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Um relato de caso de tratamento endodôntico de um segundo molar inferior com alta complexidade anatômica. O texto aborda a importância da compreensão da anatomia dental para o sucesso do tratamento, as desafios relacionados às variações anatômicas dos canais radiculares e a importância do conhecimento de diferentes sistemas de limas rotatórias e reciprocantes. O caso ilustra a necessidade de dominar técnicas específicas para lidar com as complexidades anatômicas descobertas.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Graduação em Odontologia Edson Mendes Ramos Da Silva
Recife 2021
Edson Mendes Ramos Da Silva
Monografia apresentada ao curso de especialização Lato Sensu da Faculdade Sete Lagoas - FACSETE, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia. Orientador: Prof. Espe.Sebastião Pedro dos Santos neto Recife 2021
A variação e a complexidade dos sistemas de canais de dentes multirradiculares, como os segundos molares inferiores, ainda representa um desafio à terapêutica endodôntica. O objetivo do tratamento endodôntico é a remoção de restos orgânicos, a sanificação e a obturação tridimensional dos canais radiculares, sempre seguindo o conceito cleaning and shaping, ou seja, limpar e modelar o canal radicular, realizando o afunilamento contínuo do terço cervical até o apical, com a manutenção do formato original e da posição do forame. Sendo assim, este trabalho abordou um relato de caso de segundo molar inferior com complexidade anatômica elevada, onde o domínio sobre a anatomia dental, assim como dos recursos e técnicas para a correta execução do tratamento foram indispensáveis para o sucesso do caso. PALAVRAS-CHAVE: Anatomia; Dente molar; Endodontia.
Os objetivos da terapia endodôntica são a remoção de restos orgânicos, a sanificação e a obturação tridimensional dos canais radiculares. Em trabalho clássico da literatura endodôntica, Schilder (1974) introduziu o conceito cleaning and shaping, ou seja, limpar e modelar o canal radicular, reafirmando a importância do afunilamento contínuo do terço cervical até o apical, com a manutenção do formato original e da posição do forame. A realização destes passos somente é possível com o conhecimento da anatomia da cavidade pulpar, de seus aspectos normais e, principalmente, de suas variações, fatores estes que norteiam a abertura coronária, a localização dos canais e a instrumentação. As variações da morfologia levam ao emprego da expressão ‘sistema de canais radiculares’ (SCR) e, em razão de este estar em comunicação direta com os tecidos perirradiculares por meio de ramificações apicais, canais colaterais, acessórios, deltas, conexões intercanal, a falta de conhecimento da diversidade anatômica é uma das principais causas de insucesso do tratamento (MARCELIANO-ALVES et al ., 2015). Um dos grandes desafios é enfrentar os formatos internos presentes nos diferentes grupos dentários, os quais não devem, jamais, ser subestimados, quando a opção é a busca do sucesso. As características da morfologia endodôntica, relacionadas com as freqüências de número, localização, direção e forma dos canais radiculares, podem determinar o sucesso terapêutico. O êxito do tratamento endodôntico exige a localização, sanificação e obturação desses canais radiculares (BORGES et al ., 2009). A realização de um preparo que permita um acesso e uma limpeza adequada dos canais radiculares, e uma conseqüente obturação ideal dos mesmos; são fatores que contribuem pra o sucesso do tratamento endodôntico. Para isso, o conhecimento da anatomia interna destes canais é imprescindível por parte do profissional, tanto das normalidades como das diversas variações que esta anatomia pode oferecer (AZNAR et al ., 2007). Em dentes com canais retos, a aplicação dos princípios de Schilder (1974) é menos crítica; porém, em canais curvos, dependendo do grau de curvatura, as dificuldades aumentam e podem resultar em acidentes, como: desvio do trajeto
original do canal, perfurações, zip, rasgos e degraus (MARCELIANO-ALVES et al ., 2015). Considerando-se a importância da identificação da anatomia para o planejamento da terapia endodôntica, o objetivo do presente estudo foi discutir a complexidade das variações anatômicas dos molares inferiores a partir da descrição de um caso clínico do elemento 47. . .
sessão, colocada uma pelota de algodão estéril e o dente foi restaurado, provisoriamente, com resina composta. Após a primeira sessão, a paciente entrou em contato informando que estava sentindo dor e sentindo o dente alto, então procurou uma urgência, onde foi feito um curativo e receitado antiinflamatório. A mesma informou que após a urgência a sintomatologia dolorosa havia cessado, porém, teve que ir algumas vezes trocar o curativo, pois sempre caía, até a data marcada para a próxima consulta no CPGO. Na segunda sessão, a paciente relatou que a sintomatologia dolorosa espontânea havia voltado. Após a realização da anestesia e isolamento absoluto, assim como citados no parágrafo acima, foi feita a remoção do material obturador provisório que havia sido colocado na urgência e dada a continuidade do tratamento endodôntico. A limpeza e modelagem dos canais radiculares foram seguidas com limas rotatórias 15.05, 25.01 e 25.03 em todos os canais. No mésio-lingual foi dado sequência com 25.05, porém, após a modelagem no CRT, foi feita uma nova inserção da lima para se obter uma maior limpeza e modelagem do canal, porém, no ultimo movimento de entrada, 3 mm da lima fraturou no terço apical. Foi dada então continuidade dos demais canais com lima reciprocante 25.06, limas rotatórias 35.04, 40.01 e no canal distal foi utilizada ainda uma lima 50.01. Ao término do preparo químico-mecânico, foi colocada uma pelota de algodão estéril e o dente foi restaurado, provisoriamente, com resina composta. Na terceira sessão, a paciente retornou assintomática. Foi estabelecida, então, a conemetria (Fig. 03) e realizado protocolo de irrigação final. A obturação dos canais radiculares foi feita por meio da técnica de cone único e cimento AH Plus Jet. Após, foi realizado o corte da gutta percha na embocadura de cada canal com aplicador de hidróxido de cálcio aquecido e foi feita a condensação com o mesmo a frio. A limpeza coronária foi realizada com pelota de algodão, seguida da Figura 02 - Radiografia após remoção total do material obturador e desgaste compensatório.
qualificação de dentina e blindagem com resina composta (Fig. 04). A paciente foi encaminhada para reabilitação com coroa do dente. Figura 03 - Radiografia da prova dos cones. Figura 04 - Radiografia final.
O caso citado neste trabalho mostra um segundo molar que foge dos padrões normais no tocante à anatomia de suas raízes. Além do conhecimento da anatomia, utilização de localizador eletrônico e uma criteriosa análise de radiografias periapicais, foram imprescindíveis o conhecimento sobre os sistemas de lima rotatório e reciprocante, assim como a hibridização dos sistemas e como aplicar da melhor maneira a vencer as dificuldades impostas pela anatomia das raízes do dente em questão.
Os segundos molares apresentam alto índice de variações anatômicas. O relato desse caso clínico evidencia a necessidade do conhecimento da anatomia dental, assim como o domínio dos recursos e técnicas para a correta execução do tratamento, o que certamente contribuirá para o sucesso do tratamento endodôntico.