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Guias e Dicas
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Criando Filhos Sem Palmadas na atualidade, Resumos de Sociologia da Educação

Educação sem violência Abuso infantil Educação parental

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 06/09/2021

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rochelle-thomaz 🇧🇷

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Educar sem violência. Criando filhos sem
palmadas
Rochelle Thomaz dos Santos
Educar sem violência. Criando filhos sem palmadas, 112 páginas. Editora: Papirus 7
Mares; Ligia Moreiras Sena e Andréia C.K. Mortensen. Ambas escritoras são biólogas de
formação e ativistas da humanização do parto e do cuidado integral da criança e de seus
direitos, defensoras da autonomia da mulher. Nesta obra escrevem sobre a não violência
na criação dos filhos e procuram apresentar como alternativa à punição maneiras de
educação amorosa, respeitosa saudável e humana, unindo neurociência, psicologia e
ciências sociais onde as causas e as consequências da violência parental contra a criança
são discutidas. A obra aborda doze temas que convidam o leitor à reflexão sobre os
impactos da violência contra a criança e mostra alternativas à punição através de
depoimentos de experiências bem sucedidas de mães que praticam a educação não
violenta e a disciplina positiva, com estudos científicos embasando tais abordagens de
educação.
No primeiro tema, apresenta-se a concordância de diferentes autores de que as crianças
nascem pré dispostas a buscar por estímulos, são curiosas e espontâneas e que o bem
estar das crianças está ligado ao atendimento de suas necessidades, tanto fisiológicas
como afetuosas, amorosas e de segurança. Defende que é necessário além de atender as
necessidades físicas como fome, sede, frio, higiene, sono etc. atender também as
necessidades emocionais como carinho, afeto, respeito etc. Assim como é de grande
importância também entender o estágio de desenvolvimento da criança e suas
capacidades emocionais para lidar com algo que a desagrada e/ou frustra, pois ao
identificar comportamentos naturais para a idade pode-se agir de forma respeitosa sem
infligir medo e humilhação através de punições e ameaças.
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Educar sem violência. Criando filhos sem

palmadas

Rochelle Thomaz dos Santos

Educar sem violência. Criando filhos sem palmadas, 112 páginas. Editora: Papirus 7 Mares; Ligia Moreiras Sena e Andréia C.K. Mortensen. Ambas escritoras são biólogas de formação e ativistas da humanização do parto e do cuidado integral da criança e de seus direitos, defensoras da autonomia da mulher. Nesta obra escrevem sobre a não violência na criação dos filhos e procuram apresentar como alternativa à punição maneiras de educação amorosa, respeitosa saudável e humana, unindo neurociência, psicologia e ciências sociais onde as causas e as consequências da violência parental contra a criança são discutidas. A obra aborda doze temas que convidam o leitor à reflexão sobre os impactos da violência contra a criança e mostra alternativas à punição através de depoimentos de experiências bem sucedidas de mães que praticam a educação não violenta e a disciplina positiva, com estudos científicos embasando tais abordagens de educação. No primeiro tema, apresenta-se a concordância de diferentes autores de que as crianças nascem pré dispostas a buscar por estímulos, são curiosas e espontâneas e que o bem estar das crianças está ligado ao atendimento de suas necessidades, tanto fisiológicas como afetuosas, amorosas e de segurança. Defende que é necessário além de atender as necessidades físicas como fome, sede, frio, higiene, sono etc. atender também as necessidades emocionais como carinho, afeto, respeito etc. Assim como é de grande importância também entender o estágio de desenvolvimento da criança e suas capacidades emocionais para lidar com algo que a desagrada e/ou frustra, pois ao identificar comportamentos naturais para a idade pode-se agir de forma respeitosa sem infligir medo e humilhação através de punições e ameaças.

No segundo tema a psicóloga Heloisa de Oliveira Salgado explica que, diferente do que se pensa comumente, vínculos podem não ser sempre bons, pois a qualidade do vínculo depende da forma como conduzimos, orientamos e disciplinamos nossas crianças. Salienta que pais que utilizam violência física, verbal ou emocional estabelecem vínculos inseguros e frágeis enquanto os pais que se baseiam numa educação amorosa, respeitosa e numa disciplina participativa estabelecem vínculos saudáveis e duradouros. Diálogo: use sem moderação. E não se esqueça de preparar a casa é o terceiro tema e vem apontando que a paciência e a repetição das orientações verbais e conversas são fundamentais e abre a visão para o redirecionamento da atenção da criança ao invés de falar tantos “não” e de abrir opções em lugar de proibir algo. Conversa e diálogo são apontados como melhor forma de educar do que a punição física. Ressalta-se ainda que a briga entre irmão é um dos motivos dados frequentemente por pais e mães para recorrer as punições físicas. Ademais elucida sobre a importância de observar se há necessidades emocionais não supridas por trás de comportamentos agressivos entre irmão. Segundo as autoras, os pais devem estar atentos ao exemplo que dão quanto a resolução de problemas através de violência. Corrija adequadamente: use a relação “erro-consequência” e não “erro-punição” é o tema quatro, onde aborda-se o aprendizado com os erros e as consequências das escolhas e elucida que consequência natural não é punição, punir utiliza fatos e coisas não relacionadas causando medo e não aprendizado, enquanto a consequência natural leva ao aprendizado que, consequentemente, leva ao comportamento cooperativo e responsável da criança. Aponta que desafios vindos das crianças são naturais e ocorrerão em alguma fase, sendo que esses desafios não devem ser levados para o lado pessoal, pois entende-se que a criança ao desafiar tem por objetivo conhecer e testar seus limites. Salienta ainda, a importância da criança contar com um ambiente familiar seguro para aprender com os próprios erros e assim desenvolver habilidades de vida, visto que punições e agressividade não ensinam limites e sim passam a mensagem de que em nome do amor alguém que ela confia, admira e ama tem autorização para lhe causar dor. No quinto tema, reforços positivos: utilize-os!, as autoras discorrem sobre as consequências de oferecer recompensas para bons comportamentos e tratar com punição os maus comportamentos. Oferecer recompensas materiais ensina que algo pode ser “comprado” com bom comportamento e não que o bom comportamento é bom por si só. Ao oferecer reforço positivo, refere-se que a se ênfase é para o sentimento de satisfação pessoal ao invés de destacar a conquista material e focando mais no processo do que no fim. Conta com exemplos de elogios que levam em consideração o comportamento e o processo de esforço da criança levando-a a perceber seu valor como pessoa. Ao abordarem sobre birras, no sexto tema, as autoras mostram de forma simples o funcionamento e o desenvolvimento cerebral da criança, esclarecendo os motivos de porque é tão comum crianças apresentarem esse comportamento desafiador para os pais. Apresenta maneiras de buscar soluções que sejam respeitosas, acolhedoras e não

Aponta para as dificuldades dos pais e mães em reconhecer e saber lidar com as próprias emoções devido aos mesmos não terem recebido estímulo quando crianças para, assim, desenvolverem inteligência emocional e então proporcionar um estilo parental que desenvolva habilidades emocionais nos próprios filhos. No tema Violência emocional e resiliência as autoras retratam formas de violência emocional destacando frases comumente usadas em alguns círculos familiares e em ambientes escolares e deixam um alerta para que pais, mães e cuidadores reconheçam essas violências verbais como forma de agredir e desqualificar a criança e que trazem como consequência danos profundos na criança e no adolescentes submetido a esse tipo de tratamento. A violência emocional se mostra uma forma velada de violência, que não deixa marcas visíveis e, por isso, é mais difícil de ser detectada precocemente. Assim, seus efeitos podem ser ainda mais nocivos que os associados à violência física. Sobreviver não é o bastante. A abordagem do tema dez traz alguns questionamentos: Que tipo de lembrança de infância os pais querem deixar para seus filhos? E em relação à clássica frase dita por pessoas que defendem uso da violência como forma de disciplinar as crianças “apanhei e sobrevivi”, no sentido de que essas pessoas não se consideram más pessoas, as autoras chamam para a reflexão de quão melhores esses adultos poderiam ser se recebessem, no lugar de violência, uma forma respeitosa e afetuosa de educação. O fator cultural, onde nós produzimos aquilo que recebemos como forma de educação pesa sobre o fato de a violência contra a crianças ainda ser reproduzido em muitas famílias e, juntamente com a explicação neurobiológica de que quando crianças nosso cérebro não vincula nada de negativo contra a mãe e, sendo assim, não reconhecem a mãe como agressora, faz com que muitos adultos acreditem que apanharam por que deram motivos, admitindo assim a violência como forma de educação. Com depoimentos de pessoas que sofreram diversos tipos de abusos e violências na infância, as autoras chamam a atenção para a importância de quebrar o ciclo de violência na educação das crianças. Nesse sentido a obra fornece informações embasadas em argumentos neuro científicos e relatos de casos reais para repensarmos a forma de educação que queremos para nossas crianças, a fim de contribuir para um mundo futuro menos violento e mais equilibrado. Através da educação não violenta e Disciplina Positiva as escritoras apontam alternativas às punições e, de forma impactante, com questionamentos bastante pertinentes, despertam e trazem à consciência o quão prejudicial pais autoritários podem estar sendo com seus filhos. Esta é uma obra de imprescindível leitura para quem quer mudar a forma de agir e entender o que a violência física, emocional e psíquica pode acarretar a criança por toda sua vida. Os temas são abordados de forma clara e sem pré requisitos para seu entendimento.