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Este texto discute as revelações de um homem que foi levado ao terceiro céu e ouviu coisas indizíveis, sofrendo por amor de cristo. O autor reflete sobre a necessidade de aceitar e regoziar-se com o sofrimento, como uma forma de viver para a glória de deus e em amor pelo próximo.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
[2Coríntios 12.1- 10 ]^1 É necessário que eu continue a gloriar-me com isso. Ainda que eu não ganhe nada com isso, passarei às visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. 3 E sei que esse homem — se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe — 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar. 5 Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas. 6 Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve. 7 Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. 8 Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. 9 Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas neces- sidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.
A experiência humana confirma a observação feita por Elifaz a Jó: “O homem nasce para as dificuldades [para o sofrimento, para o enfado] tão certamente como as fagulhas [faís- cas das brasas] voam para cima” (Jó 5.7). Mas por que sofremos? O sofrimento caiu sobre a raça humana como consequência do pecado. Até Gênesis 3, o momento em que nossos representantes – Adão e Eva – desobedeceram e comeram do fruto proibido, o sofrimento era totalmente estranho aos seres humanos e o resto da cria- ção. Como consequência do pecado, Deus lançou sobre tudo e todos todo tipo de proble- mas e pesares (Gn 3.14-24). A única esperança e a solução definitiva para o sofrimento de toda a Criação é Cristo Jesus. Paulo afirma o seguinte: Rm 8.18- 23 -^18 Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. 19 A natureza criada aguarda, com grande expecta- tiva, que os filhos de Deus sejam revelados. 20 Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança 21 de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22 Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. 23 E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Vivemos em um corpo decaído, em um mundo decaído, em uma sociedade decaída e com uma natureza decaída agindo dentro de nós, inclinando-nos ao pecado. Mesmo quando salvos, vivendo em Cristo e destinados para a glória eterna, todos nós vivemos uma vida que muitas vezes pode ser comparada a um vale de lágrimas. Como, então viveremos?
A Bíblia, que é a Palavra de Deus, oferece alguma ajuda a todos aqueles que enfrentam o sofrimento, seja ele de que tipo for.
Mas para que a Bíblia seja de fato eficaz no combate contra o sofrimento ela não pode ser destorcida da forma como vemos acontecer. Muita gente sabe que se a mensagem bíblica não for distorcida ela nunca será comercializável. Paulo já falava disso, quando escreveu que 2Tm 4.3- 4 -^3 (...) haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar- se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; (^4) e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. O apóstolo estava correto quando previu que nossos tempos seriam “difíceis”. Hoje as pessoas são realmente egoístas, avarentas, orgulhosas, arrogantes, e muito mais, confira a lista em 2Timóteo 3.1-5. A mentalidade do mercado reforça o que estamos dizendo. Tudo o que hoje é comercializado só é vendido no mercado se estiver acompanhado de uma mensagem mais ou menos assim: Adquira tal ou qual para você conseguir desfrutar plenamente o seu lazer. Sabe como a mensagem da Bíblia precisa ser formulada, de forma a se adequar a esta lógica egoísta, avarenta, orgulhosa e arrogante do mercado? De uma forma mais ou me- nos assim: Receba de Deus o poder para acabar com a fraqueza ou anular o sofrimento e assim você conseguirá desfrutar plenamente o seu lazer. O mercado quer uma vida sem fraqueza e sem sofrimento, a Bíblia, no entanto, comunica uma mensagem completamente oposta a esta. A mensagem da Bíblia é: Receba de Deus o poder para viver na fraqueza ou atravessar o sofrimento e assim você conseguirá viver para a glória de Deus e em amor pelo próximo. É isto o que está dito em 2Coríntios 12.9-10, e que se fosse oferecido da forma como está, jamais seria comprado no mercado dos prazeres desse mundo. Confira mais uma vez o que Paulo escreveu: 2Co 12.9- 10 -^9 Mas ele [Cristo] me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em mi- nhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. Que dia que essa mensagem seria vendida por aí? Nunca! O que o mundo quer (e nós também!) é poder para acabar com a fraqueza, poder para não ter que sofrer. O mundo
Essas três verdades são importantes não apenas por estarem descritas no texto em tela, mas por serem capazes de nos fortalecer todas as vezes que nos lembrarmos delas em meio ao sofrimento. Então, vamos lá, uma verdade de cada vez:
O sofrimento não é a sina de apenas alguns maus sucedidos. É para todo mundo, pois é fruto do pecado de todos nós. E nem mesmo os nossos momentos de grande experiência com Deus nos livram do infortúnio do sofrimento. Paulo que nos diga. O apóstolo havia desfrutado de grandes momentos com Deus, através das visões que ele teve até aquele momento de sua vida (At 9.3; 16.8-10; 18.9-11; 22.6; 22.17-18; 23.11). Das muitas visões e revelações recebidas, Paulo agora seleciona uma que lhe foi dada quatorze anos antes (2Co 12.1-6). Sobre essa visão, três fatos podem ser destacados: A procedência das visões: 1 É necessário que eu continue a gloriar-me com isso. Ainda que eu não ganhe nada com isso, passarei às visões e revelações do Senhor. O privilégio das visões: 2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. 3 E sei que esse homem – se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe – 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizí- veis, coisas que ao homem não é permitido falar. O perigo das visões: 5 Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas. 6 Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve. Depois do topo vem o vale, depois do êxtase o sofrimento. Paulo faz uma transição das visões celestiais (v. 1-6) para o espinho na carne (v. 7-10), ensinando-nos que a vida é tecida de altos e baixos, momento alegres e tristes, sorrisos e sofrimentos, cores escuras e cores alegres. Tais sofrimentos trançados no tecido da vida, Paulo chama de “fraque- zas”, e cita alguns deles: 2Co 12.9- 10 -^9 Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza ”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fra- quezas , para que o poder de Cristo repouse em mim. 10 Por isso, por amor de Cristo, rego- zijo-me nas fraquezas [falta de força, enfermidade], nos insultos , nas necessidades , nas per- seguições , nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.
Três vezes o apóstolo faz menção de sua “fraqueza” ou “fraquezas”. Ele está falando de seus sofrimentos. A seguir, no final do verso 10, o apóstolo cita-os (fraquezas/sofrimen- tos) por categorias: Insultos – Quando as pessoas planejam maneiras e agem para fazer a fé, o estilo de vida, o nível social e cultural, a personalidade, as palavras e o procedimento do outro parecer estú- pido ou estranho ou ridículo. São as feridas causadas pelo abuso de palavras. Necessidades (dureza) – Circunstâncias adversas, reveses, falta das coisas, enfermidades e toda sorte de surpresas indesejadas. Perseguição – Feridas, abusos (físicos, verbais, sexuais), acontecimentos dolorosos, bul- lying, circunstâncias preconceituosas, exploração, injustiça por causa da fé ou de sua posi- ção ética e moral. Angústias (calamidades, dificuldades, problemas) – Pressão externa e ou interna, peso na alma, estresse, tensão, tristeza e depressão. Perceba que a fraqueza descrita por Paulo não é alguma tendência que ele tivesse para o pecado, mas diferentes sofrimentos que, de tão intensos, o enfraqueciam física e espiritu- almente. Paulo ensina com seu exemplo que a vida é assim, pintada com cores alegres e tristes. Mas de onde vieram tantos sofrimentos a Paulo? Quais eram as fontes das “fraquezas” de Paulo? Deus ou Satanás? Ambos? De todas as fraquezas, Paulo destaca seu “espinho na carne” (v. 7). Não sabemos ao certo se era um problema físico ou uma perseguição implacável. O fato é que lhe causava dores indescritíveis. O pastor Augustus Nicodemus Lopes nos informa que a palavra usada para “espinho” é “skolops” e Pode ser igualmente traduzida como “estaca”. Na literatura extra bíblica que remonta ao século primeiro, a palavra é usada para se referir à estaca que era usada pelos carrascos do Império Romano para empalar os condenados e levá-los à morte. Era uma forma de morte muito dolorosa. O empalamento era um suplício antigo, em que o condenado era espetado pelo ânus numa estaca pontiaguda, ficando nela exposto até morrer. Essa é a palavra que é usada aqui, e estudiosos sérios como Lightfoot e Ramsay acreditam que a melhor tradução é “uma estaca na carne”. Fosse perseguição (2Co 11.14-15) - o que parece ser mais correto, malária (William Bar- clay), cegueira (Gl 6.10), epilepsia (Tertuliano), enxaquecas violentas (Jerônimo), feiura (2Co 10.10), etc. o fato é que era algo muitíssimo doloroso que o incomodava, inquietava e perturbava profundamente. Afinal, quem conseguiria viver bem com essa “estaca” en- fiada no corpo ou na alma? Ademais, tal “espinho na carne” se tratava de algo contínuo (verbo no tempo presente, indicando persistência) e muito humilhante (pois eram “golpes no rosto com o punho fechado”): 2Co 12.7 - (...) foi-me dado [tem sido me dado] um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar [esbofetear].
2.1. Para olharmos para Deus (2Co 12.7) Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. O sofrimento não é para Deus nos destruir, mas para ele não nos perder para nós mesmos. É para nos ensinar olhar para ele. Paul D. Tripp postou em sua conta no Twitter esta semana: Seu Senhor desviará sua direção enquanto ele o leva a um caminho muito melhor. Seu Senhor lhe enviará uma tempestade, não para puni-lo, mas para resgatá-lo de uma tem- pestade do coração, que o tem em suas mãos e deixaria um rastro de destruição em sua vida. Deus derrubará o que você construiu, não porque ele está com raiva de você, mas porque ele te ama e está fazendo uma base melhor sobre a qual construir. O sofrimento não é para Deus nos destruir, mas para ele não nos perder para nós mesmos. 2.2. Para buscarmos a Deus (2Co 12.8) Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. O sofrimento não é para ser usado contra Deus, nem para vivermos a vida lamentando, mas para nos fazer buscar a Deus. É para nos ensinar a buscá-lo. 2.3. Para dependermos de Deus (2Co 12.9a) Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (...) O sofrimento não é para nos fazer desgostar da vida, mas para nos ensinar que a graça de Deus é melhor do que a própria vida. É para nos ensinar a depender dele. 2.4. Para servirmos a Deus (2Co 12.9b-10) 9 (...) Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 10 Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. O sofrimento não é para nos tornar inválidos, mas para nos capacitar para o serviço. É para nos ensinar a ministrar em amor pelo próximo e para a glória de Deus. Quando somos fortes: nós rebatemos os insultos e saímos por cima; revertemos nossas necessidades e seguimos nosso próprio caminho; revidamos aos que nos perseguem para destruí-los; reagimos para sair da angústia sem dela tirar qualquer proveito para o cresci- mento e a glória de Deus.
Mas quando somos fracos, nós conseguimos, pela força de Deus, responder e servir em amor pelo próximo e para a glória de Deus. 2Co 1.3- 6 –^3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, 4 que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribu- lações. 5 Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. 6 Se somos atribulados, é para consolação e salva- ção de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo. O sofrimento é necessário pois ele é pedagógico. Deus é um professor diferente dos nos- sos. Os nossos dão a lição e depois aplicam a prova. Mas Deus, não. Primeiro ele dá a prova e só depois ensina a lição. Lembre-se sempre de que o sofrimento sempre tem um propósito, mais que uma causa. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Se ele não remove os nossos es- pinhos é porque ele está trabalhando em nós para depois trabalhar através de nós. O so- frimento é necessário.
Pois bem,
Viver sem sofrimento é impossível, mas quando nós conseguimos, pela graça de Deus,