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Resumo: A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma complicação na qual ocorre deformação no revestimento do seio maxilar, tecido gengival e ósseo que faz a ...
Tipologia: Notas de estudo
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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Odontologia Trabalho de Conclusão de Curso
Gama-DF 2021
Artigo apresentado como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Odontologia pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. Orientador: Prof. Esp. Me. Dr. Antonio Eduardo Ribeiro Izidro. Gama-DF 2021
Antonio Eduardo Ribeiro Izidro^1 Michelly Ribeiro Pereira dos Santos^2 Resumo: A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma complicação na qual ocorre deformação no revestimento do seio maxilar, tecido gengival e ósseo que faz a delimitação do seio maxilar, proporcionando assim o acesso direto entre a cavidade oral e o seio maxilar. São muitos os fatores etiológicos, no entanto tendo como etiologia principal a exodontia de dentes superiores posteriores devido ao íntimo contato entre as raízes desses dentes com o assoalho do seio maxilar. O diagnóstico e o tratamento da CBS devem ser realizados o mais precoce possível através de exames clínicos e de imagem, evitando assim ocorrências de sinusite maxilar e fístula. Atualmente existem diversas técnicas de tratamento para a comunicação buco-sinusal, sendo que a escolha da melhor técnica deve ser baseada em análise de dados, como diâmetro do defeito, região, se existe presença de quadro infeccioso e área doadora. Objetivo deste trabalho é fazer uma breve revisão de literatura e abordar um relato de caso clínico de fechamento de comunicação buco-sinusal tratado com a bola gordurosa de Bichart. Palavras-chave: Buco sinusal; Bola de Bichart; Retalho palatino; Fístula oroantral Abstract:. Buco-sinus communication (CBS) is a complication in which deformation occurs in the soft and bone tissue that causes the delimitation of the maxillary sinus, thus providing direct access between the oral cavity and the maxillary sinus. There are many etiological factors, however having as main etiology the tooth abuse of posterior upper teeth due to the intimate contact between the roots of these teeth with the floor of the maxillary sinus. The diagnosis and treatment of CBS should be performed as early as possible through clinical and, imaging examinations, thus avoiding occurrences of maxillary sinusitis and fistula. Currently there are several treatment techniques for buco-sinus communication, and the choice of the best technique should be made based on data analysis, such as defect diameter, region, if there is the presence of infectious condition and donor area. The objective of this work is to make a brief literature review and address a clinical case report of closure of buco-sinus communication treated with bichart's greasy ball. Keywords: Sinus buco; Bichart ball; Palatine flap; Oroanthral fistula (^1) Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial – Uniceplac – SES-DF. E-mail: eduardo.izidro@uniceplac.edu.br (^2) Graduanda do Curso Odontologia, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac. E-mail: michellyribeiro.odonto@gmail.com
O seio maxilar é considerado uma estrutura anatômica bilateral da maxila, representada por uma cavidade cheia de ar, que se comunica com a fossa nasal através do óstio sinusal maxilar. Ao ser radiografado, o interior do seio apresenta aspecto radiolúcido e o limite da cavidade têm uma fina camada de tecido ósseo denso que radiograficamente se apresenta como uma linha radiopaca (ROCHA, 2 020 ). Pacientes com comunicação buco sinusal (CBS) enfrentam uma série de problemas em sua vida diária, alguns dos quais são: regurgitação de líquidos para a cavidade nasal, dificuldade em mastigar, engolir e falar, alterações no paladar, reduzindo assim a qualidade de vida (DOMINGUES et al., 2016). Para que se possa determinar a comunicação buco sinusal, se faz necessário a realização de exames clínicos e de imagem. Ao realizar o diagnóstico clínico recomenda- se o uso da inspeção visual e manobra de Valsava. As radiografias panorâmicas e tomografias computadorizadas seguem sendo o diagnóstico por imagem de primeira escolha (PSILLAS, 2021; BITTENCOURT, 2017; MILANI; THOMÉ, 2014; SILVEIRA et al., 2008). Existem diversas técnicas para o tratamento da CBS e suas complicações, a escolha dependerá da análise de alguns fatores: se há indícios de processo infeccioso, localização, tamanho do defeito e região doadora para que se possa chegar na técnica que seja a mais acessível e eficaz para cada caso (PSILLAS et al, 2021 ). A bola gosrdurosa de Bichart tem sido a mais requisitada entre os profissionais pois apresenta alto índice de sucesso quando empregados no tratamento das CBS, tal feito é possível devido a rica vascularização, técnica relativamente simples e consequentemente proporcionando ao paciente um tratamento mais eficaz, com baixo índice de recidivas e o mínimo de desconforto possível ROCHA, 2020). O fechamento da CBS é extremamente importante, e tem como finalidade evitar a contaminação do seio maxilar, sendo que estando aberto ocorre a presença de resíduos de alimentos e até mesmo saliva no interior do seio maxilar que tem o potencial de desenvolver infecção bacteriana no local, consequentemente prejudicando o processo de cicatrização, acarretando a sinusite maxilar (SINHORINI et al., 2020). É importante ressaltar que independente da manobra cirúrgica empregada, é de grande valia os cuidados pós operatórios por parte do paciente, para que possa obter o sucesso do tratamento proposto (MILANI; DE ANDRADE; THOMÉ, 2014).
acordo com o estado do seio maxilar. Se houver saída de ar, secreção ou sangramento da área, então há presença de comunicação (MILANI; DE ANDRADE; THOMÉ, 2014; SOUZA, 2018). No entanto, caso a manobra de Valsava resulte negativamente, é importante não excluir a probabilidade de perfuração, pois perfurações de pequenos diâmetros nem sempre é possível diagnosticar clinicamente, podendo então ser detectada em radiograficamente, na qual é possível observar a descontinuidade óssea do assoalho do seio maxilar (PARISE; TASSARA, 2016; PARVINI et al., 2019). Radiografia panorâmica sofre sobreposição, magnificação das estruturas anatômicas e limitações quando se trata de CBS de pequeno tamanho, no entanto possui grande importância ao interpretar o interior do seio maxilar comprometido, onde em comparação com o seio oposto pode ser obsevado radiopacidade difusa (velamento do seio) e pressença de corpo estranho no interior do seio. Com o advento da tecnologia a tomografia computadorizada é um dos métodos de diagnóstico por imagem no qual mais tem se desenvolvido, considerado padrão ouro para diagnosticar a CBS, devido a sua meticulosidade: localização exata do defeito ósseo, grau de mineralização óssea, maior resolução de imagens, não apresentam magnificação de imagem, nem sobreposição, além de proporcionar visão tridimensional dos revordos alveolares (ROCHA, 2020/ FARIAS; CÂNCIO; BARROS, AHMED, 2015). Segundo alguns autores, se a comuicação durar mais de 24 horas, consequentemente evolui para fístula buco-sinusal e vulnerável para outras complicações tais como sinusite maxilar (BITTENCOURT, 2017). A sinusite maxilar aguda ou crônica é uma complicação atribuida a CBS que advém da contaminação do seio maxilar pela flora bucal, o que acaba impossibilitando o fechamento dessa comunicação se o seio estiver infectado. Para tratar a sinusite de origem dentária, é necessário atuar naa causa dentária e sobre a sinusite. O uso de uma combinação de terapia medicamentosa e cirúrgica se faz necessário para o tratamento da sinusite maxilar (SOUZA, 2018; PARISE & TASSARA, 2016; AHMED, 2015). Segundo PSILLAS (2021) caso a sinusite não seja tratada adequadamente, tem potencial para evoluir para outras complicações. A fístula buco-sinisal ocorre quando o esse canal de acesso direto sofre epitelização oriundo da proliferação dos tecidos que circundam a comunicação e consequentemente impede a cicatrização natural da CBS, nesse caso é necessário primeiramente o tratamento do seio maxilar com a remoção do trajeto fistuloso, logo
depois se utiliza o retalho para obliterar por completo da fístula (PARVINI et al., 2019). Na literatura é possível encontrar inúmeras técnicas descritas com o objetivo de obliterar a CBS, sendo que ainda é assunto de grandes discussões entre autores, algumas das técnicas são corpo adiposo bucal, retalho palatino rodado e retalho deslizante vestibular (PARVINI et al., 2019). O que irá individualizar e instituir o tratamento será a avaliação de tamanho de defeito, localização e se há presença de processos infecciosos ou corpo estranho introduzido no seio maxilar. Em comunicações menores que 2mm não há necessidade de intervenção cirúrgica, desde que não haja infecção. No caso de comunicações maiores de 3mm de diâmetro e com indícios de infecção é sugerido o uso de retalhos vestibular, retalho palatino, bola gordurosa bucal ( BITTENCOURT, 2017). O corpo adiposo bucal está localizado anatomicamente no espaço mastigatório e envolvido por uma cápsula fibrosa, a bola de Bichat consiste em um corpo e quatro ramos ou extensões: bucal, pterigoideo, temporal superficial e temporal profundo, sendo o corpo o sítio com mais facilidade de acesso cirúrgico (SOUZA, 2018). Ao empregar a bola de Bichat cirurgicamente, é necessário que se faça a preservação da cápsula do corpo adiposo e a base do pedículo deve ser larga, para não ser tornar um enxerto livre, devendo dar atenção também a sutura, no qual não deve ser realizada sob alta tensão, para que possa evitar assim a necrose tecidual (COSTA et al., 2018). Sendo considerada uma técnica relativamente simples a bola de Bichart presenta como vantagens a sua suprimentação sanguíneo que advém da artéria maxilar, temporal e facial que minimizam a ocorrência de necrose, elasticidade, rápido e com alto índice de sucesso, sem cicatrizes visíveis e que não interfere na profundidade do sulco vestibular e maior conforto pós cirúrgico ao paciente e como desvantagem essa técnica pode ser utilizada apenas uma vez, possível trismo, não oferece suporte rígido, possibilidade de depressão da bochecha (SOUZA, 2018; SCARTEZINI; DA MOTA, 2016). Segundo Farias et al., (2015), o retalho palatino possue indicação para fechamento de CBS que possuem abertura maior ou igual a 7mm. Como vantagens apresenta boa irrigação, preservação do sulco vestibular e ausência de tensão na sutura dos tecidos. As desvantagens do retalho palatino são: difícil rotação do retalho palatino, probabilidade de ocorrer necrose tecidual , hemorragia da artéria palatina maior, proporciona certo incômodo aos pacientes por conta da área cruenta que ficará exposta e que irá cicatrizar por segunda intenção e o paciente fica temporariamente impedido de fazer uso da prótese (PARISE & TASSARA, 2016; SILVEIRA et al., 2008).
Paciente M.S.B.F., 22 anos de idade, gênero feminino, após falha em tentativa de extração do 3º molar esquerdo em clínica particular, a paciente compareceu ao Hospital de Base do Distrito Federal acompanhado pelo cirurgião dentista. Relatou como queixa principal “Dente deslocado para seio maxilar”. Durante a anamnese, paciente informou que a suspeita de comunicação buco sinusal se deu logo após a tentativa de exérese do elemento dental 28, ainda na anamnese o bucomaxilofacial foi informado de que a paciente passou por profilaxia antibiótica prévia ao procedimento cirúrgico. Paciente sem alterações de ordens sistêmicas, negou sangramento local abundante, negou alergias. Ao exame físico apresentou – BEG, LOTE, orientado no tempo e espaço, VAP (vias aéreas pérvias), eupneica, deambulando e contactando. Durante a avaliação intrabucal a paciente apresentou boa amplitude de abertura de boca, o alvéolo do dente 28 se apresentou sem sangramento ativo e sem sutura, com gaze posicionada na região. Foi executado a manobra de Valsava, resultando positivamente para comunicação bucos sinusal, sem sangramento abundante ativo ou qualquer outra anormalidade. Foi solicitado radiografia panorâmica (Figura 1) , que evidenciou descontinuidade óssea do assoalho do seio maxilar e a presença do elemento dental nº 28 em porção posterior do seio maxilar esquerdo. FIGURA 1 – Radiografia panorâmica evidenciando a descontinuidade do osso do assoalho do seio maxilar e a presença do elemento dental 28 no seio maxilar. Fonte: Prof. Dr. Antonio Eduardo Ribeiro Izidro
O plano de tratamento proposto a paciente foi a remoção do elemento dental que estava no interior do seio maxilar e o fechamento da comunicação buco sinusal, por meio da técnica com utilização da bola adiposa de Bichat. A paciente concordou com o tratamento proposto e recebeu orientações pré operatórias. No protocolo pré-operatório foi prescrito Clavulin 875mg (amoxicilina associada com clavulanato de potássio), dipirona sódica, tenoxicam, fluimucil, salsep e clorexidina 0,12% para antissepsia do meio oral. Segundo o cirurgião residente a conduta adotada foi o agendamento ambulatorial da paciente 15 dias após o inicio do protocolo de medicação, para a remoção do dente que estava alojado no interior do seio maxilar esquerdo e fechamento da comunicação bucosinusal. O ato cirúrgico foi realizado sob anestesia local por bloqueio do nervo infraorbital, bloqueio do nervo alveolar superior posterior e palatino maior, com lidocaína 2% com epinefrina 1:100 000. Primeiramente foi realizado acesso cadwell luc ( Figura 2A ) para retirada do elemento dentário 28 e logo depois a retirada do dente ( Figura 2B e 2C ) que se encontrava no interior do seio maxilar esquerdo, ocorrendo sem complicações. FIGURA 2A – Acesso Cadwell luc. FIGURA 2B – Acessando o interior do seio maxilar para remoção do elemento dental. Fonte: Prof. Dr. Antonio Eduardo Ribeiro Izidro FIGURA 2C – Elemento dental removido Fonte: Prof. Dr. Antonio Eduardo Ribeiro Izidro
As comunicações buco-sinusais (CBS) foram descritas, como sendo acidentes e complicações incomuns raras (PARVINI et al., 2019). Contrariando totalmente ROCHA et al., (2020), que apontam essas complicações como sendo um dos mais comuns na prática odontológica durante exodontias de molares. Em relação a localização da CBS, para PARVINI et al., (2019), a região de segundos molares é a de maior incidência com 45%, seguido pelos terceiros molares 30% e os primeiros molares 27,2%. Os primeiros pré-molares são os menos frequentes, representando apenas 5,3% dos casos. Por outro lado, AHMED, (2015) com relação a localização, defende que os acidentes mais frequentes ocorrem com os segundos pré molares superiores seguido dos primeiros molares superiores. Podendo, no entanto, ser ocasionado também por outros elementos dentários que possuam íntima ligação com o seio maxilar. Quanto aos fatores etiológicos, a grande maioria dos autores, como PARISE & TASSARA, (2016) afirmam que a fístula buco-sinusal acontece com frequencia após extrações de dentes posteriores superiores, fato esse ocorrido no relato de caso, no qual apresentou a CBS. Todavia, DA MOTA (2016) relata que tal complicação também pode ocorrer após traumas, remoção de cistos e tumores, infecções dentais, excesso de instrumentação e osteomielite Para alguns autores as radiografias periapicais, póstero-anterior de Waters, oclusal superior e panorâmicas são consideradas como de primeira escolha pelos profissionais, pois em tais técnicas radiográficas são possíveis a visualização da cavidade oral, seio maxilar e ruptura da linha radiopaca que delimita o assoalho do seio maxilar afetado em comparação com o lado adjacente e a presença de possível corpo estranho que foram instruídos para o interior do seio (FARIAS; CANCIO; BARROS, 2015; MAGRO FILHO et al., 2010). Já para PSILLAS et al., 2021, a Tomografia Computadorizada é o exame de imagem padrão ouro mais indicado para avaliação da comunicação buco sinusal, devido a sua desenvoltura, pois proporciona riqueza em detalhes, sem magnificação, sem sobreposição. Permitindo, ainda avaliar parâmetros anatômicos, tais como osso disponível, relação entre osso cortical e trabeculado, grau de mineralização óssea e diferença entre tecido não descartáveis em outras modalidades de diagnóstico.
Para SCARTEZINI; OLIVEIRA (2016), a persistência da comunicação buco- sinusal pode estar diretamente ligada ao desenvolvimento de sinusite maxilar e que primeiramente o quadro deve ser tratado para que então o reparo cirúrgico seja realizado. O tratamento baseia-se na prescrição de amoxicilina 500 mg + clavulanato de potássio 125 mg de 8 em 8 horas por 14 dias, descongestionantes sistêmicos (anti-histamínico) e nasal tópico (spray de corticoide) e spray hidratantes (soro fisiológico 0,9%). Concordando com Psillas et al., (2020), mantendo como protocolo farmacológico no pós- operatório, o uso de amoxicilina associado ao clavulanato de potássio para combater as infecções polimicrobianas a cada 8 horas no período de 7 dias e dipirona sódica 500mg a cada 6 horas, em casos de dor, uso de descongestionantes nasais tópicos e ainda devida recomendação de dieta líquido-pastosa, espirrar com a boca aberta, evitar assoar no nariz, não fumar ou beber líquido através de canudos. Segundo PEREIRA et al., (2004), antibióticoterapia não influencia no fechamento da fístula buco-sinusal e quando o defeito é pequeno tende a reparar-se espontaneamente, ao contrário dos defeitos maiores que dificilmente fecham. O tratamento cirúrgico para a CBS ainda é motivo de longas discussões entre alguns autores levando a várias vertentes. Há autores que defendem o uso de retalho palatino rodado, pois afirmam que está técnica dispõe de um retalho espesso rico em suprimento sanguíneo (artéria palatina maior) aumentando assim o índice de sucesso sem risco de necrose tecidual (FARIAS, CÂNCIO & BARROS, 2015). SENHORINI (2020), relatam que o retalho palatino deslizante apresenta contração quando levantados do osso doador, exige uma cicatrização por segunda intenção que acaba proporcionando ao paciente dor e desconforto na região de tecido ósseo exposto, além de aumentar o risco de infecção. O fechamento de uma CBS de forma primária dentro das 48 horas pode apresentar um índice de sucesso de 90 a 95%, e regride para 67% quando o fechamento venha ser secundário. No caso em questão, foi proposto o tratamento com Bola de Bichat , em razão de oferecer um procedimento cirúrgico rápido, simples e com alto índice de sucesso, devido esta estrutura anatômica possuir elasticidade, excelente suprimento sanguíneo e proteção adequada para uma resposta eficaz(MAGRO FILHO et al., 2010). O autor Da Mota (2016), apresenta a técnica de enxerto com bola de Bichat sendo utilizado em defeitos pequenos e médios de até 5mm. Contrariando Parvini et al., (2019), que defendem o uso dessa técnica em aberturas de até 10mm.
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