Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Conceitos Básicos da Conformação Mecânica, Slides de Mecânica Analítica

Descreve os conceitos básicos da confromação mecânica - teoria geral

Tipologia: Slides

2020

Compartilhado em 16/10/2023

CarlosWolz
CarlosWolz 🇧🇷

1 documento

1 / 53

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Aula 02 Conceitos Básicos da Conformação Mecânica
Ministério da Educação
IFC Câmpus Luzerna
Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima
Tema:
CONCEITOS BÁSICOS DA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Dados do primeiro slide:
- Sinterização é característica da metalurgia do
pó (troca química entre dois diferentes átomos);
- Processos massivos (laminação, trefilação...) e
planos (dobramento, estiramento, corte,
calandragem...)
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Conceitos Básicos da Conformação Mecânica e outras Slides em PDF para Mecânica Analítica, somente na Docsity!

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Tema:

CONCEITOS BÁSICOS DA

CONFORMAÇÃO MECÂNICA

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima Classificação dos Processos de Fabricação Mecânica A classificação dos processos de fabricação dependem da área em que se analisa. Muitas classificações podem ser elaboradas, mas, de forma geral, os processos de fabricação, na área metal-mecânica, pode ser agrupados em 5 grupos distintos :

  • Processos de Usinagem;
  • Processos de Soldagem;
  • Processos de Fundição;
  • Processos de Conformação Mecânica;
  • Processos de Metalurgia do Pó.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima Os processos de conformação mecânica podem ser classificados de acordo com diversas características: a) Quanto ao tipo de esforço predominante; b) Quanto a temperatura de trabalho; c) Quanto a forma do produto final; d) Quanto a região deformada; e) Quanto ao tipo de fluxo do material (estacionário ou intermitente); f) Quanto ao tipo de produto obtido (acabado ou semiacabado).

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Classificação quanto ao tipo de esforço predominante:

O esforço predominante no processo de conformação pode ser: a) Conformação por compressão direta; b) Conformação por compressão indireta; c) Conformação por tração; d) Conformação por cisalhamento; e) Conformação por flexão.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Classificação quanto ao tipo de esforço predominante:

b) Processos de conformação por compressão indireta: São processos onde a força externa pode ser trativa ou compressiva, mas a conformação evetivamente se dará pela reação das paredes da matriz sobre a peça, gerando uma compressão indireta. Os exemplos clássicos destes processos são a trefilação (força externa trativa) e a extrusão (força externa compressiva).

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Classificação quanto ao tipo de esforço predominante:

c) Processos de conformação por tração: São processos onde o metal é tracionado, resultando em mudanças de formas físicas. Exemplo desta variável de processo é o estiramento de chapas.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Classificação quanto ao tipo de esforço predominante:

e) Processos de conformação por flexão: São processos onde o metal é sofre a ação de um momento fletor. São exemplos destes processos o dobramento de chapas, a calandragem e a fabricação de tubos com costura.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima

Classificação quanto a temperatura de trabalho:

Em relação a temperatura de trabalho, a conformação pode ser feita a frio, a morno, a quente e no estado semi-sólido. A conformação a quente é aquela onde o processo se dá a temperaturas superiores a temperatura de recristalização do material. Na prática, as temperaturas consideradas “ a quente ” (TQ) ficam entre a temperatura de recristalização (TR) e 70% da temperatura de fusão (TF).

TR « TQ « 0,7TF

Cada material possui uma temperatura de recristalização específica, de acordo com a metalurgia de cada liga. Essa temperatura, normalmente, situa-se a 0,5 TF. Por exemplo, no caso dos aços-carbono, esta temperatura se situa próximo a 750 ºC. No caso do chumbo, a temperatura de recristalização é coincidente com a temperatura ambiente.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima O processo intermediário é o processo “ a morno ” (TW). Assim, diz-se que o processo a morno se situa nas seguintes faixas de temperatura:

0,3 TF « TW « 0,5 TF

O processo semi-sólido , ou tixoconformação (TS), as temperaturas são bastante próximas as temperaturas de fusão, com o metal escoando quase que como um líquido de alta viscosidade. As temperaturas empregadas neste processo variam entre:

0,7 TF « TS « 0,9 TF

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima A temperatura é uma das variáveis mais importantes do processo de conformação. Em geral, uma conformação a quente proporciona um aumento da deformabilidade dos metais, permitindo que formas mais complexas sejam obtidas. De forma correlata, um aumento de temperatura faz diminuir a necessidade de força de conformação de um processo, diminuindo gastos com energia, possibilitando o emprego de máquinas de menor capacidade de carga e maior produtividade. Por outro lado, o processo a quente provoca oxidação superficial nos metais, gerando perda de material. Nos aços, esta oxidação é conhecida por carepa , a qual é extremamente friável, ou seja, desprende-se da superfície do metal com muita facilidade.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima Devido a efeitos de contração do metal quente, a precisão dimensional das peças conformadas a quente também é prejudicada. Via de regra, uma peça conformada a quente precisa, posteriormente, de processos de calibração, que podem ser desde processos de usinagem, até a própria conformação a frio. Na conformação a frio, devido a ausência de temperatura envoolvida no processo, não ocorre a oxidação superficial. Com isso, peças com bom acabamento superficial e alta precisão dimensional podem ser obtidas.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima Outra vantagem do processo de conformação a frio é o endurecimento obtido pelo encruamento dos grãos. Ao se deformar mecanicamente um material a frio, microscopicamente também se deforma os grãos, promovendo um aumento de resistência mecânica e de dureza dos materiais, porém, perdendo deformabilidade. Esta é a explicação para o ganho de resistência que se tem um latas ou tubos extrudados, e pode ser útil em diversas aplicações, sobretudo aplicações que impossibilitem o tratamento térmico posterior, como o caso de peças obtidas de chapas metálicas. A deformabilidade, aliás, é uma desvantagem do processo a frio. Ao se optar por deformar a frio um metal, para se obter uma peça, é importante que se saiba que a deformabilidade é limitada neste processo. Caso a deformação seja grande, em geral, opta-se pelo processo de conformação a quente.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima Caso a recristalização não se forme de maneira dinâmica, os grãos permanecem deformados, porém, com tensões internas aliviadas pelo trabalho a quente. Nestes casos, tratamentos térmicos podem ser utilizados para promover a recristalização posterior destes materiais previamente deformados, se assim for de interesse do processo.

IFC – Câmpus Luzerna Prof. Dr. Diego Rodolfo Simões de Lima O meio termo destes processos é a conformação a morno. Este processo aumenta a deformabilidade do material, diminuindo a necessidade de força para a conformação, porém mantendo-se a oxidação controlada, o que confere às peças boa precisão dimensional e bom acabamento superficial.