Como Elaborar Projetos de Pesquisa – Resumo Esquemático do Livro de Antonio Carlos Gil, Resumos de Pesquisa Qualitativa

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PROJETO DE

PESQUISA CIENTÍFICA

POR ONDE COMEÇO?

Júlia Agra

Acadêmica de Medicina

Atualizado em 2025

RESUMÃO

MEDICINA

Resumo - Júlia Agra

Livro: Como elaborar projetos de pequisa - Antonio Carlos Gil

Como encaminhar uma pesquisa

Conceito

Procedimento racional e sistemático Objetivo de responder problemas quando as informações não são suficientes ou estão em estado de desordem para respondê-lo Envolve inúmeras fases que vai desde a formulação do problema até a apresentação de resultados para ele

Razões para se fazer uma pesquisa

Podem ser classificadas em dois grandes grupos:

1. Razões de ordem intelectual → decorrem do desejo de conhecer pela satisfação de conhecer
2. Razões de ordem prática → decorrem do desejo de conhecer com o intuito de fazer algo mais eficiente ou eficaz 💡 Tem sido comum designar as pesquisas decorrentes desses dois grupos de questões como "puras" e "aplicadas" e discuti-las como se fossem mutuamente exclusivas. Essa postura é inadequada, pois a ciência objetiva tanto o conhecimento em si mesmo quanto as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento → as duas são igualmente importantes

O que precisa para fazer uma pesquisa

1. Qualidades pessoais do pesquisador → conhecimento do assunto a ser pesquisado; curiosidade, criatividade; integridade intelectual; atitude

i) cronograma da execução da pesquisa; j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros a serem alocados 💡 Rigorosamente, um projeto só pode ser definitivamente elaborado quando se tem o problema claramente formulado, os objetivos bem determinados, assim como o plano de coleta e análise dos dados. Geralmente, esses elementos são organizados em etapas, podendo essas serem simplificadas ou modificadas:

Como formular um problema de pesquisa?

Conceituação difícil em virtude das diferentes acepções que envolvem este termo. Tem que se verificar se o problema é científico → não podem ser problemas de engenharia e de valor, porque sua correção ou incorreção não são passíveis de verificação empírica um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testáveis

Ex:. "Em que medida a escolaridade determina a preferência político- partidária?" "A desnutrição determina o rebaixamento intelectual? → envolvem variáveis suscetíveis de observação ou manipulação Podem-se formular problemas voltados para a avaliação de certas ações ou programas, como, por exemplo, os efeitos de determinado anúncio pela televisão ou os efeitos de um programa governamental na recuperação de alcoólatras Formular um problema científico é desafiador e requer treinamento. A formulação de problemas não segue procedimentos rígidos, mas algumas condições facilitam o processo, como a imersão no objeto, estudo da literatura e discussão com especialistas. A experiência dos pesquisadores leva ao desenvolvimento de regras práticas, como:

1. Formular o problema como pergunta → Essa abordagem é particularmente importante em pesquisas acadêmicas, onde os estudantes começam com um tema e o transformam em um problema formulando perguntas sobre o tema “que fatores provocam o divórcio?" ou "quais as características da pessoa que se divorcia?".
2. Torná-lo claro e preciso → Reformular perguntas ambíguas ou mal definidas é importante para tornar o problema respondível; Definições operacionais são úteis, especialmente nas ciências humanas, para tornar os conceitos mensuráveis; Definir operacionalmente conceitos, como religião, pode evitar ambiguidades e garantir precisão na pesquisa.
3. Empírico → não devem referir-se a valores para evitar julgamentos morais e subjetividade
4. Suscetível de solução → É preciso ter o domínio da tecnologia adequada a sua solução. Caso contrário, o melhor será proceder a uma investigação acerca das técnicas de pesquisa necessárias.
5. Delimitado a uma dimensão viável → restringir a investigação quando se trata de um questionamento muito amplo Problemas que não atendem a essas regras podem ser reformulados ou esclarecidos para melhor se adequar à pesquisa.

As seis categorias de relações assimétricas identificadas por

Rosenberg (1976) são:

1. Causalidade Direta: Uma variável afeta diretamente outra, causando um efeito mensurável.
2. Causalidade Complexa: Múltiplas variáveis interagem de maneira complexa para causar um fenômeno.
3. Causalidade Múltipla: Várias variáveis independentes contribuem para explicar uma variável dependente.
4. Causalidade de Mediação: Uma variável intermediária atua como um elo entre duas variáveis, transmitindo ou explicando o efeito.
5. Causalidade de Moderação: O efeito de uma variável independente em uma variável dependente é moderado ou condicionado por outra variável.
6. Causalidade Recursiva: As variáveis causam efeitos uns nos outros em um ciclo de retroalimentação. Essas categorias ajudam a compreender a complexidade das relações causais em pesquisas científicas.

Todo procedimento de coleta de dados depende da formulação

prévia de uma hipótese

em muitas pesquisas elas não são explícitas → análise de hipóteses subjacentes por meio dos instrumentos adotados na coleta de dados