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Capítulo 3: EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO, Notas de aula de Língua Portuguesa

Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jorginho86
Jorginho86 🇧🇷

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Comunicação Oral e Escrita_____________________________________________________Capítulo 3
CAPÍTULO 3:
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até
mesmo, silêncio - que estão presentes na oralidade. Na
linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de
pontuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações
e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
1. Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois
banheiros.
NOTA
Mesmo que (o e e) venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração,
a vírgula deve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e
ria, e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou
melhor, aliás, além disso etc.):
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
Emprego dos Sinais de Pontuação 1
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CAPÍTULO 3:

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.

1. Vírgula Emprega-se a vírgula (uma breve pausa): a) para separar os elementos mencionados numa relação: O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros. NOTA Mesmo que ( o e e ) venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada: Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas. b) para isolar o vocativo: Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete. c) para isolar o aposto: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador. d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.): Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá. e) para isolar o adjunto adverbial antecipado: Ontem à noite, fomos todos jantar fora. f) para isolar elementos repetidos:

Estão todos cansados, cansados de dar dó! g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: São Paulo, 22 de maio de 1995. h) para isolar os adjuntos adverbiais: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio. i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança. Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir. j) para indicar a elipse de um elemento da oração: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal. k) para separar o paralelismo de provérbios: Ladrão de tostão, ladrão de milhão. l) após a saudação em correspondência (social e comercial): Respeitosamente, m) para isolar as orações adjetivas explicativas: Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho. n) para isolar orações intercaladas: O filme, disse ele, é fantástico.

2. Ponto Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto. Desejo-lhe uma feliz viagem. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia. 3. Ponto-e-vírgula Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:

Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc. NOTA: A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula: Querida amiga: Prezados senhores,

5. Ponto de interrogação O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta: O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo? 6. Ponto de exclamação O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.

  • Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto! NOTA O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas: Oh! Valha-me Deus! 7. Reticências As reticências são empregadas para: a) assinalar interrupção do pensamento:
  • Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá... (Júlio Dinis)

b) indicar passos que são suprimidos de um texto: O primeiro e crucial problema de lingüística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingüística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos... (Mattoso Camara Jr.) c) marcar aumento de emoção: As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te. (Camilo Castelo Branco)

8. Aspas As aspas são empregadas: a) antes e depois de citações textuais: Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana". b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares: O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado. (Veja) Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas. (Veja)

Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase. (Raul Pompéia) d) ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado: A ponte Rio-Niterói está sendo reformada. O triângulo Paris-Milão-Nova York está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos estilistas do Japão.

10. Parênteses Os parênteses são empregados para: a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário: Todo signo lingüístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou idéia). b) incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.): Mattoso Camara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado. c) indicar marcações cênicas numa peça de teatro: Abelardo I - Que fim levou o americano? João - Decerto caiu no copo de uísque! Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já! (sai pela direita) (Oswald de Andrade) d) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:

Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

11. Asterisco O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para: a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um livro: Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.

  • É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras. b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar: O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos adequados para assepsia.