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Guias e Dicas
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Estratégias de Gerenciamento de Riscos para Traders Iniciantes, Manuais, Projetos, Pesquisas de Finanças

Neste documento, aprenda sobre os erros cometidos por traders iniciantes e como se tornar um estrategista eficaz na bolsa de valores. Saiba como planejar a estratégia de entrada, objetivo, stop loss, tempo e horários para encerrar operações. Explore diferentes modelos de gerenciamento de riscos, como o modelo de capital fixo alocado e o modelo de percentual fixo do capital a expor.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 30/04/2020

katarina-luciana-batista-5
katarina-luciana-batista-5 🇧🇷

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A partir do momento que você já se preparou para não cometer o erro de número

# 1 descrito há pouco, pode estar pensando que está tudo resolvido. De fato, as

coisas já melhoraram muito, mas você ainda precisa arregaçar as mangas e não

deixar a peteca cair. É aí que eu te pergunto: Com quantas ações vai operar?

Se a resposta for “Sempre com a mesma quantidade de ações ou volume

financeiro”, já é um bom começo. Este é um modelo de gerenciamento de risco,

apesar de não ser necessariamente apropriado para TODOS os casos. Agora, se a

resposta for “Não sei, acho que...”, é melhor se preparar, pois ainda há muito

trabalho pela frente. De acordo com o mundialmente reconhecido psicólogo,

trader e autor de best-sellers na área financeira, Dr. Alexander Elder, a análise

gráfica tem papel secundário na sobrevivência e no sucesso de um operador. O

principal pilar de sustentação é o MANEJO DE RISCO.

Este manejo é justamente a descrição das regras que irão definir o position sizing ,

isto é, a quantidade de ações a operar por trade. Existem alguns tipos, mas vou

falar de dois principais:

Modelo de Capital Fixo Alocado

Neste modelo, iremos sempre operar uma mesma quantidade de volume financeiro de ações por trade. No entanto, para evitar a “curva de ruína” em que, da assimetria entre escalas de ganho e de perdas, para recuperar uma perda de 50 % seria preciso rentabilizar 100 % de sua próxima operação, utiliza-se um colchão de liquidez em dinheiro na conta. Esta reserva não poderá ser utilizado para comprar ou vender ações. Deve ser um valor isolado que seja, no mínimo, compatível com o Máximo Drawdown de sua estratégia (máximo decaimento da curva de capital de uma estratégia estabelecido em uma janela histórica, uma medida de risco bastante comum). O objetivo básico de um colchão de liquidez é que, eventuais perdas dentro da estratégia não afetem o capital-base utilizado em cada operação, e assim corrigindo a assimetria entre a escala de perdas, limitada a 100 % por natureza, e a de ganhos, ilimitada, mas que parte do valor atual que têm a dispor para operações. Assim sendo, em um exemplo prático, caso você opere com R$ 50. 000 , 00 , sendo R$ 35. 000 , 00 o volume alocado em cada operação, você sempre operará a quantidade de ações correspondente a R$ 35. 000 , 00 , até que seja, em um pior cenário, consumido o colchão de liquidez de R$ 15. 000 , 00 deixado em conta para ajustar possíveis perdas.

Descreveu todas as regras? Todas mesmo? Até as de manejo de risco? Muito bom! Você já pode se julgar como parte de uma minoria favorecida, a dos traders que possuem algum nível de controle sobre os seus prováveis resultados. Quer saber quais são estes prováveis resultados? Basicamente o que você irá fazer é simular cada uma das operações que teriam acontecido em uma base histórica. Quanto maior esta base, melhor, mas para que tenhamos uma noção do que seria uma amostra minimamente viável, vamos tomar como base 100 trades finalizados. Este processo se chama backtest. Geralmente, o primeiro teste é um pouco desanimador, pois o que se obtém na maioria das vezes, caso ainda não tenha experiência na modelagem de modelos, é uma curva com sobes e desces randômicos, ou mesmo consistente nas perdas. Mas se esta curva for positiva, ou houver uma boa parte da amostra com comportamento consistente, você pode experimentar parâmetros diferentes para observar se há evolução. Por exemplo: Experimentar diferentes combinações parâmetros de Gain e Loss (mais curtos ou mais longos), ver se é cabível uma regra de realização parcial no meio do caminho para o Gain , ver se é boa idéia gerenciar uma regra de breakeven (assim que atingir determinado nível de êxito, ajustar o STOP Loss para o ponto de entrada), ou até mesmo se é cabível um stop móvel... Por que não? É o teste quem irá dizer. Mas sempre parta de uma “massa bruta” que revele alguma atratividade. Em uma curva consistente em perdas, não há o que fazer. Para não perder tempo, as únicas atitudes a se tomar são deixar de lado ou estudar a operação OPOSTA àquele modelo. Existem softwares para ajudar neste processo, como o Meta Trader 5 , o AmiBroker ou o Grapher OC, mas sempre acaba sendo necessário algum domínio de linguagens de programação se quiser fugir das planilhas e papéis milimetrados. Achou uma “galinha dos ovos”? Teste mais, aumente as bases, experimente em papéis diferentes... E continue lendo pois os próximos erros vão te ajudar a clarear ainda mais a visão.

Já parou para contabilizar os custos operacionais de suas operações? Eles incomodam, não é mesmo? Mas por mais baratas que possam ser as negociações, nunca será possível eliminá-los por completo, porque você precisa de uma corretora, de uma bolsa de valores como ambiente de negociação, de uma câmara de custódia, e por mais controverso que possa parecer, de um governo para rachar o bolo. Deu para perceber que não falo apenas da tarifa de corretagem, mas também de outros custos como emolumentos, taxa de liquidação, ISS, etc. Quando operamos pouco, tendemos a ignorá-los, mas à medida que o volume aumenta, se não planejados, estes custos podem se tornar grandes pedras no sapato. Veja a diferença entre 2 gráficos de backtest. Um parece até razoável, o outro, completamente inviável. Agora veja: ambos consistem na mesma estratégia, no mesmo tempo gráfico, com todas as regras de entrada e saída idênticas. Uma diferença apenas: Uma considerou apropriadamente TODOS os custos envolvidos, outra considerou somente o que sai na nota de corretagem. Além dos custos descritos nas notas de negociação, o gráfico 02 considera também os custos ocultos. Aqui, nos referimos ao SLIPPAGE , que consiste naquele centavinho ou pontinhos que se perde ao agredir o book , em uma entrada a mercado. Eles são uma espécie de custo que te distancia do resultado de seus testes ideais. E não vale pensar “é só não agredir e deixar ordem pendurada que não pago este passe”, pois deixar de entrar em uma operação que busca o gain também é um tipo de custo. Ocultos ou escancarados, não dá para evitar os custos de operação. O que você pode fazer é medí-los e considerá-los em seu teste de desempenho, para ter uma visão clara e evidente se a operação compensa, não só para os intermediários envolvidos, mas principalmente, para o SEU DINHEIRO.

Este erro é o que distancia o trader da constatação do erro # 5. O paper trading é a ponte entre a teoria e a prática de uma estratégia. Consiste em simular ao vivo cada uma das operações do modelo descrito. Pode ser feito um acompanhamento em planilhas, ou uso de um software especial de conta demo, como o MetaTrader 5 Demo. Aqui, o seu objetivo será avaliar de perto a viabilidade prática de cada uma das regras, bem como enxergar de perto as idéias que podem surgir de melhorias ao seu modelo. Operando na prática, encontramos inconsistências que não seriam visíveis no gráfico de desempenho. Assim sendo, aceleramos a curva de encontro de uma versão definitiva e operável. O paper trading é o último passo antes da operacionalização prática. Não o ignore, pois já vi muitas galinhas dos ovos de ouro sendo assadas neste processo.

Quando estamos com a exposição ao risco concentrada em um único ativo ou estratégia em especial, é possível dizer que é de 100 % a probabilidade de um momento hostil ao modelo lhe afetar negativamente. Além disto, já ouviu aquela master “Retornos passados não garantem retornos futuros”? Uma única estratégia pode deixar de acertar a mão se os ativos operados mudarem de comportamento. Se não houver uma carta na manga, você pode sair perdendo. Por um outro lado, excesso de pulverização também não é a saída, vez que se as exposições estiverem demasiadamente diluídas, quando uma estratégia apresentar geração de alpha (retornos líquidos acima da referência, mantido o nível de volatilidade em níveis equiparados), a depender do tamanho da posição alocada, isto pode não fazer cócegas no objetivo de retorno. A conversa começa a ficar mais complicada quando falamos sobre as “figurinhas repetidas”, efeito da exposição a fatores de risco similares entre duas ou mais aplicações. São casos em que diversificar entre duas ou mais posições não necessariamente surte efeito diferente de manter a posição isolada. Uma forma muito adequada de mensurar a diversificação ideal é através de uma alocação em estratégias independentes, que operem ativos diferentes, com filosofias de operação diferentes. Depois que estiver com a curva de capital formada para mais de uma estratégia, faça uma sobreposição gráfica entre as duas e meça a correlação. Se for negativa, é ideal: Representa que uma soma forças às fraquezas da outra. Se for próxima de zero, dá para levar: Elas não tendem a apresentar uma relação de causa e efeito, e com isto, seus riscos não estão concentrados. Se for positiva e superior a

  • 0 , 3 (correlação varia de - 1 a + 1 ), você está com uma figurinha repetida em mãos!

Existe toda uma cadeia de processos para atingir o nível máximo de proveito como trader. Grandes traders repetem este processo milhares de vezes para encontrar as estratégias ideais que farão parte do seu portfolio. Não perca tempo!