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Coleta, Montagem e Conservação de Insetos para Coleções Didáticas - Prof. Magano, Notas de aula de Entomologia

Este documento aborda os principais aspectos envolvidos na confecção de coleções entomológicas, incluindo a coleta, montagem, identificação e conservação de insetos. Ele detalha os diferentes métodos de amostragem, como a coleta manual e visual, o uso de redes entomológicas, aspiradores e armadilhas, além de abordar os procedimentos adequados para a 'matança' e montagem dos espécimes. O texto também discute a importância da taxonomia e sistemática na classificação dos insetos, bem como a necessidade de preservar as características morfológicas dos exemplares para facilitar a identificação. Além disso, o documento apresenta informações sobre a confecção de coleções didáticas, com orientações específicas para a montagem de insetos de corpo mole e frágeis. Essa abordagem abrangente torna este documento uma referência valiosa para estudantes, pesquisadores e profissionais envolvidos no estudo e preservação da diversidade entomológica.

Tipologia: Notas de aula

2024

Compartilhado em 20/06/2024

deivid-magano
deivid-magano 🇧🇷

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Parte 3 Coleta, Montagem e conservação de insetos para coleções
didáticas.
Deivid A. Magano
1
Marta Gubert Tremea
2
Ana Paula Doberstein
3
Fernanda Sanes
4
Uma das principais atividades que envolvem a Entomologia como disciplina
do saber acadêmico diz respeito a confecção de coleções entomológicas. Dentre os
passos a serem seguidos em sua confecção destacam-se a coleta, montagem,
identificação e conservação de insetos. É uma prática fundamental que auxilia na
catalogação e até mesmo na classificação dos insetos, tendo como grande aliada a
taxonomia e sistemática que regem a maioria das normas de classificação dos
organismos, a fim de agrupar organismos semelhantes e garantir a uniformidade de
nomenclaturas dos mais diversos insetos em nível mundial, além de caracterizar de
forma descritiva o organismo em questão até o nível de espécie.
Figura 1. Totens encontrados no interior do Museu de Ciências Naturais de Londres, Reino Unido,
com dicas sobre coleta montagem e conservação de insetos. Fotos: Deivid Magano.
Tanto nos cursos áreas de ciências biológicas, ciências agrárias/florestais e
nas ciências ambientais, entender o comportamento, a dinâmica populacional, a
diversidade, a riqueza e abundância de insetos são critérios importantes na adoção
1
Dr. Professor de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul
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Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul
3
Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul
4
Dra. Professora de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
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Parte 3 – Coleta, Montagem e conservação de insetos para coleções

didáticas.

Deivid A. Magano^1 Marta Gubert Tremea^2 Ana Paula Doberstein^3 Fernanda Sanes^4 Uma das principais atividades que envolvem a Entomologia como disciplina do saber acadêmico diz respeito a confecção de coleções entomológicas. Dentre os passos a serem seguidos em sua confecção destacam-se a coleta, montagem, identificação e conservação de insetos. É uma prática fundamental que auxilia na catalogação e até mesmo na classificação dos insetos, tendo como grande aliada a taxonomia e sistemática que regem a maioria das normas de classificação dos organismos, a fim de agrupar organismos semelhantes e garantir a uniformidade de nomenclaturas dos mais diversos insetos em nível mundial, além de caracterizar de forma descritiva o organismo em questão até o nível de espécie. Figura 1. Totens encontrados no interior do Museu de Ciências Naturais de Londres, Reino Unido, com dicas sobre coleta montagem e conservação de insetos. Fotos: Deivid Magano. Tanto nos cursos áreas de ciências biológicas, ciências agrárias/florestais e nas ciências ambientais, entender o comportamento, a dinâmica populacional, a diversidade, a riqueza e abundância de insetos são critérios importantes na adoção (^1) Dr. Professor de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul (^2) Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul (^3) Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul (^4) Dra. Professora de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

de estratégias de manejo e controle de alguns desses organismos. A expressão exacerbada de um determinado inseto em relação aos demais, pode indicar um desiquilíbrio dentro do ecossistema, modificando o ‘’status quo’’ de um determinado ambiente. Identificar, organizar e catalogar a ocorrência desses é fundamental, e ganha maior valor à medida que podemos empregar essas informações, na adoção da melhor estratégia para o controle desse desiquilíbrio. A amostragem é o pilar basilar do manejo integrado de pragas e deve ser adequado conforme a cultura e alvo biológico a ser avaliado. Vários são os métodos que podem ser utilizados na coleta. São empregados diferentes métodos de amostragem, sendo indispensável conhecer um pouco sobre sinecologia e autoecologia para proceder de forma correta a captura dos insetos. COLETA / CAPTURA DE INSETOS a) Pinças e pincéis Forma de coleta manual e visual, onde a pinça facilita no momento da captura, sem que ocorra quebra do inseto. As pinças podem ser de ponta fina ou arredondada. Recomendada para captura de insetos de hábitos ambulatórios. b) Pano-de-batida Método usado principalmente no monitoramento de lagartas na cultura da soja. Essa coleta é realizada com um pano ou plástico de cor clara, preferencialmente branca, com tamanho aproximado de 1m², e preso a duas varas. Para realizar a coleta, o pano é colocado entre as fileiras da cultura, e as plantas deve ser batidas fortemente sobre o pano para que os insetos se desprendam e caiam sobre o pano. Essa ação deve ser feita em muitos pontos da lavoura para obter resultados mais precisos sobre o número populacional dos insetos. c) Rede de varredura Captura insetos que estejam sobre a vegetação. A rede é confeccionada com pano, que forma um saco que geralmente mede 43 cm de diâmetro e um cabo de ferro ou madeira com cerca de 18 cm de comprimento, porém, o tamanho depende da espécie a ser coletada. Essa coleta baseia-se simplesmente em varrer os insetos da parte aérea da cultura ou em campo. Captura uma infinidade de espécies. d) Rede entomológica (puçá) Semelhante a rede de varredura, feita de pano na forma de saco, confeccionada em tecido voil que facilita a visualização da captura do inseto, e com diâmetros variados de 20 a 50cm e de 40 a 70cm de profundidade, e o cabo que pode ser de alumínio

manual, que é mais usado, é composto por um recipiente transparente com tampa, de onde saem duas mangueiras plásticas. Em uma delas é feita a sucção pela boca e a outra é usada para capturar o inseto; que quando capturado fica dentro do recipiente transparente. Perfeito para capturas de insetos menores como formigas. j) Bandeja d’água Consiste em colocar uma bandeja com água, de cores atrativas (vermelhas, azuis, amarelas e/ou brancas), com algumas gotas de detergente em seu interior. Os insetos ai caírem na bandeja, que teve a sua tensão superficial modificada pelo detergente, afundam ao cair dentro da bandeja, morrendo por asfixia. Tem como desvantagem transbordar em dias de chuva ou evaporar a água, razão pela qual, é necessária a troca da bandeja diariamente. Excelente para capturar principalmente dípteros e himenópteros. k) Armadilha adesiva É uma armadilha de coleta, principalmente para insetos pequenos e voadores, que os prendem a uma substância adesiva e ficam colados, sendo bastante eficiente para a captura de dípteros de porte pequeno, que dificilmente são capturados com outros tipos de armadilhas. Esse produto é encontrado nas cores amarela, para captura de dípteros e lepidópteros e alguns coleópteros. l) Funil de Berleise Captura insetos que vivem na primeira camada do solo ou embaixo de árvores. Consiste em um funil de aproximadamente 50 cm de altura, apoiado a um frasco que contém álcool 70%. Na parte de cima do funil, tem uma malha fina onde fica depositado os materiais recolhidos no campo e uma lâmpada acesa. Os insetos que fogem da luz, caem diretamente no recipiente com álcool 70%. m) Armadilha Pitfall (Pitfall traps) São aquelas que capturam insetos, principalmente, aqueles que habitam o solo, onde caem e, uma vez coletados, não conseguem mais sair. Essas armadilhas de solo são especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo, por incapacidade de voo ou por preferência de habitat. Essas armadilhas podem ter sua eficácia aumentada pela presença de atrativos, como iscas, e devem ser colocadas no mesmo nível do solo para não serem percebidas pelos animais e para auxiliar na captura. A armadilha pitfall consiste em um recipiente plástico de 15 cm de diâmetro por 10 cm de altura. Esse recipiente, contendo um litro de água, 20 mL de detergente e 2 mL de formol, é enterrado, até que sua abertura fique ao nível do solo.

n) Coleta no pano Consiste no posicionamento de um pano branco de 3 x 2 m suspenso verticalmente por cordas onde se é ligada uma lâmpada de mercúrio ou lâmpada comum de 150 a 300W, com a borda inferior do pano dobrada, sendo eficiente em noites em ausência da luz da lua. Permite a coleta de grande diversidade de insetos. o) Armadilha Luminosa As armadilhas luminosas são dispositivos destinados a atrair e capturar insetos de vôo noturno fototrópicos positivos. Embora seu emprego remonte de longa data em outros países, sua introdução no Brasil, no controle da broca da cana de açúcar ( Diatraea saccharalis (Fabric.) por Gallo et al (1967)) e no levantamento de população de insetos por Wiendl e Silveira Neto (1967). Constitui-se de um funil de alumínio, onde se encaixa uma armação feita com 4 aletas de alumínio, dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lâmpada fluorescente, sendo necessário colocar um chapéu de alumínio sobre a parte superior da armadilha para proteger da chuva. Na parte inferior é afixado um suporte com álcool para aprisionar e matar os insetos. APÓS A CAPTURA: A ‘’MATANÇA’’ DOS INSETOS Apesar de ser considerado um termo forte, a expressão matança de insetos foi sugerida por Zilkar Maranhão na obra Entomologia Geral de 1976. No livro Entomologia agrícola, Gallo et al.; 2002 amenizaram o termo, considerando o assunto como ‘’métodos para matar’’. Indubitavelmente, independentemente da forma como deve ser considerada, o importante é que os insetos devem ser mortos o mais rápido possível após sua captura, em virtude da flexibilidade de manuseio. Após o rigor mortis^5 , manusear os insetos tornasse bastante complicado, propiciando o risco de fraturas em importantes caracteres taxonômicos. a) Insetos imaturos (larvas e lagartas): A morte deve se provocada mergulhando-os em água quente (aproximadamente 2 minutos) e sendo retirados da água em seguida, para evitar que elas fiquem com o corpo e apêndices encolhidos e após esse procedimento podem ser armazenadas em solução de álcool 70%. Para melhor conservação de imaturos recomenda-se o emprego de um fixador como o KAAD (querosene, álcool, ácido acético e dioxana) permanecendo por 24 horas nessa solução, antes de serem transferidos para álcool 70%. b) Câmara mortífera (^5) Rigor mortis (Do latim rigor , rigidez e mortis , morte) ou rigidez cadavérica é um sinal reconhecível de morte que é causado por uma mudança bioquímica nos músculos, causando um endurecimento dos músculos do cadáver e impossibilidade de mexê-los ou manipulá-los.

Tabela 1- Ordens e forma mais adequada de promover a matança dos insetos. ORDENS ÁLCOOL 70% GASES TÓXICOS Blattodea (baratas) X Coleoptera (besouros) X Dermaptera (tesourinhas) X Diptera (moscas, mutucas etc.) X Embioptera (oligoneuros ou néticos) X Ephemeroptera (efêmeridas) X Hemiptera, subordem Sternorryncha (pulgões, cochonilhas e moscas brancas) X Hemiptera subordem Heteroptera e Auchenorryncha (percevejos, cigarras, cigarrinhas etc.) X Hymenoptera (formigas pequenas) X Hymenoptera (abelhas, vespas, mamangavas, formigas grandes.) X Isoptera (cupins) X Lepidoptera (borboletas e mariposas) X Mantodea (louva-a-deus) X Mecoptera (panorpatos) X Megaloptera X

Microcoryphia (Archaeognatha) (traças saltadeiras) X Neuroptera (formigas-leão) x Odonata (libélulas) X Orthoptera (apenas os espécimes bem pequenos de grilos ou gafanhotos) X Orthoptera (gafanhotos, esperanças, grilos, taquarinhas e paquinhas) X Phasmatodea (bichos-pau, exemplares menores) X Phasmatodea (bichos-pau, exemplares maiores) X Phthyraptera (piolhos hematófagos e piolhos detritívoros) X Plecoptera (perlários ou perlópteros) X Psocoptera (piolhos dos livros) X Siphonaptera (pulgas) X Strepsiptera (estrepsípteros ou ripípteros) X Thysanoptera (tripes) X Thysanura (traças dos livros) X Trichoptera (friganidos) X Zoraptera (zorápteros) X

O processo de montagem dos insetos exige paciência e um pouco de perícia, razão pela qual deve ser realizada de cada inseto por vez e preferencialmente após a morte dele. O primeiro alfinete ao ser inserido é o que mantem o inseto estável numa posição de 90º em relação ao eixo longitudinal do corpo do inseto. Com relação a posição exata da transfixação, a grande maioria dos insetos são transfixados na porção superior direita do pronoto, mas varia de inseto para inseto. Lembre-se que a transfixação no local correto e indicado é a posição que garante ao exemplar sua estabilidade e possibilidade de identificação, graças a manutenção de características morfológicas e alguns caracteres taxonômicos que são decisores no processo de catalogação da espécie. Na figura 2 é possível visualizar o local para transfixação de algumas ordens de insetos, com base na ilustração proposta por Maranhão,1976. Figura 2- Locais adequados para transfixação com alfinetes entomológicos para algumas ordens de insetos Ilustração: Isabel Cristina Frozza Segundo Gallo et al, (2002), os insetos são alfinetados nos seguintes locais a fim de preservar e facilitar a identificação de caracteres taxonômicos. Para a ordem Hemiptera (subordem Heteroptera) o alfinete deve ser posicionado no escutelo. Para Orthoptera, deve ser inserido no pronoto á direita. Para a ordem Coleoptera, no élitro

direito próximo da base. Para Mantodea o alfinete deve ser inserido no metatórax. Para Dermaptera, no meio do élitro direito. Moscas, cigarras e gafanhotos nunca devem possuir o alfinete no meio do tórax, visto a possibilidade de secagem e perda da metade do corpo. A única exceção a regra fica por conta das libélulas que devem ser mantidas em envelopes entomológicos. Cupins devem ser mantidos em solução etílica 70%, não devendo ser transfixados. Para exemplares de pequeno porte, como pulgões e microhimenópteros, recomenda-se o uso de álcool glicerinado, que evita perda de material por eventual evaporação do líquido. Para materiais destinados a estudos de anatomia interna manter em fixadores, como os líquidos de Bouin^7 ou Carnoy^8 , durante algumas horas até um dia; os fixadores também podem ser injetados. Conservam-se a seguir os exemplares em álcool 70 - 75%. Após a transfixagem, antes que os insetos venham a secar na posição ajustada, se faz necessário ajustar a posição dos apêndices locomotores e sensoriais (ou simplesmente asas, pernas e antenas). As antenas quando composta por um grande número de antenômeros, ou seja, quando muito grandes, devem ser ajustadas rente ao corpo, para reduzir o risco de quebra. As pernas devem ser posicionadas de forma que se aproximem ao máximo da posição normal do inseto em repouso. Sempre é importante lembrar que somente insetos adultos devem ser transfixados. Mas como identificar se o inseto é adulto? No caso de insetos de holometabolia completa (desenvolvimento das fases de ovo, larva, pupa e adultos) é bem mais fácil observar essa alteração. Um exemplo clássico é caso das lepidópteras, pois a fase larval é completamente diferente da fase adulta, caracterizada pela mudança inclusive da alteração do aparelho bucal mastigador para um aparelho sugador maxilar (espirotromba), pela supressão das gáleas da maxila, possuindo a transformação de uma lagarta em uma mariposa ou borboleta como inseto adulto. No entanto em insetos com desenvolvimento hemimetabólico (Ovo-Ninfa- adulto), as asas devem cobrir completamente o abdômen. No caso dos ortópteros é possível distinguir facilmente essa característica. Em hemípteros da subordem Heteroptera (percevejos), a caracterização é feita quando o desenvolvimento das tecas alares é pleno. Montagens especiais Para montagem com asas abertas, especialmente lepidópteros, usam-se extensores especiais. Os extensores são confeccionados de madeira macia, como o cedro, que (^7) Solução aquosa saturada que é constituída por uma mistura de 30 volumes ácido pícrico, 10 volumes de formol a 40% e 2 volumes de ácido acético. (^8) Solução composta por 3mL de clorofórmio, 6mL de álcool absoluto, 1mL de ácido glacial acético e 1g de clorito férrico).

inserido com cola branca ou esmalte incolor. O alfinete entomológico então perpassa a cartolina sem tocar o corpo do inseto. É importante que apenas metade do tórax do inseto seja colado na cartolina para facilitar a identificação de caracteres taxonômicos. Em alguns casos, quando a disponibilidade de exemplares é grande, é possível proceder essa colagem com insetos nas posições de decúbito lateral, dorsal e ventral. No caso de insetos adultos de corpo mole, também podem ser preparados em solução de álcool glicerinado em microtubinhos do tipo eppendorf®^ e transfixados diretamente na caixa da coleção. Etiquetagem Para dados de coleta usam-se etiquetas pequenas, geralmente de 6x12 mm, contendo local, data e nome do colecionador, seguido por ― leg. (legitimador) ― col (coletor). Do mesmo tamanho, pode haver outra etiqueta de dados complementares, com indicação mais precisa de localização, habitat, método de coleta ou organismo associado, sendo sugerida a colocação do mês e ano de coleta sendo, o mês em algarismos romanos. As etiquetas de determinação, nos insetos em alfinetes entomológicos, devem conter o nome da espécie com respectivo autor e ano e do determinador, seguido por ― det. e ano. Essas etiquetas são maiores que as de coleta e dados complementares, medindo geralmente 9x18 mm. Em alguns casos, principalmente quando existe dimorfismo sexual, no canto inferior direito pode ser inserido os símbolos escudo de marte (para machos) e espelho de vênus (para fêmeas). Em soluções etílicas as etiquetas devem ser preenchidas preferencialmente a lápis, para evitar que a tinta do papel sofra ataque da solução alcoólica. Bibliografia consultada BUZZI, Z.J. Entomologia Didática. Curitiba: UFPR, 2002, 348p. CAMARGO, A.J.A. de; OLIVEIRA, C.M DE; FRIZZAS, M.R.; SONODA, K.C.; CORRÊA, D.C. Coleções entomológicas legislação brasileira, coleta, curadoria e taxonomia para as principais ordens. Brasília: Embrapa, 2015, 188p. COSTA, E.C.; D'AVILA, M.; CANTARELLI, E.B.; Entomologia Florestal. 3º edição revisada e ampliada. Santa Maria: UFSM, 2014, 256p. GALLO, D., NAKANO, O., SILVEIRA NETO, S., CARVALHO, R.P.L., BAPTISTA, G.C., BERTI FILHO, E., PARRA, J.R.P., ZUCCHI, R.A., ALVES, S.B., VENDRAMIM, J.D., MARCHINI, L.C., LOPES, J.R.S. & OMOTO, C. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002, 920p.

Questão 1: Você é um aluno de agronomia e lhe foi solicitado a confecção de uma coleção entomológica didática. Com base no quadro abaixo, selecione aqueles elementos que podem ser usados na coleta montagem e conservação de insetos: Questão 2: O monitoramento de percevejos nas lavouras de arroz de terras altas deve ser realizado desde a floração até o amadurecimento das panículas. A presença de Oebalus poecilus e m ataques severos resultam na formação de sementes com manchas no manchas no endosperma, gerando grãos com aparência gessada de tamanho irregular e geralmente quebram durante o beneficiamento, além de após a picada de prova fornecer ferimentos capazes de transmitir fungos causadores de manchas dos grãos. O monitoramento deve ser feito de qual maneira de acordo com as opções fornecidas: a) rede entomológica de varredura b) Rede entomológica simples c) rede de varredura nas primeiras horas da manhã ainda com orvalho d) deve ser realizada nas horas mais quentes do dia com auxílio de um pano de batida. e) rede entomológica nas primeiras horas do dia até às 10:00 da manhã. Questão 3: A detecção de populações da mosca-das-frutas em pomares comerciais é uma etapa fundamental para implementar um programa de manejo integrado. A estimativa populacional obtida pelo monitoramento é usada como informação-chave para a tomada de decisão de controle. A armadilha desenvolvida baseando-se no princípio de que as moscas- das-frutas voam e penetram no interior do frasco em resposta aos estímulos químicos olfativos provenientes de um atrativo alimentar de formulação líquida usado como isca, colocado no interior da armadilha. Na tentativa de se alimentar da isca, as moscas caem dentro da mesma e se afogam. Com base nas informações analise as assertivas: I- Somente funciona em armadilhas comerciais do tipo Pitfall. II- Pode ser confeccionada com embalagens recicladas do tipo garrafa PET, potes de soro etc. III- Podem ser usadas para a cultura da maçã, pêssego, pera, uva, mamão e outras frutas tropicais. IV- É bem comum a instalação dessas armadilhas na soja para coletar as mariposas fêmeas de Helicoverpa armigera. São verdadeiras: a) Apenas I b) Somente I e II c) I, II e III d) II e III e) II, III e IV caixa de papelão - frasco caça mosca - guarda-chuva entomológico - cinto de utilidades - blush - batom - protetor solar - chapéu - perfume - armadilha pitfall - tubo de Maganosons - lençol branco - Detergente líquido - álcool gel - isopor - tachinhas - álcool 70% - cola - alfinetes - alfinetes entomológicos- rede entomológica- tubos - Potes de vidros com tampa – algodão - areia grossa - papel manteiga - papel higiênico - seringas - bolinhas de naftalina - alfinetes de cabeça - fita mimosa - bisturi - termômetro - data logger- armadilhas de Malaise - pano de batida.

Questão 6. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de fumo para cigarros no mundo. Do total do tabaco plantado em 103 países, mais de 10% é cultivado em terras espalhadas pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ficamos atrás apenas da China, que produz 41% do total produzido no mundo. Quando saem das empresas fumageiras e ganham o mundo através de contêineres, sofrem uma vistoria criteriosa do MAPA no porto de embarque. Em terminais portuários, o fiscal do MAPA insere uma pastilha de um conhecido feromônio de atração sexual no centro de uma cartela adesiva e se detectada a presença de um inseto especifico na armadilha é condenado o lote sendo que todo o lote deve ser fumigado com o gás fosfina (PH 3 ), o que gera custos extras para o embarcador, para a empresa e em alguns casos a perda do embarque no navio em virtude dos 5 dias exigidos de exposição ao agente xenobiótico, que após esse período exige aeração e controle do residual dos gases. Com base no texto, analise as assertivas abaixo: I) O inseto é o Lasioderma serricorne conhecido como pulga do fumo. II) O processo de fumigação ou expurgo, no caso ilustrado, é um procedimento fitossanitário quarentenário e pode ser feito por qualquer pessoa. III) Recomenda-se colocar as armadilhas presas à a porta do contêiner instalada a uma altura de 1,5 m. IV) O inseto é o caruncho do fumo. V) Para coleção entomológica, recomenda-se a confecção de tríplice montagem em virtude do tamanho diminuto dos insetos coletados. Com base nas assertivas, identifique as alternativas que são falsas: a) Somente I b) I e II c) I, II e III d) III, IV e V e) I, II, III e V Questão 7. Sobre transfixação de insetos é correto afirmar que: I) Cada ordem apresenta um local específico para fazer a transfixação. II) Cada alfinete entomológico varia em função das dimensões e tamanho do corpo inseto. III) Para mariposas é recomendado utilizar um extensor de asas, antes de fazer a transfixação. IV) Coleópteros exigem alfinetes mais finos. V) Os insetos são obrigatoriamente transfixados sem exibir o segundo par de asas. VI) Para os coleópteros o alfinete deve ser introduzido na porção esquerda da asa e para hemípteros exatamente no escutelo. VII) Pulgões devem ser transfixados na base dos sifúnculos. São corretas: a) I, II, III b) I, II, III e IV

**c) I, II, III, IV e V d) I, II, III, IV, V e VI e) I, III, IV e VII Questão 8. Você foi recentemente contratado por uma empresa do setor de proteção de cultivos e verificou que não sabia identificar qual inseto estava atacando a lavoura de seus associados. Mas após criteriosa observação, percebeu que ao sugar a seiva das plantas, os adultos e ninfas provocavam alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta, debilitando-a e reduzindo sua produtividade. Verificou também que a ninfa de 1º instar é móvel, ou seja, apresenta pernas e é capaz de se mover na folha ou planta. Já a partir do 2º instar, as ninfas perdem as pernas e são imóveis. Permanecem dessa forma até a emergência do adulto. A partir do 3º instar, as ninfas são facilmente visíveis, assemelhando-se a cochonilhas. Em análise em laboratório, descobriu que o inseto é vetor de vírus dos grupos geminivírus, carlavírus, closterovírus e luteovírus. A) Quais os procedimentos deveriam ser adotados para caracterizar a biologia desse inseto, a fim de identificá-lo adequadamente.





B) Com relação as formas jovens e adultos, qual seria o melhor para fazer a identificação do inseto?








C) O inseto acima tratado, após avaliação de um entomologista foi identificado como** **Bemisia tabaci****. No entanto, não era sabido se era ou não do Biotipo B. É possível fazer a identificação, nesse nível de detalhamento, através apenas de caracterestaxonômicos?_______________________________________________







D) Com relação as dimensões do inseto adulto, de que forma você recomendaria proceder sua inserção em uma coleção?**

  1. é constituída de um recipiente de vidro cujo fundo é preenchido por algodão embebido em substância tóxica para o inseto (acetato, acetona, éter ou álcool).
  2. constituída de um aro, uma haste para suporte e um saco em tecido voil. Vertical
  3. Deve vir logo abaixo da etiqueta de localidade e contém as seguintes informações: Gênero espécie Autor, ano. Nome do determinador, ano (det.).
  4. usado para pequenos insetos e ácaros que vivem tanto em vegetais como no solo.
  5. Armadilhas de queda, com ou sem cercas-guia, podem ser utilizadas em vários tipos de estudos incluindo levantamentos de riqueza, comparações de abundância relativa, estudos que envolvem marcação e recaptura (e.g. ecologia de populações, monitoramento), estudos sobre atividade sazonal e amostragens de presas potenciais de carnívoros. Em alguns casos, como ecologia de populações e monitoramento, não é necessário o uso de cercas-guia
  6. é simplesmente um recipiente plástico plano, na qual é colocada uma camada de papel absorvente (papel-toalha) no fundo, algo perto de 10 folhas desse papel. Adiciona-se água até umedecer bem toda a camada de papéis e é nesse recipiente plástico ou de lata, que deve ser hermético, que você coloca os espécimes secos.
  7. O modelo mais utilizado de armadilha é o frasco caça-moscas tipo McPhail de plástico. Pode-se improvisar, entretanto, uma armadilha desse tipo com garrafas plásticas de refrigerante, água ou soro hospitalar. Nessas armadilhas, é usado um atrativo alimentar, como por exemplo, proteína hidrolisada de milho a 5%, suco de frutas (uma parte de suco e quatro de água) ou melaço de cana-de-açúcar a 7%. Para coleta da mosca do mediterrâneo, usa-se a armadilha de Jackson com trimedlure (feromônio sexual específico para machos). As armadilhas devem ser instaladas no terço superior da copa das plantas que ficam na periferia do pomar e abrigadas do sol. É importante sempre coletar também amostras de frutos para saber quais as espécies que estão atacando as laranjas.

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