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Espaços Seguros para a Juventude LGBT: Histórias de Apoio e Luta contra a Discriminação, Exercícios de Probabilidade

Histórias de jovens lgbt que enfrentaram desafios e encontraram apoio em organizações sem fins lucrativos, como a smyal e a pflag, que oferecem espaços seguros e oportunidades de desenvolvimento de liderança. O documento também discute as dificuldades enfrentadas pela juventude lgbt, como assédio, violência e rejeição, e a importância de criar espaços seguros para seu desenvolvimento adequado.

O que você vai aprender

  • Que organizações sem fins lucrativos ajudam a criar espaços seguros para a juventude LGBT?
  • Quais desafios enfrentam a juventude LGBT em especial?
  • Como as organizações sem fins lucrativos contribuem para o desenvolvimento adequado da juventude LGBT?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

VictorCosta
VictorCosta 🇧🇷

4.7

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Embaixada dos Estados Unidos da América
LIBERDADE DE VIVER SEM MEDO:
criando espaços seguros para a juventude LGBT
Membros da PFLAG marcham co m seus cartazes na par ada PrideFest 2005 em St. Louis . © AP Images/James A. Finley
Apesar dos recentes pro-
gressos sociais e legais, as
lésbicas, gays, bissexuais
e transgêneros (LGBT) continuam
a enfrentar a intolerância e a desi-
gualdade ao redor do mundo. A
juventude LGBT em particular,
enfrenta discriminação, assédio
e violência em suas comunidades,
na escola e em casa. Resultado:
muitos deles vivem com medo.
Nos Estados Unidos, diversas
organizações de base têm surgido
para combater o preconceito, edu-
car as comunidades e assegurar a
segurança e o bem-estar da juven-
tude LGB T.
Apoiando a juventude
Aram Vartian, um cinegrafista da
região de Washington, lutou para
aceitar sua orientação sexual e o
medo de rejeição por parte da sua
família e amigos durante a adoles-
cência. “Eu tinha 14 anos quando
isso real mente ficou claro – qua ndo
eu comecei a chegar em casa e cho-
rar, quando eu realmente estava
buscando uma saída, quando me
senti preso”, disse ele.
Aram encontrou apoio na Liga
de Apoio para a Minoria Sexual
Jovem (SMYAL), uma organização
sem fins lucrativos que oferece ati-
vidades extraescolares, grupos de
apoio e oportunidades de desen-
volvimento de liderança para
jo vens LGBT.
“Eu nunca tinha entrado em uma
sala de aula e me sentido seguro”,
ele diz. “Antes, nunca houve uma
ocasião em que eu tivesse entrado
em uma sala de aula com outros
alunos em que cada um deles me
desse atenção – ou ficasse feliz por
eu estar ali.”
“O processo de assumir a sua
orientação sexual pode ser muito
solitário”, diz Andrew Barnett,
diretor executivo da SMYAL. As
organizações como a SMYAL ofe-
recem a juventude LGBT uma
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Baixe Espaços Seguros para a Juventude LGBT: Histórias de Apoio e Luta contra a Discriminação e outras Exercícios em PDF para Probabilidade, somente na Docsity!

Embaixada dos Estados Unidos da América

LIBERDADE DE VIVER SEM MEDO:

criando espaços seguros para a juventude LGBT

Membros da PFLAG marcham com seus cartazes na parada PrideFest 2005 em St. Louis. © AP Images/James A. Finley

A

pesar dos recentes pro- gressos sociais e legais, as lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) continuam a enfrentar a intolerância e a desi- gualdade ao redor do mundo. A juventude LGBT em particular, enfrenta discriminação, assédio e violência em suas comunidades, na escola e em casa. Resultado: muitos deles vivem com medo. Nos Estados Unidos, diversas organizações de base têm surgido para combater o preconceito, edu- car as comunidades e assegurar a segurança e o bem-estar da juven- tude LGBT.

Apoiando a juventude

Aram Vartian, um cinegrafista da região de Washington, lutou para aceitar sua orientação sexual e o medo de rejeição por parte da sua família e amigos durante a adoles- cência. “Eu tinha 14 anos quando isso realmente ficou claro – quando eu comecei a chegar em casa e cho- rar, quando eu realmente estava buscando uma saída, quando me senti preso”, disse ele. Aram encontrou apoio na Liga de Apoio para a Minoria Sexual Jovem (SMYAL), uma organização sem fins lucrativos que oferece ati- vidades extraescolares, grupos de

apoio e oportunidades de desen- volvimento de liderança para jovens LGBT. “Eu nunca tinha entrado em uma sala de aula e me sentido seguro”, ele diz. “Antes, nunca houve uma ocasião em que eu tivesse entrado em uma sala de aula com outros alunos em que cada um deles me desse atenção – ou ficasse feliz por eu estar ali.” “O processo de assumir a sua orientação sexual pode ser muito solitário”, diz Andrew Barnett, diretor executivo da SMYAL. As organizações como a SMYAL ofe- recem a juventude LGBT uma

oportunidade de se encontrar com outros que estão enfrentando os mesmos desafios.

De acordo com Barnett, “a juventude LGBT enfrenta muitas dificuldades que reduzem a probabilidade de se transformarem em adultos felizes, saudáveis e membros produtivos da sociedade.” Eles enfrentam riscos reais na forma de “assédio, vitimização, [e] violência”, bem como “o trauma emocional que pode resultar da rejeição por parte da própria família”.

Portanto, diz Barnett, o acesso a espaços seguros – locais onde os jovens LGBTs “podem se sentir livres para expressar suas orientações sexuais, sua identidade sexual, bem como as demais dimensões do seu ser, sem medo” – é essencial para o desenvolvimento adequado.

Vartian concorda. “O medo é esmagador”, ele diz, “e sem segurança, sem um local aonde as crianças possam ir e apenas se sentir confortáveis, possam ser quem são, possam crescer”.

Educando as comunidades

Assim como Vartian, a aluna formada pela Universidade de Maryland, Elysha Valera lutou para assumir a sua preferência sexual na adolescência. “Eu estava em um lugar muito sombrio naquele momento da minha vida”, ela diz.

“Eu realmente não sabia como dizer às pessoas”, diz Valera. “Eu mantinha um diário e essa era a forma como eu expressava meus pensamentos e todo o meu desespero.”

Quando entrou na faculdade, porém, Valera descobriu seu espaço seguro no Centro de Equidade para LGBTs da universidade. “Lá eu descobri um círculo de amigos

  • pessoas com as quais eu podia me relacionar.”

“Ter um espaço visivelmente seguro me diz que eu posso ser eu mesma, que posso conversar sobre tudo o que preciso conversar e, se houver um problema, posso buscar ajuda e resolvê-lo”, diz o diretor do centro, Luke S. Jensen, Ph.D.

O centro serve como uma conexão entre os alunos LGBT com os recursos que eles precisam no campus. “Também tentamos incentivar a comunidade e enco- rajar a liderança”, diz Jensen, “por que queremos que os nossos alunos aprendam como se defender e como defender os outros”.

Valera tornou-se defensora produzindo e dirigindo o primeiro Monólogos Queer, uma série de performances

Homem joga beijos aos espectadores durante a Parada Gay anual de Nova York em 2009. © AP Images/Seth Wenig

da vida real tratando dos desafios de assumir a sua preferência sexual e viver como um indivíduo LGBT. “Fizemos muito progresso nos Estados Unidos, mas ainda temos um longo caminho a trilhar”, ela diz. “Havia uma necessidade de as pessoas ouvirem as nos- sas histórias.” Os Monólogos foram um sucesso junto à comunidade

  • e com os pais de Valera. Embora tenham se sentido constrangidos no início com a orientação sexual de Valera, eles demonstraram apoio ao comparecer às suas performances. “Aposto que meu pai deve ter cho- rado também em algum momento”, diz ela.

Defendendo as mudanças

Joubert X. Glover, um recém-formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts não teve tanta sorte. Ele lutou por meses pensando em como contar para seus pais.

Capacitando as famílias

“A dor com a qual muitos membros da família estão lidando é muito comum”, diz Jody Huckaby, dire- tora executiva da Pais e Amigos de Lésbicas e Gays (PFLAG). “Para alguns pais, a primeira vez que eles entram pela porta de uma sala da PFLAG, aquele é realmente um lugar seguro para eles falarem de modo honesto e aberto a res- peito dos desafios que estão enfren- tando em relação à realidade de ter uma pessoa amada que é LGBT”, diz ele. “Para nós, ‘local seguro’ é realmente definido como um lugar para todos da família virem e con- versar sobre esses problemas.” Um professor da cidade de Nova York fundou a PFLAG em 1972 depois de seu filho ter sido espan- cado por seu gay. Hoje, a organi- zação sem fins lucrativos possui mais de 350 centros nos Estados Unidos e no exterior. “Também ajudamos em todos os continentes

Presidente Obama parabeniza Suzanne Swann, filha da fundadora da PFLAG, Jeanne Manford, na Casa Branca, antes de presentear a sua mãe, postumamente, com a Medalha Presidencial dos Cidadãos 2012, a segunda mais alta honraria civil do país. © AP Images/Susan Walsh

Publicado em março de 2013

Foliões com balões criam um arco-íris humano durante a 42ª Parada do Orgulho Gay anual de São Francisco em 2012. © AP Images/Noah Berger

a criar organizações como a PFLAG”, diz Huckaby. Seus pro- gramas se concentram em ofere- cer apoio às famílias, educando as comunidades e defendendo as mudanças. “As alianças entre pais e os mem- bros e os heterossexuais têm as vozes mais poderosas no movi- mento”, afirmou. “Se uma pessoa está disposta a se levantar e fazer a diferença”, diz Huckaby, “tudo é possível”.

Reforçando os valores

Por último, diz Huckaby, a “PFLAG incorpora os melhores valores americanos – e esses são os valores da família. O que cria comunida- des fortes? São famílias fortes.” Barnett concorda. A SMYAL está “ajudando a tornar real a promessa dos Estados Unidos” e está lutando por um futuro em que “todos tere- mos oportunidades iguais para perseguir os nossos sonhos”. “Todas as pessoas devem ser capa- zes de viver livres de medo”, diz Huckaby. Entretanto, para os jovens LGBT ao redor do mundo, “o medo

faz parte da sua vida diária. É o medo de seus pais descobrirem que são diferentes. É o medo da rejeição. É o medo de serem expulsos de casa e terem que viver nas ruas. Para os pais, é o medo de rejeição dos seus pares. É o medo no local de traba- lho, de que não possam falar livre- mente sobre o fato de terem um filho ou filha gay, lésbica, bi ou tran- gênero. Temos a obrigação de falar de modo aberto e honesto sobre o que realmente significa viver com medo e fazer tudo o que pudermos para eliminar esse medo.” Entretanto, observa Huckaby, “não é apenas por que você aprova leis que os problemas vão desapare- cer.” Na verdade, diz Jensen, a sim- ples tolerância é importante, mas “ela deve ser apenas um ponto de parada no caminho da inclusão, apoio, aceitação e afirmação totais.” Nesse meio tempo, diz Vartian, os campi, as organizações locais e nacionais são cruciais. “Há pes- soas em todo lugar que querem se aproximar e fazer você se sentir seguro. Você tem apenas que ir até elas. Você tem apenas que recorrer a elas.”

D E P A R T A M E N T O D E E S T A D O D O S E U A B U R E A U D E P R O G R A M A S D E I N F O R M A Ç Õ E S I N T E R N A C I O N A I S