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Elementos de construção de texto: interpretação e organização interna, Esquemas de Construção

Este documento aborda os elementos de construção de texto, especificamente a interpretação e organização interna. Ele oferece detalhes sobre a interpretação de textos, incluindo identificação da ideia principal, comparação, comentário, resumo, parafrase e as condições básicas para interpretar. Além disso, o texto fornece dicas para melhorar a interpretação de textos.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Selecao
Selecao 🇧🇷

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Câmara Municipal de Salvador do Estado da Bahia
SALVADOR-BA
Comum aos Cargos de Nível Médio e Superior:
• Auxiliar em Saúde Bucal
• Área de Gestão de Pessoas (Desenvolvimento De Pessoas)
• Área de Licitação Contratos e Convênios (Compras; Patrimônio e Materiais)
• Área de Licitação, Contratos e Convênios (Licitação, Contratos e Convênios)
• Área Administrativa (Gestão da Qualidade)
• Área Financeira (Registros Contábeis, Orçamento
e Registros Contábeis, Liquidação, Financeiro)
• Área Legislativa (Apoio de Plenário, Plenário, Apoio Técnico em Processos
Legislativos, Protocolo de Processos Legislativos, Comissões,
Redação Final, Expediente)
• Área Legislativa (Informação Legislativa)
• Área de Tramitação (Analista de Tramitação)
• Área de Taquigrafia (Taquigrafia e Revisão)
• Área de Controladoria (Auditoria, Normas e Informações Gerenciais)
• Área do Gabinete da Presidência (Centro de Cultura)
• Área do Gabinete da Presidência (Memorial)
• Área da Mesa Diretora (Ouvidoria)
• Área de Secretaria de Cerimonial (Cerimonial)
• Tecnologia da Informação • Advogado Legislativo
• Arquiteto • Engenheiro Civil • Assistente Social • Odontólogo
Edital Nº 01/2017
NB093-2017
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Câmara Municipal de Salvador do Estado da Bahia

SALVADOR-BA

Comum aos Cargos de Nível Médio e Superior:

  • Auxiliar em Saúde Bucal
  • Área de Gestão de Pessoas (Desenvolvimento De Pessoas)
  • Área de Licitação Contratos e Convênios (Compras; Patrimônio e Materiais)
  • Área de Licitação, Contratos e Convênios (Licitação, Contratos e Convênios)
  • Área Administrativa (Gestão da Qualidade)
  • Área Financeira (Registros Contábeis, Orçamento

e Registros Contábeis, Liquidação, Financeiro)

  • Área Legislativa (Apoio de Plenário, Plenário, Apoio Técnico em Processos

Legislativos, Protocolo de Processos Legislativos, Comissões,

Redação Final, Expediente)

  • Área Legislativa (Informação Legislativa)
  • Área de Tramitação (Analista de Tramitação)
  • Área de Taquigrafia (Taquigrafia e Revisão)
  • Área de Controladoria (Auditoria, Normas e Informações Gerenciais)
  • Área do Gabinete da Presidência (Centro de Cultura)
  • Área do Gabinete da Presidência (Memorial)
  • Área da Mesa Diretora (Ouvidoria)
  • Área de Secretaria de Cerimonial (Cerimonial)
  • Tecnologia da Informação • Advogado Legislativo
  • Arquiteto • Engenheiro Civil • Assistente Social • Odontólogo

Edital Nº 01/

NB093-

LÍNGUA PORTUGUESA

Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna. ............................................................................................................................ 01 Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em português. ................................................................................................................................................................................................................. 26 Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos. ............................................................................................................................................... 36 Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; concordância nominal e verbal; transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de colocação pronominal no português; mecanismos de coesão textual. .................................................................................................................................................................................................. 72 Ortografia. ............................................................................................................................................................................................................... 100 Acentuação gráfica. ............................................................................................................................................................................................. 103 Emprego do sinal indicativo de crase. ......................................................................................................................................................... 107 Pontuação. ............................................................................................................................................................................................................... 111 Estilística: figuras de linguagem. .................................................................................................................................................................... 114 Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo;............................................................................................................. 114 variação linguística: norma culta. .................................................................................................................................................................... 120

LÍNGUA PORTUGUESA
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO
E SEU SENTIDO: GÊNERO DO TEXTO
(LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO,
DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO);
INTERPRETAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INTERNA.

É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi- co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- nadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada se- paradamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci- tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

  • Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- tais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
  • Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
  • Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
  • Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- dárias em um só parágrafo.
  • Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- vras.

Condições básicas para interpretar

Fazem-se necessários:

  • Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
  • Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;

Observação – na semântica (significado das palavras) incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono- tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua- gem, entre outros.

  • Capacidade de observação e de síntese e
  • Capacidade de raciocínio.

Interpretar X compreender

Interpretar significa

_- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.

  • Através do texto, infere-se que...
  • É possível deduzir que...
  • O autor permite concluir que...
  • Qual é a intenção do autor ao afirmar que..._

Compreender significa

_- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito.

  • o texto diz que...
  • é sugerido pelo autor que...
  • de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma- ção...
  • o narrador afirma..._

Erros de interpretação

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:

  • Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con- texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
  • Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con- junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
  • Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con- trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo- cadas e, consequentemente, errando a questão. Observação - Muitos pensam que há a ótica do es- critor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia -a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- cedente.

LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes relativos são muito importantes na inter- pretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coe- são. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

  • que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.
  • qual (neutro) idem ao anterior.
  • quem (pessoa)
  • cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído.
  • como (modo)
  • onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante)

Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

Dicas para melhorar a interpretação de texto s

  • Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
  • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
  • Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes;
  • Inferir;
  • Voltar ao texto quantas vezes precisar;
  • Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
  • Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
  • Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
  • O autor defende ideias e você deve percebê-las.

Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- gues/como-interpretar-textos QUESTÕES

1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/

  • ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janei- ro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solidão. (E) penumbra.

2-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- PE/2012) O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações).

Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex- tual “O riso”. ( ) CERTO ( ) ERRADO

3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin- giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e generalizado de energia no final de 2009. Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé- trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es- tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo. Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in- vestimentos e também erros operacionais conspiraram para produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri- buição de energia do país desde o traumático racionamento de 2001. Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adapta- ções). Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. ( ) CERTO ( ) ERRADO

4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: — Carta para o 9.326!!! Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em branco, e um outro pergunta: — Quem te mandou essa carta? — Minha irmã. — Mas por que não está escrito nada? — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando! Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações).

LÍNGUA PORTUGUESA

( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é investido no transporte público. ( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- gue pelo privilégio! ( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio ur- bano melhorou.

A ordem obtida é: a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N) b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S) c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S) d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N) e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N)

10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

  • ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex- presso no excerto: “ Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar ”. a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.

Resolução

1-) Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- do cabe numa fresta. RESPOSTA: “A”.

2-) Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serieda- de; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos rela- cionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. RESPOSTA: “CERTO”.

3-) Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgu- la, temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, de- limita a informação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “CERTO’.

4-) Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”. RESPOSTA: “D”.

Em todas as alternativas há expressões que representam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando coragem e desprendimento. RESPOSTA: “B”.

6-) “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en- tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos. RESPOSTA: “C”.

7-) Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da própria autora! RESPOSTA: “B”.

8-) Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. RESPOSTA: “D”.

9-) (S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans- porte público e estender as ciclovias. (N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas ci- dades, que não resolveu os problemas do trânsito. (S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun- do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro. (N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio- namento, revisão....e agora mais o pedágio? (N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é investido no transporte público. (S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa- gue pelo privilégio! (S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio ur- bano melhorou. S - N - S - N - N - S - S RESPOSTA: “B”.

10-) Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”. RESPOSTA: “A”.

TIPOLOGIA TEXTUAL

Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. As únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dis- sertação ou exposição, informação e injunção. É impor- tante que não se confunda tipo textual com gênero textual.

Texto Narrativo - tipo textual em que se conta fatos que ocorreram num determinado tempo e lugar, envolven- do personagens e um narrador. Refere-se a objeto do mun- do real ou fictício. Possui uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

LÍNGUA PORTUGUESA
  • expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta antes, durante e depois dos acontecimentos (ge- ralmente);
  • é um tipo de texto sequencial;
  • relato de fatos;
  • presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;
  • apresentação de um conflito;
  • uso de verbos de ação;
  • geralmente, é mesclada de descrições;
  • o diálogo direto é frequente.

Texto Descritivo - um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abor- dagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterio- ridade. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto refere. Nessa espécie textual as coisas acontecem ao mesmo tempo.

  • expõe características dos seres ou das coisas, apre- senta uma visão;
  • é um tipo de texto figurativo;
  • retrato de pessoas, ambientes, objetos;
  • predomínio de atributos;
  • uso de verbos de ligação;
  • frequente emprego de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem;
  • tem como resultado a imagem física ou psicológica.

Texto Dissertativo - a dissertação é um texto que ana- lisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo textual requer reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em relação ao que se discute têm grande importância. O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do au- tor sobre o assunto em evidência. Nesse tipo de texto a expressão das ideias, valores, crenças são claras, evidentes, pois é um tipo de texto que propõe a reflexão, o debate de ideias. A linguagem explorada é a denotativa, embora o uso da conotação possa marcar um estilo pessoal. A obje- tividade é um fator importante, pois dá ao texto um valor universal, por isso geralmente o enunciador não aparece porque o mais importante é o assunto em questão e não quem fala dele. A ausência do emissor é importante para que a ideia defendida torne algo partilhado entre muitas pessoas, sendo admitido o emprego da 1ª pessoa do plural

  • nós, pois esse não descaracteriza o discurso dissertativo.
    • expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa;
    • é um tipo de texto argumentativo.
    • defesa de um argumento: apresentação de uma tese que será defendida; desenvolvimento ou argumentação; fechamento;
    • predomínio da linguagem objetiva;
    • prevalece a denotação.

Texto Argumentativo - esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia im- posta pelo texto. É o tipo textual mais presente em mani- festos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-ar- gumentativo.

Texto Injuntivo/Instrucional - indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo impera- tivo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tem- po, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, con- venções, regras e eventos.

Narração

A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto nar- rativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador. É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo, tendo mudança de um estado para outro, segundo relações de sequencialidade e causalidade, e não simultâ- neos como na descrição. Expressa as relações entre os indiví- duos, os conflitos e as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo, utilizando situações que contêm essa vivência. Todas as vezes que uma história é contada (é narrada), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo. As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens , que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. As personagens são iden- tificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos próprios. Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lu- gar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço , representado no texto pelos advérbios de lugar. Além de contar onde, o narrador também pode esclare- cer “quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o tempo , representado no texto narrativo atra- vés dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo desenvolvimento do enredo (é a história propria- mente dita, o meio, o “miolo” da narrativa, também cha- mada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador , que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu...) ou impes- soal (narra em 3ª pessoa: Ele...).

LÍNGUA PORTUGUESA

A apresentação direta acontece quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas característi- cas físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.

  • Em 1ª pessoa :

Personagem Principal : há um “eu” participante que con- ta a história e é o protagonista. Exemplo:

“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bambas, o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Come- cei a andar de um lado para outro, estacando para amparar- me, e andava outra vez e estacava.” (Machado de Assis. Dom Casmurro)

Observador : é como se dissesse: É verdade, pode acredi- tar, eu estava lá e vi. Exemplo: “Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de contra- bandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a cru- zar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado da Lua, na escuridão das noites, na cerração das madrugadas...; ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como por alma de padre, nunca errou vau, nunca perdeu atalho, nunca desandou cruzada!... (...) Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento dele. Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não no víamos des- de muito tempo. (...) Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro. (J. Simões Lopes Neto – Contrabandista)

  • Em 3ª pessoa :

Onisciente : não há um eu que conta; é uma terceira pes- soa. Exemplo: “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fanta- siaram de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu à rua com ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de vergonha da malha de cetim, das asas e das antenas e, mais ainda, da cara à mostra, sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento impreciso de ridículo.” (Ilka Laurito. Sal do Lírico)

Narrador Objetivo : não se envolve, conta a história como sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:

Festa

Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental olha o crioulão de roupa limpa e remendada, acompanhado de dois meninos de tênis branco, um mais velho e outro mais novo, mas ambos com menos de dez anos.

Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas reso- lutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde há seis mesas desertas. O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guara- nás e dois pãezinhos. __ Duzentos e vinte. O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido. Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz. __ Como? __ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito mais gostoso. O homem olha para os meninos. __ O preço é o mesmo – informa o rapaz. __ Está certo. Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhes- tra, como se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida. O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e, em seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôn- dega cada um. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro dos pães, enquanto o rapaz cúmplice se retira. Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo de cerveja até a boca, depois cada um prova o seu guaraná e morde o primeiro bocado do pão. O homem toma a cerveja em pequenos goles, obser- vando criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida. Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois me- ninos. E permanecem para sempre, humanos e indestrutí- veis, sentados naquela mesa. **(Wander Piroli)**

Tipos de Discurso:

Discurso Direto : o narrador passa a palavra diretamen- te para o personagem, sem a sua interferência. Exemplo:

Caso de Desquite

__ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca). Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto casado. Agora com mania de mulher. Todo velho é sem- vergonha. __ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só não me pise, fico uma jararaca. __ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão. __ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está bom? Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de ma- mar no primeiro mês. __Você desempregado, quem é que fazia roça? __ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava. Fui jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no mundo sem ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e dia o hominho aqui na carroça. Sempre o mais sacrificado, está bom? __ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende? __ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só. Sempre tem um cristão que enterra o pobre.

LÍNGUA PORTUGUESA

__ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher... __ Eu arranjo. __ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem dois cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de me- lhor. Vai me deixar sem nada? __ Você tinha amula e a potranca. A mula vendeu e a potranca, deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um prato de comida e roupa lavada. __ Para onde foi a lavadeira? __ Quem? __ A mulata. (...) (Dalton Trevisan – A guerra Conjugal )

Discurso Indireto : o narrador conta o que o persona- gem diz, sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo:

Frio

O menino tinha só dez anos. Quase meia hora andando. No começo pensou num bonde. Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem fei- to que trazia, afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada. (Nos bondes, àquela hora da noite, po- deriam roubá-lo, sem que percebesse; e depois?... Que é que diria a Paraná?) Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem olhar muito para nada. __ Olho vivo – como dizia Paraná. Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das ruas. Ele ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava um guarda nas esquinas. O seu coraçãozinho se apertava. Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher. Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à noite. Pelo jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela lhe deu, ele seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos, mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Os bondes passavam. (João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço) Discurso Indireto-Livre : ocorre uma fusão entre a fala do personagem e a fala do narrador. É um recurso relati- vamente recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. Exemplo:

A Morte da Porta-Estandarte

Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus bra- ços. Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é preciso segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou, se abriu... Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não sai. Tenham paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga não... Não! E esses tambores? Ui! Que venham... É guer- ra... ele vai se espalhar... Por que não está malhando em sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha da cama... Ele está dormindo, Rosinha... Fugir com ela, para o fundo do País... Abraçá-la no alto de uma colina... (Aníbal Machado)

Sequência Narrativa:

Uma narrativa não tem uma única mudança, mas vá- rias: uma coordena-se a outra, uma implica a outra, uma subordina-se a outra. A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:

  • uma em que uma personagem passa a ter um que- rer ou um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo);
  • uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma competência para fazer algo);
  • uma em que a personagem executa aquilo que queria ou devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
  • uma em que se constata que uma transformação se deu e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens (geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os maus).

Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela efetua-se porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazê-la. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um apartamento: quando se assina a escritura, realiza-se o ato de compra; para isso, é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever comprar (respectivamente, querer deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, por exemplo). Algumas mudanças são necessárias para que outras se deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Para ter um carro, é preciso antes conseguir o dinheiro.

Narrativa e Narração

Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narra- tividade é um componente narrativo que pode existir em textos que não são narrações. A narrativa é a transforma- ção de situações. Por exemplo, quando se diz “ Depois da abolição, incentivou-se a imigração de europeus” , temos um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta um com- ponente narrativo, pois contém uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da imigração européia. Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto, o que é narração? A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três carac- terísticas:

  • é um conjunto de transformações de situação (o tex- to de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vi- mos, preenche essa condição);
  • é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e fatos concretos (o texto “Porquinho-da-índia” preenche também esse requisito);
  • as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal que, entre elas, existe sempre uma relação de anterio- ridade e posterioridade (no texto “Porquinho-da-índia” o fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debai- xo do fogão, que por sua vez é anterior ao de o menino levá-lo para a sala, que por seu turno é anterior ao de o porquinho-da-índia voltar ao fogão).