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No primeiro poema, Drummond ironiza a alienação dos Inocentes do Leblon, aqueles que ignoram o mundo ao seu redor (não viram o navio entrar, tudo ignoram) ...
Tipologia: Notas de estudo
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1- (Unicamp-SP) O excerto abaixo foi extraído do poema Ode no Cinquentenário do Poeta Brasileiro , de Carlos Drummond de Andrade, que homenageia o também poeta Manuel Bandeira.
(...) Por isso sofremos: pela mensagem que nos confias entre ônibus, abafada pelo pregão dos jornais e mil [queixas operárias; essa insistente mas discreta mensagem que, aos cinquenta anos, poeta, nos trazes; e essa fidelidade a ti mesmo com que nos apareces sem uma queixa no rosto entretanto experiente, mão firme estendida para o aperto fraterno
a) O que, no poema, leva o eu lírico a perguntar: “mas haverá lugar para a poesia?” b) É possível afirmar que a figura de Manuel Bandeira, evocada pelo poeta, se contrapõe ao sentimento de pessimismo expresso no poema e no livro Sentimento do mundo. Explique por quê. a) O "surdo rumor de combates longínquos" ou, em outras palavras, o contexto histórico em que o poema foi escrito - marcado por guerras e polarização política radical no plano internacional, Ditadura Vargas no Brasil, incertezas quanto ao futuro – justifica a pergunta. Drummond se indaga sobre o sentido ou a função da poesia em um mundo assim. b) Porque Manuel Bandeira, tal qual aparece evocado no poema, é o poeta da "meiguice elástica dos abraços", do contato fraterno, que não se queixa e consegue manter o amor mesmo nesses tempos de "alma anoitecida", é o poeta "acima da guerra e do ódio entre os homens", cuja poesia veicula o amor e o sublime.
2- (Fuvest-SP) Leia o seguinte poema.
TRISTEZA DO IMPÉRIO
Os conselheiros angustiados ante o colo ebúrneo das donzelas opulentas que ao piano abemolavam “bus-co a cam-pi-na se-re-na pa-ra-li-vre sus-pi-rar”,
esqueciam a guerra do Paraguai, o enfado bolorento de São Cristóvão, a dor cada vez mais forte dos negros e sorvendo mecânicos uma pitada de rapé, sonhavam a futura libertação dos instintos e ninhos de amor a serem instalados nos arranha-céus de Copacabana, com rádio e telefone automático.
a) Compare sucintamente “os conselheiros” do Império, tal como os caracteriza o poema de Drummond, ao protagonista do livro “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis. b) Ao conjugar de maneira intempestiva o passado imperial ao presente de seu próprio tempo, qual é a percepção da história do Brasil que o poeta revela ser a sua? Explique resumidamente. a) Assim como os conselheiros do império citados no poema de Drummond, Brás Cubas é um alienado ou desinteressado dos problemas de seu tempo (a escravidão, a Guerra do Paraguai, as questões políticas sérias), entregue ao ócio e à fruição dos prazeres. b) A percepção é de que a história do Brasil não teria sofrido alterações significativas: a elite da época em que o poema foi escrito (1940) estaria entregue à mesma alienação e vida prazerosa e sensual, protegida nos "arranha- céus de Copacabana, com rádio e telefone automático".
3- (UFMG-MG) Leia estes versos:
Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe emigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. (“Inocentes do Leblon”)
Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem... sem que ele estale. (“Mundo grande”)
REDIJA um texto, relacionando os versos de “Inocentes do Leblon” aos versos extraídos do poema “Mundo grande”. No primeiro poema, Drummond ironiza a alienação dos "Inocentes do Leblon", aqueles que ignoram o mundo ao seu redor ("não viram o navio entrar", "tudo ignoram") e se entregam aos prazeres da vida ("... a areia é quente, e há um óleo suave / que eles passam nas costas e esquecem"). No segundo, contrapõe-se à atitude dos alienados do primeiro (uma vez que o "Tu" evocado é o próprio poeta, que conversa consigo): o poeta está atento às coisas do mundo ("Conheces os navios....") e se solidariza com a humanidade ("Viste as diferentes cores dos homens, / as diferentes dores dos homens, / sabes como é difícil sofrer tudo isso...").
4- (UFPEL-RS) Poema da necessidade
É preciso casar João, é preciso suportar Antônio, é preciso odiar Melquíades, é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país, é preciso crer em Deus, é preciso pagar as dívidas, é preciso comprar um rádio, é preciso esquecer fulana.