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Este documento é um resumo da palestra online realizada pela faculdade Santíssimo Sacramento sobre as contribuições da psicologia tomista. Foi ministrada pelo psicólogo Rafael de Abreu
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Evento interdisciplinar da Faculdade Santíssimo Sacramento com o professor Rafael de Abreu Pensar em psicologia é pensar em psicologias, pois existem vários autores que pensam de formas diferentes e a psicologia tomista entra e dialoga com estes autores e contribui para um melhor desenvolvimento do cliente. Pensar em psicologia tomista é pensar em uma psicologia que se baseia na filosofia de Tomás de Aquino que é conhecido por ser um santo da igreja católica, mas pode-se extrair de seus estudos temáticas proveitosas e aplicáveis na vida de qualquer indivíduo, independente de sua religião. Erich Fromm não possuía relações com o cristianismo e em seu livro amor a vida traz uma opinião sobre o santo e filósofo: “Em santo Tomas há coisas mais interessantes do que nos manuais de psicologia de minha época.” Apesar de não ter relações com o catolicismo, reconheceu a sabedoria da filosofia tomista. No mesmo livro ele fala que a psicologia não nasceu a 50 anos, pois existe a psicologia pré-moderna que vem dos gregos e até o século XVII e XVIII; existe uma psicologia pré-moderna que era nomeada de ética e muito mais de filosofia. A psicologia tomista está inserida dentro da psicologia pré-moderna, o que não quer dizer que seja ruim, assim como nem tudo na modernidade é bom. Segundo Erich Fromm a psicologia pré- moderna tinha uma preocupação especifica em melhorar as pessoas e para a psicologia tomista ser bom é fundamental, para obter sucesso em sua futura profissão e o objetivo de querer melhorar as pessoas parece meio perdido atualmente, mas não deixa de ser fundamenta, parece que foi substituído pela ideia de tornar alguém funcional, mas um sujeito funcional pode não ser saudável. O homem tem que ser mais do que funcional, e a psicologia tomista quer enxergar o ser humano da melhor maneira possível para que não se deixe nada de fora, não quer fatiar o homem, quer compreende-lo como um todo, pois para o tomismo o todo é maior do que a soma das partes.
Na sociedade atual o significado da natureza humana parece estar esquecido. Para a psicologia tomista é importante que saibamos definir o homem, essa necessidade de conhecer o homem é ter interesse pelo funcionamento, sua melhoria, e entender como este ser humano funciona. Há uma ascensão do relativismo e uma queda do entendimento do conceito do que é o homem, será que abandonar este conceito seria o caminho saudável? A subjetividade está sendo usada como resposta para tudo, parece que acabou a objetividade da vida. Na psicologia tomista não se exclui a subjetividade e a relatividade, mas existem coisas extremamente objetivas. Há uma crise moderna acontecendo, Erich Fromm traz esse elogio a psicologia de santo Tomás e precisamos entender o que é o homem. Para a psicologia tomista, é uma substância individual de natureza racional. Substância – o ser que existe em si, sem ser parte ou acidente de outro Individual – é uma unidade singular, única, diferente de todos os outros Natureza racional – a natureza racional é que destaca a razão e o intelecto na compreensão do homem como ser humano. Portanto, o sujeito para a psicologia tomista é uma unidade. No conceito de natureza racional, é valido ressaltar que se precisa usar a racionalidade nos nossos comportamentos e decisões, mas quando olhamos para as situações atuais parece que os seres humanos não a estão usando para se comportar, esquecendo de sua dignidade. A psicologia tomista como uma psicologia que tem como finalidade melhorar a pessoa, entra no âmbito da moral, para a psicologia tomista, a moral é a própria realidade compreendida pela inteligência e que adquire critérios ao agir de maneira certa ou errada. Dentro desta perspectiva de buscar a melhora pessoal, na psicologia tomista podemos dizer que toda as pessoas precisam de psicólogos em algum grau ou momento de suas vidas, e quando pensamos na crise podemos compreender que esta provem de um certo afastamento das ideias de moral e da existência de uma natureza humana, da metafisica, da verdade. Não é à toa que vemos na psicologia moderna o relativismo atuando de maneira cada vez mais crescente, enquanto moral para a psicologia tomista é a realidade das coisas, para a sociedade hoje em dia, tudo se tornou relativo. Temos o objetivo de melhorar as pessoas e quando entramos na ideia de aplicar a psicologia tomista e pensamos em mente, esta corresponde à alma. Para o tomismo temos alma e corpo em uma relação de influência para o agir mal, quando somos vencidos pelas paixões
Para a psicologia tomista a prudência é a reta razão aplicada ao agir. Eu busco escolher a ação correta no momento coreto. Ela é corajosa, ao contrário do que pinta o imaginário atual, onde a pessoa prudente é uma pessoa medrosa, que se exclui da vida. Quando agimos com prudência, sabemos por que devemos fazer algo, entendemos isso e fazemos. Nós temos um dever, e ele tem importância na nossa construção. Existem muitas pessoas que sofrem porque não querem mais ter responsabilidades, não assumem a necessária coragem para conquistar o que deseja e por isso, acaba abandonando o objeto que deseja alcançar. Justiça- É dar ao outro o que é do outro. Me tornar a melhor pessoa possível implica em oferecer o meu melhor ao outro. E para a justiça ser uma virtude precisa-se dar ao outro o que é do outro com amor e com uma intenção completamente boa. A prática da virtude não é somente comportamental Fortaleza- tem como finalidade um bem que é difícil de ser alcançado. Teremos que suportar situações desagradáveis para chegar a esse meio. A fortaleza suporta os sentimentos necessários para alcançar o bem. Temperança- é a virtude que equilibra os prazeres do homem em relação a cama e a mesa. A psicologia tomista vai caminhar na prática das virtudes junto do paciente no ambiente terapêutico, objetivando uma vida mais tranquila. Buscando as consequências de uma vida de quem é bom. O ser humano é chamado a fazer um arco de redenção na própria história, apesar do que lhe acontece de ruim e buscar ser melhor como pessoa, sem utilizar das dificuldades como uma muleta. Seremos melhores profissionais à medida que somos melhores pessoas. É ir contra esta cultura hedonista que vivemos e que nos ensina a fazer somente aquilo que nos dá prazer. A psicologia tomista é um convite!!!! Dica literária: A práxis da psicologia – Dr. Martin Echevaria