam dele ou dela
Ou serão por acaso os que menos têm pensado em si mesmos? Serão vocês os que julgam o presidente maior do que vocês? Ou os ricaços mais bem situados que vocês? Ou talvez os eruditos mais sábios que vocês? (Por serem gordos ou cheios de espinhas, por terem sido bêbados ou até mesmo ladrões, uma vez, ou por estarem doentes, por serem reumáticos, por serem um homem ou uma mulher da vida, por leviandade ou fraqueza, ou por não serem doutores ou por não terem visto seus nomes nunca em letra de forma
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Walt Whitman (1812-1892) é considerado o mais importante poeta norte-americano do século 19 e seu livro Folhas de Relva (Leaves of Grass) é celebrado como sua obra maior. Extraído do Livro Folhas de Relva , Walt Whitman, tradução: Geir Campos. Editora Brasiliense/
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Cultura do trabalho
20 • Cultura e Trabalho
O JARGÃO
N
enhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.
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