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Informações sobre o leite bovino, sua composição nutricional e a importância do ácido linoléico conjugado (cla) para a saúde humana e animal. O texto discute as fontes de cla, seus benefícios e desvantagens, além de referências a estudos relacionados.
Tipologia: Notas de estudo
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PROFESSOR: M.Sc. MAXWELL LIMA REIS ACADÊMICA: SHIRLENNE FERREIRA SILVA
Sendo um alimento rico e completo, o leite apresenta substâncias importantes em sua composição, sendo fonte de proteína e cálcio (ROBINSON, 2009). O leite bovino apresenta mais de 100 mil moléculas de diferentes tipos em sua composição, sendo que cada uma delas apresenta uma função específica (PASCHOAL et al., 2007). O leite também tem gordura, que são os lipídios formados por ácidos graxos, um composto natural que se apresenta de diferentes formas, de acordo com o agrupamento e projeção das moléculas (FIGUEREDO et al., 2005).
Os ácidos graxos são constituintes de cerca de 90% dos triglicerídeos, sendo que estes representam por sua vez quase um todo dos lipídeos presentes no leite e tecidos adiposos no animal, e determinam as propriedades físicas, químicas e organolépticas dos alimentos (MEDEIROS, 2002).
O CLA (Ácido Linoléico Conjugado) é um ácido graxo, sendo um termo usado para definir os isômeros geométricos do ácido linoléico caracterizados por apresentar duplas ligações conjugadas (DA GAMA, 2004).
De acordo com Peron (2010) o setor econômico brasileiro nos últimos anos, tem apresentado um padrão de crescimento notável, isso resulta do aumento do consumo interno e do volume de exportações de produtos que outrora participavam de forma modesta nos índices econômicos do país. Ainda de acordo com o autor, a pecuária merece destaque nesse contexto, pelo fato de despertar nos pesquisadores o interesse de desenvolver tecnologias que aumentem a eficiência dos animais, onde a demanda é essencialmente na área de nutrição. Segundo Schafhauser Jr. (2005) a evolução genética dos rebanhos leiteiros nas últimas décadas, fez surgir animais de alta capacidade na produção de leite, de acordo com o autor, na proporção em que o potencial de produção desses animais aumenta é necessário que sejam alimentados de modo condizente com suas exigências nutricionais, para tornar possível a expressão do potencial genético.
leiteiras para elevar a concentração de CLA, esse aumento do teor de CLA na gordura de leite, pode melhorar a visão de produtos lácteos integrais junto ao consumidor, já que há uma grande preocupação da população em alimentos com menor teor de gordura
Martinez (2010) em estudo com a suplementação de animais com CLA, conclui que ao aumentar a concentração de CLA no leite, há a possibilidade de tornar o leite um nutracêutico (alimento com propriedades medicinais).
Em seu trabalho Paschoal (2007), obteve resultados com vacas alimentadas com dieta com adição de 21% de soja extrusada, sendo que as vacas produziram leite com perfil modificado de ácidos graxos poli-insaturados e ácido linoléico conjugado, no entanto, produziram leite mais susceptível à oxidação, como medida foi adicionado selênio no leite, que reduziram os efeitos da oxidação, tendo influência positiva na estabilidade do leite.
Santos et al., (2001) relatou em seu trabalho que o CLA está usualmente entre os compostos carcinogênicos que atuam reduzindo a incidência de tumores em modelos experimentais de carcinogênese em ratos, como agentes citotóxicos existentes nas células cancerígenas, o autor avaliando o efeito da suplementação de lipídios na ração sobre a produção de ácido linoléico, obteve resultados através da adição do grão de soja na alimentação de vacas leiteiras, sendo que estas aumentaram os teores de ácido linoléico e linolênico no leite produzido.
fermentação ruminal, já que as gorduras insaturadas possuem efeitos inibitórios sobre os microorganismos celulolíticos (SANTOS, et al., 2001).
Para Vargas (2002), para aumentar a concentração energética da dieta, é necessário aumentar a proporção de alimentos concentrados, sendo que tem que ser levado em consideração o limite de fornecimento, respeitando também os teores de fibra, sendo elas necessárias para o bom funcionamento do ambiente ruminal e manutenção dos teores de gordura no leite.
O Ácido Linoléico Conjugado apresenta características satisfatórias que podem ajudar na melhoria da qualidade de vida humana, porém são necessários mais estudos e experimentos que comprovem a eficiência e atuação desse composto no organismo humano sem possíveis reações e efeitos negativos, além de proporcionar aos animais produtores de leite, condições satisfatórias de alimentação com dietas saudáveis sem perdas na produção.
DA GAMA, M. A. S. Desempenho, composição do leite e mecanismos envolvidos na depressão na gordura do leite (DGL) de vacas recebendo ácidos linoléicos conjugados (CLA) e óleo de peixe na dieta. São Paulo, USP, 2004. 134 p. Tese de Doutorado. Área de Ciência animal e pastagens. Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.
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MEDEIROS, S. R.; Ácido linoléico conjugado : Teores nos alimentos e seu uso no aumento da produção de leite com maior teor de proteína e perfil de ácidos graxos modificado. São Paulo, USP, 2002. 114p. Tese de Doutorado. Área de Ciência animal e pastagens. Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002.
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SCHAFHAUSER JR. J. Níveis crescentes de gordura de arroz para vacas leiteiras de alta produção no início da lactação. Rio Grande do Sul, UFRS, 2005. 152 p. Tese de Doutorado. Área de Produção animal. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
MANICO, A. B. Adição de lipídios na ração de vacas leiteiras: parâmetros fermentativos ruminais, produção e composição do leite. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.1. p.522-529, 2002.
VELHO, J. P. Ácido linoléico conjugado no leite bovino: uma abordagem metanalítica. Rio Grande do Sul, UFRS, 2009. 401 p. Tese de Doutorado. Área de Produção animal. Universidade Federal dório Grande do Sul, Porto alegre, 2009.