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Prezados(as) alunos(as), sejam bem-vindos(as) ao curso: Crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: o papel da Atenção Primária à Saúde! Este curso tem o intuito de capacitar os profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde para a identificação do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças e para a estimulação precoce em rede de atenção. Ao final desse curso você deve: APRESENTAÇÃO DO CURSO - Conhecer os principais marcos motores do desenvolvimento infantil típico; - Conhecer os principais fatores de risco para detecção e prevenção de atrasos neuropsicomotores; - Conhecer a organização e importância do Programa de Estimulação Precoce e orientações de exercícios e estímulos que qualificam o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 0 a 36 meses de idade; - Discutir sobre as atribuições das equipes da APS no acompanhamento de crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e identificar outros pontos de atenção na Rede de Atenção à Saúde
Tipologia: Resumos
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2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA NÚCLEO TELESSAÚDE SANTA CATARINA
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL
Elaborada pela bibliotecária Suélen Andrade – CRB-14/ U58c Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Núcleo Telessaúde Santa Catarina. Crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor [recurso eletrônico] : o papel da atenção primária à saúde / Universidade Federal de Santa Catarina, Núcleo Telessaúde Santa Catarina ; autores, Luciana Sayuri Sanada... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Florianópolis : CCS/UFSC, 2020. 120 p. : il., tab. E-book (PDF). ISBN 978-65-00-01448-8. Disponível em: https://telessaude.ufsc.br
CURRÍCULO DOS AUTORES Ana Paula Duarte Dutra: Formada em Fonoaudiologia pela Faculdade Estácio de Sá de SC; Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath; Atua como Fonoaudióloga no Programa de Estimulação precoce – do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi da Fundação Catarinense de Educação Especial (CENER/FCEE). Ana Teresa Souza de Carvalho: Formada em Fisioterapia pela UDESC; Especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Gama Filho; Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath; Atua como Fisioterapeuta no Programa de Estimulação Precoce – do Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi da Fundação Catarinense de Educação Especial (CENER/FCEE). Anelise Sonza: Formada em Fisioterapia e Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Doutorado em Neurociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Pós-doutorado em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Professora Adjunta do Departamento de Fisioterapia na área de fisioterapia pediátrica pela UDESC, tutora da Residência Multiprofissional em Saúde da Família – PMF/ UDESC e professora do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da UDESC. Anilsa Suraia Pedro Gaspar Francisco: Formada em Fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Mestranda do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da UDESC. Carmem Regina Delziovo: Enfermeira, doutora em Saúde Coletiva pela UFSC, servidora da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Dayane Montemezzo: Formada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutora e Mestre em Ciências da Reabilitação Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva - Área de Atuação Pediatria e Neonatologia pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. Professora Adjunta do Departamento de Fisioterapia na área de fisioterapia pediátrica na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da UDESC. Deise Cristina Fortkamp: Formada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Especialista em Educação Infantil e Séries Iniciais – Universidade do Contestado (UnC); Atua com Psicomotricidade no Programa de Estimulação Precoce – Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi da Fundação Catarinense de Educação Especial (CENER/FCEE). Fabíola Alves Bruneti Siqueira: Formada em Fonoaudiologia pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI); Especialista em Motricidade Orofacial – CEFAC Formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath; Atua como Fonoaudióloga no Programa de Estimulação Precoce – Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi da Fundação Catarinense de Educação Especial (CENER/FCEE).
SUMÁRIO UNIDADE 1 - DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DA CRIANÇA ......... 11 UNIDADE 2 – FATORES DE RISCO, SINAIS DE ALERTA E DETECÇÃO PRECOCE DE ATRASOS NEUROPSICOMOTORES .............................................................. 29 UNIDADE 3 – ESTIMULAÇÃO PRECOCE ............................................................ 56 UNIDADE 4: ATRIBUIÇÕES DAS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ......................................................................................... 95
Prezados(as) alunos(as), sejam bem-vindos(as) ao curso: Crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: o papel da Atenção Primária à Saúde! Este curso tem o intuito de capacitar os profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde para a identificação do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças e para a estimulação precoce em rede de atenção. Ao final desse curso você deve: APRESENTAÇÃO DO CURSO
- Conhecer os principais marcos motores do desenvolvimento infantil típico; - Conhecer os principais fatores de risco para detecção e prevenção de atrasos neuropsicomo- tores; - Conhecer a organização e importância do Programa de Estimulação Precoce e orientações de exercícios e estímulos que qualificam o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 0 a 36 meses de idade; - Discutir sobre as atribuições das equipes da APS no acompanhamento de crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e identificar outros pontos de atenção na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Os conteúdos do curso foram foi divididos em 4 unidades de aprendizagem: UNIDADE 1 Desenvolvimento neuropsicomotor da criança UNIDADE 2 Fatores de risco, sinais de alerta e detecção precoce de atrasos neuropsicomotores UNIDADE 3 Estimulação precoce UNIDADE 4 Atribuições das equipes de Atenção Primária à Saúde no acompanhamento das crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
INTRODUÇÃO A Portaria 3502/2017 publicada pelo Ministério da Saúde orienta estados e municípios sobre a organização do cuidado integral, em rede, de crianças com diagnóstico de síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) e síndromes causadas por sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus (STORCH). Considerando esta demanda Ministerial, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), da Fundação Catarinense de Educação Especial, das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Santa Catarina e da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), identificou a necessidade de qualificar os profissionais da Atenção Primaria à Saúde (APS) para o diagnóstico de crianças com Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor e para medidas de estimulação precoce das crianças, em rede. Considerando que a APS é a porta de entrada preferencial no SUS, coordenadora e ordenadora do cuidado em rede, a qualificação dos profissionais que atuam neste nível de atenção à saúde torna-se importante para garantir o acesso e o acompanhamento adequado do desenvolvimento das crianças. Nota: Os termos “desenvolvimento motor” e “desenvolvimento neuropsicomotor” são frequentemente utilizados na literatura como sinônimos. Neste curso, optamos pelo termo “desenvolvimento neuropsicomotor”
Unidade 1 - Contexto do Tabagismo
Desenvolvimento neuropsicomotor da criança Autores: Anelise Sonza Dayane Montemezzo Anilsa Suraya Pedro Gaspar Francisco Gabriella Lavarda do Nascimento Deise Cristina Fortkamp Roger Alano Laz Luciana Sayuri Sanada
Unidade 1 Pode-se dizer que a aquisição de marcos motores de desenvolvimento pelas crianças depende do funcionamento do SNC e do funcionamento dos diferentes sistemas do organismo, bem como da quantidade e da qualidade dos estímulos, e das relações que a criança vivencia. Naturalmente, fatores endógenos e exógenos que perturbem o desenvolvimento podem provocar, com maior ou menor intensidade, desvios nesse processo. Observe abaixo, no Quadro 1, os marcos do desenvolvimento motor do nascimento até os três anos de idade: IDADE MARCOS DO DESENVLVIMENTO MOTOR INFANTIL RECÉM-NASCIDO 2 semanas:
Unidade 1 2° MÊS Supino:
Unidade 1 8° MÊS Supino:
Unidade 1 12° AO 18° MÊS
Unidade 1 Para um efetivo acompanhamento do desenvolvimento global da criança por meio da Caderneta de Saúde é necessário que este documento seja levado a todos os serviços de saúde que a criança receba assistência, como as consultas de rotina e as campanhas de vacinação. Cabe aos profissionais de saúde orientar os pais e cuidadores sobre a importância do preenchimento e o devido acompanhamento do desenvolvimento de seu(ua) filho(a) (BRASIL, 2019). A CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA é diferente para a menina e o menino devido as curvas de crescimento, massa corporal e perímetro cefálico serem de acordo com o gênero. Figura 1. Capa da caderneta de saúde da criança para meninos e menina Fonte: Disponibilizado online na internet. Destacamos abaixo aspectos importantes da Caderneta de Saúde da Criança para o acompanhamento do desenvolvimento infantil: 1ª Parte: Na primeira parte da cartilha é dada atenção especial à amamentação e seus benefícios, tanto para o bebê, quanto para sua mãe. A amamentação deve ser um momento único para a mãe e seu bebê, fundamental para o desenvolvimento do vínculo entre eles. A mãe deve aproveitar para conversar, acariciar, sempre olhando nos olhos da criança (BRASIL, 2011; 2015).
Unidade 1 Você pode ter mais informações sobre o aleitamento materno acessando o Caderno de Atenção Básica nº 23 (Saúde da Criança): http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf Veja também dicas de amamentação assistindo aos vídeos abaixo:
- Pega e posicionamento https://www.youtube.com/watch?v=MqcBwc8qH4g - Prevenção de doenças https://www.youtube.com/watch?v=IpN48M14ZZU Salienta-se a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 primeiros meses de vida para o desenvolvimento, visto que estudos demonstram que ele está relacionado com o melhor desenvolvimento motor em relação aos bebês que não tiveram amamentação materna exclusiva até os 6 meses (OLIVEIRA et al., 2017). A utilização de chupetas e mamadeiras pode atrapalhar no processo de amamentação, assim como causar problemas na dentição ou atrasos na fala, por isso sua utilização não é necessária! Para casos especiais, o Fonoaudiólogo é um profissional habilitado para orientar a conduta adequada. Paralelo ao desenvolvimento neuropsicomotor, o crescimento pondero-estatural também merece atenção. Bebês que nascem prematuros, com baixo peso (massa corporal inferior a 2.500 gramas) ou com outros fatores de risco precisam ser acompanhados com mais frequência ou por uma equipe especializada. Para tanto , é fundamental a identificação dos fatores de risco e o encaminhamento, conforme será explanado nas unidades II, III e IV. Para possibilitar um contínuo acompanhamento da saúde da criança, o Ministério da Saúde recomenda consultas de rotina na 1ª semana de vida, no 1º e 2º meses consecutivos, no 4º mês, no 6º mês, no 9º mês, com 1 ano, 1 ano e meio e 2 anos de idade. Após os 2 anos, recomenda-se consultas anuais, próximas ao aniversário da criança (BRASIL, 2012; 2019). Durante as consultas de rotina os profissionais de saúde realizam o acompanhamento do crescimento (massa, comprimento/altura, perímetro cefálico) e do desenvolvimento da criança. O profissional de saúde tem a responsabilidade de registrar, na ficha de vigilância do crescimento e nos gráficos presentes na caderneta, a evolução do peso, altura e perímetro cefálico da criança. Nestas consultas os pais e/ou cuidadores são orientados quanto à alimentação (aleitamento materno e alimentos complementares), quando necessário são introduzidos suplementos alimentares. Também recebem informações sobre o calendário de vacinas, a prevenção de acidentes e identificação de sinais de risco para a saúde (BRASIL, 2012).