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ESTE DOCUMENTO ABORDA O TEMA CRISES EPILÉPTICAS - TEMA ESSE DE GRANDE RELEVÂNCIA NO CENÁRIO DA NEUROLOGIA E DE UM PRONTO SOCORRO DE HOSPITAL, NO QUAL VOCÊ DEVERÁ ESTAR PREPARADO PARA MANEJAR ESSES PACIENTES, À MEDIDA QUE RECONHECE OS TIPOS DE CRISES, ORGANIZA SUAS HIPÓTESES E ESTABELECE DETERMINADA CONDUTA.
Tipologia: Notas de estudo
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Ao final da aula, o médico deverá ser capaz de:
➤ Crise epiléptica Evento clínico causado por uma descarga elétrica anormal, excessiva e síncrona de neurônios corticais. Duração geralmente < 2 minutos. ➤ Epilepsia (ILAE, 2014) Diagnóstico com 1 ou mais dos critérios abaixo:
24h de intervalo.
Desequilíbrio entre excitação (glutamato) e inibição (GABA). Foco epiléptico gera despolarização paroxística. Pode generalizar pela ativação de vias talamocorticais.
🧠 A. Crises Focais Início em uma rede cerebral localizada. Subtipos: Com consciência preservada (simples) Com prejuízo da consciência (complexa) Com generalização secundária (tônico-clônicas)
🧠 B. Crises Generalizadas Ativação simultânea bilateral cortical. Sempre com prejuízo da consciência. Tipos: Tônico-clônica Tônica Clônica Mioclônica Atônica Ausência típica/atípica 🧠 C. Início desconhecido Quando o início não é observado ou documentado.
1. Estrutural (ex.: AVC, trauma, tumor, malformação cortical) 2. Genética (ex.: epilepsia mioclônica juvenil, SCN1A mutações) 3. Infecciosa (ex.: neurocisticercose, neuro-HIV, encefalite) 4. Metabólica (ex.: hipoglicemia, uremia, hiponatremia) 5. Imune (ex.: encefalite autoimune, anti- NMDA) 6. Desconhecida (ex.: quando não é possível identificar a causa)
Tipo de crise Características principais Focal consciente Movimentos anormais, parestesias, déjà vu, sem perder consciência Focal com prejuízo Olhar fixo, automatismos (mastigar, mexer as mãos). Tônico- clônica Perda de consciência, tônus aumentado, movimentos rítmicos. Ausência Parada súbita da atividade, olhar fixo, segundos. Mioclônica Contrações musculares rápidas e breves.
Indicações: ≥2 crises não provocadas 1 crise com alto risco de recorrência Diagnóstico de síndrome epiléptica Escolha do fármaco: Depende do tipo de crise: Tipo de crise Primeira linha Focal Carbamazepina, lamotrigina, levetiracetam Generalizada Ácido valpróico, lamotrigina, levetiracetam Mioclônica Ácido valpróico, levetiracetam Ausência Etossuximida, ácido valpróico ⚠️ Observação: evitar a carbamazepina em crises generalizadas, pois pode piorar.
60-70% dos pacientes com boa resposta ao primeiro fármaco. Considerar retirada após 2– anos livres de crises. Avaliação por neurologista é essencial. Síndromes epilépticas (ex.: Lennox-Gastaut) exigem manejo especializado.
Crise ≠ Epilepsia. Classifique pela ILAE: Focal, Generalizada, Desconhecida. Trate com benzo na urgência, escolha AEDs conforme o tipo de crise. Sempre pensar em causas secundárias. EEG e RMN são chaves diagnósticas.
ILAE Guidelines: https://www.ilae.org “Epilepsy: A Comprehensive Textbook” – Engel & Pedley Diretrizes da Sociedade Brasileira de Neurologia Clínica.