Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Pontos de corte para avaliação da obesidade abdominal: análise de estudos, Exercícios de Cardiologia

Este documento analisa diferentes pontos de corte propostos para avaliar a obesidade abdominal, com foco em estudos nacionais e internacionais. A circunferência da cintura (cc) e a circunferência abdominal (ca) são as variáveis de análise mais comuns, com diferentes sítios anatômicos sendo utilizados para aferição. Os pontos de corte mais frequentes são propostos por lean e colaboradores (1995), nih (2002) e idf (2006). Alguns estudos estabelecem pontos de corte específicos por meio de análise estatística, enquanto outros não utilizam pontos de corte, mas estabelecem correlações entre variáveis. A oms (1989) e a sociedade brasileira de cardiologia (2007) também são referências importantes neste assunto.

O que você vai aprender

  • Qual é o ponto de corte mais frequente para a avaliação da obesidade abdominal em estudos nacionais?
  • Como é o processo de aferição da circunferência da cintura e circunferência abdominal?
  • Existem diferenças nos pontos de corte de acordo com a origem étnica da população?
  • Quais são as principais referências para pontos de corte de obesidade abdominal?
  • Por que é importante estabelecer pontos de corte para a avaliação da obesidade abdominal?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Rafael86
Rafael86 🇧🇷

4.6

(197)

229 documentos

1 / 24

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Lima et al. Circunferência da Cintura ou ...
108
Rev. Simbio-Logias, v.4, n.6, Dez/ 2011.
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA OU ABDOMINAL? UMA REVISÃO CRÍTICA
DOS REFERENCIAIS METODOLÓGICOS
Cláudia Gonçalves de Lima1
Lívia Gussoni Basile2
Jacqueline Queiroz da Silveira3
Patrícia Maria Vieira
Maria Rita Marques de Oliveira4
Resumo
Embora haja consenso sobre a validade e facilidade do uso da antropometria na classificação
da obesidade abdominal, ainda não existe consenso sobre a nomenclatura da medida e os
sítios anatômicos para sua obtenção. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar de
forma crítica o uso da circunferência da cintura ou abdominal em adultos para aferição da
obesidade abdominal. Foi realizada uma revisão sistemática a partir de busca em bases de
dados indexadas MEDLINE (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO).
Foram revisados artigos publicados no período compreendido entre 2003 e 2009. Quanto à
nomenclatura, apesar dos National Institutes Health tratarem circunferência da cintura e
abdominal como sinônimos, os pesquisadores internacionais, tem preferido o uso do termo
circunferência da cintura. Quanto ao sítio anatômico para a medida, falta ainda consenso entre
os pesquisadores e orientação da International Diabetes Federation (IDF). Considerando que
os atuais pontos de corte para as populações de origem européia foram elaborados a partir dos
sítios anatômicos estabelecidos pela OMS 1989, torna-se razoável a adoção desta referência.
Sobre os pontos de corte, a proposta da IDF representa resultado de um consenso
internacional e avalizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Palavras-chave: antropometria; obesidade abdominal; circunferência da cintura;
circunferência abdominal.
Introdução
A relação entre os padrões de distribuição da gordura corporal ginecóide e andróide
com a prevalência de doenças crônicas foi descrita pela primeira vez por Vague em 1956. Em
1984, Larsson e colaboradores publicaram um estudo clássico mostrando que a distribuição
central da gordura corporal prediz melhor o risco cardiovascular, que o excesso de peso por si.
1 Doutorandas em Alimentos e Nutrição – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus
de Araraquara.
2 Professora da UNIP – São José do Rio Preto.
3 Doutoranda em Ciências Nutricionais – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus
de Araraquara.
4 Professora Doutora do Curso de Nutrição do Instituto de Biociências – Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” – Campus de Botucatu..
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Pontos de corte para avaliação da obesidade abdominal: análise de estudos e outras Exercícios em PDF para Cardiologia, somente na Docsity!

108

CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA OU ABDOMINAL? UMA REVISÃO CRÍTICA

DOS REFERENCIAIS METODOLÓGICOS

Cláudia Gonçalves de Lima^1 Lívia Gussoni Basile^2 Jacqueline Queiroz da Silveira^3 Patrícia Maria Vieira Maria Rita Marques de Oliveira^4

Resumo Embora haja consenso sobre a validade e facilidade do uso da antropometria na classificação da obesidade abdominal, ainda não existe consenso sobre a nomenclatura da medida e os sítios anatômicos para sua obtenção. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar de forma crítica o uso da circunferência da cintura ou abdominal em adultos para aferição da obesidade abdominal. Foi realizada uma revisão sistemática a partir de busca em bases de dados indexadas MEDLINE (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Foram revisados artigos publicados no período compreendido entre 2003 e 2009. Quanto à nomenclatura, apesar dos National Institutes Health tratarem circunferência da cintura e abdominal como sinônimos, os pesquisadores internacionais, tem preferido o uso do termo circunferência da cintura. Quanto ao sítio anatômico para a medida, falta ainda consenso entre os pesquisadores e orientação da International Diabetes Federation (IDF). Considerando que os atuais pontos de corte para as populações de origem européia foram elaborados a partir dos sítios anatômicos estabelecidos pela OMS 1989, torna-se razoável a adoção desta referência. Sobre os pontos de corte, a proposta da IDF representa resultado de um consenso internacional e avalizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Palavras-chave: antropometria; obesidade abdominal; circunferência da cintura; circunferência abdominal.

Introdução A relação entre os padrões de distribuição da gordura corporal ginecóide e andróide com a prevalência de doenças crônicas foi descrita pela primeira vez por Vague em 1956. Em 1984, Larsson e colaboradores publicaram um estudo clássico mostrando que a distribuição central da gordura corporal prediz melhor o risco cardiovascular, que o excesso de peso por si.

(^1) Doutorandas em Alimentos e Nutrição – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Araraquara. 2 3 Professora da UNIP – São José do Rio Preto. Doutoranda em Ciências Nutricionais – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Araraquara. 4 Professora Doutora do Curso de Nutrição do Instituto de Biociências – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Botucatu..

109

Estes autores utilizaram a relação cintura/quadril para predizer o risco cardiovascular. Aproximadamente 10 anos após a publicação de Larsson e colaboradores foram publicados os estudos de Lean e colaboradores confirmando, o que outros estudos já vinham apontado, que a simples circunferência da cintura (CC) representava risco para doença crônica. Lean e colaboradores (1995) propuseram pontos de corte de 80 e 88 cm para mulheres e 94 e 102 cm para homens, caracterizando risco (nível 1) e risco aumentado (nível 2). A partir desses referenciais, muitos estudos foram desenvolvidos nas diversas partes do planeta e as evidências de associação da obesidade abdominal com maior prevalência de morbidades vêm sendo confirmadas. A distribuição andróide, que é característica da obesidade central, ou abdominal, vem sendo mais fortemente associada à maior prevalência de diabetes (JUNG, 1997), doenças cardiovasculares (FOUCAN et al, 2002) e hipertensão arterial (JARDIM et al, 2007). A obesidade abdominal afeta mais mulheres do que homens (FREITAS et al, 2002; MATOS; LADEIA, 2003; MOLARIUS et al, 1999; PEIXOTO et al, 2006; REZENDE et al, 2006; TANIGUCHI et al, 2004) prevalecendo mais em mulheres com antecedentes pessoais de obesidade, hipertensão arterial, diabetes, história familiar de diabetes e pós-menopausa (RASKIN et al, 2000). Tende a aumentar com a idade (CASTANHEIRA et al, 2003; GIGANTE et al, 1997; JONES et al, 1986; MARIATH et al, 2007; MOLARIUS et al, 1999; SANTANA et al, 2001; SOUZA et al, 2003; TANIGUCHI et al, 2004), se desenvolve predominantemente em pessoas com baixo nível de escolaridade (CASTANHEIRA et al, 2003; OLINTO et al, 2007) e em desempregados (OLINTO et al, 2007). A prevalência é maior em homens e mulheres que têm companheiros (CASTANHEIRA et al, 2003; OLINTO et al, 2007), aumenta com a elevação de peso (JONES et al, 1986) e em ex-fumantes (CASTANHEIRA et al, 2003), e tem uma alta prevalência na população de nipo-brasileiros (LERARIO et al, 2002). A medida da CC, por ser reconhecidamente um importante e simples indicador da obesidade central e de risco para doenças crônicas, é por essa razão considerada no diagnóstico da síndrome metabólica (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2006; NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 2002). Esta medida não é invasiva, utiliza o mínimo de equipamentos quando comparada às técnicas laboratoriais, é de rápida aplicação, fácil de ser utilizada por avaliadores treinados, sendo de custo muito acessível (GIBSON,

111

populações de origem européia, 80 e 90 cm para as populações de origem asiática (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2006). Na maioria dos estudos consultados nesta pesquisa foi utilizada a CC como indicador da obesidade central e pontos de corte desenvolvidos para a CC, tendo como principais referenciais o NIH (NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 2002) e do Consenso da IDF (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2006). Entretanto, sendo a gordura em excesso o objeto da medida em questão, em primeira vista, parece mais lógica a utilização da circunferência abdominal, ou a maior circunferência obtida na região abdominal. Mas não é o que se tem feito. Isso, provavelmente, porque importa mais a presença de gordura entre as vísceras e menos a camada externa de gordura. De fato, as comparações das medidas antropométricas com ressonância magnética e a tomografia computadorizada mostraram que a CC foi a medida que apresentou melhor correlação com o tecido adiposo visceral (POULIOT et al, 1994). Em outro estudo foi analisada a obesidade abdominal em homens e mulheres de 45-60 anos. Foram usadas duas localizações para avaliar a obesidade abdominal e determinar qual foi mais fortemente correlacionada com fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica. Para ambos os sexos, a CC, uma menor medida da região abdominal, foi mais fortemente correlacionada com o tecido adiposo visceral do que a CA, medida no nível do umbigo (WILLIS et al, 2007). Nos estudos consultados foi constatado que não existe atualmente consenso sobre a terminologia e o sítio anatômico para aferição da circunferência da região abdominal associada ao risco de doença crônica. Os termos mais empregados têm sido a CC e a CA, ora como sinônimos, ora como medidas, em sítios anatômicos distintos, interpretadas a partir de um mesmo ponto de corte. O uso do termo CA foi mais frequente nos estudos brasileiros que de outros países. Segundo recomendações da OMS (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1989; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000) e de Callaway e colaboradores (1988), a CC deve ser aferida na região mais estreita do abdômen ou no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. Apenas no caso de indivíduos obesos, na impossibilidade de identificar a cintura natural, Van Der Kooy e Seidell (1993) sugerem a aferição da medida no nível da cicatriz umbilical. Entretanto, deve-se ter em mente que estamos falando de medidas distintas. A circunferência do abdômen deve ser aferida no local de máxima extensão da região do abdômen conforme recomendado por Callaway e colaboradores (1988).

112

Entretanto, em alguns documentos americanos os termos circunferência da cintura e circunferência abdominal aparecem como sinônimos (“waist (abdominal) circumference” (NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH, 1998); “abdominal (waist) circumference” (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2006). Nestes documentos há a orientação para que a medida seja tomada na parte mais alta do ílio, linearmente ao ponto médio da axila direita, traçando-se numa linha horizontal ao chão. O antropometrista deve ficar à direita do avaliado. A medida deve ser realizada sobre a pele e com a respiração normal. De qualquer forma, embora o documento admita o termo CA, a medida não é tomada na cicatriz umbilical e basicamente se mostra correspondente aos sítios indicados para CC já discutidos. Os padrões de referência mais frequentemente utilizados para avaliação da CC classificam a adiposidade abdominal de acordo com o risco de desenvolver doenças relacionadas à obesidade a partir da CC, adotando os pontos de corte propostos por Lean e colaboradores (1995). Neste estudo foi considerado risco aumentado valores entre 80 cm para mulheres e entre 94 cm para homens (nível de ação 1), e risco muito aumentado valores maiores que 88 cm para mulheres e maiores que 102 cm para homens (nível de ação 2). Nota- se que esses pontos correspondem, respectivamente, às classificações do adotada pelo NIH (2002) e consenso da IDF (2006) para populações de origem européia. Nos estudos realizados por Lean e colaboradores (1995) é citada como referência a metodologia proposta pela OMS (1989) para identificação do sítio anatômica da CC, no ponto médio entre último arco costal e a crista ilíaca ântero-superior. Pela IDF (2006), a obesidade abdominal é utilizada como critério diagnóstico para síndrome metabólica de acordo com a seguinte classificação: homens brancos de origem européia e negros ≥ 94 cm; homens sul-asiáticos, ameríndios, chineses e japoneses ≥ 90 cm; mulheres brancas de origem europídea, negras, sul-asiáticas, ameríndias, chinesas e japonesas ≥ 80 cm. No Brasil, em 2007, na IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA,

  1. se utiliza a nomenclatura CA para o indicador antropométrico de obesidade central, cuja medida é aferida no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca ântero-

114

Na pesquisa realizada nas bases de dados, relativa ao período de 2003 a 2009, foram avaliados 42 estudos sobre avaliação da obesidade abdominal a partir da antropometria, sendo 20 estudos nacionais e 22 internacionais. Os estudos nacionais estão relacionados na Tabela 1 e os internacionais na Tabela 2, de acordo com o ano de realização e autores, população estudada, nomenclatura empregada, sítio anatômico da medida e ponto de corte utilizado para classificação de risco metabólico. Dos estudos nacionais, 16 foram com indivíduos saudáveis, 1 com mulheres pós-menopausa, 1 entre indivíduos com doença renal crônica, 1 entre indivíduos com diabetes mellitus tipo II e 1 entre indivíduos com HIV / AIDS. Entre os estudos internacionais, 19 foram com indivíduos saudáveis, 1 entre pessoas com diabetes mellitus tipo 2, 1 com mulheres com história de diabetes gestacional e 1 com pessoas com resistência à insulina. Quanto à nomenclatura utilizada, 14 estudos nacionais utilizaram CC, 4 utilizaram CA (CASTRO et al, 2006; HASSELMANN, 2008; REZENDE et al, 2006; SARNO; MONTEIRO, 2007), 1 utilizou medida da cintura (NUNE-FILHO et al, 2007) e 1 utilizou perímetro abdominal (CASTANHEIRA et al, 2003). Dentre os estudos internacionais, 20 utilizaram CC, 1 utilizou perímetro da cintura (LEE et al, 2007) e apenas 1 utilizou CA (KOCH et al, 2006). Observa-se na quarta coluna da Tabela 1 que 7 estudos nacionais adotaram como sítio anatômico a medida antropométrica no nível da cintura natural ou na parte mais estreita entre a crista ilíaca e a última costela (BARBOSA et al, 2009; BARBOSA et al, 2006; FERREIRA et al, 2006; OLINTO et al, 2007; OLINTO et al, 2006; PEIXOTO et al, 2006; REZENDE et al, 2006), 5 utilizaram no nível da cicatriz umbilical (CRISTOFOLETTI, 2008; HASSELMANN, 2008; SANCHES et al, 2008; SIMONY et al, 2008; TANIGUCHI et al, 2004), 7 utilizaram o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca (CASTRO et al, 2006; JARDIM et al, 2007; MARTINS; MARINHO, 2003; NUNES-FILHO et al, 2007; OLIVEIRA et al, 2007; ORSATTI et , 2008; SARNO; MONTEIRO, 2007), 1 utilizou o local de máxima extensão da região do abdômen (CASTANHEIRA et al, 2003) e 2 apenas citaram o autor do método usado sendo que Jaime e colaboradores (2004) utilizaram OMS (2000) e Mariath e colaboradores (2007) referenciaram Cameron (1984). Os sítios adotados nos estudos internacionais estão descritos na Tabela 2, quarta coluna. Foi verificado que 10 estudos utilizaram o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca (BAO et al, 2008;

115

LEE et al, 2007; ELLIOTT 2008; HO et al, 2003; PANIAGUA et al, 2008; ROCHA et al, 2008; SUNG et al, 2007; TAJIRI et al, 2008; TANYOLAC et al, 2007; WANG et al, 2009), 7 utilizaram no nível da cicatriz umbilical (CHO et al, 2006; CHURCH et al, 2006; MURAKAMI et al, 2007; OKA et al, 2008; SARIFI et al, 2008; YOSHIDA et al, 2009), 2 utilizaram ao redor da cintura ou no ponto mais estreito entre a costela e a crista ilíaca (LEE et al, 2007; RYAN et al, 2008), 1 utilizou a maior circunferência do abdômen (KOCH et al,

  1. e 2 apenas citaram o autor do método utilizado, Farin e colaboradores (2006) utilizaram CDCP (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 1996) e Shiwaku e colaboradores (2005) utilizaram OMS (2000).

Tabela 1. Estudos nacionais sobre avaliação da obesidade abdominal pela antropometria, 2003-2009. Autor, ano População Nomenclatura Sítio anatômico Ponto de corte (cm) 1.BARBOSA et al, 2009

Brasileiros (Cuiabá)

Circunferência da cintura

No nível da cintura natural, ou seja, na parte mais estreita entre a crista ilíaca e a última costela

Homens Normal: < 94 Aumentado: 94 - 102 Muito Aumentado: ≥ 102 Mulheres Normal: < 80 Aumentado: 80 – 88 Muito Aumentado: ≥ 88

2.HASSELMANN et al, 2008

Mulheres brasileiras (Rio de Janeiro)

Circunferência abdominal

Altura da cicatriz umbilical

88

3.ORSATTI et al, 2008

Mulheres brasileiras pós- menopausa (Botucatu)

Circunferência da cintura

Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca

Aumentada: > 80 Muito aumentada:

88

4.SANCHES et al, 2008

Brasileiros com doença renal crônica

Circunferência da cintura

Nível da cicatriz umbilical, no final da expiração

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre

117

2006 com DM tipo II (Rio de Janeiro)

abdominal crista ilíaca e o rebordo costal

Risco cardiovascular: 94 Síndrome metabólica: 102 Mulheres Risco cardiovascular: 80 Síndrome metabólica: 88

13.FERREIRA et al, 2006

Homens brasileiros (Cuiabá)

Circunferência da cintura

Na altura da cintura natural

85

  • Proposta dos autores para ponto de corte.

14.REZENDE et al, 2006

Brasileiros (Viçosa)

Circunferência abdominal

Menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca

Homens Risco aumentado: > 94 Risco muito aumentado: > 102 Mulheres Risco aumentado: > 80 Risco muito aumentado: > 88

15.PEIXOTO et al, 2006

Brasileiros (Goiânia)

Circunferência da cintura

Nível natural da cintura, ponto médio entre a crista ilíaca anterior superior e a última costela

Homens Nível 1: 94 – Nível 2: ≥ 102 Mulheres Nível 1: 80 – Nível 2: ≥ 88

16.OLINTO et al, 2006

Brasileiros (Pelotas)

Circunferência da cintura

Região mais estreita entre o tórax e o quadril ou, em caso de não haver ponto mais estreito, no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca

Homens Nível I: 94 - 102 Nível II: > Mulheres Nível I: 80 - 88 Nível II: >

17.NUNES FILHO, et al 2007

Brasileiros (Luzerna)

Medida da cintura Ponto médio entre o rebordo costal inferior e a crista ilíaca

Homens: 102 Mulheres: 88

118

18.JAIME et al, 2004 Brasileiros com HIV / AIDS, São Paulo

Circunferência da cintura

Técnicas preconizadas pela OMS, 2000

Homens: ≥ 102 Mulheres: ≥ 88

19.CASTANHEIRA et al, 2003

Brasileiros (Pelotas)

Perímetro abdominal

Local de máxima extensão da região do abdômen

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre variáveis. 20.MARTINS; MARINHO, 2003

Brasileiros Circunferência da cintura

Ponto médio entre a crista ilíaca e a face externa da última costela

Homens: 94 Mulheres: 80

Tabela 2. Estudos internacionais sobre avaliação da obesidade abdominal pela antropometria 2003-2009. Autor, ano População Nomenclatura Sítio anatômico Ponto de corte (cm) 1.WANG et al, 2009

Chineses Circunferência da cintura

Ponto médio entre a margem subcostal e margem do plano supra cristal

IDF, 2006

2.YOSHIDA et al, 2009

Japoneses Circunferência da cintura

Plano horizontal, no nível da cicatriz umbilical

Homens: 89 Mulheres: 85

  • Proposta dos autores para ponto de corte.

3.BAO et al, 2008 Chineses Circunferência da cintura

Plano horizontal, entre a margem costal inferior e a crista ilíaca, na linha axilar média

Homens: 90 Mulheres: 80

4.ELLIOTT et al, 2008

Americanos Circunferência da cintura

No ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca

Abaixo do nível 1 Homens: < 94 Mulheres: < 80 Entre nível 1 e 2 Homens: 94 – 102 Mulheres: 80 – 88

120

12.LEE et al, 2007 Estados Unidos Perímetro da cintura

Medida lateralmente ao ponto médio entre a crista ilíaca e a menor porção lateral da costela e anteriormente no ponto médio entre o processo xifóide do esterno e o umbigo

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre variáveis.

13.LEE et al, 2007 Coreanos Circunferência da cintura

No final da expiração normal, medida no ponto mais estreito entre a costela e a crista ilíaca

Homens: 90 Mulheres: 85

  • Proposta dos autores para ponto de corte.

14.SUNG et al, 2007

Coreanos Circunferência da cintura

Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre variáveis.

15.TANYOLAC et al, 2007

Turcas Circunferência da cintura

Ponto médio entre a costela e a crista ilíaca

Grupo 1: < 81 Grupo 2: 81 – 90 Grupo 3: > 90

  • Proposta dos autores para ponto de corte.

16.CHO et al, 2006 Coreanas com história de diabetes gestacional

Circunferência da cintura

No nível da cicatriz umbilical

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre variáveis.

17.CHURCH et al, 2006

Americanos Circunferência da cintura

No nível da cicatriz umbilical

Não assume ponto de corte, apenas estabelece correlação entre

121

variáveis.

18.FARIN et al, 2006

Americanos com resistência à insulina

Circunferência da cintura

CDCP, 1996 NCEP-ATP3 2001

19.KOCH et al, 2006

Chilenos Circunferência abdominal

Maior circunferência do abdômen

Homens: 102 Mulheres: 88

20.SHIWAKU et al, 2005

Japoneses e mongóis

Circunferência da cintura

Critério da OMS, 2000

Homens: 94 Mulheres: 80

21.WANG et al, 2005

Homens americanos

Circunferência da cintura

No nível da cicatriz umbilical

90 – 99 ≥ 100

22.HO et al, 2003 Chineses Circunferência da cintura

Ponto médio entre o processo do esterno e a cicatriz umbilical

Homens: 78, Mulheres: 74,

  • Proposta dos autores para ponto de corte.

Na Tabela 3 verifica-se que a maioria dos estudos adota a CC como nomenclatura e sítio anatômico. Nota-se que na maioria dos estudos internacionais não foram adotadas referências para ponto de corte, esses estudos foram desenvolvidos com o intuito de estabelecer pontos de corte para outras populações, especialmente as de origem oriental, ou então, os estudos foram desenvolvidos sem o propósito de classificar a população quanto à obesidade abdominal. Tabela 3. Distribuição dos estudos conforme o sítio anatômico, a nomenclatura e os pontos de corte utilizados. Nomenclatura Ponto de corte CC CA Lean et al. NIH IDF Outro* Nacionais: Sítio CC 13 3 7 3 2 3 Sítio CA 2 2 3 1 0 1 Internacionais: Sítio CC 13 0 1 3 4 13 Sítio CA 6 1 0 1 0 0

123

no estudo de Lean e colaboradores (1995). O NIH adotou o nível 2, enquanto a IDF optou por um critério mais rigoroso, adotando como ponto de corte o nível 1. Os estudos que adotaram outros pontos de corte são especialmente de origem oriental, sendo que a própria IDF reconheceu o valor desses estudos (TAN et al, 2004) e propôs pontos de corte específicos para essas populações. Outros estudos têm utilizado as medidas de CC ou CA em diferentes sítios anatômicos com o intuito apenas de avaliar as associações e correlações dessas medidas com outras variáveis do estudo. Do ponto de vista metodológico, ao se adotar um ponto de corte para avaliação do risco e, especialmente para classificação da obesidade abdominal como fator determinante do risco cardiometabólico, é importante que se observe a partir de que sítio anatômico o ponto de corte foi estabelecido. Considerando que Lean e colaboradores (1995) utilizaram como referência os pontos de corte preconizados pela OMS (1989), para dar origem aos atuais pontos de corte para as populações de origem européia, parece razoável adotar esse critério de medida. Entretanto, são necessários mais estudos para estabelecer se existe diferença e qual a magnitude da diferença das medidas que utilizam referenciais anatômicos que se aproximam aos adotados por Lean e colaboradores (1995), especialmente as orientações do NIH deveriam ser confrontadas às da OMS. Especialmente deve ser avaliado se a proposta do NIH é mais factível em obesos. Entre os estudos nacionais, 10 de seus autores (BARBOSA et al, 2009; CASTRO et al, 2006; JARDIM et al, 2007; MARIATH et al, 2007; OLINTO et al, 2007; OLINTO et al, 2006; ORSATTI et al, 2008; PEIXOTO et al, 2006; REZENDE et al, 2006; SARNO; MONTEIRO, 2007) utilizaram o ponto de corte estabelecido por Lean e colaboradores (1995), 4 autores (CRISTOFOLETTI 2008; MARTINS; MARINHO, 2003; SIMONY et al, 2008; TANIGUCHI et al, 2004) utilizaram o estabelecido pela IDF (2006), 3 autores (HASSELMANN et al, 2008; JAIME et al, 2004; NUNES-FILHO et al, 2007) utilizaram o estabelecido pelo NIH (2002), 2 o objetivo do estudo era avaliar o comportamento dos dados coletados e propor pontos de corte específicos para as populações do estudo (BARBOSA et al, 2006; FERREIRA et al, 2006) e 2 não utilizaram ponto de corte porque tinham outro objetivo, o de verificar a correlação entre a CC e outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (CASTANHEIRA et al, 2003; SANCHES et al, 2008).

Em relação aos estudos internacionais, 4 autores (BAO et al, 2008; SHIWAKU et al, 2005; TAJIRI et al, 2008; WANG et al, 2009) utilizaram o ponto de corte estabelecido pela

124

IDF (2006), 4 utilizaram o estabelecido pelo NIH (FARIN et al, 2006; KOCH et al, 2006; PANIAGUA et al, 2008; SHARIFI et al, 2008), 1 utilizou ambos para efeito de comparação (RYAN et al, 2008), 1 utilizou o ponto de corte estabelecido por Lean e colaboradores (ELLIOTT 2008), 6 estabeleceram pontos de corte específicos por meio de análise estatística da população do estudo (HO et al, 2003; LEE et al, 2007; OKA et al, 2008; TANYOLAC et al, 2007; WANG et al, 2009; YOSHIDA et al, 2009) e 6 não utilizaram ponto de corte porque tinham outro objetivo, o de verificar a correlação entre a CC e outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (CHO et al, 2006; CHURCH et al, 2006; LEE et al, 2007; MURAKAMI et al, 2007; ROCHA et al, 2008; SUNG et al, 2007). Ressalta-se que nos estudos que utilizam como referencia a IDF, a circunferência aferida foi a CC. O ponto de corte estabelecido por Lean e colaboradores (1995) foi o mais utilizado entre os estudos nacionais e o recentemente estabelecido pela IDF (2006) o mais utilizado entre os estudos internacionais, provavelmente devido ao fato do ponto de corte da IDF ter sido adotado no Brasil um ano mais tarde pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007), sendo que a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, datada de 2004, adota o critério do NIH (2002) para classificação da CC. Os pontos de corte propostos pela IDF não são definitivos e mais estudos são necessários, os quais levem em conta sexo, etnia, idade, IMC, entre outros (KLEIN et al,

  1. para que se estabeleçam novos e mais adequados pontos de corte.

Conclusão Quanto à nomenclatura, apesar de o NIH tratar CC e CA como sendo sinônimos, os pesquisadores internacionais, em seus estudos, têm preferido o uso do termo CC. É o que nos parece mais prudente, já que para alguns autores CC e CA não são sinônimos. Os estudos internacionais mostraram que o sítio anatômico mais utilizado para a medida da CC foi o ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, o que igualmente foi verificado nos estudos nacionais, além destes também utilizarem a parte mais estreita entre a crista ilíaca e a última costela. Não há descrição da IDF para o sítio anatômico a ser utilizado para a medida da CC, portanto, o mais recomendado seria utilizar o sítio anatômico instituído pela OMS 1989, pois foi utilizado para estabelecer os atuais pontos de corte para as populações de origem europeia. Sobre os pontos de corte, a proposta da IDF (2006) é resultado de um consenso internacional avalizado pelo Brasil, sendo recomendada enquanto outros valores não sejam estabelecidos a partir das evidências de novas pesquisas.

126

Disease in Insulin-Resistant Individuals. The American Journal of Cardiology , p. 1053-56,

FERREIRA, M.G.; et al. Acurácia da circunferência da cintura e da relação cintura/quadril como preditores de dislipidemias em estudo transversal de doadores de sangue de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Cad. Saúde Pública , v. 22, n. 2, p. 307-14, 2006.

FOUCAN, L.; HANLEY, J.; DELOUMEAUX, J. et al. Body mass index (BMI) and waist circumference (WC) as screening tools for cardiovascular risk factors in Guadeloupe an women. J. Clin. Epidemiol. , v. 55, p. 990-6, 2002.

FREITAS, J.B.; TAVARES, A.; KOHLMANN JR, O. et al. Estudo Transversal sobre o Controle da Pressão Arterial no Serviço de Nefrologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Arq. Bras. Cardiol. , v. 79, p. 117-22, 2002.

GIBSON, R.S. Principles of nutritional assessment. Oxford, cap. 2, p. 273-299, 2005.

GIGANTE, D.P.; et al. Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Rev. Saúde Pública , v. 31, p. 236-46, 1997.

HASSELMANN, M.H.; et al. Associação entre circunferência abdominal e hipertensão arterial em mulheres: Estudo Pró-Saúde. Cad. Saúde Pública , v. 24, n. 5, p. 1187-91, 2008.

HO, S.; LAM, T.; JANUS, E.D. Waist to Stature Ratio is More Strongly Associated with Cardiovascular Risk Factors than Other Simple Anthropometric Indices. AEP , v. 13, n. 10, p. 683-91, 2003.

INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION - IDF. The IDF consensus worldwide definition of the metabolic syndrome. IDF, 2006, 16 p.

JAIME, P.C.; et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade abdominal em indivíduos portadores de HIV/AIDS, em uso de terapia antirretroviral de alta potência. Rev. Bras. Epidemiol ., v. 7, n. 1, p. 65-72, 2004.

JARDIM, P.C.V.B.; et al. Hipertensão arterial e alguns fatores de risco em uma capital brasileira. Arq. Bras. Cardiol ., v. 88, n. 4, p. 452-57, 2007.

JONES, P.R.M.; HUNT, M.J.; BROWN, T.P. et al. Waist-hip circumference ratio and its relation to age and overweight in British men. Human Nutrition: Clinical Nutrition , v. 40, p. 39-47, 1986.

JUNG, R.T. Obesity as a disease. Br. Med. Bull ., v. 53, p. 307-21, 1997.

KLEIN, S.; et al. Waist circumference and cardiovascular risk: a consensus statement from Shaping America´s Health: Association for Weight Management and Obesity Prevention; NAASO, The Obesity Society; the American Society for Nutrition; and the American Diabetes Association. Am. J. Clin. Nutr. , v. 85, p. 1197-202, 2007.

127

KOCH, E.; et al. Mediciones antropométricas y riesgo de sufrir un evento cardiovascular no fatal en población chilena. Resultados del proyecto San Francisco. Revista Chilena de Cardiología , v. 25, n. 2, p. 173-84, 2006.

LEAN, M.E.J.; HAN, T.S.; MORRISON, C.E. Waist circumference as a measure for indicating need for weight management. BMJ , v. 311, p. 158-61, 1995.

LEE, C.; et al. Abdominal obesity and coronary artery calcification in young adults: the Coronary Artery Risk Development in Young Adults (CARDIA) Study. American Journal of Clinical Nutrition , v. 86, n. 1, p. 48-54, 2007.

LEE, S.Y.; et al. Appropriate waist circumference cutoff points for central obesity in Korean adults. Diabetes Research and Clinical Practice , v. 75, p. 72-80, 2007.

LERARIO, D.D.G.; et al. e Grupo de Estudo de Diabetes na Comunidade Nipo-Brasileira, São Paulo, SP, Brasil. Excesso de peso e gordura abdominal para a síndrome metabólica em nipo-brasileiros. Rev. Saúde Pública , v. 36, 2002.

MARIATH, A.B.; et al. Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis entre usuários de unidade de alimentação e nutrição. Cad. Saúde Pública , v. 23, n. 4, p. 897-905, 2007.

MARTINS, I.S.; MARINHO, S.P. O Potencial Diagnóstico dos Indicadores da Obesidade Centralizada. Rev Saúde Pública , v. 37, n. 6, p. 760-7, 2003.

MATOS, A.C.; LADEIA, A.M. Avaliação de Fatores de Risco Cardiovascular em uma Comunidade Rural da Bahia. Arq. Bras. Cardiol ., v. 81, p. 291-6, 2003.

MOLARIUS, A.; SEIDELL, J.C.; SANS, S. et al. Waist and hip circumferences, and waist- hip ratio in 19 populations of the WHO MONICA Project. Internacional Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders. v. 23, p. 116-25, 1999.

MURAKAMI, K.; et al. Dietary energy density is associated with body mass index and waist circumference, but not with other metabolic risk factors, in free-living young Japanese women. Nutrition , v. 798-806, 2007.

NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH - NIH. National Heart, Lung and Blood Institute. National Cholesterol Education Program. Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). NHI, 2002.

NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH - NIH. National Heart, Lung, and Blood Institute. Obesity Education Initiative Expert Panel. Clinical Guidelines on the Identification, Evaluation, and Treatment of Overweight and Obesity in Adults – The Evidence Report. Obes. Res ., v. 6, p. 51S-209S, 1998.