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Este documento aborda o tema do divórcio dos pais e seu impacto em adolescentes, fornecendo informações sobre as possíveis razões do divórcio, como incompatibilidade de personalidades e problemas financeiros. Além disso, discute os sentimentos e direitos dos adolescentes diante da situação, incluindo o direito de se sentirem como querem, manter contato com ambos os pais e não se sentirem culpados. O documento também aborda como os adolescentes podem ser afetados pelo conflito dos pais e como se relacionar com o novo namoro dos pais.
O que você vai aprender
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Agradecimentos
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grando do Sul, Ministério da Justiça da Nova Zelândia, TV Rede Globo, TV Tribuna, 4.2 Produtora, Dra. Maria Berenice Dias, Summus Editorial, Associação Eduardo Furkini, Instituto Cultural Vasco Carmano, Child Friendly Organization/Austrália, Márcio Ramos, Ca- raminhola Produções Artísticas Ltda., Families Change/Canadá, NYCID - New York Center for Interpersonal Development/USA, Glória Mósquera, Maria Luiza Furtado Rocha, Márcia Sayad, Juíza Raquel Santos Pereira Chrispino, Luiz Eduardo Castro Neves, Izabel C. Peres Fagundes, Fabiana Cris- tina Aidar da Silva e Cristina Palason Moreira Cotrim, Leoni Trench, Marly Freitas Dos Santos, Claudia Regina Mendes Carvalho, Gabriela Largacha Barroso, Kelly A. B. Lopes Miller, Barbara Do Carmo Gomes Maracani e Ligia Cascabulho Maxta
Brasília - 2015
Conselho Nacional de Justiça Presidente Ministro Ricardo Lewandowski Corregedora Nacional de Justiça Ministra Nancy Andrighi
Conselheiros Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ana Maria Duarte Amarante Brito Guilherme Calmon Nogueira da Gama Flavio Portinho Sirangelo Deborah Ciocci Saulo Casali Bahia Rubens Curado Silveira Luiza Cristina Fonseca Frischeisen Gilberto Valente Martins Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira Gisela Gondin Ramos Emmanoel Campelo de Souza Pereira Fabiano Augusto Martins Silveira Secretário-Geral Fabrício Bittencourt da Cruz Diretor-Geral Rui Moreira de Oliveira
EXPEDIENTE Secretaria de Comunicação Social Secretária de Comunicação Social Giselly Siqueira Organizadora Juíza Vanessa Aufiero da Rocha Autores Juíza Vanessa Aufiero da Rocha Ana Valéria Gonçalves Leila Duarte Lima Juiz André Gomma de Azevedo Projeto gráfico Juliana Holanda Capa Leandro Luna revisão Carmem Menezes Ilustrações Leif Bessa 2015 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
Se os seus pais já se divorciaram ou pretendem se divorciar, leia este capítulo para aprender:
Quando as pessoas decidem formar uma família, elas acreditam que viverão juntas para sempre. Infelizmente, isso nem sempre ocorre. Às vezes, os problemas aparecem e, em- bora tentem, as pessoas não conseguem resolvê-los. E seus pais se divorciam quando não conseguem resolver os problemas deles e decidem que não podem ou não querem mais viver juntos.
Os pais que se divorciam não ficam mais casados um com o outro. Eles podem se casar novamente com outras pessoas, se eles quiserem.
Há várias razões pelas quais os pais se divorciam, como:
Muitos adolescentes procuram encontrar culpados pelo divórcio, mas encontrar culpados pelo divórcio não muda nada. Seus pais continuam divorciados, e você terá de lidar com esta situação independentemente dos motivos que levaram ao divórcio.
E é possível que nem seu pai nem sua mãe tenham feito algo de propósito para tornarem o outro infeliz. Eles apenas querem encontrar a felicidade ou a paz novamente e acham que, com o divórcio, isso acontecerá.
De qualquer forma, é importante que você saiba que:
Quando seus pais se divorciam, provavelmente haverá várias mudanças em sua vida. Algumas coisas não mudarão, como o amor de seus pais por você, mas outras coisas no seu dia a dia vão mudar.
Seguem algumas coisas que podem mudar:
Pense sobre isso. Há vários tipos de famílias:
Tradicional ou nuclear – pai, mãe e filhos vivem todos juntos� Monoparental – os filhos vivem apenas com um dos pais� Recomposta ou reconstituída – o pai ou a mãe voltou a casar com outra pessoa� Alargada ou ampliada – outros parentes (avós, tios e primos) vivem com a família nuclear (pais e filhos)� Binuclear – composta pelos dois lares que se formam após o divórcio de pessoas que tiveram filhos� A família binuclear não deixa de ser uma família; apenas se divide em dois núcleos após a separação ou o divórcio� Ambos os pais continuam responsáveis pelos cuidados dos filhos, atendendo às suas necessidades afetivas, espirituais, econômicas e físicas�
Homoparental – os dois ascendentes são do mesmo sexo, sejam homens ou mulheres�
Portanto, ainda que sua família enfrente algumas mudanças diante do divórcio, ela continua sendo uma família.
Lembre-se sempre que as famílias não são compostas por apenas quem vive junto no mesmo lugar. Famílias são compostas por pessoas que se amam e se preocupam umas com as outras, independentemente da forma que elas tomem.
Não se esqueça: o divórcio termina o casamento de seus pais, mas não a sua família. A sua família continua sendo a sua família. Nada mudará isso!
Quando os pais se divorciam, é normal que os filhos tenham fortes sentimentos.
O mais importante é saber que não há sentimentos corretos ou errados quando os seus pais se divorciam. Os seus sentimentos são reais e justificados.
Embora seja impossível descrever todos os sentimentos que podem aparecer nesta fase difícil da vida, muitos adolescentes sentem:
O choque é uma reação normal a uma experiência traumática. Ele pode deixar você distraído, desanimado ou com vontade de chorar todo o tempo. Ele vai passar.
Você pode sentir-se confuso se não tiver informação suficiente sobre o que está aconte- cendo na sua família e o por quê. Se você sentir-se confuso, em vez de tomar conclusões precipitadas e encontrar culpados, faça perguntas aos seus pais.
Muitos adolescentes se sentem responsáveis pelo divórcio dos pais. Mas os pais se di- vorciam por causa de problemas no relacionamento deles, e não por causa dos filhos. NÃO É SUA CULPA!
Quando o choque começa a passar, você pode sentir muita raiva, especialmente dos seus pais – por causar tudo isso, por não se esforçar o suficiente para prevenir o divórcio, por fazer que você tenha de enfrentar tantas mudanças na sua vida, por deixar você na mão.
Às vezes, você também acaba agindo com raiva com pessoas que não têm nada a ver com o divórcio de seus pais, como seus amigos, sua professora, seu cachorro. Por peque- nas coisas, você se irrita, sente vontade de gritar, de bater na parede e acha que o mundo está contra você. Na verdade, você só está zangado. Muito zangado.
Raiva é um sentimento saudável e normal que todos experimentam às vezes. A raiva não é boa ou má; é a forma como você trata a sua raiva que pode produzir um resultado bom ou mal.
A raiva somente se torna prejudicial quando você a expressa de um jeito que possa fe- rir você mesmo ou os outros, ou quando você não a expressa de forma alguma. E você pode escolher como lidar com a sua raiva.
A ansiedade é uma reação normal do organismo a qualquer situação de estresse. Ela é marcada por sensações corporais desagradáveis, como fadiga, insônia, falta de ar ou sensação de sufoco, dores no peito e palpitações, boca seca, tensão muscular, sensação de “nó” na garganta, dificuldades para relaxar, dificuldades para dormir, leve tontura ou vertigem, sensação de vazio no estômago, medo intenso, transpiração etc.
O divórcio dos seus pais pode deixá-lo ansioso por vários motivos:
Se a ansiedade está durando muito tempo ou está prejudicando as suas atividades roti- neiras, procure ajuda.
Alguns adolescentes sentem-se aliviados quando os seus pais se divorciam, especialmente se eles costumavam brigar muito quando estavam juntos. Alguns adolescentes também se sentem culpados por se sentirem aliviados. Mas não há nada errado em sentir-se aliviado pelo término de um tempo difícil. É completamente normal. E também é normal achar que o divórcio pode ser algo bom, que, a longo termo, vai trazer mais paz para todos.
O mais importante é saber que é normal ter qualquer tipo de sentimento nesta fase de sua vida e que os sentimentos não são bons ou maus, mas apenas sentimentos.
Você pode se sentir triste por estar enfrentando a perda de várias coisas: a sua vida an- tiga, o seu contato diário com sua mãe e com seu pai, os almoços em família... Tristeza
é natural. Mas há algumas coisas que você pode fazer para se sentir melhor, como você verá mais adiante.
E você pode ou não chorar. Se você não tiver vontade de chorar, não force o choro. Mas se você tiver vontade de chorar, chore. Isso ajuda a liberar os sentimentos ruins do corpo.
Se a tristeza estiver durando muito tempo, ou impedindo que você faça as coisas que você normalmente faz, procure ajuda.
Alguns adolescentes ficam envergonhados quando seus pais se divorciam. Alguns ado- lescentes se envergonham de seus próprios sentimentos intensos. Mas os sentimentos são naturais, e a melhor coisa a fazer é aceitá-los e se esforçar para se sentir melhor, sem prejudicar ninguém.
Alguns adolescentes se preocupam com o que as outras pessoas vão pensar. Mas o divórcio é muito comum atualmente: no Brasil, um quarto dos casamentos termina em divórcio; nos Estados Unidos da América, metade dos casamentos termina em divórcio. Isso significa que muitas pessoas já passaram por isso e outras ainda vão passar. E da mesma forma que muitos outros adolescentes superaram essa fase difícil de transição, você também superará.
Você poderá sentir saudade do tempo em que vivia com seu pai e com sua mãe no mesmo local. Você também poderá sentir saudade da sua mãe quando estiver com seu pai, e do seu pai quando estiver com sua mãe. Essas idas e vindas podem deixá-lo triste, confuso e estressado.
Você pode se sentir dividido e confuso, porque está feliz de rever seu pai, mas também está triste por deixar a sua mãe. E quando você está começando a se acostumar com um local, é hora de ir embora para o outro. Tenha paciência. Leva tempo para se ajustar a essas transições.
Se você não consegue ver um de seus pais com tanta frequência, é normal que se sinta triste e se preocupe com ele. Pensar em alguém que você ama e sentir saudade desta pessoa é normal. Você não precisa esconder esses sentimentos.
E você pode permanecer em contato com o pai com quem você não está morando de várias formas. Talvez você possa ligar para ele, ou escrever cartas, ou mandar um