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Guias e Dicas
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Clínica cirúrgica de pequenos, Esquemas de Cirurgia Geral

Descreve as etapas de algumas cirurgias eletivas

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 13/05/2025

giovany-teixeira
giovany-teixeira 🇧🇷

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO EXTREMO SUL DA BAHIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: Clínica Cirúrgica de Pequenos Animis
PROFESSOR: Bruno Raphael de Camargo
ALUNA: Lidiane Soares dos Santos
OTO-HEMATOMAS E AS LESÕES TRAUMÁTICAS DO PAVILHÃO AURICULAR
Definição: Coleção de sangue dentro da placa
cartilaginosa do ouvido
Fisiopatologia
Ocorrem em cães e gatos
Causas: Relacionado a traumas, resultado da
agitação da cabeça ou arranhões no ouvido
provocados por dor ou irritação, associados à otite
externa
Apresentação clinica
Inchados cheios de fluidos flutuantes na
superfície côncava do pavilhão auricular uni ou
bilateral
OBS: A superfície côncava inteira do pavilhão
auricular ou somente parte pode ser envolvida
Diagnostico
Anamnese: Histórico de agitação da cabeça e
início agudo, podendo ou não ter otite crônica. É
predisponente em cães com otite externa
Exame físico: Os hematomas aparecem
incialmente cheios de líquidos suaves e flutuantes,
contudo, podem se tornar firmes e espessos devido
a fibrose.
O ouvido fica com aparecia de “couve-flor”
Tratamento
Técnica como aspiração por agulha de
hematomas aurais (com ou sem injeção simultânea
de corticoide) NÃO FUNCIONA o melhor
tratamento é CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico tem como objetivo
remover o hematoma, prevenir a recorrência e
manter a aparência natural do ouvido
A técnica mais utilizada envolve a incisão para
evacuar coágulos, segurando a cartilagem com
suturas
Poder ser usados drenos ou cânulas para
permitir o escoamento
Cuidados pré operatórios
A otite externa concomitante de ser tratada
simultaneamente
Culturas devem ser submetidas e o canal auditivo
limpo e lavado
Técnica cirúrgica
Decúbito lateral
Incisão em formato de S, na face côncava do
pavilhão auricular, sobre o tecido que recobre o
hematoma expondo o conteúdo presente
Remoção de coágulos
Lavagem do local
Inúmeras suturas simples verticais, através da
pele e da cartilagem auricular
Não deixar nenhum espaço morto fique
disponível para o acúmulo de líquido
Poderão ser utilizados captons, juntamente
às sutura, pois esses dispositivos contribuem para a
aposição entre a pele e a cartilagem.
A incisão inicial deverá ser mantida com o intuito
de manter a drenagem contínua
Observação
Doença subjacente do ouvido deve ser
diagnosticada e tratada para reduzir a
probabilidade de recorrência
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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO EXTREMO SUL DA BAHIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

DISCIPLINA: Clínica Cirúrgica de Pequenos Animis PROFESSOR: Bruno Raphael de Camargo ALUNA: Lidiane Soares dos Santos

OTO-HEMATOMAS E AS LESÕES TRAUMÁTICAS DO PAVILHÃO AURICULAR

Definição: Coleção de sangue dentro da placa cartilaginosa do ouvido

Fisiopatologia Ocorrem em cães e gatos Causas: Relacionado a traumas, resultado da agitação da cabeça ou arranhões no ouvido provocados por dor ou irritação, associados à otite externa

Apresentação clinica Inchados cheios de fluidos flutuantes na superfície côncava do pavilhão auricular uni ou bilateral  OBS: A superfície côncava inteira do pavilhão auricular ou somente parte pode ser envolvida

Diagnostico Anamnese: Histórico de agitação da cabeça e início agudo, podendo ou não ter otite crônica. É predisponente em cães com otite externa Exame físico: Os hematomas aparecem incialmente cheios de líquidos suaves e flutuantes, contudo, podem se tornar firmes e espessos devido a fibrose.  O ouvido fica com aparecia de “couve-flor”

Tratamento

Técnica como aspiração por agulha de hematomas aurais (com ou sem injeção simultânea de corticoide) NÃO FUNCIONA o melhor tratamento é CIRÚRGICO O tratamento cirúrgico tem como objetivo remover o hematoma, prevenir a recorrência e manter a aparência natural do ouvido A técnica mais utilizada envolve a incisão para evacuar coágulos, segurando a cartilagem com suturas  Poder ser usados drenos ou cânulas para permitir o escoamento

Cuidados pré operatórios A otite externa concomitante de ser tratada simultaneamente Culturas devem ser submetidas e o canal auditivo limpo e lavado

Técnica cirúrgica Decúbito lateral Incisão em formato de “S”, na face côncava do pavilhão auricular, sobre o tecido que recobre o hematoma expondo o conteúdo presente Remoção de coágulos Lavagem do local Inúmeras suturas simples verticais, através da pele e da cartilagem auricular Não deixar nenhum espaço morto fique disponível para o acúmulo de líquido  Poderão ser utilizados captons, juntamente às sutura, pois esses dispositivos contribuem para a aposição entre a pele e a cartilagem. A incisão inicial deverá ser mantida com o intuito de manter a drenagem contínua

Observação

Doença subjacente do ouvido deve ser diagnosticada e tratada para reduzir a probabilidade de recorrência

Colocar curativo de proteção de luz sobre o ouvido, e apoiar a orelha sobre a cabeça do animal Remover o curativo e a sutura entre 10 a 14 dias.

Pós-operatórios Utilização de colar elisabetano Limpeza diária das suturas com gazes e solução fisiológica 0,9%

Terapia medicamentosa:

  • Antinflamatórios: Meloxican 0,1mg/kg SID
  • Analgésico: Dipirona 25mg/kg BID
  • Antibiótico (depende): Enrofloxacina 10mg/kg SID

HÉRNIAS UMBILICAIS E ABDOMINAIS

Definições Hérnias

  • Passagem de órgão/estrutura cavitárias de uma cavidade para outra, através de um ponto anatomicamente fraco sendo conservada a integridade do peritônio e da pele
  • As hérnias tem como componente saco herniário (composto pelo peritônio parietal); anel herniário (composto pela musculatura e tecido fibroso); Conteúdo (Geralmente vísceras); Subcutâneo e pele.

Hérnias abdominais externas

  • São defeitos na parede externa do abdome que permite a protrusão do conteúdo abdominal
  • Podem envolver a parede abdominal em qualquer local diferente do umbigo, anel inguinal, canal femoral ou escroto

Hérnias abdominais internas

  • São aquelas ocorrem através de um anel de tecido confinado dentro do abdome ou do tórax (ex: hérnias diafragmática e hérnias de hiato)

Hérnias umbilicais

  • Ocorrem através do anel umbilical

Hérnias falsas

  • Permitem a protrusão de órgãos fora de uma abertura abdominal normal, por isso, o conteúdo também está contido em um saco peritoneal

Onfalocele São grandes defeitos de pele da linha média umbilical

Classificação das hérnias Localização anatômica

  • Umbilical; inguinal; diafragmática; femoral, etc.

Etiologia:

  • CONGÊNITA: Ocorrem por falha ou defeito de desenvolvimento segmentar
  • ADQUIRIDA: Geralmente por traumas, infecções, pós-operatório, esforço muscular, exercícios extenuantes, pressão intra-abdominal intensa, manipulação na hora do parto.

Capacidade de redução (redutível)

  • REDUTÍVEL: Vísceras presentes no saco herniário podem ser devolvidas ao local de origem (hérnias simples)
  • IRREDUTÍVEL: Víscera presentes no saco herniário não podem ser desenvolvidas ao local de origem (encarceradas, estranguladas)
  • ENCARCERADA: É quando o conteúdo herniário não consegue ser reduzido, ficando “preso” na hérnia
  • ESTRANGULADA: Apresenta aderência, com alteração vascular, congestão e necrose. Obliteração do lúmen de órgãos e complicações sistêmicas

Evolução

  • SIMPLES: Conteúdo mole a palpação, redutível, indolor, anel palpável
  • COMPLICADA: Conteúdo firme, irredutível, doloroso, anel não delimitado (encarceramento, aderência, estrangulamento) recidiva

Conteúdo

  • Intestino (enterocele)
  • Omento (Epiplocele)
  • Abomaso (Abomasocele)
  • Útero (Histerocele)
  • Bexiga (CIstocele)

Hérnia umbilical Comum em filhotes Acontece quando há alteração congênita no anel umbilical

Maior prevalência em fêmeas com meia idade e não castrada, devido uma anel com diâmetro maior e com canal curto Em machos ocorre na idade jovem (até 2 anos) Pode ser uni ou bilateral, contudo, é mais comum do lado esquerdo

Classificação segundo a etiologia DIRETA: Pelo processo vaginal INDIRETA: Adjacente ao processo vaginal CONGÊNITA: São simples redutível – São autolimitante - Não complicadas

  • Associado a patologias como: criptorquidismo, hérnia umbilical ou perineal ADQUIRIDAS: Quedas e traumas – Relaxamento da musculatura abdominal relacionada à idade
  • Em cadelas está associado a distúrbios hormonais

Sinais clínicos Hérnia inguinal: Aumento de volume de consistência macia na região inguinal, causando letargia, dor e/ou apatia em casos de encarceramento, podendo ser uni ou bilateral Hérnias escrotais e femorais: Inchaço escrotal ou na coxa, vomito e dor se houver encerramento intestinal

Diagnostico Histórico do animal + Sinais clínicos Exame físico: Redução da hérnia e palpação do anel inguinal Quando a redução não é possível a radiografia e ultrassonografia podem ser úteis no diagnóstico DIFERENCIAL: tumores mamários, abscessos, hematomas ou cistos

Tratamento O tratamento para hérnias inguinais é cirúrgico O objetivo da cirurgia é reduzir o conteúdo abdominal e fechar o anel inguinal externo, de

forma que a herniação dos componentes abdominais não possa recidivar

 Recomendações:

  • Castrar animais com hérnias inguinais
  • Alertar proprietários de cadelas inteiras de que pode ocorrer a recidiva em casos de gestação ou piometra.
  • Não confundir a gordura abdominal caudal em gatos obesos com hérnia inguinal Técnica cirúrgica Cadelas:
  • fazer uma incisão abdominal mediana caudal na pele cranialmente à borda da pélvis.
  • Aprofundar a incisão através do tecido subcutâneo até a bainha do músculo reto do abdome.
  • Expor o saco herniário por dissecação digital abaixo do tecido mamário e identificar o saco e o anel herniário
  • Reduzir os componentes abdominais através do anelou, se necessário, incisar o saco herniário e fazer uma incisão no aspecto craniomedial do anel e aumentá-lo.
  • Após reduzir os componentes abdominais, seccionar a base do saco herniário e fechá-lo com suturas horizontais de colchoeiro, sutura continua simples
  • Fechar o anel inguinal com sutura interrompida simples com fio sintético absorvível ou não absorvível.
  • Evitar comprometer os vasos pudendos externos e o nervo genitofemoral, os quais saem do aspecto caudomedial do anel (ou do cordão espermático em cães machos inteiros).
  • Palpar o anel contralateral e fechá-lo, se necessário, antes do fechamento da pele.
  • Retirar os pontos com 20 dias

Cuidados pós-cirúrgico Uso de roupa cirúrgica ou colar elisabetano Limpeza diária das suturas com gazes e solução fisiológica Os exercícios devem ser restritos por várias semanas a caminhadas na coleira. Nos casos de hérnias femorais, pode ser necessária a imobilização durante a recuperação para evitar a abdução do membro, e o funcionamento do nervo femoral deve ser avaliado no pós operatório

Terapia medicamentosa :

  • Antinflamatórios: Meloxican 2% - 0,1mg/kg SID

Hérnias escrotais ocorrem quando o defeito do anel inguinal permite a protrusão de conteúdo abdominal para o interior do processo vaginal adjacente ao cordão espermático.

Hérnias femorais ocorrem através de um defeito no canal femoral.

  • Analgésico: Dipirona 25mg/kg BID
  • Antibiótico, se necessário

Complicações Pode ocorrer a formação de hematoma e seroma pode ser observado no pós operatório e minimizados com bandagem compressiva ou com uso de drenos. Se houver formação de abcessos deve-se fazer a remoção imediata das suturas da pele, drenagem e terapia tópica para prevenir a deiscência do reparo da hérnia.

Hérnia perineal Definição: A hérnia perineal se caracteriza pelo enfraquecimento e ruptura de um ou mais músculos e fáscias que formam o diafragma pélvico, região formada pelos músculos elevador do ânus, coccígeo, esfíncter anal interno e externo e fáscia perineal É muito comum em cães machos, especialmente os não castrados Aparece com pouca frequência em fêmeas A maioria dos casos acometem cães adultos entre os sete e nove anos de idade, e raramente ocorre em cães filhotes e jovens abaixo dos 5 anos de vida Pode afetar apenas um lado (unilateral) ou os dois lados (bilateral), mas quando ocorre apenas unilateral, geralmente o lado contralateral encontra-se alterado Fatores associados com a etiologia: predisposição genética, atrofia muscular neurogênica, alterações hormonais, alterações prostáticas (hiperplasia prostática benigna) e constipação crônica, ocorrendo isoladamente ou associados

Classificação de acordo com a localização Caudal: Quando ocorre entre os músculos elevador do ânus, obturador interno e esfíncter anal externo, sendo o tipo mais comum; Dorsal : Quando está localizada entre os músculos elevador do ânus e coccígeo Ventral: Quando ocorre entre os músculos ísquio-uretral, bulbocavernoso e isquiocavernoso Ciática: Quando está localizada entre o ligamento sacrotuberoso e o músculo coccígeo

Sinais clínicos

Tenesmo, constipação crônica, obstipação, disquesia e aumento de volume perineal podendo ou não ser redutível; Nos casos em que há retroflexão da vesícula urinária, observa-se disúria, oligúria e estrangúria, sendo considerada uma emergência clínica

Diagnostico Baseado na anamnese, sinais clínicos, exame físico, radiográficos e ultrassonográficos; A palpação retal consiste em um dos exames mais importantes, pois permite determinar as estruturas que compõem a hérnia e avaliar se há a presença de alterações retais, assim como se há aumento do volume prostático

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Neoplasia perineal, hiperplasia de glândulas perineais, inflamação ou neoplasia dos sacos anais

Tratamento Terapia conservativa (objetivo de aliviar e prevenir a obstipação e a disúria):

  • Laxante, emolientes fecais, dieta com alto teor de fibras e enemas periódicos podem ser utilizados para facilitar a defecação e evitar o acúmulo de fezes no saco herniário Cirurgia é o tratamento de escolha
  • Independentemente da técnica utilizada para o tratamento da hérnia perineal, recomenda-se a realização de orquiectomia, que determina a redução do nível de testosterona circulante e o volume prostático, pois os cães não castrados apresentam uma taxa de recidiva 2,7 vezes superior à dos cães orquiectomizados

Conduta pré-operatória Emolientes fecais devem ser administrados dois a três dias antes da cirurgia Antibiótico profilático eficazes contra organismos Gram-negativos e anaeróbicos devem ser administrados por via intravenosa, após a indução anestésicas Se a bexiga urinaria é retrofletida para hérnia, um cateter urinário deve ser colocado ou Cistocentese realizada através do períneo para aliviar o sofrimento e evitar uma maior deterioração fisiológica

Técnicas cirúrgicas Técnica de sutura padrão Transposição do músculo obturador interno Transposição do músculo glúteo superficial

Cuidados pós-cirúrgico Uso de colar elisabetano ou roupa cirúrgica Limpeza da sutura com gazes e soro fisiológico 0,9% Terapia medicamentosa

  • Antinflamatórios: Meloxican 2% - 0,1mg/kg SID
  • Analgésico: Dipirona 25mg/kg BID
  • Antibiótico, se necessário Eventração Projeção das vísceras através de um defeito/ruptura de parede muscular em localização onde não existe uma cavidade pré existente ou ponto de abertura natural Também pode possuir anel, saco e conteúdo Geralmente o conteúdo fica delimitado somente pela pele Geralmente ventro-lateral

Evisceração Exposição ou exteriorização de vísceras de uma cavidade natural ao meio externo através de um ponto de ruptura Causa: Deiscência ou trauma

Conteúdo usual: Intestino: Os intestinos eviscerados normalmente podem ter contaminantes grosseiros, como sujeira. Desse modo, independe da causa, a exposição a contaminantes das vísceras abdominais justificam a intervenção cirúrgica imediata. EMERGENCIA Pode levar a peritonite e consequente choque séptico Animais podem se mutilar (aumentando a perda sanguínea)

Tratamento Estabilizar o animal Antibiótico terapia de amplo espectro com fluidoterapia Bandagem abdominal estéril e colar elisabetano até o preparo da cirurgia Colher amostra para cultura de houver secreção Inspecionar o intestino Lavar a cavidade com solução fisióloga aquecida e estéril Drenagem abdominal aberta ou drenagem por aspiração pode ser considerada para animais com peritonite generalizada.

AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO

Trauma e neoplasia prepucial Trauma: Lacerações e perfurações Causas: Mordeduras; Acidentes automobilístico; Arame O trauma pode causar formação de um hematoma ou fratura peniana

O inchaço do hematoma pode exteriorizar o pênis As lacerações e perfurações podem sangrar por dias

Neoplasias benignas

  • Hemangioma
  • Papiloma
  • Histiocitoma

Neoplasias malignas:

  • Melanoma
  • Mastocitoma
  • Hemangiossarcoma
  • Carcinoma de células escamosas
  • TVT

Sinais clínicos Hemorragia Secreção serosanguinolenta Purulenta Desinteresse por femeas

Diagnostico Predisposição: Os traumas são mais comuns em animais jovens, e os tumores mais comuns em animais mais velhos Histórico do animal Exame físico Exame de imagem (Radiografia): avaliar o estadiamento do tumor Exame de citologia: Identificar os tipos de células neoplásicas Exame de sangue

Diagnostico diferencial : Os hematomas, abscessos, granulomas e infecções por fungos podem causar lesões semelhantes

Tratamento O TVT tem uma resposta muito boa à quimioterapia, porém, outros tumores devem ser removidos cirurgicamente por meio da amputação peniana completa ou parcial.

Torção do cordão espermático (testicular) Rara em pequenos animais, acometendo qualquer idade e sem predisposição racial Mais frequente associada a testículo abdominal por estar mais móvel ou associada a neoplasia testicular É uma EMERGÊNCIA cirúrgica: Quando não diagnosticada pode levar à óbito

Sinais clínicos Sinais vagos: Anorexia; Vomito. Letargia Sinais Clínicos de abdome agudo: dor abdominal sem histórico de trauma, desconforto abdominal e choque

Diagnostico

O diagnóstico presuntivo é baseado nos sinais clínicos e na existência de testículo ectópico Radiografia Ultrassonográfica: Baixa ecogenicidade testicular, devido a ausência de fluxo sanguíneo do cordão espermático Laparotomia exploratória

 Tratamento: Orquiectomia

Conceitos Anorquidismo: Ausência de AMBOS os testículos (Raro) Monorquidismo: Ausência de UM testículo (Raro) Criptorquidismo unilateral ou bilateral: UM ou AMBOS os testículos não desceram para bolsa escrotal

Criptorquidismo O testículo pode estar retido no tecido subcutâneo da área PRÉ-ESCROTAL, no ABDOME ou na área do ANEL INGUINAL Criptorquidismo é uma afecção causada por fatores genéticos mas tem componentes endócrinos e extrínsecos Efeitos congênitos parecem estar associados ao criptorquidismo incluindo hérnia inguinal, displasia coxofemoral, luxação de patela e defeitos do pênis e prepúcio Quando o criptorquidismo for bilateral o animal será estéril

Sintomas Existem vários sintomas associados ao criptorquidismo, variando de acordo com a idade e a localização do testículo, tais como: esterilidade, distúrbios de comportamento, aumento de sensibilidade local, dermatopatias, alterações neoplásicas dos testículos, entre outros

Complicações secundarias associadas ao criptorquidismo Torção do cordão espermático Neoplasia testicular Dermatopatia

Diagnostico Inspeção visual e palpação cuidadosa do escroto

Exames de imagem devem ser solicita dos se houver suspeita de trauma de uretra

Diagnóstico diferencial A parafimose deve ser diferenciada de priapismo (ereção persistente sem excitação sexual), trombose vascular, uretrite crônica, esticamento ou fraqueza músculo refrator do pênis e músculos prepuciais hipoplásicos ou cirurgicamente traumatizados.

Tratamento clínico Inicialmente, o prepúcio deve ser retraído até se desdobrar e a junção mucocutânea prepucial ser identificada. Isso permite a restauração da circulação peniana e a redução do edema. O pênis deve ser examinado cuidadosamente, pesquisando-se a presença de corpos estranhos constritantes, e o pênis exteriorizado e edematoso deve ser lavado com solução salina ou água aquecida. Para reduzir o edema, massagear gentilmente o pênis e aplicar agentes hipertônicos ou higroscópicos (p. ex., açúcar). Os corticosteroides e diuréticos podem reduzir o edema após a reversão da constrição. Quando o inchaço tiver diminuído, o prepúcio deve ser lavado com sabão antisséptico ou lubrificante, e as bordas prepuciais dilatadas ou retraídas, permitindo a retração do pênis no prepúcio

Tratamento cirúrgico Reconstrução/ Alongamento prepucial Falopexia Amputação peniana parcial

Fimose Definição : Incapacidade de expor o pênis através do orifício prepucial A fimose pode ser uma falha no desenvolvimento (congênita) ou resultado de um trauma e estenose prepucial. Pode ser também secundária a uma neoplasia peniana ou prepucial ou celulite prepucial. -**- Fimose congênita: Prepúcio distendido e dificuldade de urinar normalmente, a urina passa em gotas ou jatos fino. Retenção prepucial de urina leva a balanopostite, podendo infectar a região

-**- Fimose adquirida: Cicatrizar secundaria trauma ou neoplasia. Edema; inflamação; lambedura Devido a incapacidade de expor o pênis pode haver irritação prepucial e infecção secundária ao acúmulo de urina no prepúcio

Diagnóstico O diagnóstico é realizado por meio do histórico e exame físico.

 Diagnóstico diferencial Diagnóstico diferencial inclui hipoplasia peniana, persistência do frênulo e hermafroditismo.

Tratamento clínico A fimose causada por uma doença inflamatória ou infecciosa pode ser aliviada com compressas quentes, antibioticoterapia e desvio da urina com um cateter. O prepúcio deve ser lavado diariamente com solução salina fisiológica para reduzir as queimaduras causadas pela urina.

Tratamento cirúrgico O tratamento cirúrgico é recomendado. Deve ser realizado uma reconstrução do orifício prepucial proporcionando um aumento do orifício e movimentação irrestrito do pênis. É recomendado a castração.

Neoplasias do pênis Comum no cão e raro no gato

Sinais clínicos: Lambedura (secreção pelo orifício prepucial serosanguinolenta Diagnostico : Citologia Tratamento: Excisão – penectomia parcial – penectomia total+ urestrostomia

Persistência do Freio Peniano Definição : Presença de um tecido conjuntivo na porção ventral do pênis

Principais neoplasia do pênis Tumor venéreo transmissível TVT Papiloma – Carcinoma de células escamosas Mastocitoma – Osterosarcoma

Normal: Sob a influência de testosterona, as superfícies da galde e mucosas do prepúcio se separam antes ou alguns meses após o nascimento. **Se não houver a separação, o tecido conjuntivo permanece entre o pênis e o prepúcio A persistência do frênulo peniano costuma localiza-se na linha média ventral do pênis

Sinais clínicos Acumulo de urina na cavidade prepurcial Inabilidade de exteriorizar o pênis Desconforto ou dor no momento de expor o pênis Lambedura excessiva

Diagnostico Sinais clínicos e exame físico

Tratamento Excisão cirúrgica que pode ser realizada com anestesia local e sedação, devido ao fato do frênulo ser uma membrana fina e avascularizada

 Prognostico: Favorável

Hiperplasia Prostática Benigna HPB Definição: Aumento do tamanho da próstata Caraterísticas benignas Enfermidade prostática mais comum em cães machos, não castrados, com idade acima de seis anos – 95% a partir de nove anos de idade Com o envelhecimento normal, há um aumento acentuado da glândula e pode haver compressão e, consequentemente, obstrução do reto, do cólon e até mesmo da uretra, levando a tenesmo, retenção urinária, hematúria e sangramento uretral

Sinais clínicos Tenesmo, hematúria e corrimento uretral transparente ou hemorrágico

Sinais ortopédicos ou neurológicos

Diagnostico Exame físico: Próstata simetricamente

aumentada com consistência firme, mas não endurecida, com contorno regular, superfície lisa, móvel e indolor

Exame ultrassonográfico pode confirmar o aumento de tamanho e mostrar as áreas hipoecoicas (caso a hiperplasia cística estiver presente); geralmente se observa um aumento prostático simétrico e difuso Exame citológico : grande quantidade de células prostáticas justapostas, com citoplasma basofílico, granular e anisocariose.

Teste deBrucella canis – Prostatite

Tratamento Orquiectomia – 81% de redução do volume prostático, 90 dias após a castração.

Abcesso prostático Definição Acúmulo localizado de material purulento dentro do parênquima prostático São resultado de infecções bacteriana ascendente que ultrapassa os mecanismo de defesa da uretra e coloniza o parênquima prostático Podem ser secundário a prostatite (Infecção da próstata, com ou sem formação de abscesso)

Sinais clínicos Tenesmo, disúria, letargia, dificuldade de locomoção e corrimento uretral purulento ou hemorrágico. Caso haja ruptura do abscesso, podem ocorrer dor, febre, êmese e sepse

Diagnostico Ultrassonografia: pode revelar áreas hipoecoicas ou anecoicas pequenas ou grandes

Tratamento Drenagem cirúrgica

Complicações Sepse, choque e peritonite

Cistos Prostáticos Definição : Cavidade não séptica, preenchida com liquido dento da próstata ou anexo a ela Cistos prostáticos podem ser de Periporstático ou Paraprostático

  • Periprostático: ocupam o parênquima e são causados pelo acúmulo de secreções prostáticas

Afecções cirúrgicas – Esôfago, estomago e intestinos

Esôfago Anatomia cirúrgica:

  • Esôfago cervical: Linha média, lado esquerdo
  • Esôfago torácico: Na base do coração, caudal ou cranial ao coração
  • Esôfago abdominal: Abordagem abdominal (celiotomia pela linha alba)

Camadas: Mucosa (interna); Submucosa (sustentação), Muscular (peristaltismo), Adventícia (camada prejudica a cicatrização- selagem de fibrina mais lenta - complicações de decência de pontos) **Não tem serosa – ancora na submucosa Principais afeções cirúrgicas do esôfago Obstrutivas

1- Corpo estranho esôfago 2 - Neoplasia esofágica 3- Estreitamento esofágico

Dilatações 1- Divertículo esofágico 2- Hérnia hiatal 3- Megaesôfago 4- Anomalias do anel vascular 5- Intussuscepção gastresofágica

Corpo estranho Definição : são objetos inanimados que podem causar obstrução total ou parcial do lúmen esofágico. Localização :

  • Entrada do tórax: Esfíncter cricofaríngeo
  • Base do coração: Bronco aórtico, Bifurcação traqueal
  • Área epifrênica: (entrada diafragma – Hiato esofágico)

Mais comum em cão, porque o gato apresenta

mais seletividade em seus hábitos alimentares, portanto a obstrução esofágica por corpos estranhos, nesta espécie é incomum

Sinais clínicos Regurgitação (início agudo)

  • Obstrução completa (regurgitação de sólidos e líquidos)
  • Obstrução parcial: Regurgitação de sólidos

Anorexia/dor Sialorreia Dispneia aguda Tosse e febre: pneumonia Febre, anorexia, letargia e dispneia: Se houver perfuração Diagnostico Anamnese, exame físico e observações dos hábitos alimentares do animal Radiografia do tórax em posição lateral: determina a exata posição do corpo estranho e auxilia a determinar também o tratamento Endoscopia e exames laboratoriais

Tratamento Endoscopia ou pinça Esôfagotomia ou esofagectomia parcial

Cuidados pós-operatório Observação de 2 a 3 dias – Sinais de extravasamento esofágico e infeção Tratar esofagite e pneumonia por aspiração

  • Antibióticos, antiácidos e analgésicos Tubo gastrotomia se necessário Restrição alimentar: Mínimo de 24h após remoção Ausência regurgitação: Inicio agua seguido alimentação pastosa 5 – 7 dias

Prognostico Bom (sem perfuração): Remoção não cirúrgica pinça com ou sem auxio de endoscopia 98% de sucesso. Reservado (com perfuração): Mortalidade de 57%

Neoplasia esofágica Atinge animais de meia idade a idosos (> 6 anos)

CE esofágico

Endoscopia

Tratamento cirúrgico

Tratar Esofagite

Esôfago perfurado

Remoção CE Falha na remoção do CE

Carcinoma de células escamosas > felino fêmeas

no terço médio do esôfago – torácico

Sinais clínicos Regurgitação Letargia, depressão Sialorreia, disfagia Anorexia, perda de peso Hálito fédito Sinais crônicos doença obstrutiva esofágica Pneumonia aspirativa

Diagnostico Raio X simples

  • Retenção ar anterior ao tumor – São s critérios mais importantes no diagnóstico radiográfico
  • Normal ou opacidade tecidos moles no plano de esôfago ou mediastino

Raio x contrastado - esofagograma:

  • neo primária - massa intraluminal (irregularidades mucosa, defeitos de preenchimento ou estenose)

Esofagoscopia

  • Visualização direta da massa intraluminal e biópsia para diagnóstico

Tratamento Cirúrgico: Esofagectomia parcial com

anastomose esofágica **Casos de Spirocerca lupi

  • Doramectina 200mg/kg SC casa 14 dias – 3 aplicações
  • Radioterapia
  • Quimioterapia

Prognostico Reservado a mau

  • Quimioterapias pouco eficientes para sarcomas
  • Radioterapias cara e também paliativa
  • Cirurgias amplas e com margem nem sempre possível
  • Metástase

Cuidados pós operatórios Jejum para facilitar cicatrização, realizar jejum total durante 24 horas. Depois pode introduzir água e alimento liquido/pastoso. Alimentos pastosos por 5-7 dias Analgésicos: opióides Antinflamatórios não esteroidais (AINEs) Divertículo esofágico Definição: São dilatações saculares que produzem bolsas na parede do esôfago. Fisiopatologia: São raros, podem ser congênito ou adquirido, + encontrado no esôfago cervical cranial. Divertículos congênito: resultado de uma fraqueza congênita da parede do esôfago. Divertículo adquirido: classificados em divertículos de pulsão ou de tração, de pendendo da causa

Sinais clínicos Angustia ou ânsia após a alimentação, regurgitação após-prondial, anorexia intermitente, febre, perda de peso, dor torácica ou abdominal e angustia respiratória

Diagnóstico Predisposição: os cães e gatos de qualquer idade, raça e sexo podem ser ac ometidos. Histórico: divertículos pequenos podem ser assintomáticos, os grandes e multilobuladas estão normalmente associados a sinais clínicos. Exame físico : Normal se o divertículo for axiomático.

  • Sons pulmonares anormais poderão ser auscultados em casos de pneumonia aspirativa. Diagnóstico por imagem: Radiografias: esofagograma positivo com sulfato de bário. Diagnóstico diferencial: hérnia de hiato esofágica, intussuscepção gastroesofágica,

Tipos de neoplasias esofágicas

Sarcomas

Carcinoma de células escamosas

Leiomiomas, Leiomiossarcomas

Fibrossarcomas – Spirocerca lupi

Tumores regionais – Tireoide, timo, base do coração ou pulmão invadem o esôfago secundariamente

  • Endoscopia;
  • Hemograma completo;
  • Bioquímico

Intussuscepção gastresofágica Definição: invaginação da cárdia gástrica no esôfago distal com ou sem baço, duodeno, pâncreas e omento. Fisiopatologia:

  • A intussuscepção gastresofágica geralmente ocorre em animais imaturos com megaesôfago. A etiologia da intussuscepção gastresofágica e desconhecida.
  • Megaesôfago idiopático ou incompetência do mecanismo de esfíncter gastresofágico ou motilidade esofágica anormal e subsequente regurgitação pode predispor um animal a doença.

Diagnóstico Predisposição : pode acometer várias raças–

Pastor Alemães e raças grandes tem um risco

Afeta + macho do que fêmeas;

Condição mais comum em cães jovens com menos de 3 anos.

Tem sido relata da em gatos. Histórico :

  • Na maioria dos casos, há um início agudo de sinais clínicos (regurgitação, vomito, dispnéia, hematêmese, desconforto abdominal, rápida deterioração e morte).
  • Os sinais podem mimetizar aqueles da pneumonia aspirativa, tornando difícil o diagnóstico. Exame físico :

Animais podem estar magros e apresentar dor a palpação abdominal. Sinais de choque podem ser notado (preenchimento capilar pobre, membranas mucosas pálidas, respiração difícil, taquicardia e pulso imperceptível) Diagnóstico por imagem: Radiografias: esôfago distal com uma massa de

tecido mole.

  • A traquéia pode estar desviada ventralmente e sinais de pneumonia aspirativa podem estar presentes.
  • A intussuscepção pode estar delimitada por estudo de contraste negativo ou positivo. -A esofagoscopia revela um esôfago dilatado no lúmen do esôfago distal

Tratamento A intervenção cirúrgica deve ser realizada tão logo seja possível após o diagnóstico. A estabilização da condição do animal e o tratamento para choque devem ser feitos antes da indicação da anestesia.

Estômago Principais afecções cirúrgicas do estômago Corpos estranhos gástricos Dilatação-vólvulo gástrica Obstrução benigna da saída gástrica Ulceração e erosão gástrica Neoplasia e doença infiltrativagástrica

Corpos estranhos Definição : Ingesta que não pode ser digerida (pedra, plástico, tecido, metais) Digestão lenta (ossos) Intestino explorar Cães e gatos de todas as idades e raças

Sinais clínicos Vomito, distensão gástrica, dor abdominal, irritação de mucosa

Diagnostico Exame físico: Dor, distensão gástrica, desidratação Radiografia: Corpo estranho radiopaco Radiografia contrastado: Gastrograma – Cuidado com ruptura Ultrassonografia: Corpo estranho radioluscente Endoscopia Laparotomia exploratória

Tratamento Manejo clinico: Indução de vomito Controle de êmese Cirúrgico: Gastrotomia / Endoscopia

 Prognostico: bom se não houver perfuração estomacal

Cuidados pós operatório Manter na fluidoterapia e fazer correção

hidroeletrolítica (hipocaliemia

Jejum alimentar e hídrico absoluto por 24h, seguido de 2 dias de alimentação liquida, 3 dias de alimentação pastosa e depois retornar a alimentação solida; Utilização de colar elisabetano ou roupa cirurgica Limpeza diária das suturas com gazes e solução

fisiológica 0,9%

Terapia medicamentosa:

  • Antinflamatórios: Meloxican 0,1mg/kg SID
  • Inibidor de Secreção Ácido-gástrica: Renitida 2mg/kg BID
  • Analgésico: Dipirona 25mg/kg BID
  • Antibiótico (depende): Enrofloxacina 10mg/kg SID

Síndrome Dilatação – Vólvulo gástrica Animais acometidos: Caninos de raças grandes e gigantes Aumento exacerbado do estômago associado ao

seu mau posicionamento Condição clínica e cirúrgica aguda, com vários efeitos fisiopatológicos locais e sistêmicos, que expõem o animal a um risco iminente de morte Dilatação – Estomago dilatado normal Torção – piloro rotacionado menos 180º de sua posição Vólvulo-rotação maior do que 180º

Baço

  • O estômago está ligado ao baço pelo ligamento gastroesplênico, sendo assim, a posição do baço pode variar e frequentemente depende do grau do volvo gástrico.
  • O baço sofre congestão devido ao deslocamento e oclusão dos seus vasos e o estômago secundariamente à torção e oclusão compressiva da veia porta

Fatores de risco Afecção poligênica + influência do ambiente Cães de grande porte e toráx profundo Cães velhos

Ingestão rápida de alimentos, exercício após refeição, ingestão de água Motilidade gástrica Stress

Sinais Clínicos Abdômen cranial distendido e timpânico Ânsia de vomito improdutiva Hipersalivação Inquietação Apatia e prostração – Sincope Depressão Aumento da frequência cardíaca, mucosas pálidas, e aumento do tempo de preenchimento capilar, taquipneia

Diagnostico Sinais clínicos Raio X da região abdominal: Após a estabilização

  • Estômago distendido com áreas radiodensacentral

Tratamento Reposição volêmica Restabelecimento desequilíbrio hidroeletrolítico e acido-básico Antibióticos, antioxidantes Descompressão

  • Passagem de sonda oro-gástrica
  • Lavagem com cateter percutâneo com litros de agua morna

Tratamento cirúrgico

  • 180º - Gastropexia
  • 360º Esplenectomia + gastropexia  Objetivos do tratamento cirúrgico:
  • Reposicionar estômago e baço, avaliando a viabilidade
  • Remoção da arte comprometidas (Necrose gástrica, esplênica)
  • Fixação do estômago: Prevenir recidivas

 Tratamento cirúrgico Celiotomia mediana pré umbilical Gastrocentese: Para descompressão transoperatória Nos casos em que houver necrose gástrica, deverá ser realizada uma gastrectomia parcial, por ressecção e sutura

**Para a primeira camada, incorporar a mucosa e submucosa em um padrão simples interrompido ou simples contínuo usando sutura absorvível 2-0 ou 3-0. **Usar um padrão de sutura invertido (Lembert ou cushing) na camada seromuscular.

  1. Identificar uma área sem vasos sanguíneos entre a incisão gástrica e a curvatura maior.
  2. Trazer uma alça do jejuno proximal no local selecionado e fixá-lo ao estômago com suturas fixas.
  3. Suturar as camadas seromusculares do estômago e intestino usando um padrão contínuo simples com sutura absorvível 2-0 ou 3-0.
  4. Fazer incisões longitudinais de espessura completa no estômago e lumens intestinais próximos à linha de sutura.
  5. Suturar a mucosa e submucosa do estômago ao intestino em um padrão contínuo usando sutura absorvível 3-0 ou 4-0.
  6. Em seguida, fazer um padrão de sutura contínua na serosa e muscular

Piloroplastia de Heineke-Mikulicz O objetivo principal dessa técnica de piloroplastia é a abertura do esfíncter pilórico para coleta de material para biópsia e retirada de tumores ou de material responsável pela obstrução parcial ou completa.

  1. A técnica de piloroplastia é realizada localizando-se, exteriorizando-se e isolando-se o piloro da cavidade abdominal com compressas cirúrgicas.
  2. Pontos de sustentação poderão ser feitos nas duas extremidades da incisão. **Estes pontos penetram somente até a muscular e apresentam a região pilórica.
  3. Realiza-se uma incisão longitudinal através de todas as camadas do piloro.
  4. Após realizar o procedimento, converter a incisão longitudinal em transversal, suturar as bordas com pontos simples, atravessando as quatro camadas, com fio absorvível sintético.
  5. A parede também poderá ser suturada em dois planos.
  6. Realiza-se o primeiro ponto no meio da ferida; depois, um no meio do ponto central e na borda lateral de cada lado da incisão; em seguida fazem-se outros pontos simples complementares

entre os pontos anteriores até o completo fechamento da ferida cirúrgica.

  1. A omentopexia poderá ser realizada, fornecendo vascularização e segurança na prevenção de vazamento de conteúdo do estômago.

Piloroplastia em Y-U

  1. Realizar uma incisão perfurante no lúmen do duodeno (flexura duodeno cranial) de 2-3cm e com uma tesoura de Metzembaum promover a incisão na mucosa do piloro estendendo essa secção por toda a incisão.
  2. O retalho antral é avançado distalmente até o fim da incisão piloro duodenal de tal modo que o vértice dos dois braços do Y (encontro entre as duasincisões da região antral) seja colocado em confronto com o ponto mais caudal da incisão.
  3. A sutura é realizada com pontos simples interrompidos (por esmagamento ou aposição)atravessando todas as camadas do estômago

Cuidados pós-operatório Jejum comida 24h e hídrico por 12h Fluido e equilíbrio hidroeletrolítico Monitoração: Hemoglobina; Frequência respiratória, Débito urinário Antibióticos, antinflamatórios, antioxidantes, protetores mucosa, analgésico, Anti-emético Oxigenioterapia Complicações Arritmias – parada cardiorrespiratórias Choque Edema pulmonar IRA Gastrite, esofagite, peritonite, pancreatite Deiscência pontos / ruptura

Prognostico Tempo é importante Quanto pior condição inicial e choque, pior Recidiva depende gastropexia (inferior a 10% se realizada

Prevenção Alimentação Fracionar em vários refeições com pequenas quantidades

  • Evitar ingestão de grande quantidade de água logo após a refeição

Exercícios: Nunca após as refeições

Gastropecxia pde ser feita como forma de profilaxia (Racas/genética)

Intestinos Principais afeções do intestino 1 Corpo estranho – Simples e linear

  1. Neoplasias intestinais
  2. Intussuscepção – Redutível e irredutível
  3. Megacólon
  4. Isquemia / Necrose

Corpo estranho Causa mais comum de obstruções internais Local de obstrução mais comum é intestino

delgado CE: Pedras, objetos de plástico e borrachas

Fatores de risco: Perfuração e necrose

Sinais clínicos Anorexia/disorexia Apatia, prostração Emagrecimento Desidratação Êmese Diarreia (pode ser hemorrágica) Aquesia Sensibilidade Prolapso retal

Diagnostico Exame físico: Avaliar a base língua (corpo estranho linear)

  • Palpação abdominal: Massas abdominal anormal com alças intestinais Histórico Raio X Ultrassom Endoscopia: Até início duodeno/reto

Tratamento Cirúrgico Pré operatório: Estabilização, correção hidroeletrolítico

Laparotomia exploratória:

  • Enterotomia única
  • Enterotomia múltipla
  • Enterectomia + Enteroanastomose termino- terminal, latero-lateral

Cuidados Pós-operatório Jejum alimentar e hídrico absoluto por 24h, seguido de 2 dias de alimentação liquida, 3 dias de alimentação pastosa e depois retornar a alimentação solida; Utilização de colar elisabetano ou roupa cirúrgica Limpeza diária das suturas com gazes e solução fisiológica 0,9%

Terapia medicamentosa:

  • Antinflamatórios: Meloxican 0,1mg/kg SID
  • Analgésico: Dipirona 25mg/kg BID
  • Antibiótico (depende): Enrofloxacina 10mg/kg SID

Prognóstico dependente de:

  • Tempo de obstrução – quadro clínico
  • Perfurações intestinais
  • Viabilidadede alças remanescentes
  • Ruptura total de alças -ruim

Neoplasia intestinal Cães: Adenocarcinomas, leiomiossarcomas, linfoma  Sinais clínicos: Vômito, perda de peso, diarreia/melena, anemia, hematoquesia  Diagnostico: Rx, ultrassom, endoscopia (biopsia)

Gato: Linfoma e Adenocarcinoma  Sintomas: Emagrecimento, êmese, anorexia  Diferenciar de doença inflamatória intestinal crônica

Tratamento: Enterectomia + Enteroanastomose (Ressecção 4 a 8cm margens)

Intussuscepção intestinal Definição : invaginação de uma porção do intestino no lúmen de um segmento intestinal adjacente, podendo ocorrer na direção normal ou retrógrada