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Traqueostomia e Esofagostomia em Animais: Procedimentos, Indicações e Complicações, Notas de aula de Cirurgia Geral

Os procedimentos cirúrgicos de traqueostomia e esofagostomia em animais, detalhando suas indicações, etapas pré e pós-operatórias, e possíveis complicações. O texto é informativo e útil para estudantes de veterinária e profissionais da área.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 14/02/2025

Thainá.Moura
Thainá.Moura 🇧🇷

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Traqueostomia
Técnica cirúrgica que consiste em criar
uma abertura temporária ou permanente
no interior da traqueia para facilitar o
fluxo aéreo.
Na traqueostomia temporária é feita
com uma traqueotomia (incisão na
traqueia) e inserido uma sonda.
Na traqueostomia permanente cria-se
um estoma para facilitar passagem
aérea.
Objetivo de remover, reparar ou desviar
áreas de obstrução ou lesão.
Indicações
Traqueostomia temporária comumente
realizada para proporcionar uma via de
fluxo aéreo alternativa durante uma
cirurgia ou como emergência e animais
gravemente dispneicos. A
traqueostomia com sonda deve ser
mantida por um curto período.
Traqueostomia permanente para
obstruções respiratórias superiores que
causam desconforto, que não pode ser
tratado com êxito por outros métodos
(colabamento laríngeo). A vocalização
é diminuída ou fica ausente após a
operação.
Indicações gerais é em caso de colapso
de faringe, trauma laringotraqueal,
paralisia de laringe, colapso de traqueia
e CE.
Considerações p-operatória
Avaliação clínica criteriosa com
anamnese, exames clínicos,
radiográficos, entre outros.
Corticoides pré-operatórios;
Antibioticoterapia profilática
- Ampicilina – 22mg/kg (IV);
- Cefazolina – 20mg/kg (IV).
Considerações pós-operatória
Monitoramento durante a recuperação
anestésica (secreção, tosse, engasgo,
aspiração) mantendo intubação
enquanto for possível.
Em caso de desconforto após retirada
da sonda, o animal deve ser reintubado.
Fornecer oxigênio suplementar,
analgésico pós-operatório, corticoides.
Água após 6 a 12h da cirurgia.
Alimento mole (bolinhas) após 18 a
24h (caso não ocorra vômito ou
engasgo).
Evitar uso de coleira cervical.
Limpeza e remoção do muco.
Curativo local.
Observar se ocorre asfixia ou
desalojamento da sonda.
Manter tricotomia ao redor do estoma.
Complicações
Obstrução respiratória devido a
inchaço, edema, irritação de mucosa
com aumento na produção de muco
e/ou colabamento laríngeo ou traqueal.
Infecção.
Espasmo, paralisia ou paresia laríngea
após lesão no nervo laríngeo
recorrente.
Traqueostomia: desalojamento da
sonda, engasgo, vômito, tosse, efisema,
obstrução de sonda, estenose e fístulas.
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Traqueostomia

  • Técnica cirúrgica que consiste em criar uma abertura temporária ou permanente no interior da traqueia para facilitar o fluxo aéreo.
  • Na traqueostomia temporária é feita com uma traqueotomia (incisão na traqueia) e inserido uma sonda.
  • Na traqueostomia permanente cria-se um estoma para facilitar passagem aérea.
  • Objetivo de remover, reparar ou desviar áreas de obstrução ou lesão.

Indicações

  • Traqueostomia temporária comumente realizada para proporcionar uma via de fluxo aéreo alternativa durante uma cirurgia ou como emergência e animais gravemente dispneicos. A traqueostomia com sonda deve ser mantida por um curto período.
  • Traqueostomia permanente para obstruções respiratórias superiores que causam desconforto, que não pode ser tratado com êxito por outros métodos (colabamento laríngeo). A vocalização é diminuída ou fica ausente após a operação.
  • Indicações gerais é em caso de colapso de faringe, trauma laringotraqueal, paralisia de laringe, colapso de traqueia e CE.

Considerações pré-operatória

  • Avaliação clínica criteriosa com anamnese, exames clínicos, radiográficos, entre outros.
  • Corticoides pré-operatórios;
  • Antibioticoterapia profilática
    • Ampicilina – 22mg/kg (IV);
    • Cefazolina – 20mg/kg (IV).

Considerações pós-operatória

  • Monitoramento durante a recuperação anestésica (secreção, tosse, engasgo, aspiração) mantendo intubação enquanto for possível.
  • Em caso de desconforto após retirada da sonda, o animal deve ser reintubado.
  • Fornecer oxigênio suplementar, analgésico pós-operatório, corticoides.
  • Água após 6 a 12h da cirurgia.
  • Alimento mole (bolinhas) após 18 a 24h (caso não ocorra vômito ou engasgo).
  • Evitar uso de coleira cervical.
  • Limpeza e remoção do muco.
  • Curativo local.
  • Observar se ocorre asfixia ou desalojamento da sonda.
  • Manter tricotomia ao redor do estoma.

Complicações

  • Obstrução respiratória devido a inchaço, edema, irritação de mucosa com aumento na produção de muco e/ou colabamento laríngeo ou traqueal.
  • Infecção.
  • Espasmo, paralisia ou paresia laríngea após lesão no nervo laríngeo recorrente.
  • Traqueostomia: desalojamento da sonda, engasgo, vômito, tosse, efisema, obstrução de sonda, estenose e fístulas.

Esofagostomia

  • Incisão no lúmen esofágico.
  • Esofagostomia: criação de uma abertura para colocação de sonda alimentar.
  • Esofagectomia: ressecção parcial ou total do esôfago.

Indicações

  • Casos de CE, perfuração, fístula, hérnia hiatal, divertículos, acalasia cricofaríngea, intussuscepção gastroesofágica.

Pré-operatório

  • Regurgitação e disfagia
  • Anamnese, sinais clínicos, endoscopia e/ou radiografia (simples e contrastada) para diagnóstico.
  • Pode ocorrer pneumonia por aspiração, tendo que ser tratada antes da cirurgia, além de esofagite e debilitação nutricional.
  • Terapia com corticoide para diminuir risco de estenose em casos graves.
  • Antibacterioterapia prévia e tratamento em caso de infecção respiratória superior.
  • Protetor de mucosa.

Considerações pós-operatória

  • Esôfago não tolera esticamento longitudinal e poderá sofrer deiscência se a tensão for extensa.
  • Analgesia.
  • Jejum de 24 a 28h;
  • Introdução lenta de alimentação líquida. Alimentação fluidificada durante 5 a 7 dias após jejum.
  • Monitorar infecção, febre e neutrófilos.

Complicações

  • Esofagite; deiscência; estenose; fistulação; reicidiva; pneumonia por aspiração; regurgitação.