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Guias e Dicas
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CARVALHO, M. V. P. – O desenvolvimento motor normal da, Slides de Saúde da Criança

responsável pelo tônus postural e reflexos arcaicos ... Reflexo de preensão palmo plantar; ... Presentes: Reflexo do paraquedista,.

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

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bg1
Stephanie costa saúde da criança problema 5 2º ano
PROBLEMA 5
1- CONCEITUAR O DESENVOLVIMENTO NEUROPSIOMOTOR
REFERÊNCIA: CARVALHO, M. V. P. O desenvolvimento motor normal da criança de 0 à 1 ano:
orientações para pais e cuidadores- programa de mestrado profissional em ensino em ciências da saúde e
do meio ambiente - Volta Redonda 2011
O desenvolvimento neuropsicomotor refere-se ao conjunto de modificações e amadurecimento das funções
do sistema nervoso, do aspecto psicológico e do desenvolvimento e coordenação motora, formando os três um
conjunto.
O desenvolvimento humano é um processo que ocorre durante toda vida e resulta de uma inter-relação
complexa de fatores biológicos, psicológicos, culturais e ambientais. É definido como “mudanças que
acontecem na vida de um indivíduo desde a concepção até a morte.
O desenvolvimento motor como processo gradativo de refinamento e integração das habilidades e dos
princípios biomecânicos do movimento, de modo que o resultado seja um comportamento
Os movimentos dependem de feedback eficaz para serem eficientes
2- IDENTIFICAR OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
REFERÊNCIA: CARVALHO, M. V. P. O desenvolvimento motor normal da criança de 0 à 1 ano:
orientações para pais e cuidadores- programa de mestrado profissional em ensino em ciências da saúde e
do meio ambiente - Volta Redonda 2011
Sistema inferior (extrapiramidal): maturação precoce e ascendente, inicia na 24ª semana,
responsável pelo tônus postural e reflexos arcaicos
Sistema superior (piramidal): maturação mais tardia e descendente, responsável pela motricidade
Lembrar que em bebês que nasceram prematuros, devemos utilizar a IDADE CORRIGIDA até os 2 anos.
40 semanas - IG
IDADE
CARACTERISTICAS
REFLEXOS
Neonato 0-
10 dias
- hipertonia flexora dos 4 membros fisiológica em supino e prono;
- Peso corpóreo seja deslocado para a face. O bebê consegue liberar as
vias aéreas levantando a cabeça;
- Nesta fase o bebê consegue visualizar melhor com contraste preto e
branco, acompanhando um objeto lateralmente e verticalmente
- Há modulação sensitivo-sensorial, iniciando a corticalização.
- Reação de retificação da cabeça, muitas
vezes, é acompanhado por movimentos
dos membros inferiores;
- todos os reflexos primitivos estão
presentes
1º Mês
- Predomina o padrão de flexão fisiológica e, o período de posturas
assimétricas;
- Ainda não possui o controle da cabeça;
- Os olhos acompanham os objetos em linha média. Reage a brinquedos
luminosos ou sonoros, porém assusta-se com facilidade;
- Reflexo de moro;
- Reflexo da marcha
2º Mês
- Predomínio da flexão corporal, mas realiza extensão melhor;
- As mãos encontram-se mais abertas, os braços com mais extensão, mas
não chegando a linha média;
- ainda não apresenta controle da cabeça, apesar de acompanhar bem o
movimento;
- Na postura (ventral/prono) a criança começa a estender o segmento
torácico, levanta a cabeça de 0 a 45º;
- é possível verificar a assimetria fisiológica, e influências de padrões
tônicos posturais como o reflexo tônico-nucal assimétrico e o reflexo
labiríntico;
- Quando estimulada a pegar um objeto nas mãos, ambas se encontram
predominantemente fechadas; mas abre-se quando tocada;
- Reflexo de moro;
- Reflexo de preensão palmo plantar;
- Desaparecimento do reflexo da marcha;
3º Mês
- Apresenta rotação corporal, a cabeça consegue ser mantida na linha
média;
- PRESENTES: sucção, Moro, mão-boca,
preensão palmar, preensão plantar,
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PROBLEMA 5

1 - CONCEITUAR O DESENVOLVIMENTO NEUROPSIOMOTOR

REFERÊNCIA: CARVALHO, M. V. P. – O desenvolvimento motor normal da criança de 0 à 1 ano: orientações para pais e cuidadores - programa de mestrado profissional em ensino em ciências da saúde e do meio ambiente - Volta Redonda 2011 O desenvolvimento neuropsicomotor refere-se ao conjunto de modificações e amadurecimento das funções do sistema nervoso, do aspecto psicológico e do desenvolvimento e coordenação motora, formando os três um conjunto. O desenvolvimento humano é um processo que ocorre durante toda vida e resulta de uma inter-relação complexa de fatores biológicos, psicológicos, culturais e ambientais. É definido como “mudanças que acontecem na vida de um indivíduo desde a concepção até a morte. O desenvolvimento motor como processo gradativo de refinamento e integração das habilidades e dos princípios biomecânicos do movimento, de modo que o resultado seja um comportamento Os movimentos dependem de feedback eficaz para serem eficientes 2 - IDENTIFICAR OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR REFERÊNCIA: CARVALHO, M. V. P. – O desenvolvimento motor normal da criança de 0 à 1 ano: orientações para pais e cuidadores - programa de mestrado profissional em ensino em ciências da saúde e do meio ambiente - Volta Redonda 2011

  • Sistema inferior (extrapiramidal): maturação precoce e ascendente, inicia na 24ª semana, responsável pelo tônus postural e reflexos arcaicos
  • Sistema superior (piramidal): maturação mais tardia e descendente, responsável pela motricidade
  • Lembrar que em bebês que nasceram prematuros, devemos utilizar a IDADE CORRIGIDA até os 2 anos.
  • 40 semanas - IG IDADE CARACTERISTICAS REFLEXOS Neonato 0- 10 dias
  • hipertonia flexora dos 4 membros fisiológica em supino e prono;
  • Peso corpóreo seja deslocado para a face. O bebê consegue liberar as vias aéreas levantando a cabeça;
  • Nesta fase o bebê consegue visualizar melhor com contraste preto e branco, acompanhando um objeto lateralmente e verticalmente
  • Há modulação sensitivo-sensorial, iniciando a corticalização.
  • Reação de retificação da cabeça, muitas vezes, é acompanhado por movimentos dos membros inferiores;
  • todos os reflexos primitivos estão presentes 1º Mês
  • Predomina o padrão de flexão fisiológica e, o período de posturas assimétricas;
  • Ainda não possui o controle da cabeça;
  • Os olhos acompanham os objetos em linha média. Reage a brinquedos luminosos ou sonoros, porém assusta-se com facilidade;
  • Reflexo de moro;
  • Reflexo da marcha 2º Mês
  • Predomínio da flexão corporal, mas realiza extensão melhor;
  • As mãos encontram-se mais abertas, os braços com mais extensão, mas não chegando a linha média;
  • ainda não apresenta controle da cabeça, apesar de acompanhar bem o movimento;
  • Na postura (ventral/prono) a criança começa a estender o segmento torácico, levanta a cabeça de 0 a 45º;
  • é possível verificar a assimetria fisiológica, e influências de padrões tônicos posturais como o reflexo tônico-nucal assimétrico e o reflexo labiríntico;
  • Quando estimulada a pegar um objeto nas mãos, ambas se encontram predominantemente fechadas; mas abre-se quando tocada;
  • Reflexo de moro;
  • Reflexo de preensão palmo plantar;
  • Desaparecimento do reflexo da marcha; 3º Mês
  • Apresenta rotação corporal, a cabeça consegue ser mantida na linha média;
  • PRESENTES: sucção, Moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar,
  • As mãos já podem ser trazidas na linha média, os dedos se encontram mais abertos, pegam objetos;
  • Sustentam peso no antebraço
  • A cabeça ergue até 45º;
  • A criança já apresenta melhora nas reações de equilíbrio;
  • Sustentar a cabeça aos três meses é a melhor prova de que o desenvolvimento psicomotor do bebê está perfeito (equilíbrio estático);
  • COORDENAÇÃO APENDICULAR: Junta as duas mãos na linha média
  • FUNÇÕES CEREBRAIS SUPERIORES (audição/ linguagem/ gnosias): fixa o olhar, sorri socialmente, atende ao som com procura da fonte emissora e usa vogais (gorjeio) cutâneo-plantar extensor, labiríntico tônico nucal simétrico, –
    • DESAPARECEM: marcha reflexa, apoio plantar, reptação, tônico-cervical assimétrico 4º Mês
  • A criança apresenta competência para manter-se na posição dorsal (supino); Os braços estão na linha média, mãos nos joelhos, bate palmas, segura objetos quando colocados na mão e solta-os ao acaso;
  • Iniciam-se os movimentos de rastejamento;
  • Quando colocada sentada, o tronco não possui estabilidade ou equilíbrio e tende para frente;
  • Reflexos tônico cervical assimétrico
  • Reflexo tônico labiríntico;
  • Nesta fase o lactante vai deixando de utilizar mecanismos de reflexos para realizar movimentação ativa;
  • Os reflexos de preensão palmar aparecem discretamente, os reflexos plantares ainda permanecem, e o de Moro, discretamente. 5º Mês
  • Bom controle de cabeça;
  • Apresenta boa reação postural da cabeça sobre o tronco com início de reação postural do corpo ao corpo;
  • Frequentemente leva os seus pés a boca;
  • Tenta-se arrastar; rola; brinca com os chocalhos; puxa o pé à boca e chupa o dedo do pé, consegue apanhar objetos e trocá-los de mão
  • Desaparecem todos os padrões tônicos posturais e reação de Moro 6º Mês
  • Capaz de virar sua cabeça livremente para um lado e outro e o tronco pode manter-se com o dorso apoiado na cama ou girar ativamente;
  • Senta com apoio, e inicia a sentada sem apoio (equilíbrio estático0;
  • Quando está sentada, transfere o peso para um dos lados, geralmente transfere o peso para frente e utiliza os braços;
  • A curiosidade agora é despertada para os pés - pé chegue até a boca;
  • Muda de decúbito (equilíbrio dinâmico);
  • Preensão voluntária – tira o pano do rosto;
  • FUNÇÕES CEREBRAIS SUPERIORES (audição/ linguagem/ gnosias): Atende pelo nome, demonstra estranheza diante de desconhecidos, localiza o som lateralmente, usa vogais associadas a consoantes (lalação)
  • Presentes: Reflexo do paraquedista, preensão plantar, cutâneo plantar extensor;
  • Desaparecem: sucção, preensão palmar, moro, mão-boca 7º Mês
  • Criança praticamente não fica em decúbito dorsal e, se segurada para sentar ergue-se praticamente sozinha;
  • Não existe predomínio do padrão flexor ou extensor;
  • Na postura sentada apresenta melhor equilíbrio; 8º Mês A criança se movimenta constantemente e realiza espontaneamente as mudanças de decúbito;
  • Inicia o engatinhar com rotação deficiente do tronco;
  • A criança começará a chutar e se erguer nas mãos das pessoas ou em objetos e móveis;
  • Quando fica em pé os artelhos ficam em garras,
  • Reflexo de preensão plantar 9º Mês
  • Hipotonia fisiológica em declínio;
  • Nesta fase praticamente não fica em uma postura somente;
  • Senta sem apoio e fica na posição de engatinhar (equilíbrio dinâmico);
  • FUNÇÕES CEREBRAIS SUPERIORES (audição/ linguagem/ gnosias): Localiza o som de forma indireta para cima e para baixo – Palavras de sílabas repetidas com significado (primeiras palavras) palavras-frase
  • Presentes: Reflexo de landau, preensão plantar e
  • cutâneo plantar extensor em desparecimento 10º Mês A criança se movimenta constantemente, senta sozinha com total equilíbrio;
  • Consegue ficar em pé sem equilíbrio;
  • Alcança um objeto e também já o larga espontaneamente, atira o brinquedo a espera que alguém o busque;
  • Preensão é como pinça;
  • NERVO OLFATÓRIO (1): pode ser testado confiavelmente já na 32ª semana de gestação. Deve-se ter cuidado em usar estímulos apropriados, com substancias que sejam familiares á criança (café, hortelã)
  • NERVO ÓPTICO (2): para o exame deve-se dilatar a pupila. A cor do nervo óptico é salmão róseana criança, cinza-esbranquiçada no RN, particularmente se ele for loiro. Os prematuros normais om 28 semanas piscam quando uma luz forte é dirigida aos olhos, e, com 32 semanas, os RN mantêm os olhos fechados até que a fonte luminosa seja retirada. O campo visual do lactente é testado pelo avanço de um objeto com cor intensa (vermelho) de trás da cabeça da criança através do campo visual periférico e observando quando a criança olha pela primeira vez para o objeto;
  • NERVO OCULOMOROR (3): inerva os músculos reto superior, inferior e medial, bem como o oblíquo inferior e o elevador da pálpebra superior. A paralisia causa ptose, dilatação da pupila, deslocação do olho para fora e para baixo e comprometimento as adução e elevação ocular.
  • TROCLEAR (4): inerva o músculo oblíquo superior, e paralisia isolada faz o olho desviar-se para cima e para fora, muitas vezes com uma inclinação compensatória da cabeça associada para corrigir o deslocamento vertical das imagens ;
  • ABDUSCENTE ( 6 ): inerva o músculo reto lateral, de modo que a paralisia causa desvio medial do olho e incapacidade de abduzir além da linha média; OBS: É POSSÍVEL PESQUISAR O MOVIMENTO OCULAR COMPLETO COM 25 SEMANAS DE GESTAÇÃO USANDO A MANOBRA DOS OHOS DE BONECA – usada para examinar os movimentos oculares horizontal e vertical em um lactente ou paciente que não colabore ou esteja comatoso. O examinador deve observar se os movimentos são completos e fluentes e determina a presença ou ausência de nistagnismo, diplopia, oscilação caótica os olhos etc.
  • NERVO TRIGÊMEO (5): a distribuição sensitiva da face se divide em três áreas: oftálmica, maxililar e mandibular, cada região é testada pelo toque leve e por objetos com ponta, sendo comparada com o lado oposto. É mais documentada no RN pela presença das caretas faiais
  • NERVO FACIAL (7): a paralisia desse nervo pode ser devido a trauma ou congênita. Pode ser testada pela gustação nos dois terços da língua colocando uma solução salina ou de glicose, a criança normal consegue identificar sem dificuldade.
  • NERVO VESTIBULOCOCLEAR (8): a triagem para a perda auditiva é um componente importante no exame neurológico. Teste da orelhinha, teste do sino – crianças normais viram a cabeça em direção do sino
  • NERVO GLOSSOFARÍNGEO (9): Inerva o músculo estilofaríngeo. É testado pela observação do reflexo nauseoso à estimulação tátil da parede posterior da faringe;
  • NERVO VAGO (10): teste da tosse - deve pressionar a traqueia na incisura supra esternal
  • NERVO ACESSÓRIO (11): inervação do esternocleidomastódeo. É testado pela rotação forçada da cabeça e do pescoço contra a mão do examinador
  • NERVO HIPOGLOSSO (12): inerva a língua - avaliação da motilidade, tamanho e forma TESTE DE DENVER II REFERÊNCIA: manual treining Denver II O Denver II é um valioso instrumento de screening para avaliar o desenvolvimento de crianças do nascimento aos seis anos de idade e monitorar o desenvolvimento em crianças de risco para alterações. Avalia quatro áreas do desenvolvimento:
  • Pessoal-social: Conhecer pessoas e cuida das necessidades pessoais
  • Motora fina adaptativa: coordenação de olho e mão, manipulação de pequenos objetos e resolução de problemas
  • Linguagem: audição, compreensão e uso da linguagem
  • Área motora grossa: senta, anda, pula, grandes movimentos musculares no geral Valioso para triagem de crianças assintomáticas para possíveis problemas Não é um teste de QI mas sim o preditor da adaptação intelectual, no porém não substitui o diagnóstico da avaliação psíquica. O teste é dedignado para comparação de uma variedade de testes da performance de crianças da mesma idade Também estão incluídos cinco itens de teste comportamento para conclusão após a administração do teste, ajuda a avaliar subjetivamente o comportamento geral da criança e obter um indicador aproximado, como a criança usa suas habilidades (atenção, timidez, cooperação...). Material do Teste: lã vermelha, chocalho do cabo fino, lápis vermelho, figuras: gato, cachorro, pássaro e menino, sino, boneca pequena de plástico, bola de tênis, 8 blocos coloridos, copo com boca larga, mamadeira pequena e folha de papel em branco. Aplicação do teste: Primeira coisa é perguntar a idade da criança para a mãe. Depois traça-se uma linha vertical na idade correspondente a idade da criança a ser avaliada (caso ela seja prematura, necessita-se fazer a correção) e verifica se ela consegue realizar os itens que foram cortados pela linha. A grande vantagem deste teste de triagem é a sua praticidade na aplicação. Os itens a serem avaliados são apresentados em forma de gráfico, e em cada marco do desenvolvimento, podemos observar os respectivos limites mínimo e máximo da idade de aparecimento. Assim, as extremidades esquerda e direita de cada uma das barras, que representam os itens do DDST, indicam respectivamente as idades em que 25% e 90% das crianças normais executam os itens. Por exemplo, no item “permanece sentado sem apoio”, da área motora grosseira do DDST, cuja representação gráfica é apresentada na figura, a extremidade direita da barra indica que 90% das crianças normais tem essa capacidade com idade próxima a 7 meses. Será marcado:
  • P- passou,
  • F- falhou,
  • NO- sem oportunidade,
  • R- recusa. P- Normal: sem atrasos e no máximo 2 alertas (no Denver III não existe mais essa opção de 2 alertas). A criança será reavaliada na próxima consulta. C- Suspeito: 2 ou mais alertas (no Denver III a partir de I alerta já é suspeito) e/ou mais atrasos , a criança será reavaliada em uma ou duas semanas. Intestável: recusa em um ou mais itens situados a esquerda da linha da idade. Reavaliar em uma ou duas semanas. A avaliação pode ser usada 3 vezes, (avaliação, reavaliação…), com a mesma criança, sempre utilizando uma cor diferente cada vez que for usar e não esquecendo de por a data.
  • MORO: eleva-se o tronco da criança a partir do decúbito dorsal, segurando-a pelo dorso e a nuca com o braço. O examinador deve “fingir uma queda” da criança, isto é, momentaneamente aliviar a sustentação, reforçando-a logo em seguida – o objetivo é provocar a extensão rápida do pescoço e da cabeceira da criança. No reflexo de Moro completo, a criança flexionara o pescoço, chorará e realizará um movimento de abdução-extensão dos membros superiores, seguido de sua abdução e flexão. Esse reflexo está presente desde o nascimento e desaparece até os 6 meses.
  • TONICO CERVICAL ASSIMÉTRICO (ESGRIMISTA) – Com a criança em decúbito dorsal o examinador roda a cabeça dela para um dos lados e sustenta essa posição por 15s a resposta esperada é a extensão dos membros superior e inferior do mesmo lado da rotação e a flexão dos membros do lado oposto. Desaparece entre os 3 e 4 meses.
  • REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR – o examinador toca um dedo seu na palma da mão da criança. A resposta esperada é a flexão dos dedos e fechamento da mão. Desaparece em 6 meses;
  • REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR - pressiona-se com o dedo polegar a planta do pé da criança logo abaixo dos dedos. A resposta esperada é a flexão plantar dos dedos. Desaparece aos 15 meses
  • REFLEXO DE APOIO PLANTAR E MARCHA – segura-se a criança de pé pelas axilas e apoiam- se seus pés sobre uma superfície rígida a resposta positiva é a retificação do tronco e o início de uma marcha reflexa. Dura até os dois meses o Suporte positivo: O suporte positivo é considerado normal desde o nascimento até o segundo ou terceiro mês de vida. Esse reflexo é testado segurando-se o bebê de pé sobre uma superfície de apoio, e realizando ligeiros “quikes” para cima e para baixo. Com isso, o bebê realiza suporte

em extensão digitígrado, significando resposta em padrão extensor total; resquícios desta resposta são comuns até, aproximadamente, sete meses (Figura 16)

  • REFLEXO DE PROCURA E SUCÇÃO: ao tocar o lábio de um lactente, verificam-se os movimentos de sucção. Esse reflexo deve desaparecer aos 3 meses com a criança em vigília e aos 6 meses com a criança dormindo.
  • REFLEXO DE LANDAU: há duas formas para esse reflexo. Usando uma das mãos, o examinador suspende a criança pela superfície ventral. No reflexo Landau I, ocorrem elevação da cabeça e extensão do pescoço e da pelve espontaneamente. No reflexo de Landau II, ainda com a criança suspensa, flexiona-se o seu pescoço. As respostas esperadas são o abaixamento da pelve e a flexão das pernas. O reflexo de Landau surge entre os 3 meses e os 4 meses de idade e deve desaparecer no final do 2° ano de vida.
  • REFLEXO DO PARAQUEDISTA: segurando a criança pelo tronco, projeta-se sua cabeça para baixo rapidamente. A resposta esperada é a extensão dos membros superiores, como que para se proteger de uma queda. Essa reação protetora deve ocorrer em qualquer sentido que a manobra ocorra. Esse reflexo deve surgir entre 8 e 9 meses, permanecendo por toda a vida do indivíduo.
  • REFLEXO OLHOS DE BONECA;
  • REFLEXO DE CONEXÃO ENTRE AS MÃOS E A BOCA: Descrito também por Coriat (2001) consiste na rotação da cabeça para a linha média, acompanhada da abertura da boca como resposta à pressão exercida pelos polegares do observador sobre as palmas das mãos do lactente.
  • Uso e uma infinidade de termos (ex.: atraso do desenvolvimento, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, retardo mental, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, atraso do desenvolvimento global);
  • No Brasil, o termo começou a ser utilizado na década de 80 como diagnóstico para crianças com retardo mental e, a partir da década de 90, para qualquer criança que apresentasse algum tipo de atraso do desenvolvimento. Só mais recentemente o termo foi utilizado para crianças que apresentam baixa pontuação em testes de desenvolvimento norma-referenciados;
  • O artigo brasileiro mais recente define o termo como a não aquisição progressiva de capacidades motoras e psicocognitivas de modo ordenado e sequencial que progride nos sentidos cefalocaudal e de proximal para distal. RASTREIO
  • Medir o atraso do desenvolvimento exige habilidade de reconhecer que as trajetórias do desenvolvimento são invariavelmente individualizadas, havendo variações dentro do que pode ser aceito como ‘‘normal’’ e ‘‘não normal’’, o que implica na necessidade de contato mais prolongado para se conhecer o contexto de vida da criança;
  • A triagem do desenvolvimento é a melhor opção para rastrear crianças com problemas do desenvolvimento por ser um procedimento rápido para ser aplicado em populações amplas de crianças de várias faixas etárias;
  • Porém, alguns trabalhos revisados5,27,28 comentam que avaliações pontuais do desenvolvimento em crianças menores de cinco anos de idade são pouco confiáveis para delimitar o diagnóstico definitivo, sugerindo-se que o termo atraso do desenvolvimento seja usado como diagnóstico temporário