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Conceito de Etnocentrismo na Antropologia, Trabalhos de Antropologia

Papper referente ao assunto de Etnocentrismo dentro da disciplina de Antropologia.

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 12/05/2020

lyon-tavares
lyon-tavares 🇧🇷

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SOMOS PARTE DE UM TODO E NENHUM GRUPO É O CENTRO
Lyon Wittemar de Souza Tavares
Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná, PR
RESUMO
O etnocentrismo tem como principal e mais objetiva definição o ato de determinado grupo
sociocultural colocar-se como o centro do mundo, ou seja, a sua própria língua/dialeto,
os seus costumes e suas crenças são tomados como verdade absoluta para que uma pessoa
seja considerada boa perante a sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: etnocentrismo; antropologia; etnia.
INTRODUÇÃO
O pensamento etnocêntrico é algo intrínseco na humanidade desde os tempos
antigos. Na Bíblia Sagrada, em seu antigo testamento, podemos ler algumas histórias
caracterizadas pelo etnocentrismo, as quais possuem grande choque de diferenças
culturais que levam às lutas e guerras para determinar qual etnia é superior.
Uma história muito conhecida da Bíblia Sagrada, que se encontra no livro do
profeta Daniel, nos relata a história do rei Nabucodonosor que reinou na Babilônia entre
os anos 604 a.C. e 562 a.C. O rei babilônico, em certa ocasião, edificou uma imagem de
ouro para servir como ídolo do seu povo e ordenou que todos, ao ouvirem o som da
corneta e de alguns outros instrumentos musicais, deveriam se prostrar e adorar a estátua
dourada e, ainda, determinou pena de morte na fogueira para os que desobedecessem tal
ordenança.
No entanto, haviam, entre aqueles babilônicos, três homens judeus (a saber:
Hananias, Misael e Azarias) os quais foram escolhidos para serem zeladores dos negócios
da província da Babilônia e que, mesmo convivendo com o povo daquela região, não
abandonaram seus costumes e tradições. Certa vez, alguns conselheiros da província se
aproximaram de Nabucodonosor e relataram que os três judeus não reverenciavam a
estátua de ouro, logo, o rei questionou-os para averiguar os fatos e os aconselhou a se
atentarem para o toque dos instrumentos que indicavam o momento da adoração. Porém,
Hananias, Misael e Azarias recusaram-se a atender a ordem do rei, que enfurecido deu
ordem para os amarrarem e os lançarem na fornalha ardente, a fim de os matar pelo fato
de não compactuarem com os mesmos costumes e tradições étnicas determinadas por
Nabucodonosor para o povo Babilônia.
Outra história que envolve o etnocentrismo de uma forma sanguinária, agora não
mais da Bíblia Sagrada, é o Nazismo de Adolf Hitler, que desejoso por uma sociedade
homogênea, colocava num pedestal, como sendo pura e superior, a raça ariana com sua
cultura e sua tradição e desconsiderava qualquer outro tipo de cultura, costume e tradição.
Hitler, com sua ambição etnocêntrica, marginalizou, prendeu, escravizou e assassinou
milhões de pessoas que andavam na contramão dos seus ideais étnicos.
2 OBJETIVO
O conteúdo, aqui apresentado, terá por finalidade expor de forma sintetizada como
o etnocentrismo é compreendido pelos antropólogos. Para isso, serão referenciadas
algumas perspectivas extraídas de livros de diferentes autores.
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SOMOS PARTE DE UM TODO E NENHUM GRUPO É O CENTRO

Lyon Wittemar de Souza Tavares Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná, PR RESUMO O etnocentrismo tem como principal e mais objetiva definição o ato de determinado grupo sociocultural colocar-se como o centro do mundo, ou seja, a sua própria língua/dialeto, os seus costumes e suas crenças são tomados como verdade absoluta para que uma pessoa seja considerada boa perante a sociedade. PALAVRAS-CHAVE: etnocentrismo; antropologia; etnia. INTRODUÇÃO O pensamento etnocêntrico é algo intrínseco na humanidade desde os tempos antigos. Na Bíblia Sagrada , em seu antigo testamento, podemos ler algumas histórias caracterizadas pelo etnocentrismo, as quais possuem grande choque de diferenças culturais que levam às lutas e guerras para determinar qual etnia é superior. Uma história muito conhecida da Bíblia Sagrada , que se encontra no livro do profeta Daniel, nos relata a história do rei Nabucodonosor que reinou na Babilônia entre os anos 604 a.C. e 562 a.C. O rei babilônico, em certa ocasião, edificou uma imagem de ouro para servir como ídolo do seu povo e ordenou que todos, ao ouvirem o som da corneta e de alguns outros instrumentos musicais, deveriam se prostrar e adorar a estátua dourada e, ainda, determinou pena de morte na fogueira para os que desobedecessem tal ordenança. No entanto, haviam, entre aqueles babilônicos, três homens judeus (a saber: Hananias, Misael e Azarias) os quais foram escolhidos para serem zeladores dos negócios da província da Babilônia e que, mesmo convivendo com o povo daquela região, não abandonaram seus costumes e tradições. Certa vez, alguns conselheiros da província se aproximaram de Nabucodonosor e relataram que os três judeus não reverenciavam a estátua de ouro, logo, o rei questionou-os para averiguar os fatos e os aconselhou a se atentarem para o toque dos instrumentos que indicavam o momento da adoração. Porém, Hananias, Misael e Azarias recusaram-se a atender a ordem do rei, que enfurecido deu ordem para os amarrarem e os lançarem na fornalha ardente, a fim de os matar pelo fato de não compactuarem com os mesmos costumes e tradições étnicas determinadas por Nabucodonosor para o povo Babilônia. Outra história que envolve o etnocentrismo de uma forma sanguinária, agora não mais da Bíblia Sagrada , é o Nazismo de Adolf Hitler, que desejoso por uma sociedade homogênea, colocava num pedestal, como sendo pura e superior, a raça ariana com sua cultura e sua tradição e desconsiderava qualquer outro tipo de cultura, costume e tradição. Hitler, com sua ambição etnocêntrica, marginalizou, prendeu, escravizou e assassinou milhões de pessoas que andavam na contramão dos seus ideais étnicos. 2 OBJETIVO O conteúdo, aqui apresentado, terá por finalidade expor de forma sintetizada como o etnocentrismo é compreendido pelos antropólogos. Para isso, serão referenciadas algumas perspectivas extraídas de livros de diferentes autores.

Será ressaltada, também, a relação que existe entre a antropologia e o etnocentrismo, com o intuito de expor de forma clara e objetiva como é compreendida e definida, por profissionais da área de ciências sociais, a disciplina de antropologia e como sua linha de raciocínio lida com os pensamentos etnocêntricos. Outrossim, será exposta a melhor forma, aos olhos de alguns antropólogos, de amenizar os impactos do etnocentrismo na sociedade atual, para que se obtenha uma melhor convivência social fundamentada em harmonia e respeito às diversidades culturais e étnicas. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 O QUE É O ETNOCENTRISMO NA VISÃO ANTROPOLÓGICA? O autor Everardo Rocha define o etnocentrismo, em dos seus livros, como uma visão mundial na qual os Homens determinam como dominante e centro de tudo seus próprios grupos. O antropólogo destaca, também, uma visão intelectual do assunto, a qual diz que uma pessoa etnocêntrica é aquela com dificuldade de pensar a diferença e uma visão afetiva que compreende os indivíduos etnocêntricos como portadores de sentimentos de estranheza, medo e hostilidade para com os de cultura diferente da sua. Em registros publicados pela autora Cássia Lobão Assis, é possível compreender que o etnocentrismo surge do desejo de preservar valores de determinado grupo étnico a fim de manter suas diferenças em relação aos outros e salvar sua identidade cultural e tem como base fundamental os assuntos ideológicos, pois os indivíduos tomam como parâmetros para definir uma verdade absoluta os seguintes pontos que os cercam: língua, gosto alimentar, religião, costumes, tradições, etc.

  1. 2 QUAL A RELAÇÃO ENTRE A ANTROPOLOGIA E O ETNOCENTRISMO? Ressaltar-se-á, nas próximas linhas, o conceito de antropologia, para que se possa compreender qual relação tal disciplina tem como o etnocentrismo. Segundo o Doutor Euler David Siqueira, a antropologia está muito além do que seu clássico conceito que a define como o estudo do homem. Ele afirma que a antropologia é uma área de estudo que visa buscar um retorno reflexivo entre os seres humanos e as mais diversas culturas existentes no mundo, ou seja, uma pessoa precisa buscar entender como cada cultura enxerga o mundo para ter a capacidade racional de aprender sobre si mesma e sobre seu semelhante em cada forma de expressão cultural estudada por ela. Com base na definição exposta acima, é possível enxergar que a antropologia se conecta de forma combativa ao etnocentrismo. Visto que, os estudos antropológicos visam trazer aos seres humanos um pensamento avaliativo sobre as diversas manifestações culturais do mundo, pode-se afirmar que o pensamento etnocêntrico caminha em total contramão à visão pregada pela antropologia.
  2. 3 QUAL A MELHOR FORMA DE AMENIZAR O ETNOCENTRISMO? Alguns antropólogos acreditam que a melhor forma de amenizar e, até mesmo, combater o etnocentrismo é lutando para que as pessoas criem em si um pensamento voltado ao relativismo cultural. Abaixo, ver-se-á o que é esse relativismo e como ele age diretamente no combate do etnocentrismo.

BEZERRA, Juliana. Relativismo Cultural: definição, exemplos e críticas_._ Disponível em: <www.todamateria.com.br/relativismo-cultural/>. Acesso em: 29 fev. 2020.