
























Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Uma análise morfológica e desenvolvimental dos proglotes em anoplocepha perfoliata, um cestóide. O texto descreve as estruturas presentes nos proglotes, incluindo os órgãos genitais, sistema excretor e nervoso. Além disso, são discutidos os diferentes tipos de cestóides e suas características morfológicas.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 32
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Este material didático foi produzido como parte do projeto intitulado “Desenvolvimento e produção de material didático para o ensino de Parasitologia Animal na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro: atualização e modernização”. Este projeto foi financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) Processo 2010.6030/2014-28 e coordenado pela professora Maria de Lurdes Azevedo Rodrigues (IV/DPA).
a oncosfera, que é ciliado em Pseudophyllidea; e o corion ou cápsula, camada que reveste externamente o ovo, ausente nos ovos dos cestoides da família Taeniidae. 2.1.1. Ordem Pseudophyllida Carus, 1863 Cestoide com corpo usualmente segmentado; escólice com duas botrídias (dibótrio) não musculosas em forma de fendas longitudinais, alguns grupos com tentáculos; sistema genital feminino com poro uterino, situado na face ventral, por onde os ovos são eliminados para o exterior à medida que se tornam maduros, porém não embrionados; útero pouco desenvolvido; ovos operculados ou não; embrióforo ciliado, denominado coracídio. O ciclo biológico dos Pseudosphilidea exige dois hospedeiros intermediários. O primeiro hospedeiro intermediário é um crustáceo que se infecta pela ingestão do coracídio. Neste invertebrado ocorre o desenvolvimento do estádio larvar, denominado procercóide. O segundo hospedeiro intermediário infecta-se pela ingestão do primeiro hospedeiro contendo o procercóide e a forma larvar, que se desenvolve neste, é denominada plerocercóide , forma infectante para o hospedeiro definitivo. O hospedeiro definitivo infecta-se pela ingestão do 2º hospedeiro intermediário infectado com a larva plerocercóide. 1.A. Família Diphyllobothriidae Luhe, 1910 Escólice com botrídias ventral e dorsal; colo longo e distinto; genitálias simples; bolsa do cirro, vagina e poro uterino abrindo na face ventral da proglote; testículos e vitelárias nos campos laterais. 1.A.1. Gênero Diphyllobotrium Cobbold, 1858 Escólice geralmente com botrídias, ventral e dorsal, não conectadas no ápice; poro genital abrindo na altura da linha mediana da superfície ventral da proglote e pré-equatorial, sendo este comum ao sistema masculino e feminino; poro uterino próximo e posterior ao poro genital; testículos numerosos; útero de localização mediana e em espiral simples; ovário lobulado, mediano e na margem posterior da proglote. Diphyllobotrium latum (Linnaeus, 1758) Cobbold, 1858 - parasito de intestino delgado de carnívoros e onívoros. 2.1.2. Ordem Cyclophyllida van Beneden, 1850 Cestoides com escólice provido de quatro botrídias (tetrabótrio) musculosas denominadas ventosas, localizadas na face ventral e dorsal, rostelo presente ou ausente; o desenvolvimento do colo e o número de proglotes variam com a espécie; vitelária compacta, usualmente pós-ovariana, testículos e ovários simples ou duplos; sem poro uterino; ovos não operculados; larvas não ciliadas; sistema genital feminino com o útero desenvolvido, onde ficam retidos os ovos que são eliminados para o meio exterior com a proglote. Embrióforo não ciliado. Os cestoides desta ordem têm como hospedeiros intermediários animais vertebrados ou invertebrados. Quando o hospedeiro intermediário é um invertebrado, a forma de larva é denominada cysticercoide e é uma vesícula praticamente sem líquido e com um protoescólice invaginado ou evaginado. Quando o hospedeiro intermediário é um vertebrado, a forma de larva é uma vesícula de parede delgada, cheia de líquido. Quando a vesícula tem um único protoescólice invaginado, a larva é denominada cysticercus ( FIG.6). Quando a larva possui vários protoescólices, com origem direta na parede da vesícula, recebe o nome de coenurus. Outro tipo de larva é o strobilocercus que se caracteriza por apresentar um protoescólice evaginado, ligado a uma pequena vesícula por um estróbilo longo e segmentado. O c isto hidático ou hidátide é outra forma de larva que se caracteriza por possuir vários protoescólices com origem direta da parede interna (membrana germinativa), em vesículas filhas (vesículas prolígeras) e em cistos filhos endógenos e/ou exógenos.
Fig. 1. Escólice com rostelo e ventosas, colo, proglotes imaturas, madura e grávidas. Fig. 2. Escólice sem rostelo, colo e proglotes imaturas. Fig.3. Proglote madura com órgãos genitais simples.
Fig. 6. Cysticercus 2.A. Família Taeniidae Ludwig, 1886. Escólice com ventosa musculosa e inerme; rostelo presente ou ausente, quando presente com uma ou duas coroas de espinhos (FIG.7); proglotes imaturas mais largas do que longas (FIG.8); proglotes maduras quadrangulares (FIG.9) e proglotes grávidas mais longas do que largas; genitálias simples, poro genital abrindo na margem lateral da proglote, , em geral, irregularmente alternado; testículos anteriores ao ovário; vitelária posterior ao ovário; ovário bilobado, mediano e na borda posterior da proglote; útero com um tronco mediano, longitudinal e com numerosas ramificações laterais nas proglotes grávidas. Adultos parasitos de intestino delgado de carnívoros e do homem; larvas parasitando mamíferos. 2.A.1. Gênero Taenia Linnaeus, 1758 Corpo médio ou grande com numerosas proglotes; presença ou ausência de rostelo armado; proglote grávida com ramificações uterinas laterais longas. Adultos parasitos de carnívoros e homem. Fig. 7. Taeniidae - escólices.
Fig. 8. Taeniidae - proglotes imaturas. Fig. 9. Taeniidae - proglote madura. Taenia solium Linnaeus, 1758 Estróbilo grande com 800 a 1000 proglotes; rostelo com 25 a 50 acúleos em duas fileiras; proglote grávida com 7 a 16 ramificações laterais de cada lado do corpo do útero. O cysticercus cellulosae é a forma larvar, constituindo-se em uma vesícula pequena, contendo um único protoescólice invaginado (FIG.10). Adultos medem entre 3 a 5 metros podendo chegar a 8 metros; parasito do intestino delgado do homem; larvas se desenvolvem na musculatura esquelética e cardíaca, sistema nervoso central e outros órgãos de suíno e cão. O homem pode se infectar pela ingestão de ovos. Distribuição: cosmopolita com maior ocorrência em regiões com baixo grau de desenvolvimento socioeconômico e sem infraestrutura de saneamento básico.
com 14 a 20 ramificações laterais de cada lado do corpo do útero. Larva coenurus constituída por vários protoescólices com origem direta na parede da vesícula. Adulto parasito do intestino delgado de cão, raposa e outros carnívoros; larva desenvolve-se no sistema nervoso central de ovinos e outros animais domésticos, o homem pode infectar-se acidentalmente com ovos. Distribuição geográfica no Brasil: Rio Grande do Sul e São Paulo. Taenia taeniaeformis Batsch, 1796 Rostelo pouco desenvolvido com 26 a 52 ganchos em duas fileiras; proglote grávida com a borda anterior menos larga que a posterior; útero grávido com 16 a 18 ramificações laterais de cada lado. Larva cysticercus fasciolaris ou strobilocercus com escólice evaginado ligado por um estróbilo longo e segmentado a uma pequena vesícula (FIG. 12). Adulto parasito do intestino delgado de gato, cão, raposa e outros carnívoros; larva desenvolve- se no fígado de roedores. Distribuição geográfica no Brasil: GO, MG, PR, RG, RJ, SP. Fig. 12. Taenia taeniaeformis - escólice e vesícula terminal de cysticercus fasciolaris. Taenia saginata Goeze, 1782 O estróbilo é grande com 1200 a 2000 proglotes; rostelo ausente; proglote grávida com 14 a 32 ramificações laterais de cada lado do corpo do útero. O cysticercus bovis é a forma larvar que se constitui em uma vesícula pequena e contendo um só protoescólice invaginado. Os adultos são parasitos do intestino delgado do homem medem de 4 a 8 metros e em alguns casos podendo chegar a 25 metros; larvas desenvolvem-se em tecidos de bovinos, principalmente, na musculatura esquelética e cardíaca. Distribuição: cosmopolita, com maior ocorrência naquelas regiões em que a criação de bovinos é em ambiente com alto grau de antropismo e sem infraestrutura de saneamento básico. 2.A.3. Gênero Echinococcus Rodolphi, 1801 Corpo pequeno, em geral, com menos de seis proglotes; escólice com rostelo armado de duas coroas de espinhos; poro genital irregularmente alternado e situado na metade posterior da proglote;
proglote grávida grande, em geral, corresponde de 1/3 a 1/2 do comprimento do corpo, ramificações laterais do útero, curtas (FIG. 13). Adultos parasitos de carnívoros. Echinococcus granulosus (Batsch, 1786) Adulto parasito do cão doméstico e de canídeos silvestres; a larva cisto hidático ou hidátide, parasito de ruminantes, suíno, equídeos e do homem, localiza-se preferencialmente no fígado, pulmões, mas também no coração, rins e cérebro. Larva cisto hidático ou hidátide caracterizada por possuir vários protoescólices com origem direta da parede interna (membrana germinativa), vesículas filhas (vesículas prolígeras) e cistos filhos endógenos. Distribuição: cosmopolita com maior ocorrência em regiões de criação de ovinos. No Brasil é endêmico na Região Sul. Fig. 13. Echinococcus granulosus – adulto. Echinococcus multilocularis Leuckart, 1863 Adulto parasito de intestino delgado de raposa; larva denominada cisto hidático ou cisto alveolar ou cisto multilocular é parasito de fígado e pulmões de roedores, acidentalmente o homem, por ingestão de ovos. Distribuição geográfica: Norte da Europa, Canadá e Alasca. 2.B. Família Hymenolepididae Railliet & Henry, 1909 Escólice, geralmente, com 8 a 10 ganchos dispostos em círculos, ventosas inermes ou com ganchos; proglotes, em geral mais largas do que altas, poro genital único e unilateral; um a quatro testículos por proglote; útero transversal. 2.B.1. Gênero Echinolepis Spasskii & Spasskaja, 1954 Cestoide de pequeno porte, escólice com rostelo e ventosas inermes. Echinolepis carioca (Magalhães, 1898) Adulto parasito de intestino delgado de galinha; larva em coleóptero ou mosca. 2.B.2. Gênero Hymenolepis Wenland, 1858 Escólice com rostelo armado ou inerme e com ventosas inermes; poro genital unilateral,
A larva cisticercoide desenvolve-se em molusco terrestre. 2.C.2. Gênero Raillietina Fuhrmann, 1920 Estróbilo constituído de várias proglotes; escólice com rostelo com uma ou duas fileiras de ganchos pequenos, ventosas ovais com ganchos presentes (FIG. 15, 16 e 17); Proglotes imaturas, em geral, mais largas do que altas (FIG. 18); poro genital regular ou irregularmente alternado ou unilateral; cápsula ovígera com um ou vários ovos (FIG. 19). Fig. 15. Raillietina - escólices com ventosas e rostelos armados de acúleos. Fig. 16. Raillietina - escólice com ventosas armadas de acúleos.
Fig.17. Raillietina - escólice com ventosas armadas de acúleos. Fig. 18. Raillietina - proglotes imaturas.
Subfamília Dipylidiinae Stiles, 1896 Proglote grávida com cápsula ovígera com um ou mais ovos. D.1. Gênero Dipylidium Leuckart, 1863 Escólice subgloboso com ventosas inermes e rostelo com várias fileiras de ganchos; genitália dupla; testículos numerosos situados nos campos medianos da proglote; vários ovos por cápsulas ovígeras; proglotes maduras e grávidas de maior altura que largura, bordas anterior e posterior da proglote têm menor largura do que a região equatorial (FIG. 20 a 25). Dipylidium caninum (Linnaeus, 1758) Adulto parasito do intestino delgado de cão e gato. O homem pode infectar-se por ingestão acidental de hospedeiro intermediário com cisticercoide. A Larva cisticercoide desenvolve na cavidade geral de Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis, Pulex irritans e Trichodectes canis. Fig. 20. Dipylidium caninum - escólice, colo e proglotes imaturas. Fig. 21. Dipylidium caninum - escólice com rostelo e ventosas.
Fig. 22. Dipylidium caninum - rostelo armado e ventosas inermes. Fig. 23. Dipylidium caninum - proglote madura.