












Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Documento que registra a homenagem dada a enrique iglesias pela aladi (associação latino-americana de integração) em que é declarado cidadão ilustre da américa latina. O documento contém discursos de vários representantes que falam sobre a trajetória e contribuições de enrique iglesias para a integração e desenvolvimento da américa latina.
Tipologia: Notas de aula
1 / 20
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Aprovada na 1220ª sessão ALADI/CR/Ata 1210 14 de julho de 2015 Horário: 10h10m às 11h30m
O Comitê de Representantes recebe o senhor Enrique Iglesias, declarado "Cidadão Ilustre da América Latina".
Preside:
JUAN ALEJANDRO MERNIES FALCONE
Assistem: Sergio Luis Iaciuk, Pablo Ducros (Argentina), Benjamín Blanco Ferri (Bolívia), George Ney de Souza Fernandes, Roberto Goidanich, Alessandro Segabinazzi (Brasil), Alex Rodrigo Chaparro Cavada (Chile), Alejandro Borda Rojas, Luz Marina Rivera (Colômbia), Ofelia Arteaga Cárdenas (Cuba), Emilio Rafael Izquierdo Miño (Equador), Alejandro de la Peña Navarrete, Oscar Ricardo Gallegos Sánchez (México), Elvia Martínez Moor (Panamá), Raúl Cano Ricciardi, Pedro Villalba (Paraguai), Augusto Arzubiaga Scheuch, Olga Lukashevich Pérez (Peru), Juan Alejandro Mernies Falcone, Pilar Silveira, Ivannah Garelli Ruggia (Uruguai), Francisco Rafael Navarro González, Beglis Coromoto Alfaro (Venezuela), Maurizio Gelli (Nicarágua), Yan Banghua (China), Arnaldo Herrera Vargas (Costa Rica), José Sotelo Salcedo (El Salvador) Roberto Leva Rapela (Guatemala), Luis Ramón Ortiz (Honduras), Alberto Villaroel (República Dominicana), Alexey K.Labetskiy (Rússia), Ricardo Domínguez (OEA), Juan Fernández Trigo (União Européia).
Secretário-Geral: Carlos Alvarez
Subsecretário: César Llona, Pablo Rabczuk
Convidados especiais: José Mujica Cordano, Senador e ex Presidente do Uruguai; María Julia Muñoz, Ministra da Educação e Cultura; Lilian Kechichian, Ministra do Turismo; Pablo Ferreri, Ministro interino da Economia e Finanças; Luis Cancela, Subsecretário de Relações Exteriores; Benjamín Liberoff, Subsecretário de Turismo; Didier Opertti, ex Secretário-Geral da ALADI e ex Ministro das Relações Exteriores; Sergio Abreu, ex Ministro das Relações Exteriores; Belela Herrera, ex Subsecretária de Relações Exteriores; Washington Ribeiro, Diretor do Banco Central do Uruguai; Alfredo Asti, Deputado Nacional; Daniel Peña, Deputado nacional; Bernardo Greiver, Diretor-Geral da Secretaria do Ministério das Relações Exteriores; Jorge Luis Jure, Diretor de Tratados do Ministério das Relações Exteriores; Lidia Brito, Diretor do Escritório Regional da UNESCO; Roberto Varela, Embaixador da Espanha; Claire A. Poulin, Embaixadora do Canadá; Pierre Den Baas, Embaixador da Ordem de Malta; Jessica Adkins, Embaixada dos Estados Unidos; Katharine Felton, Embaixada Britânica; Nélson Simatovich, Cônsul honorário de Suriname; Ignacio Hernaiz, Diretor da Organização de Estados Ibero- Americanos; Enrique Deibe, Diretor de OIT/CINTERFOR; María García Ricard, Anistia Internacional; Julio Durante, Presidente da Associação Nacional da Micro e Pequena Empresa; Gonzalo González, Gerente Geral da Câmara Mercantil de Produtos do País; Rodrigo Arim, Decano da Faculdade de Ciências Econômicas e de Administração; Jorge Bergalli, Presidente do Colégio de Contadores, Economistas e Administradores do Uruguai; Héctor di Biase, Conselheiro do CURI; Pablo Genta, Universidad de Montevideo; Emilio Rivero, Chefe das Relações Internacionais de INALOG; Ignacio Lavagna, Presidente da Câmara Uruguai-Venezuela; Robert Miles, Presidente da Câmara de Comércio Uruguaia-Francesa; Javier Volonté, Diretor Cultural da Câmara de Comércio Uruguai- Venezuela; Cristina Sotelo, Diretora de Sotelo e Associados.
Sem prejuízo, gostaria de lembrar brevemente que o contador Iglesias, nascido em Asturias e nacionalizado uruguaio, foi Diretor de 1961 a 1965 da Comissão de Investimentos e Desenvolvimento –CIDE– que preparou o primeiro plano econômico e social do Uruguai. Em 1967 foi escolhido primeiro Presidente do Banco Central do Uruguai, cargo que desempenhou até 1968. Em 1985 foi designado Ministro das Relações Exteriores pelo novo governo democrático que surgiu no nosso país após os anos da ditadura militar, ocupando esta alta responsabilidade até o ano 1988. Neste cargo, exerceu como presidente da Reunião Ministerial que iniciou a Rodada Uruguai do Gatt em Punta del Este em 1986, cujas negociações levaram à criação da Organização Mundial do Comércio.
A atuação internacional do contador Iglesias começou no ano 1972 como Secretário Executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas –CEPAL–, visto que ocupou até 1985. Foi também Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Fontes de Energias Novas e Renováveis, relacionada em Nairobi, Quênia em 1981. Entre 1988 e 2005 desempenhou-se como Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o mais antigo e maior banco regional de desenvolvimento. Entre os anos 2005 e 2014 o Contador Iglesias assumiu como primeiro Secretário-Geral Ibero-Americano, órgão permanente de apoio desde sua sede em Madri à Conferência Ibero-Americana e à Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dos 22 países de fala hispânica e portuguesa da Europa e da América Latina que a conformam.
Nesse sentido, a longa e bem-sucedida trajetória em nível regional e ibero- americano do senhor Iglesias, sua gestão e liderança dos organismos internacionais que foi dirigido com grande êxito, impulsionados por sua visão estratégica da região e seu futuro o levaram a ser artífice essencial de uma identidade comum latino- americana; sempre com seu alto sentido ético como componente essencial de toda política de desenvolvimento e integração.
Como foi assinalado por outras personalidades, não houve um espaço de construção de unidade na região na que o contador Iglesias não tenha sido parte principal, com sua personalidade comprometida e sua capacidade para o diálogo que o caracteriza, precisamente, como fazedor de consensos e construtor de acordos.
A distinção que lhe outorga a ALADI é um justo e merecido reconhecimento a sua trajetória, a sua capacidad profissional e técnica, a suas qualidades pessoais e a sua contribuição permanente ao processo de integração latino-americano.
Mas além de sua destacada trajetória internacional cremos que corresponde que a ALADI lhe outorgue esta justa distinção visto que o contador Iglesias tem estado unido à mesma acompanhando e apoiando seu andamento como casa da integração latino-americana praticamente desde seu início, sendo uma das personalidades que mais vezes foi recebida por este Comitê de Representantes.
A esse respeito, a primeira visita do contador Iglesias foi realizada em maio de 1984, como Secretário da CEPAL. Em outubro de 1992, o contador Iglesias foi recebido novamente por este Comitê como Presidente do BID, em ocasião da assinatura de um importante convênio relativo ao Programa de Aperfeiçoamento do Sistema de Comércio Exterior da ALADI. A seguinte visita foi em abril de 2004, também como Presidente do BID. Enquanto que sua última visita de caráter oficial foi em julho de 2008, esta vez como Secretário-Geral Ibero-Americano.
Em todas estas ocasiões, destacou-se especialmente pelos respectivos Presidentes do Comitê de Representantes e Secretários-Gerais, o vínculo permanente do contador Iglesias com a ALADI, sua luta por uma América Latina mais forte, seu
caráter de protagonista de primeira linha da história da região, de forjador incansável de seus ideais e de participante nos diversos processos de integração a partir de sua reconhecida visão integracionista e sua longa experiência política e técnica no âmbito internacional.
Finalmente, peço a anuência dos demais Representantes e como nota pessoal, que já tinha assinalado no transcurso da votação, permita-me mencionar que tive a fortuna, no final dos anos 90, de compartilhar várias veladas com o contador Iglesias na residência da Embaixadora Zulma Gelman, em Tóquio, o que me permitiu conhecer de primeira mão uma muito boa pessoa, seu fino sentido do humor; todas qualidades que acrescentam e engalanam a destacada personalidade do contador Enrique Iglesias.
Em definitiva, senhor Iglesias, ilustre cidadão uruguaio, latino-americano e ibero- americano, nascido em Asturias, cremos que representa fielmente o melhor do pensamento do crisol de raças que é este continente, “uma comunidade mestiça” como ele tem chamado.
Mediante sua visão de estadista e sua ação permanente em todos os organismos que liderou, o senhor Iglesias foi construtor principal de um espaço comum, que através da integração sincera de seus povos e com a força de sua diversidade pode e deve ocupar um lugar estratégico no concerto mundial.
Por tudo o dito, com o qual espero representar fielmente o sentimento unânime de todos os demais Representantes Permanentes, reitero, contador Iglesias, as boas- vindas a esta, que é sua casa, para permitir-nos honrar-nos poder apresentar-lhe esta merecida distinção de Cidadão Ilustre da América Latina como agradecimento por seu exemplo comprometido que nos inspirou e continuará inspirando, sem dúvida, neste trabalho diário da construção da integração latino-americana.
A seguir, desejo ceder o uso da palavra ao senhor Secretário-Geral, Carlos “Chacho” Alvarez.
SECRETÁRIO-GERAL. Muito obrigado. Quero cumprimentar primeiro todos os presentes, as Ministras que estão aqui, Subsecretários, Embaixadores dos nossos países amigos, Representantes Permanentes, Representantes Alternos, convidados especiais. Quero agradecer-lhes muito a presença aqui porque o âmbito com que se homenageia o doutor Iglesias era para nós muito importante.
Quando comentávamos com o Presidente do Comitê este reconhecimento e manifestávamos a importância da presença do Chanceler Nin Novoa, que tão gentilmente veio hoje aqui, dizíamos que era importante reconhecer primeiro uma trajetória, uma biografia, um caudal de memórias políticas, econômicas, acadêmicas, diplomáticas que deixaram uma marca muito forte no conjunto da América Latina.
Se tomarmos a história dos últimos 50 anos da América Latina não vai ver muitas figuras tão emparentadas aos ciclos de ilusão e desencanto que sofremos neste continente como latino-americanos. Uma das figuras mais paradigmáticas, mais emblemáticas desta trajetória cíclica da América Latina foi o contador Iglesias, isso o conhecem bem os ex-chanceleres aqui presentes que nos honram e todos os compatriotas de Enrique Iglesias que conhecem sua trajetória.
Aí há uma primeira questão, que é reconhecer uma trajetória emparentada com as circunstâncias cíclicas, duras, difíceis e contraditórias que temos sofrido como latino- americanos.
Com isto lhe queremos dizer, querido Enrique: queremos na ALADI agradecer-lhe neste dia, nesta homenagem tudo o que fez pelos temas da integração latino- americana e também falar-lhe que tem muitas tarefas pela frente, muito a fazer. Portanto, muito obrigado por tudo o que nos deu. Obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Secretário-Geral. Gostaria de oferecer agora a palavra ao senhor Ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa. Adiante, senhor Chanceler.
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO URUGUAI (Rodolfo Nin Novoa). Muito obrigado. Senhores Ministros e Ministras, senhores Subsecretários, senhores Representantes Permanentes junto à ALADI, senhores Representantes Alternos, senhor Secretário-Geral, senhores Subsecretários, funcionários, trabalhadores da imprensa.
Há poucos dias tive a oportunidade, junto com a Ministra María Julia Muñoz, de concorrer a outro ato, a um ato de reconhecimento. E me fizeram falar de forma improvisada ali no final e não sei porque me veio à mente o título de um livro que recolhe muitos dos discursos de García Márquez. Esse título é: “Eu não vim aqui para dizer um discurso” e eu, parafraseando García Márquez, não venho fazer um discurso. Venho fazer um reconhecimento a um homem que foi um artífice da integração latino- americana, da visão estratégica latino-americana, do pensamento econômico latino- americano.
E o faço segundo uma posição que ele mesmo teve, o faço segundo essa posição de Chanceler da República no mesmo despacho que ele teve, com os mesmo móveis que ele pus, não toquei absolutamente nada porque sinto nesse ambiente sua inspiração, como sinto também, justo é falá-lo, a inspiração de outros chanceleres que estiveram desde 1985 até agora.
Eu conheci Enrique Iglesias em uma viagem à Lagoa Mirim, talvez muitos dos senhores saibam onde está mas não conheçam o lugar físico. Ele era Chanceler e eu era Prefeito de Cerro Largo e fomos no carro, uma hora de viagem conversando e aprendendo, porque eu era um jovem de trinta e poucos años e ele era um jovem de quarenta e poucos anos.
E fui aprendendo e vendo nele toda essa potencialidade para descrever as coisas que acontecem no país, na região e no mundo de uma maneira tão simples, que eu digo que quem fosse aluno, se tivesse escutado Enrique Iglesias, deveria ter se formado como economista sem nenhuma dificuldade.
E para mim, a condição mais destacável que tem Enrique é ser uma excelente pessoa, essa afabilidade, esse estar permanentemente à disposição daqueles que o requerem. E tem esses consensos porque pratica diariamente a principal condição, o principal mérito que devemos ter para conseguir consenso que é: ser tolerante. Enrique Iglesias é um homem tolerante e por isso a gente o respeita, porque é a principal virtude que tem que ter um autêntico democrático.
Para mim, o principal motivo de alegria hoje de estar aqui é precisamente essa lição que ele me transmite quando nos vemos ou quando nos encontramos, falando as coisas, a visão que tem dos problemas do país e do mundo.
E ele maior galardão que teve nos últimos dias, em uma reunião que com ele tive, foi que me disse batendo no meu ombro: “está bem”. E isso para mim é muito, muito, muito importante.
Muito obrigado, Enrique, por tudo o que deu ao país, à América Latina e ao mundo.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Chanceler. Muito obrigado claro pela sua presença aqui hoje. Gostaria a seguir de dar a palavra ao nosso ilustre convidado o senhor contador Enrique Iglesias.
CONTADOR ENRIQUE IGLESIAS. Há anos que vinha ameaçando com isto “Chacho” Alvarez, e realmente quero agradecer-lhe muito a ele e a todos os Representantes, Embaixadores, amigo Presidente deste encontro e, claro, ao Ministro do meu país, querido amigo, e a tantos Ministros, amigas e amigos que estão hoje aqui presentes. Para mim é uma grande honra.
Como falava, como lembrava o Presidente, a quantidade de vezes que tive a oportunidade de estar aqui com chapéus diferentes, sempre assinalando esta casa como ponto de referência de uma grande ilusão: que é a ilusão que minha geração criou nos anos 50, quando nasce a integração formal na América Latina. Os centro- americanos tinham começado já um pouco antes a falar do tema, mas certamente como visão continental aparece o esforço. Vou referir-me a isso um pouco depois.
Eu me sinto muito orgulhoso desta distinção, primeiro porque sou uruguaio e os uruguaios somos comprometidos com a América, o aprendemos desde a escola, o aprendemos olhando um pouco o surgimento desta região onde, de alguma maneira, sempre tivemos um compromisso integral como latino-americanos. E creio que isso custa, o levamos dentro todos.
Eu, como foi lembrado aqui, nasci em Asturias, vim de criança a este país, de 3 anos, e na verdade não me fiz uruguaio me fizeram uruguaio. Fez-me uruguaio o bairro, o armazém do meu pai, a escola, a universidade, as oportunidades que me deu este país.
E entre as oportunidades, está ter podido participar nos temas internacionais aos quais o Uruguai está vinculado e em princípio foi um dos grandes compromissos do país e continua sendo.
Também, porque no Uruguai aprendemos desde a escola a admirar os heróis latino-americanos, eran nossos heróis, eram heróis compartilhados. Sentíamos sempre essas grandes figuras como Bolívar e San Martín como companheiros do nosso Artigas, eram parte do que tinham construído, isto que hoje se chama, com muita razão, a Pátria Grande.
Também fomos aprendendo, aos poucos, como tudo o latino-americano era também nosso e como éramos parte disso. Nossa admiração pelas grandes conquistas dos nossos pensadores, nossos artistas, nossos escritores, bom são nossos! Quando saímos da América e fala de García Márquez, fala como se fôssemos colombianos, o mesmo poderíamos falar de outros tantos artistas, pensadores que orgulhosamente temos na América Latina.
Também aprendi nos diferentes cargos a entender a mestiçagem da América Latina, lembrava muito bem o Presidente. Isto é, certamente construímos uma grande mestiçagem baseada nas grandes virtudes originárias e todo o processo colonial com sua grandeza e suas misérias. Mas se formou uma mestiçagem onde aprendemos, talvez como em nenhuma outra região do mundo em vias de desenvolvimento, a conviver. Temos problemas, temos distâncias e há dificuldades, mas de alguma forma
mas é todo o sul, é toda a Ásia. Há uma transformação espetacular do poder econômico. E a reconstrução do mundo do futuro vai ter que ser feita a partir do reconhecimento dessas mudanças, mas o mundo não vai funcionar em paz.
Temos, ainda, o problema, que é preocupante, que é a obsolescência do sistema de instituições internacionais, políticas e econômicas. E aquele mundo que construímos no ano 45 está em crise e creio que essa crise está deteriorando a confiança nas instituições. Isso significa que o mundo do futuro vai ter que mudá-las, modelá-las, vai ter que refazê-las para responder estas novas realidades, já não somente as econômicas mas também as políticas e sociais. Conhecemos pouco o que está acontecendo na sociedade hoje. Costumamos classificá-las, falar de classes médias, e é verdade, mas acontecem muitas coisas muito complexas que devemos incorporar.
O outro tema parte disto que acaba de mencionar, um quarto elemento que gostaria de mencionar é a complexidade do mundo financeiro. Eu conheci esse mundo por todos os lados, dentro do país, fora do país. Há um mundo financeiro imanejável hoje. Há um que é manejável que é quem passa pelos bancos, mas há outro mundo que nos levou à grande crise de 2007 e 2008 e continua estando, sem nenhum tipo de controle ou regulamentação que possa vir das audácias, as cobiças ou simplesmente as especulações; há uma realidade financeira que terá de prevenir e não está controlada.
Por último eu diria, e refere-se fundamentalmente aos afazeres desta casa, são as grandes mudanças que estão acontecendo na economia internacional e sobretudo no comércio internacional, em dois aspectos. Um, o mais preocupante, historicamente nas últimas décadas o comércio crescia mais do que o produto mundial, mas hoje é o contrário. O comércio está crescendo pouco, não apenas está crescendo pouco em volume mas também os preços das matérias-primas se deterioraram como parte do ciclo natural que têm as matérias-primas. Mas também, e isto é importante também, está se produzindo uma mudança na forma de comerciar, o qual todos sabemos, tradicionalmente o comércio era entre as exportações de matérias-primas e os produtos terminados, hoje é de bens intermediários, que são 60% do comércio mundial.
Esses cinco elementos, mas sobretudo o último, desafiam tudo o que temos feito e desafiam, particularmente, os esforços de integração que têm uma nova oportunidade, e eu diria uma nova responsabilidade, que é ajudar-nos a navegar nesse mundo cambiante que temos hoje diante de nós.
Creio que de alguma maneira esse mundo que está ao redor nosso nos impacta em um duplo sentido, impacta nossos paradigmas de desenvolvimento e impacta nossa posição internacional no mundo complexo que estamos observando.
Em primeiro lugar, creio que certamente este impacto das tecnologias, este impacto que têm hoje as novas formas de produzir, de consumir, levam necessariamente a ter que revisar nossas estruturas produtivas, nós não podemos ficar somente com a produção de matéria prima, por mais tecnificação que tenhamos incorporado e a que continuaremos incorporando. Nosso modelos de desenvolvimento têm que incorporar necessariamente o ingresso dos nossos países à industrialização e o ingresso na venta de serviços, que vão ser complementares se quisermos gerar empregos e empregos de qualidade. E é precisamente esse tipo de problema que nos obriga a repensar um pouco como, nessa cultura da nova forma de refazer nossas economias, as exportações devem ser de alguma forma orientadas reconhecendo essas realidades e aí digo que, de alguma maneira, é a integração regional uma das portas que permitiriam dar espaço à mudança produtiva.
Eu estava lendo um documento interessante, como todas as coisas que faz Félix Peña, onde acaba de escrever isto, quando falamos da necessidade de repensar a exportação em matéria de bens intermediários e o papel que deve cumprir esta casa em particular e em geral os esquemas de integração.
Diz assim Félix «Desde seu início, o Mercosul foi concebido entre outros objetivos principais e com um maior alcance ao mesmo tempo econômico e político, como uma plataforma para facilitar a projeção internacional da capacidade de bens e de prestar serviços dos países-membros, ao mesmo tempo competitivos e inteligentes. Isto é, com forte valor agregado intelectual, e que possivelmente fossem a resultante de articulação provisória de empresas que se inserem assim em cadeias de valor de alcance global ou regional.» Isto era o que se falava no Mercosul quando se lançou, isto era o que se pensava do Mercosul quando se lançou.
«Se o ingresso às cadeias de valor é o instrumento, a região está especialmente preparada», diz Félix, «para aproveitar estes encadeamentos produtivos e servir para introduzi-los no mercado regional». E diz «é para mim os acordos celebrados no âmbito da ALADI, em diversos países latino-americanos, inclusive pelos que integram a Aliança do Pacífico, são os que mais poderiam gerar condições potenciais para o desenvolvimento de tais encadeamentos produtivos».
Essa é a minha primeira reflexão, aí há um primeiro desafio a esta grande aventura, a este grande sonho que já tem varias décadas de existência.
O segundo e último é algo que ainda nos preocupa mais. Mencionava-se aqui a Rodada Uruguai, da qual foi evolucionando a negociação internacional para criar a OMC. Todos cremos na OMC, sobretudo os países pequenos onde temos no multilateralismo uma grande expectativa, uma grande esperança, porque cremos que no multilateralismo temos maior capacidade de defender-nos e de buscar proteções, salvaguardas e tribunais onde possamos apelar. Esse multilateralismo está em séria crise.
Creio que os países poderosos chegaram à conclusão de que não há que negociar mais em conjunto, mas orientar-se aos mega tratados. Todos estamos seguindo esses megas tratados, o que está acontecendo no Pacífico, o que está acontecendo no Atlântico Norte, o que acontece na Ásia, isto é, o mundo do futuro está levando a um mundo fragmentado onde realmente tenhamos estas experiências dos megas tratados onde vão surgir todas as regras do comércio mundial que temos que seguir e acompanhar porque eles têm o poder para poder fazê-lo.
Isso para mim é muito importante e é uma grande desilusão no fundo porque nós nascemos impulsionando, todos nossos países, impulsionando os acordos multilaterais e hoje certamente esses acordos são e estão de alguma forma questionados pela inoperância que foram os últimos resultados, tendo hoje a OMC um excelente diretor e impulsor mas certamente os poderes fácticos das grandes potências vão por outro lado.
Isto quer dizer que nós temos que preparar-nos para competir nesse mundo e é, nesse sentido, onde creio que a América Latina tem também um papel importante a cumprir. Temos que ver como vinculamos esta região como se estão vinculando os países do Pacífico à Europa, Estados Unidos, Ásia. Nós não podemos deixar a América Latina de agir coletivamente em grandes negociações com o resto dos blocos mundiais porque o mundo do futuro vai ser um mundo de blocos e temos que estar preparados para isso, e para negociar devemos negociar conjuntamente porque é na negociação conjunta que aumentam os nossos poderes.
América Latina e de Ibero-América. Em todas as relevantes posições públicas que ocuparam, e que aqui ressaltaram-se singularmente, demonstrou sua vocação de serviço às causas del desenvolvimento, a integração e a cooperação. É de tal magnitude sua contribuição nesses esquemas de ação pública que suas obras resultam hoje invaloráveis e unanimemente reconhecidas.
Suas atuações profissionais demonstraram sempre um conhecimento profundo da realidade regional e seu compromisso tem sido eficientemente utilizado para a construção democrática, o diálogo e o respeito entre os Estados.
Permita-me também evocar aspectos de memória pessoal para expressar a honra que tive de compartilhar tantos eventos com o amigo Enrique Iglesias. Eu o conheci há muitos anos em uma de suas múltiplas visitas ao Equador. Depois, em Washington, quando exercia a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento, correspondeu-me como Encarregado de Negócios de meu país assinar com ele um importante acordo sobre programas de cooperação para o desenvolvimento. Também em Roma, quando foi assinado o convênio entre o Instituto Ítalo-Latinoamericano e a SEGIB. Igualmente, em múltiplas ocasiões, durante três años, nos processos de preparação e celebração das cúpulas presidenciais ibero-americanas. Finalmente, nestes tempos, em seu país, escutando em vários fóruns seus sempre sábios critérios sobre a realidade ibero-americana que tanto conhece. Uma prova disso foi a intervenção que acabamos de escutar e as reflexões que nos fez.
O que destaco disso? A necessidade de que ele anunciou de renovar os organismos internacionais, de revisar os instrumentos do coméercio para buscar uma melhor forma de desenvolvimento dos nossos povos.
Me complace entonces, con el testimonio directo que tengo, resaltar la figura respetada y admirada de este gran ciudadano de América Latina, en este homenaje tan oportuno como justo y emocionado que le ofrece hoy la ALADI. Homenaje que esta Delegación apoyó entusiastamente desde el mismo instante en que fuera insinuado. Expreso por tanto mis más cálidas felicitaciones a Enrique Iglesias por este homenaje. Gracias.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Embaixador. Gostaria de oferecer a palavra à Representação da Colômbia. Adiante, senhor Embaixador.
Representação da COLÔMBIA (Alejandro Borda Rojas). Muito obrigado, senhor Presidente.
Senhor ex Presidente da República, José Mujica; senhor Ministro das Relações Exteriores, distintos ministros do despacho do Governo uruguaio, ex Chanceleres da República Oriental do Uruguai, senhor Secretário-Geral, distinto Enrique Iglesias.
Para mim é uma honra pessoal participar, em representação da Colômbia, nesta sessão solene que nos convoca hoje para realizar merecida homenagem a uma das figuras mais relevantes da nossa América, que deixou e ainda marca sua presença nos cenários da diplomacia, a integração, o fomento ao desenvolvimento, à paz da nossa região. Sem dúvida, suas contribuições à aproximação entre os povos de Ibero- América é da maior importância histórica. Sua intervenção de hoje é uma contribuição a mais às reflexões que devemos adiantar nesta casa da ALADI. A vigência de seu pensamento é indiscutível e esperamos poder nutrir-nos de suas contribuições no futuro próximo da integração latino-americana.
Todas estas qualidades pessoais e profissionais o tornam mais do que merecedor, distinto Enrique Iglesias, da distinção que hoje nossa Associação lhe outorga ao declará-lo Cidadão Ilustre da América Latina. Como tive a oportunidade de expressá-lo quando com entusiasmo indudável acolhemos e apoiamos a iniciativa que nos foi apresentada pela Representação da República Oriental do Uruguai, não somos nós que honramos hoje sua distinta pessoa, mas o senhor, senhor contador, que com sua presença honra nossa casa da integração.
Receba o mais caluroso cumprimento e os sentimentos de gratidão e admiração da Nação, do Governo e da Representação Permanente da República da Colômbia junto à ALADI. Muito obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Embaixador. Gostaria de oferecer a palavra à Delegação do Brasil. Adiante, senhor Ministro.
Delegação do BRASIL (George Ney de Souza Fernandes). Muito obrigado, Presidente. Senhor Presidente José Mujica, senhor Chanceler, demais Ministros presentes, senhor Secretário-Geral, colegas.
É muito difícil dirigir-se a uma personalidade como Enrique Iglesias porque não sabemos bem como nomeá-lo. Senhor Presidente, que foi do BID; senhor Secretário- Geral, senhor Ministro das Relações Exteriores. Então, vou me referir a ele como professor Enrique Iglesias, porque assim o conheci.
Eu tive a fortuna, no ano 1985, de estar no Uruguai, na nossa Embaixada em Montevidéu, quando teve lugar a redemocratização simultânea — eu não creio em coincidências— no Brasil e no Uruguai; e Enrique Iglesias foi nomeado Chanceler. Visitou nossa Chancelaria e o Embaixador convidou todos os colegas, os diplomatas brasileirs que estávamos aqui, e recebemos ─não sei se o professor Iglesias sabia isso, talvez foi uma trampa diplomática─, mas o fato é que recebemos todos uma lição de diplomacia em cada um dos nossos setores.
Estava presente também a atual Representante junto à ALADI, a Embaixadora Graça Carrion -que não pode estar aqui hoje, está no Brasil, era Chefa do setor econômico- e Enrique Iglesias nos deu uma aula, em português, sobre cada setor de cada diplomata.
Nessa oportunidade, eu era Chefe do setor cultural da Embaixada do Brasil e era também uma época muito fértil, muito feliz, porque tinha um movimento enorme, uma ebulição de efervescência no Brasil e no Uruguai. Estamos no setor cultural, por exemplo o Sodre recuperava seu papel, estava regressando o Teatro el Galpón, estava Nancy Bacelo que já faleceu e o Teatro del Notariado e a Feira do Livro e tantas iniciativas que representavam o renascer da democracia nesta parte do mundo. O professor Iglesias teve um papel muito importante nisso e muito importante também nas relações com o Brasil, especialmente.
Eu vou me permitir trazer aqui uma lembrança que destaca, ainda, uma parte de sua personalidade que não se tocou atualmente aqui, como amante das artes. Tínhamos aqui como Ministro Conselheiro o atual Embaixador Bustani, que foi uma personalidade tão grata na história da nossa diplomacia; seus últimos lugares foram de Embaixador em Londres e em Paris. Ele era pianista e Enrique Iglesias cantava e apresentaram-se juntos em recitais íntimos. Bustani era meu amigo e meu vizinho, eu pude participar em um desses eventos. Então, as portas do mundo da cultura uruguaia se abriram para o Brasil enormemente. Estou muito agradecido por isso, profissional e pessoalmente.
E isso nos afasta um pouco de querer ser os que produzem de tudo e completamente para o consumidor final.
Creio que este fenômeno das cadeias de valor nos ajudam a repartir-nos, em nível de elos, a produção. Isso nos vai ajudar muito para poder negociar de uma maneira mais simples, mais equilibrada, poder ir inserindo-nos primeiro em nível regional e, como região, lutar nas cadeias de valor em nível global.
Não quero abundar mais, mais ainda quando o senhor está presente em uma sala prefiro escutar, assim que receba uma vez mais os parabéns que dá o Governo do México por este reconhecimento que vem se sumar a outros reconhecimentos que no meu próprio país também aconteceram, porque uma figura como o senhor não pasa despercebida.
Obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Ministro. Gostaria de oferecer a palavra à Representação do Peru. Adiante, senhor Embaixador.
Representação do PERU (Augusto Arzubiaga Scheuch ). Muito obrigado, senhor Presidente. Senhor Presidente Mujica, senhor Ministro das Relações Exteriores, senhores Ministros presentes, senhor Secretário, Subsecretários, Representantes, amigos todos. Quero aderir às palavras de meus antecessores em ocasião do reconhecimento à brilhante trajetória do doutor Enrique Iglesias.
Gostaria de destacar a admiração do Peru a este cidadão uruguaio que sem dúvida está deixando marca na história da nossa região. Seu distinto trabalho dirigindo prestigiosas instituições de uma significativa gravitação regional é reconhecida e foi elogiada por os que me antecederam. Igualmente, sua tarefa em cargos de responsabilidade governamental no Uruguai o tornam não apenas uma personagem, mas um protagonista que enaltece a nossa região.
Mas gostaria de destacar, adicionalmente, que o nome do doutor Enrique Iglesias estará sem dúvida associado ao multilateralismo, ao espírito de diálogo, perseverança, a brilhantez e a excelência e suas iminentes habilidades de negociação ao ter se convertido em um pilar fundamental na interação entre a nossa região e outras regiões.
O Doutor Iglesias é um homem apreciado e prestigioso, um sólido acadêmico, um diplomata nato, com grande agudeza em suas análise, de marcada vocação latino- americana e sempre dedicado a cumprir de maneira abnegada com propostas e ideias de grande relevância para nossa região.
Tudo isto não faz mais do que corroborar que essa distinção como Cidadão Ilustre da América Latina é mais do que merecida.
No atual cenário internacional no qual nos encontramos se torna cada vez mais necessário que a nossa região ocupe um lugar preponderante e, por isso, que personagens da envergadura do doutor Iglesias são cada vez mais transcendentais para cumprir esta árdua tarefa de posicionar a América Latina como um bloco próspero e com coesão.
Por tudo isso agradecemos ao Uruguai ter dotado a nossa região de tão ilustre protagonista, que ocupa já um lugar para a posteridade em virtude das imensas
contribuições dadas, sendo um orgulho para todos nós que somos e nos sentimos latino-americanos.
Muito obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Embaixador. Gostaria de oferecer o uso da palavra à Bolívia. Adiante, Embaixador.
Representação da BOLÍVIA. Muito obrigado, Presidente. Um cumprimento ao Senador e ex Presidente Mujica, ao Chanceler Nin Novoa, aos senhores Ministros, Secretário, Subsecretários. Serei muito breve, em nome de meu país aderir-nos às palavras dos Representantes que nos precederam.
Para a Representação da Bolívia é uma honra contar novamente com a presença do contador Enrique Iglesias, um amigo desta casa de integração.
Destacamos muito a vocação integradora do nosso Cidadão Ilustre, consideramos muito merecido este reconhecimento.
Na Bolívia o lembramos muito pelo apoio à construção do Fundo Indígena, em 1995, em Santa Cruz. Sua contribuição foi determinante para esta iniciativa que marcou realmente um grande acontecimento no reconhecimento dos direitos dos Povos Indígenas na América Latina.
Pessoalmente, considero que as novas gerações temos muito que aprender de seu compromisso com a integração latino-americana, com sua visão de integração e lhe reitero novamente, é uma honra estar aqui com o senhor e muito obrigado por todas as contribuições à construção do nosso continente.
Obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Embaixador. Gostaria de oferecer a palavra à Representação da Venezuela. Adiante, senhora Ministra.
Representação da VENEZUELA (Beglis Coromoto Alfaro). Bom-dia para todos e todas as presentes. Em nome do senhor Embaixador José Félix Rivas Alvarado, que é o nosso Representante Permanente junto ao MERCOSUL e à ALADI, em nome de meu país, da minha pátria, a República Bolivariana da Venezuela, cumprimentamos este distinto e alto reconhecimento ao senhor Enrique Iglesias.
Muito obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhora Ministra. Gostaria de oferecer a palavra à Representação do Chile. Adiante, senhor Ministro.
Representação do CHILE (Alex Rodrigo Chaparro Cavada). Muito obrigado. Bom- dia, senhor Presidente Mujica, senhor Chanceler, senhor Subsecretário, autoridades de Governo atuais e anteriores, Representantes Permanentes e Alternos, autoridades e funcionários da Secretaria-Geral e convidados.
A Representação do Chile não podia substrair-se desta homenagem e assistiu para dar seu apoio desde o primeiro momento. É já bastante conhecida a dilatada
Muito obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado. Gostaria de oferecer a palavra à Representação da Argentina. Adiante, senhor Ministro.
Representação da ARGENTINA (Sergio Iaciuk). Muito obrigado. Senhor Senador Mujica, senhores Ministros, Secretários, Secretário-Geral da ALADI, senhores Embaixadores, Representantes Alternos e demais autoridades aqui presentes.
Só para aderir a este justo reconhecimento ao contador Iglesias como Cidadão Ilustre da América Latina. Uma personalidade que em sua extensa trajetória e de diferentes âmbitos realizou tantas valiosas contribuições ao processo de integração da nossa região.
Não vou abundar nos méritos e qualidades que o tornam merecedor desta distinção já que foram enunciados amplamente neste recinto. Simplesmente, transmitir-lhe os sinceros parabéns de meu país por esta nova condecoração.
Muito obrigado pela sua presença aqui, contador.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhor Ministro. Gostaria de oferecer a palavra à Representação de Cuba. Adiante, senhora Ministra.
Representação de CUBA (Ofelia Arteaga Cárdenas). Muito obrigada. Bom-dias a todos, ao Senador e ex Presidente Mujica, ao Chanceler Nin Novoa, à Secretaria- Geral, aos Alternos, Embaixadores e todos os presentes.
Minha Representação e em nome da minha Embaixadora, quero também dar os parabéns mais cálidos ao reconhecimento que se realiza hoje ao senhor Enrique Iglesias por todas as contribuições e a trajetória que tenho desenvolvido pela integração latino-americana, integração que Cuba considera que é possível e necessária.
Parabéns por este dia. Obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado à Representação de Cuba. Ofereço a palavra à Representação do Panamá. Adiante senhora Embaixadora.
Representação do PANAMÁ (Elvia Graciela Martínez Moor). Bom-dia, muito obrigado. Senhor Secretário-Geral, senhores Representantes Permanentes, senhor Mujica, ex Presidente da República Oriental do Uruguai, reconhecido senhor Enrique Iglesias.
É um motivo de complacência estar presente nesta sessão solene onde se faz um merecido reconhecimento a uma figura tão destacada e emblemática da América Latina, que tem sido portador de uma importante trajetória que soube levar com seu pensamento econômico da América Latina à união e integração da nossa região.
Adiro a todos os parabéns de todos os Representantes aqui presentes, desejo- lhes muitos êxitos e também gostaria de poder expressar também o reconhecimento do nosso país à tarefa que realizei durante todos estes anos e foi um visitador frequente do nosso país.
Muito obrigado.
PRESIDENTE. Muito obrigado, senhora Embaixadora. Cedo a palavra ao mestre de cerimônias para ler a Resolução do Comitê de Representantes No^ 420.
Mestre de Cerimônia. Resolução No^ 420, de 8 de abril de 2015. “Distinção como Cidadão Ilustre da América Latina ao senhor Enrique Iglesias”.
O Comitê de Representantes, visto o Tratado de Montevidéu 1980, entendendo que a designação de destacadas personalidades e referentes do âmbito político, social e acadêmico dos países-membros como Cidadãos Ilustres da América Latina, além de significar um reconhecimento às qualidades pessoais e à respectiva contribuição para o processo de integração, permitirá avançar para a conformação progressiva da identidade latino-americana, bem como para o aprofundamento dos laços históricos, políticos e/ou culturais entre os povos da região.
Considerando a importância de consolidar uma integração profunda, solidária e estratégica que segundo uma perspectiva multidimensional priorize a adaptação de políticas públicas regionais destinadas ao fortalecimento da democracia e do estado de direito, ao respeito irrestrito dos direitos humanos, à erradicação da pobreza e a garantir a igualdade de condições de acesso à educação, ao trabalho e à saúde e reafirmando que neste âmbito o fortalecimento das relações entre os países da América Latina é uma condição essencial para a vigência e evolução do processo de integração. Resolve:
Primeiro. Distinguir o contador Enrique Iglesias como Cidadão Ilustre da América Latina, em reconhecimento a suas valiosas contribuições e apoio permanente ao processo de integração latino-americano e que o fez ser parte da história econômica e política da nossa região.
Segundo. Entregar em Sessão Extraordinária e Solene do Comitê de Representantes ao contador Enrique Iglesias cópia certificada da presente Resolução, bem como uma placa comemorativa.”
PRESIDENTE. Gostaria de convidar, a seguir, o senhor Enrique Iglesias, Enrique Iglesias, para assinar o livro de visitantes ilustres.
… A seguir, entrega-se a bandeja de lembrança da designação e de cópia autenticada da Resolução 420.
… Gostaria de convidar os Representantes Permanentes a tirarmos uma foto oficial com o senhor Enrique Iglesias.
… Gostaria agora de encerrar esta Sessão Extraordinária e Solene e convidar para um coquetel de honra. Muito obrigado.