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Avaliação de Custos em Contabilidade: Tipos, Classificações e Sistemas, Esquemas de Contabilidade

Este documento aborda a avaliação de custos em contabilidade, explicando os diferentes tipos de custos, suas classificações e os sistemas utilizados para apura-los. O texto discute os custos diretos e variáveis, custos fixos e indiretos, custos primários e secundários, além do custo-padrão e custo-meta. O documento também cita o sistema de custeio variável e o sistema de custeio por absorção.

O que você vai aprender

  • Quais são os custos fixos e indiretos?
  • Qual é a diferença entre custos e despesas?
  • Quais são as vantagens e desvantagens do sistema de custeio variável?
  • O que é o custo-padrão e como é calculado?
  • Quais são os custos diretos e variáveis?

Tipologia: Esquemas

2021

Compartilhado em 03/03/2021

amandaneves90
amandaneves90 🇧🇷

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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Finanças
Contabilidade Gerencial I
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Escola Estadual de

Educação Profissional - EEEP

Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Finanças

Contabilidade Gerencial I

SUMÁRIO

  • INTRODUÇÃO
  • CAPÍTULO I – PLANO DE CONTAS
  • CAPÍTULO II – RELAÇÕES CUSTO/VOLUME/LUCRO
  • CAPÍTULO III – UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS
  • CAPÍTULO IV – APLICAÇÃO DO CUSTEIO VARIÁVEL
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPÍTULO I – PLANO DE CONTAS

LUCRO EMPRESARIAL

De modo geral, o conceito de lucro familiarizado pelas empresas é aquele onde os custos e despesas são subtraídos da receita. Esse lucro deve ser medido mais profundamente. Já que de acordo com a teoria econômica, o verdadeiro lucro empresarial ocorre somente quando a empresa é capaz de remunerar o Capital investido.

Por mais que a empresa apure lucro, este pode ser insuficiente se considerar o retorno mínimo requerido pelos proprietários. Pois com a obtenção de um resultado positivo, poderiam talvez, obter melhor retorno se o lucro fosse empregado em outros investimentos, por exemplo, empresa em outro ramo de negócio ou alguma aplicação financeira.

As oportunidades alternativas de Investimento devem ser consideradas pelos gestores de negócios. Uma pessoa pode abrir um supermercado, um estacionamento de veículos, uma sorveteria ou mesmo manter este Capital aplicado em fundos de investimento, como uma Caderneta de poupança ou um fundo de ações. E ainda, uma empresa pode optar por ampliar os estoques, abrir uma filial, construir um estacionamento para clientes, etc. Existem alternativas distintas para empregar os recursos e o que deve ser considerado é o “custo” de abrir mão de determinada alternativa em detrimento de outra. Este “custo” é o retorno que a empresa teria se investisse na alternativa que foi descartada.

Nesta filosofia constitui-se o que a literatura econômica e de finanças chama de “custo de oportunidade”. É um modo de pensar, que conduz a um indicador importante de sucesso empresarial. Quando uma empresa gera recursos que exceda a este custo, tem-se o que a literatura chama de “valor econômico agregado”, o qual poderíamos entender como a denominação para o verdadeiro lucro empresarial.

Quando uma empresa investe em atividades alternativas, deve-se perguntar sobre as alternativas perdidas. Por exemplo, ao iniciar um negócio próprio, deve estabelecer qual o lucro mínimo a ser gerado pela empresa. Este percentual mínimo pode ser estabelecido com base em retornos de fundos de Investimentos conservadores ou título do tesouro nacional. Considerando que a estimativa é que uma empresa deva gerar um retorno de 30% ao ano sobre o Capital investido, o real lucro empresarial só será medido a partir de um momento em que a empresa gere esse retorno esperado. Ou seja, o lucro econômico de um negócio, aquele que remunerou o proprietário no seu retorno requerido, é aquele que supera o retorno mínimo estipulado.

Esta reflexão poderia ser feita em forma de questionamentos: o retorno gerado pela empresa é o suficiente para remunerar o Capital que foi investido? Em outras palavras, o retorno gerado é aquele que os sócios realmente esperavam? Os recursos investidos em uma empresa poderiam gerar melhor retorno se investidos em outra empresa, de outro ramo de atividade? Se os recursos fossem apenas aplicados em algum fundo de Investimento não renderiam um retorno mais satisfatório?

A busca de respostas faz com que as técnicas de gestão sejam atualizadas e aprimoradas. O entendimento de conceitos teóricos aplicados e adaptados no dia-a-dia nos leva ao que faz as empresas prosperarem e contribuir com a geração de empregos: o verdadeiro lucro empresarial. E este, com certeza, precisa ser baseado no custo de oportunidade.

VARIAÇÃO DE PREÇOS

Existe uma lei econômica chamada lei da procura e da oferta que mostra uma tendência para uma relação inversa entre a quantidade procurada e o preço. A elasticidade preço da procura mede a variação na quantidade procurada quando ocorre uma variação no preço. Assim, a elasticidade é uma medida de sensibilidade dos consumidores a variações no preço dos produtos.

Dependendo do tipo de bem, ocorre uma reação diferente à variação no preço dos diferentes produtos. Quando falamos de bens essenciais, tais como os alimentos, a sua procura não se altera significativamente quando ocorrem variações no preço. Por outro lado, na procura de um bem inferior ou produtos de luxo (carros, viagens, jóias, etc.) a sensibilidade ao preço aumenta.

Temos assim duas categorias em que são classificados os produtos conforme a reação da sua procura face as variações no preço:

  1. Bens elásticos – quando a quantidade procurada responde fortemente a variações no preço.

Quando há uma variação de 1% no preço corresponde a uma variação superior a 1% na quantidade procurada.

  1. Bens inelásticos – quando a quantidade procurada responde de modo mais ligeiro a variações no preço.

Quando há uma variação de 1% no preço corresponde a uma variação inferior a 1% na quantidade procurada.

Quando a variação percentual da procura de um determinado produto é igual à variação percentual do seu preço então estamos perante uma procura com elasticidade unitária.

A elasticidade-preço procura é influenciada por diversos fatores determinantes. Os principais determinantes da elasticidade-preço são os seguintes:

  1. Bem essencial, elasticidade será menor (-). Perante aumentos de preço, os consumidores, não irão reduzir significativamente o seu consumo.
  2. Existência de bens substitutos, elasticidade será maior (+). A existência de bens que satisfaçam as mesmas necessidades, permite aos consumidores , perante aumentos de preços , reduzir significativamente o consumo deste bem, a favor do bem substituto.
  3. Percentagem do rendimento gasto no bem. Quanto maior for o preço do bem no orçamento familiar, maior será a sua elasticidade, como para o consumidor o bem têm muita importância no seu orçamento, maior sensibilidade terá, perante a variações de preços nestes produtos.
  4. Prazo de ajustamento. Quanto maior for o prazo de ajustamento, maior é a elasticidade-preço, perante aumentos de preços, os consumidores não irão imediatamente alterar o seu consumo, mas se o preço se mantiver elevado por um período de tempo longo, as quantidades procuradas pelos consumidores irão diminuir significativamente.

para os do passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas. A validade atual desse princípio é muito discutível e tem por consequência demonstrações irreais para não fornecer uma situação otimista aos usuários externos.

Princípio da oportunidade – do registro das mutações patrimoniais ser feito de imediato, integralmente, desde que teoricamente estimável, compreendendo os elementos quantitativos e qualitativos e os aspectos físicos e monetários. A validade atual desse princípio é muito boa e tem como consequência uma melhor delimitação dos registros contábeis.

PRÁTICAS CONTÁBEIS

Práticas contábeis é a aplicação prática (dia a dia) dos princípios contábeis.

São geralmente adotadas as seguintes práticas contábeis:

 A avaliação dos estoques com base no custo médio de aquisição ou produção, excetos as importações em andamento;

 O imobilizado é depreciado pelo método linear com base na visa útil estimada dos bens;

 Os gastos pré-operacionais, incluindo os encargos administrativos e juros vinculados a implantação, são diferidos para amortização em um período de 5 anos

TERMINOLOGIA PARA CUSTOS INDUSTRIAIS

A terminologia de custos industriais irá esclarecer dúvidas freqüentes como mostram os questionamentos abaixo:

 Despesas com matéria – prima ou Custo com matéria – prima?  Gastos ou Despesas de fabricação?  Custos ou Despesas com depreciação?

Em se tratando de custos industriais, as nomenclaturas a serem adotadas são:

 Gasto;  Desembolso;  Investimento;  Custo;  Despesa;  Perda

Conceitos

Gasto – sacrifício financeiro que a entidade faz para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, representado pela entrega ou promessa de entrega de entrega de ativos, independente da finalidade.

Desembolso – pagamento resultante da aquisição d bens ou serviços. Deriva do gasto.

Investimento – é o gasto com bens e serviços para aumentar sua vida útil, podem ser também os benefícios atribuíveis a períodos futuros.

Custo – gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. É o somatório do esforço físico ou financeiro dispendido na produção de um bem ou serviço.

Despesa – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o patrimônio líquido e têm a característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Sendo assim, pode-se dizer que a despesa é o dispêndio ocorrido fora da área de produção de um bem ou serviço. É o esforço financeiro relativo à realização de uma venda.

CUSTOS versus DESPESAS

Fazendo uma comparação, as diferenças entre custos e despesas serão esclarecidas.

A diferenciação entre custos e despesas é importante, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício. Entretanto, no enfoque gerencial essa diferenciação não muito relevante.

Porém é importante conhecermos alguns conceitos descritos por autores que estudam a contabilidade de custos.

Primeiro apresentaremos os conceitos para custos:

a) Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. São insumos de bens de capitais ou serviços efetuados para execução de determinados objetos (Eliseu Martins);

b) Custos são insumos de capitais, bens ou serviços, efetuados para consecução de determinados objetivos. Estes insumos assumem, primeiramente, uma expressão física e se traduzem, posteriormente, pela expressão monetária dos mesmos. Assim, melhor definindo, "custo de um bem ou serviço, é a expressão monetária dos insumos físicos realizados na obtenção daquele bem ou serviço, considerando-se o total retorno dos capitais empregados, em termos de reposição." (Olivio Koliver)

c) Custo é o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma atividade que poderá ou não gerar renda (...).

 Custos são considerados como gastos reativos ao processo de produção;  Despesas são consideradas como gastos relativos à administração, vendas e aos financiamentos.

Os custos terminam no momento em o produto está pronto para a venda. Daí em diante considera-se as despesas.

CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS

Os custos devem ser determinados para se atingir os seguintes objetivos:  Definição do preço de venda;  Fornecimento de elementos para apuração dos estoques;  Disponibilizar informação para gestão

Abaixo temos um exemplo de DRE (demonstração do resultado do exercício), observe a contabilização dos custos.

DRE

Receita Bruta de Vendas 2.

  • devoluções, abatimentos, impostos - Receita Líquida de Vendas 1.
  • custo dos produtos vendidos - 300 Lucro Bruto 1.
  • despesas operacionais - Lucro Operacional 1.
    • resultado não operacional 0 Lucro antes do imposto de renda 1.
  • imposto de renda - 75 Lucro líquido 1.

Considere agora o Balanço Patrimonial abaixo.

ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível, Estoques, Contas a receber Fornecedores, Contas a pagar

PERMANENTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Investimentos, Financiamentos, Imobilizado, Contas a pagar a longo prazo (terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e PATRIMÔNIO LÍQUIDO utensílios) Capital Social

  • (depreciação acumulada) Lucros acumulados Diferido

Os custos podem ser classificados de acordo com os seguintes critérios:

 Período de contabilização a que os custos se referem;  Natureza dos bens e serviços consumidos;  Funções ou serviços a que se referem;  Grau de variabilidade relativa a certos fatores;  Forma de imputação;  Possibilidade de serem evitados ou reduzidos

Quanto a forma de imputação, os custos são classificados em:

 Custos diretos – podem ser apropriados diretamente ao objeto de custo, não ocorreriam se as operações não fossem realizadas;

 Custos indiretos – não oferecem condições de apropriação direta aos objetos, ocorrem de toda forma. A alocação é arbitrária ou por rateio. (aluguel, chefias, etc.)

São exemplos de custos diretos: matéria – prima, embalagem, mão – de – obra, depreciação de máquinas, energia elétrica.

São exemplos de custos indiretos: embalagem, material de consumo, mão – de – obra, salários de supervisão, depreciação de máquinas, energia elétrica, aluguel.

Quanto ao valor total de um custo e o volume de atividade no tempo, os custos são classificados em:

 Custos variáveis – varia com o volume de produção em determinado período.  Custos fixos – independe do volume de produção em um dado período.

São exemplos de custos variáveis: matéria – prima, embalagem, mão – de – obra, energia elétrica.

São exemplos de custos fixos: material de consumo, mão – de – obra, salários de supervisão, depreciação de máquinas, energia elétrica, aluguel.

O custo fabril dos produtos fabricados e vendidos leva em consideração o estágio de sua ocorrência cujo ponto característico é o saldo dos estoques no final de cada estágio.

O custo da matéria - prima aplicada representa a soma dos valores das requisições feitas ao almoxarifado. Ele pode ser obtido através da seguinte fórmula:

CMP = AMP + EIMP – EFMP

Onde: A = aquisição EI = estoque inicial EF = estoque final

EXERCÍCIOS

  1. O que você entende por lucro empresarial?
  2. O que é custo de oportunidade?
  3. Em que consiste a lei da oferta e da procura?
  4. O que são bens elásticos?
  5. O que são bens inelásticos?
  6. O que se entende por:

a. Custos com bens ou serviços b. Objeto de custo c. Custos

  1. Quais são os princípios contábeis?
  2. Descreva cada um dos princípios contábeis.
  3. O que são práticas contábeis? Quais as práticas geralmente adotadas?
  4. Conceitue cada uma das nomenclaturas adotadas para custos industriais.
  5. Faça uma comparação entre custos e despesas.
  6. Quais os objetivos da determinação de custos?
  7. Quais os critérios para a classificação de custos?
  8. Defina:

a. Custos diretos b. Custos indiretos c. Custos variáveis d. Custos fixos e. Custo da matéria-prima aplicada f. Custo de transformação g. Custo de produção do período h. Custo de produção acabada i. Custo dos produtos vendidos

  1. Considerando a tabela abaixo, calcule:

a. O custo de transformação b. O custo fabril c. O custo de produtos produzidos d. O custo de produtos vendidos

MATÉRIA-PRIMA

Compras R$ 20.000, Estoque inicial R$ 2.000, Estoque final R$ 4.000,

MÃO-DE-OBRA

Disponível (total) R$ 20.000, Apropriada (direta) R$ 16.000,

CUSTOS INDIRETOS R$ 10.000,

PRODUTOS EM ELABORAÇÃO

Estoque inicial R$ 4.000, Estoque final R$ 2.000,

PRODUTOS ACABADOS

Estoque inicial R$ 10.000, Estoque final R$ 6.000,

O ponto de equilíbrio financeiro pode ser calculado conforme as fórmulas seguintes:

Ponto de Equilíbrio = Custos e Despesas Fixas + Depreciação Financeiro Margem de Contribuição Unitária (com amortização de dívidas)

Ponto de Equilíbrio = Custos e Desp. Fixas + Deprec. + Amortização Financeiro Margem de Contribuição Unitária

Para obter a receita no Ponto de Equilíbrio, basta multiplicar a quantidade pelo preço de venda.

VARIAÇÕES DE CUSTO FIXO E CUSTO VARIÁVEL

Denominamos estrutura de custos a proporção relativa entre o total de custos fixos e variáveis dentro da empresa. Cada empresa tem uma estrutura de custos e, portanto, tem seu próprio ponto de equilíbrio em determinado momento. É possível que empresas que trabalham no mesmo setor com os mesmos produtos tenham estruturas de custos diferentes, provavelmente montadas em razão de processo diferente de produção, tendência de vendas de longo prazo e atitudes dos administradores diante do risco.

Alavancagem Operacional significa a possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade produzida e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas. É dependente da margem de contribuição, ou seja, do impacto dos custos e despesas variáveis sobre o preço de venda unitário, e dos valores dos custos e despesas fixas. Alguns produtos têm alavancagem maior que outros, em virtude dessas variáveis.

Alavancagem operacional é a medida do volume de quanto os custos fixos estão sendo usados dentro da organização. O termo alavancagem vem da possibilidade de levantar lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado, por meio da alteração correta da proporção dos custos fixos na estrutura de custos da empresa.

O uso potencial dos custos operacionais serve para aumentar os efeitos das mudanças nas vendas sobre os lucros da empresa antes dos juros e impostos (LAJIR). O aumento nas vendas resulta em aumento mais que proporcional no LAJIR e vice-versa.

Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade. Quanto ao volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta classificação é muito utilizada para o cálculo do sistema de custos variável.

Despesas e Custos Fixos

Despesas ou Custos fixos são considerados aqueles custos ou despesas que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.

Exemplos:  Limpeza e Conservação  Aluguéis de Equipamentos e Instalações  Salários da Administração  Segurança e Vigilância

Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.

Despesas e Custos Variáveis

Classificam-se como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.

Exemplos:  Matérias-Primas  Comissões de Vendas  Insumos produtivos (Água, Energia)

Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis

No sistema de custo variável, o custo final do produto ou serviço será a soma do custo variável dividido pela produção correspondente. Sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não na produção.

Este sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal, e serve somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente conforme o Decreto 3.000/99 (ver no final da apostila). Neste método todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o que gerou o nome deste método (custo por absorção).

Vantagens do Custeio Variável

Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:

  • Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
  • Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado.
  • Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no processo decisório.