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CÁLCULO DA ARMADURA DE FLEXÃO O a.lmadura para resistir a um momento fictor (causa tensões normais nas seções cm que atua) é um dos pontos mais importantes no dctalhamcnto. das peças de concreto armado: O dimensionamento é feito no estado limite último de ruína, impondo que na seção mais soliciwla sejam alcançadas as deformações especificas limites dos materiais, ou seja, o estado limite último pode ocorrer tanto pela ruptura do concreto comprimido quanto pela deformação excessiva da armadura tracionada. O momento fictor que a seção é capaz de resistir nesta situação .! y vezes maior . . . . . . que aquele que poderá vir realmente a atuar: A discussão de qual o valor de y a ser usado e como obtê-lo é feira na norma ABNT NBR 8681:2003, e-resumidamente r:imbém no capirulo 1.
Tipologia: Resumos
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CALCULO DA ARMADURA DE FLEXÃO :.__^ ·--^ ----
normais nas seções cm que atua) é um dos pontos mais importantes no dctalhamcnto. das peças de concreto armado: O dimensionamento é feito no estado limite último de ruína, impondo que na seção mais soliciwla sejam alcançadas as deformações especifi- cas limites dos materiais, ou seja, o estado limite último pode ocorrer tanto pela ruptura do concreto comprimido quanto pela deformação excessiva da armadura tracionada. O momento fictor que a seção é capaz de resistir nesta situação.... .! y vezes maior .. que aquele que poderá vir realmente a atuar: A discussão de qual o valor de y a ser usado e como obtê-lo é feira na norma ABNT NBR 8681:2003, e-resumidamente r:imbém no capirulo 1. O estudo das seções de concreto armado tem por objetivo comprovar que, sob · solicitações (efeitos das ações) de cálculo, a peça não supera os estados limites, supondo que o concreto e o aço tenham, como resistências reais, as resistências características minoradas (resistências de cálculo). Assim, as solicitações de cálculo são aquelas que, se alcançadas, levarão a cstrutlμa a atingir um estado limite, carac:rcriiando a sua ruína. As considerações sobre a segurança das estruturas de concreto armado estão apresentadas no capírulo 1 (seção 1.8). Na ABNT NBR 6118:2014, os conceitos e as condições de segurança estão contidos na seção 10, "Segurança e estados limites'', na seção 11, "Ações", e na seção 12, "Resistências", e em rodas as demais que abordam os princípios de dimensionamento e dctalhamcnto de diversos elementos estruturais.
"Ações e segurança nas estruturas". A grande novidade na versão de 2014 da ABNT NBR 6118 é a consideração de concretos com classe de CSO até C90, os quais têm ca- racterísticas bem distintas dos que pertencem às classes de C20 até CSO. Ainda assim, o novo texto d:r norma foi clabon.do de" maneira a contemplar todas as classes, o que
edificações usuais, serão mantidas cm separado as expressões para os concretos até CSO
categorias estejam englobadas na mesma formulação.
_ ....... _ ... .............u•••c•uv "'e 1:>uuuHa> U)Udl) ue concreto armado
O momento fletor causa flexão nos elementos estruturais, e nas seções transversais desses elementos surgem t!=nSÕCS normais (perpendiculares à seção). Há diversos tipos
mentos; Apresenta-se a seguir o conce;ito de cada um dos tipos:
a) Flexão normal (simples ou composta): quando o plano do carregamento ou da sua
tensão é nula) ou, em outras palavras, qμando o plano contém um dos eixos prin- cipais de inércia da seção; nesse caso, em seções simétricas (um eixo de simetria é sempre um eixo principal de inércia), o momento fletor atua no plano de simetria. b) Flexão oblíqua (simples ou composta): quando o plano de carregamento nãO é nor- mal à linha neutra; ou se o momento fietor エゥカセイ@ urna componente normal ao plano de simetria; ou, ainda, quando a seção. não é simétrica, pela forma ou por suas ar- maduras.
simples pode ser normal ou oblíqua. d) fャセッ@ composta: quando há esforço normal (de tração ou de compressão) atuando
é constante. ()Flexão não pura: quando há esforço cortante aruando na seção.
Nas vigas, geralmente o esforço normal é desprezível (exceção às vigas proten- didas) e, dessa forma, inicialmente será considerada apenas a fiexão normal, simples
simples, para posteriormente se introduzir novos conceitos e ampliar sua aplicação. Ressalta-se que, com as hipóteses adotadas, a solução desse problema (flexão nor-
pelo menos nas seções mais wlicitadas à flexão. Normalmente, valoriza-se muito o d.lculo da quantidade de armadura longitudi- nal (de flexão) necessária e, por ser um procedimento apenas numfoco, sua aºplicação está bastante desenvolvida; entret2nto, é preciso çhamar a atenção para o fato de que o ・ョエ・ョ、ゥュ・ョセッ@ dos princípios do iiu:carus"mo de セャ。ーキ@ (ruína) é fundamental para um
C••. 3 CAicuio da armadura de Oexão 113
um carregamento crescente que causa flexão pura na região central (V = O e M cons"
crescente, que varia de zero até um valor que a leve ao. colapso. p p
t
t ªl
Diagrama de· セ セ l @
p)><j IP (^) IP Kª
p
Figunl.1 Viga simplesmente apoiada- cantgarnento e diagramas.
Experimentalmente, ウオ「ュ・エ・ョセッ@ セMー・。@ a um carregamento crescente, é possível medir as deformações (distâncias セ@ e B 1 antes e depois de cada parcela de carga) que
seção permaneça plana durante o processo de deformação.
A,e A,. A,.
A.. A,•
11
1 •^ B,
1
1 •^ B. 11 Zona cenlnll
F"igan 3.2 Medida de deformações na セaッ@ centn.1 de uma viga.
três níveis de deformação, denominados de estádios, que 、セエ・イュゥョ。ュ@ o comportamen-
e as resultlntes dessas terlSÕC!!·
'
1 14 úicu10 e aeta1namento de esttuturaJ セウオ。ゥウ@ de CÕncreta armado
1. 1^ 1
t d (^) z,^ 1iJ)M>M,^ Zn)M,.^ .. As -+Rc,t G M M M M Z M セ @
...L_R. @ b (^) Esrádio"l Emdio"ll EsUdio Ili Figuna 3.3 Compommcnto da セ↑Zゥッ@ transversal de U:ma viga de concreto annado na flmo nonnal simples.
flC>Ção normal simples:
intensidade, a エセョウ ̄ッ@ de tração no concreto não 'ultrapma sua イ」ウゥウエセョゥZゥ。@ 」。イ。」エセイ■ウエゥ」。@ à tração (f):...
Mu, as tensões de tração na maioria dos pontos abaixo da linha neutra (LN) terio va-: !ores superiores ao da ᄎイ・ウゥウエ↑ョ」ゥセ@ característica do concreto à tração (f... ):
ur. J u1cu10 aa armadura de nexao 117
No trecho de altura 0,2 · X. a partir da linha neutra; no diagrama retangular, as tensões de compressão no concreto são desprezadas; no trecho restante (0,8. x), a dis- tribuição de tensões セ@ uniforme.
-- _1°'85 '·
aGセ@
A,
ou
___1.------ir
_ __.J=0.8•
Tensões
Figun.3.4 Diagramas de tensões no concreto no estado limirc último para com:rc10$ até a· classe CSO.
i) Para concretos das. claSscs C50 a C90 (Figura 3.5), a distribuição de tensões no
em 12.3.3 da norma. Esse セ。ァイ。ゥョ。L@ conforme o item 17.2.2 da norma, pode ser
(3.6)
sendo:
Â. =0,8 - (fck - 50)1400 para f,k > 50 MPa ((k em mセ。I@ (3.8)
A tensão aruante pode ser admitida constante até a profundidade y e tomada igual a:
cm que:
· a=e 0,85. (3.11)
___ .... - --.--···-.···.., ....... ... N k i w セ u エ o ^ @ U:llUCll> セ@ c..unaeco 8nnllCIO
ª< .. 0,85. [1,0 - (fck - 50)/200] (3.12)
t:iveis, sem necessidadé de coeficiente de correção adicional. VISTA VISTA DEFORMAÇÕES
' '
' '^ b^.^ s^. e^ '
Figura 3.S Diagramas de tensões no concreto no estado limite úJ.timo para concretos de. clasie8 CSO aC90.
Observa-se que tensão de compressão do concreto, adotada no diagrama, é de 0, ou 0,85 de fe>i no caso dos concretos de セウ・ウ@ até C50, ouª• e 0,9 ·a. para os concretos
O primeiro diz respeito ao- modo como é obtido o valor de fª: o ・ョセ。ゥッ@ é feito com um corpo de prova cilíndrico, e mesmo tendo o cuidado de'coloc;i.r películas de mate-
prova, ele não é eliminado. Havendo atrito nas extremidades do corpo de ーイセカ。L@ estas seções e as adJacen tes ficam impedidas de se deformar horizontalnlente, rcsUitando um estado triplo de tensões e, assi_m, aumentando artificialmente a resistência do concreto. Há um princípio, estabelecido por Saint v」セ。ョエL@ indicando que o tipo de uma ação .(concentrada ou parcialmente distribuída) só é sentido cm ウ」」セ@ cuja distância
há impedimento à deformação junto às faces extremas do corpo de prova, e este efeito
neste caso, praticamente cm todo o corpo de prova (com altura de 30 on e diimctro
セッ@ in tcrmediária, que são distantes das extremidades. Por essa razio, a resistência· do corpo de prova à compressão obtida cm ensaios nãb rcpi:êscnta fielmente a resistência do concreto de estruturas reais (esta é a parecia y.,_ indi?da DO capítulo f cm 1.8.25). O segundo motivo é que o concreto tem uma resist!acia maior para cargas aplica- das rapidamente, o que ocom: com os ensaios para a demminaçio da rcsisttncia à com- pressão, e as pcÇ25 de conacto, na práti?o estão aubmetid.u a cargas permanentes que
l.AP. j Lakulo da armadura de fleúo 119
gamcnto permanente, obtém-se: o gráfico da resistência cm função do tempo semelhante
à compressão do corpo de prova, sob carga ー」ョョ。ョ」セエ」L@ diminui (efeito Rüsch). Esta última afirmação não cstli cm desacordo com o que foi dito no capitulo 1 (a resistência
'· (raslslência)
.•
.. !(tempo) Figura 3.6 Curva セーセ。@ セ@ resist!n!=ia ele um 」ッセ@ de prow sob セァ。ュ」ョエッ@ pennanente.
com a idade {sem considerar a B.uência quando sob carga const2nte). Esta parcela de
para idade maior que 28 dias. Segundo Fusco, 15 no caso de concretos de ·classes até C50, o coeficiente 0,85 é obtido por: 0,85 = 0,95 · 0,75 · 1,2. A primeira parcela 0, é devida ao fato de a resistência ser obtida com ensaios de corpos de prova; a segunda, 0,75, considera o efeito Rusch e a terceira, 1,2, leva cm conJ:a o ganho de resistência dos concretos após os 28 dias de ゥ、。セ」[@
Antes de apresentar toda a teoria que possibilita o dimensionamento dás peças de concreto armado, é conveniente repetir as principais definições e nomenclatura das
maioria das normas internacionais.
cionada até a fibra mais comprimida de 」ッョ」イセエッN@. · d'.:.. Distincia entre o centro de gravidade da amiadura longitudinal comprimi-
. da e a face mais próxima do elemento estrutural (fibra.mais comprimida de concreto).
lS Fusco (1995).
Ms.1 - Momento ftetor solicitante de cálculo na seção (na continuação será cha- mado apenas de Md): no dimensionamento, quando há um só tipo de carga atjdental, é obtido multiplicando o momento em serviço (aruante) pelo coe-
MRd - Momento ftetor resistente de cálculo (calculado.com f..i. e f,..): máximo momento fletor a que a seção pode resistir {deve-se ter sempre MSd s MR).
(parte mais estreita da seção transversal), chamada de セ。L@ das vigas de seção em forma de T. h - Altura total da seção transversal de uma peça. z - Braço de alavanca: distância entre o ponto de 。ーャゥ」セ ̄ッ@ da resultante das tensões normais de compressão no concreto e da resultante das tensões nor- mais de tração no aço (distância entre o centro de gravidade da armadura de tração e o centro de gravidade da região comprimida de concreto). x - Altura (profundidade) da linha neutra: distância da borda mais comprimi-. da do concreto ao ponto que tem deformação e tensão nulas (distância da linha neutra ao ponto de maior encurtamento da seção transversal de uma peça fletida).
tensões de compressão no concreto, na seção transversal de peças flet_idas; é uma ideâliução que simplifica o equacion3:111ento do problema e conduz a resultados próximos daqueles que seriam obtidos com o diagrama par:ibob- -retãngulo (y =0,8 · x, Figura 3.4).
no estado limite último é caracterizada pelas deformações espccifiCa.s de cálculo do concreto edo aço, que atingem (uma delas ou ambas) os valores últimos (máximos) das deformações especificas desses materiais. ' Os conjuntos de deformações cspcclficas do concreto· e do aço ao longo de uma seção transversal retangular coni armadura simples (só traci:onada) submetida a ações normais definem seis domínios de deformação, 」ウアオ・セ。エゥコ。、ッウ@ ni Figurá 3.7, para
as 」ャ。ウウセN@ Os domínios representam as diversas possibilidades de ruína da seção; a cada
b<?uver, e um momento B.etor atuantea na acçio.
CAP. 3 Câlculo da armadura de íledo 123
d
セ @ ,,..,..,
Figura 3.10 Caracterisiicas do donúnio 2.
Semelhança de triãngulos
---=--
0,01. "2 =0,035. (d - Xz) X] = .0,259 • d
3.Slo
... Fmdocla.nnkl
Figura 3.11 セ。イ。」エ」イゥ、ゥ」オ@ do 、ッセッ@ 3.
Semelhança de triângulos 0,0035 E,.i ---=-- x, d-x,
0,0035d X3 = E,.i +0, x, - varia com o tipo de aço empregado
124 Gilculo e detalhlmento de estruturas usuais de concreto armado
vido às novas n::comcndaçõcs para o limite de x/d, este trecho não mais se aplica à flexão):
,, atinja sua deformação de escoamento (não há grandes deformações do aço nem fissuração do concreto que si.cvam de advertência).
x, = d
セMセMMMMMM
Figura 3.12 Características do domínio 4.
e) Domínio 4a (Figura 3.13)- Rexão composta cosn armaduras comprimidas:
Cu. 3 cセャ」オャッ@ da armadura de flexão 125
f"agun 3.13 c。ョ」セイゥウエゥ。ウ@ do domínio 4a.
O Domínio S (Flgura 3.14) :- compressão não uniformc,.scm tração:
F"mgun 3.14 Canêteruticas cio. domínio S.
Semelhança de triângulos
a h-a
oセZ@ embora nas figuras 3.7 a 3.14 tenha sido considerada seção transvcrul re- tangular, os domínios se apμam a qualquer seção e disposição _da armadura, e エ。ュセュ@ a situações de ftcxio oblíqua.
apenas parte do domínio 3, eliminando portanto parte do donúnio 3 e セ@ donúnios 4 e 4a
b) x/d :s 0,35 para concretos com 50 MPa e r.. :s 90 MPa
presenta situação de demento de seção retangular sob flexão simples, mas com diagra-
Vista (^) Vista lalaral (^) fn>nlal M M セ ョ @ F.
·IT
)セ@ ェェセイ•u[@ A., ..^ セN@ J
. 10'I. ... (^) .. ᄋaNセN@ Figura 3.15 Elemento de sco;Ao rermgular e cliqran;iu de dcfonn.IÇÕCI e tall6es na ICçlo solicitada para flaio simples para concreros Ili! CSO, sem" considerar 1 ductilidâdc.
CAP. 3 CAICÜlo da armadura 、セ@ nexão 129
A= Md ' z·f,...
Obtido o valor de x que define a posição (profundidade) da linha neutra, é possível
está sendo considerada, os domínios possíveis são o 2, o 3 e o 4. No início do domínio
. padem ocorrer (um dos dois materiais não contribui na resistência). O melhor é que a peça trabalhe no domínio 3; o domínio 2 é aceitável, e o domínio 4 deve ser evitado.
e a altura útil (d):
E,
1.4]
d
FlguraJ.18 Rdaçlo entre a poÍiçlo da linha neutra e a altura útil
3.25, resulta:
Conclui-se que, para uma seção conhecida, a posição da linha neutra, no domínio 3, depende apellll da defo(DlaÇãO específica do aço, e o limite C!ntn: os domínios 3 e
,
130' Olculo e deWhamento de estNturas usuais de concreto armado
usar os valoresdodomínio 3 que sejam superiores a x • 0,45d. Desta forma, não cabe mais o estudodolimite entre o donúnio 3 e 4. Apenas _como ilustração, apresenta-se
Aço CA2S (E,..• 1,04%.,nolimite entre os domínios3 e 4): X34 - 0,()()35 = 0, 7709. d 0,0035+0,
Xz:i• 0.259 d (limite entre os domínios 2 e 3); para x < 0,259 · d = domínio 2; · para 0,259 º d <X< 0,n09 · d·=domínio J..
Aço CASO (e,.. • 2,07%o,no limite entre os domínios3 e 4) X14 - 0,0035 .. =·0, d 0,0035 + 0, "3 4 ., 0,6283 · d (limite entre os domínios 3 e 4); Xz:i =0,259 · d (limite entre os domínios 2 e 3);
para 0,259 · d < ·x e 0,6283 · d :::> domíruo 3.
Agora é possível resolver os diversos problem:is, lembrando que a fronteira entre
só é possível utilizar o domínio 3 até o limite de x/d = 0,45. O limite entre os domínios
função do tipo de aço); os valores de (xld) referentes aos demais tipos de aço estão no
EXEMPLO 1
Para uma seção retangular de concreto armâdo com b. • 0,12 m e d = 0,29 m sob a
determinar a q•1antidade de armadura longitudinal neccsP.ria (A). Dados: f•• 20 MPa (20.000 kN/mi);iaço セo@ (f,.i. f,il,15..500/1,15 セ@ TセLWセ@ MPa":' 43,478. kN/cm^2 ).
a) Colocando セ・アオ。 ̄ッ@ 3,21 os valores éonhccidos, cletcrmina-sc x:
CAP. 3 CAicuio da armadura de flexão 131
nansver:sal, rião atendendo ao caso de flcxio simples; assim, o valor correto é x = 0,0545 di.
b) Verificação do domínio:
.:) Cikulu Jo valor do braço de alavanca z:
d) Cálculo de A,:
tem-se A,:
A= M 4 ·= 17,08 =17,08::::)A • 1 , 46 cm 1
3.7.2 EOUAOONAMENTO PARA CONCRETOS DE QUALQUER CLASSE Em principio, oequacionamento para o ºcálculo da annadura longitudinal é feito da mesma forriia que no caso anterior; apenas 。ー。イ・」・イ£セ@ os termos a, e À-: A seguir, são
F·F' e
F, • (a, · f..) · (b.) · (Ã. • ?C)
1 J.l O•culo e detalhameAlo de estruturas usuais de concreto armado
Z = d - 0,5 · À. • X
-=-cu-^ X^ &
(3.35)
EXEMPLO 2 Hセ@ O EXEMPLO 1 COM RESlsTINCIA CARACTERISTICA 00 CONCRETO- fck = 90 MPA) -
a, = 0,85 · [1,0 - (fª - 500/200] =0,85 · [1,0 - (90 - 50)/200] =0,
b) Com os valores conhecidos na equação 3.34, 、・エ・イュゥセ。Mウ・@ x:
A primeira solução, x • 0,8U m, indica que a linha neutta passa fora da セ@ trans- versal, não atendendo ao caso de fic:xio ウゥューャ・ウ[セ@ o valor comto é x • 0,0164 m.
ÚI'. 3 Cákulo da armadura de fledo 135
セI@ C:lkulo para x/d " 0,45, pois a resistência do concreto é menor que 50 MPa:
Md = 0, 12 · 20000 ·0,68 ·0,45 ·0,1765.·(0,1765-0,4 ·0,45·0,1765)=13,40kN m 1,.
M=Md =^13 • 40 =9,57kNm 1,4 1,
aço corresponde à resistência de escoamento de cálculo do aço:
13,40 l
. 50 =2,13cm
menor, com 1,1ma consequente redução da ·armadura necessária. ·
Conforme o item 17.2.3 da ABNT NBR 6118:2014, nas vigas é necessário ga-
(xld) dados no item 14.6.4.3 da nonna (aqui cm 3.7), sendo adotada., ;e necessário, armadura de compressão.
a elementos estruturais com ruptun. frágil. A ruptura frágil está associada a posições da
Ainda segundo o item 14.6.4.3 da norma, quando for efetuada μma redistribuição de momento, reduzindo-o de üm valor M para MI, cm uma determinada seção 'trans- versal, a profundidade da linha neutra nessa seção (x/d), para o momento reduzido SM, deve ser limitada por.
a) xid^ s^ (5^ -^ 0,44)11.l:S^ para^ conactos^ com^ f 5 s·5o^ MPa
136 Cãlculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado
LONGITUDINAL
siruaÇão anterior, em que a quantidade de armadura não era inicialmente conhecida. Nest.e caso, considerando concretos com resistência característica à compressão menor
maticamente 、・エ・イュゥョセ、。L@ e o valor.encontrado não pode ser maior que x., 0,45 · d.
Nesse caso, conhecendo a área de aço (A,), a força (F,) na armadura é:
F. =A·. f,... (3.39)
pode-se obter o valor de x a partir do fato de que, por equilibrio, as forças resultances no aço e no concreto devem ter a mesma intensidade. Pela equação 3.18, tem-se F,:
e, como F, = F,, ou s_eja:
0,68· b•. fal
· d. Caso isso ocorra, e, portanto, de fato, セ@ • r,.., o mÀximo momento resi.Stido (Md) pch seção é obtido pelo produto.da força na armadura セッオ@ no con<:rcto) pelo braço de
CAP. 3 CAicuio da armadura de flex3o 137
Md .. F, · z • F,_ · (d - 0,4 · x) •·A,· frd · (d - 0,4 · x)· (3.41)
(viga com armadura dupla), que será vista na seção 3.7.6.
EXEMPL
Determinar o momento resistente de uma viga de seção retangular de concreto arm_ado,
a) Armadura A, • 0,5 cm^2
x = A,· Í,.i = 0,5·(50I1,15) = 0 0186 m
x2J =--e^ E^ -·d = 0,035 ·d·=0,259·0,1765 =0,0457m Ec +E, 0,035+0,
セ@ • .u = 0,45 · d • 0,45 · 0,1765 =0,0794 m
Como O valor encontrado X• 0,0186 m é menor que X2.I "'0,0457 m, trata-se do domúúo 2, confirmando a suposição inicial
138 CMculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado
M (^) d • F · (d - 0,4 ·' x).= A ·• f_.,. · (d - 0,4 · x) • 0,5 · (^) 1,15^5 o -(0,1765 - 0,4 · 0,0186) •
3,675 kNm
M =Md =^3 •^675 =2,625kNm
b) .Annaduca A, • 2 cml.
x= (^) 0,68. b,... fgj 0,68·0,12·(20000/1;4)·^ 2,0·(50/1,15)^ = 00746 ':^ m
· M (^) d =F ·• (d - O• (^4) · x) =A (^) ' · fyd · (d - O4 ·' x) "'2 · -1, 15 ·"(O (^) '1765 - O4, ·O (^) '0746) =
12,753 _kNm
. M·= Md = 12,753 = 9 ,llkNm
3.7.4 Haセculo@ DA ALTURA MINIMA DE UMA SEÇÃO COM ARMADURA simセ@
detcmünada seção. A menor altura nea:Ssáêia (d_) parta seção resistir a ·esse momento i aquela em que a posição d2. linha neutra acarreta o ュ。ゥセ@ momento que a ·viga セ@capaz de .resistir, ou eeja, o momento aplicado sed igual ao momcqto resistente mbimo da seção. Dessa forma, antes da imposição da ductilidade múúma pela norma, como o má-
CAP. 3 Cálculo da ilrmadura de ヲャ・クセッ@ 141
b) Expressão que fomec.c o braço de alavanca z (z .. d_:. 0,4 · x)
セM d-0,4·x ]ャセo@ T Nセ@
Z ' X
' z·f. ·
A·:: .. Md ' (KZ)·d·f,
(3.46)
d) Equação que relaciona as deformações com a altura da linha neutra (equação 3.25)
-^ X = --'E^ - e, como -X = KX, resulta: d E (^) e +E 1 d . E
equa"Ção 3.44; um de KZ calculado pela equação 3.45; e, conhecendo-se&,, um de & 1
conhece o domínio em que a peça está trabalhando. No quadro, por praticidade, foram dados valores a KMD e calculados os demais, m?-ntidos os limites de viudadc parã KX.
capítulo.
'
'"" -uicuioe Ql!Qinamenro ae. emuturas オウオ。ゥウセ@ cencreco 'f!NK
acla.ssc C50. KMD^ IÓ(^ KZ^ E. t,^ KMD KX KZ E. E, 0,0100 0,0148 0,9941^ 0,1502^ 10,000 0.2050 0,3506 0,8597 3,5000 6,4él 0,0200 PLPセYX@ 0,9881 0,3068 10,000. 0,2100 0,3609 0,8556 3,5000 6,
0,0650 0,0995 0,9602 I,i056 10,000 0,2400 0,4253 0,8299 .3,5000 4, 0,0700 0,1076 0,9570 1,2054 10,000 0,2450 0,4365 0,8254 3,5000 (^) 4, 0,0750 0,1156 0,9537 1,3077 10,000 0,2500 0,4479 0,8208 3,5000 4, 0,0800 0,1238 0,9505^ 1,4126^ 10,000^ 0,2550^ 0,4594 Q,8162 3,5000 4, ..QJ>850 0,1320 0,9472^ 1,5203^ Í0,000^ 0,2600^ 0,4711^ 0,8115^ 3,5000^ 3, 0,0900 0,1403^ 0,9439^ 1,6308^ 10,000^ 0,2650^ 0,4830^ 0,8068^ 3,5000^ 3, 0,0950 0,1485 0,9406 1,7444 10,000 0,2700 0,4951 0,8020 3,5000 3, 0,1000 0,1569 0,9372 1,8611 10,000 0,2750 0,5074 0,7970 3,5000 3, 0,1050 b,1654 0,9339 1,9810^ 10,000 0,2800 0,5199^ 0,7921^ 3,5000 3, 0,1100 0,1739 0,9305 2,1044 10,000 0,2850 0,5326 0,7870 3,5000 3, 0,1150 0,1824 0,9270 2,2314^ 10,000 0,2900 0,5455^ 0,7818 3,5000 2,9_ 0,1200 0,1911^ 0,9236^ 2,3621^ 10,000^ 0,2950^ 0,55'86^ 0,7765^ 3,5000^ 2, 0.1250 0,1998 0,9201^ 2,4967^ 10,000^ 0,3000^ 0,5721^ 0,7712^ 3,5000^ 2, 0,1300 0,2086 0,9166 2,6355 10,000^ 0,3050^ 0,5858 0,7657 3,5000 2,47' 0,1350 0.2175 0,9136 RLセXV@ QPLセ@ 0,3100 0,5998 (^) PLWVPセ@ 3,5000 2, .Q,1400 0,1264 0,9094 2,9263 10,000 0,3150 0,614t 0,7544 3,5000 (^) 2,
0,1550 0,2536 0,8985 3,3391^ 10,000 o,J.4oo^ 0,6910^ 0,7236^ 3,5000 1, 0,1600 0,2630 0,8948 3,5000 9,8104^ 0,3500^ 0,7249^ 0,1100 3,5000^ 1,
Cu. 3 CAicuio da armadura de flexao 143
Quadro 3.1 Continllll(40... KMD KX icz Ee E. KMD KX (^) KZ E (^) e E. 0,1650 0,2723 0,8911 J,5000 9,3531 0,3600 0,7612 (^) 0,6955 3,5000 (^) 1, 0,1700 0,2818 ·o,8873^ 3,5000^ 8,9222^ 0,3700 0,8003 0,6799 (^) 3,5000 0, 0,1750 o,2913 0,8835^ 3,5000^ 8,5154^ 0,3800 0,8433 0,6627 3,5000 0,65o 0,1800 0,3009 0,8796 3,5000 8, 0,1850 0,3106 0,8757 3,5000 '7, 0,1900 0,3205 0,8718 3,5000 7, 0,1950 0,3305 0,8678^ 3,5000^ 7,0919^ • 0,2000 0,3405 0,8638 3,SOQO 6,n
EXEMPLO 6
Para a seção retangular (concreto armado) do exemplo 1(b. = 0,12 m, M = 12,2 kNm), determinar a quantidade de armadura longitudinal necessária (A,), admitindo, primei-
mulas adimensionais e quadro para dimensionamento. Considerarfci = 20 MPa (
a) Admitindo que a altura útil ウ・ェセ@ conhecida (d =29 cm)
KMD= Md
e '
Como KX • x/d < 0,45, portanto abaixo do limite imposto pela norma, podem- -se continuar os d.lculos.
1.... 1.a1cu10 e oeta1namenco oe estruturas usuais ae concreto armaao
Cálculo de A, (equação 3.46)
(KZ)·d·f,
セセMQWセL⦅PsセHォnセュセIセセM A (^) 2 2 =^ =^ 1,46^ cm
d. =2 oᄋセ@ Md =2 セM. 17 •^08 =0 20
Cálculo de セd@ com a equação 3.44 (coqi d =d .....)
0 e E'^ = 4,3144%o.
f ,_ 50 l
A= Md (KZ)·d·f,
.3.7.6 CALCULO DE SEÇÕES COM ARMADURA DUPLA Podem ocorrer situações cm que, por imposições de projeto, arquitetónicas etc.,
momento fletor atuante de cálculo Md. · Nesse caso, determina-se o momento (Mu..,) que a seção consegue resistir com a sua altura real e armadura apenas ttacionada (armadura simples A), trabalhando no limite da relação x .. 0,45 · d (domínio 3); a diferença entri o momento atuante Md e
tração. Nessa situação, aviga terá uina armadura infedor tracionada e uma superior comprimida (armadura dupla). Assim:
l». 3 arculodaarmadura de ョ・クセッ@ 147
c) Cálculo de A 11 <KX.....• セO、@ • ·0,45) 」ッセ@ a expressão l.Sl;
comprimida, em que 0,6 cm é o diãffietro dos estribos e 1,0 cm é o diâmetro da arma- dura longitudinal):
d) Cálculo de aセ@ sendo necessário conhecer antes r: e, portanto, E,", com a equação 3.53:
E. = O, 0035 · (xlim- d ') = O, (^0035) ·(O, 45 ·O, 29 - O, 036) =O, (^0025)
como E,° > &ri (t,.i.. 0,00207 para CASO) セ@ セ@ = r,..
1,4 · 45 - 36, 19 Aº= 2 43 1
(o, 29-o' 036)·-1,
maciças e as vigas não são independentes umas das outras; pelo fato de as estruturas de concreto serem monolíticas (a não ser que, construtivamente, sejam tomadas medidas para que isso não ocorra), seus dcmentos, lajes e vigas, trabalham em conjunto..
dois lados) também se deforma, compomndo-sc como se fosse parte セ@ viga, colabo- rando em sua resistência. Dessa forma, a viga incorpora parte da laje, e sua seção deixa de ser retangular, passando a ter a fonna de um•T•{ou de um •L" invertido·).
l '+õ La1cu10 e oer.11namen10 oe estruturas usuais de concreto armado
Planta Corte A·A Figura 3.20 Piso com vigas de seção transversal "T".
Considerações importantes
que é composta de duas abas (partes salientes), é referida com a seguinte notação (Figura 3.21): b, 1 d (^) h
jセjMMMMMセ@^ -·
Figura 3.21 Viga com seção transversal em forma de "T".
b) Uma viga de concreto armado, formada por uma nervura e duas abas, só será con-
(Figura 3.22a); caso contrário, dependendo do sentido de atuação do momento fletor, apenas a parte superior da mesa ou inferior da alma estarão comprimidas (essas partes têm a forma retangular), e como as regiões tracionadas de concreto não trabalham, ou seja, não colaboram na resistência, á viga será calculada como tendo seção retangular (Figura 3.22b).
a) Seção "r (mesa comprimida) b) セッ@ ratangular (mesa lradonada) .Figura J.22 Viga de セ@ "T" e retangular.
\d''"...,. ·P.o(JhÕ
CAP. 3 Cákulo da armadura de nexão 149
LN
Figura 3.23 Viga de seção "T" bu retangular de acordo com a posi1:ão da LN.
c}Nas situações em que a"LN passa pela alma da seção, é possível usar os quadros para seções retangulares, fazendo o cálculo em duas etapas (Figura 3.24):
M 1 =F c1 ᄋᄋH、MセI]ッ@ 85·f ·h ·(b··-b IᄋH、MセI@
-. O momento restante (M 2 ) é absorvido pela nervura. (alma}, como nas seções retangulares: - M 2 =M^ d -·M^1 =Fc2 ·(d-r) 2 HセNUUI@
Figun3.24 Seção "T" dividida em duas seções retangulares.
A,^ HセNUVI@
150 Cálculo e detalbamento de estruturas usuais de concreto armÍdo
surdo, imaiirie-sc que uma viga central estivesse a quilõmetros das vigas laterais: é evi- dente que entre uma viga lateral e a central existiria uma parte da laje que não ajudaria na resistência nem de ulJla viga nem de outra, ou seja, estaria trabalhando realmente apenas como elemento para transferir cargas às vigas. Conclui-se, portanto, que apenas
de compressão na parte 'superior da viga (mesa) não é uniforme: M concentração de valores junto à parte central da viga (alma), como esquematizado na Figura 3.25. A determinação da largura da laje que colabora com a viga(largura colaborante ou efefu.a
uma outra, obtida por meio da 、ゥウエセゥ「オゥ ̄ッ@ uniforme de tensões, c:om valor igual a 0,
Figura 3.25. Dimibuição das tensões de compressão na fllCSa de uma viga セtBN@
e) O procedimento acima resulta cm um cálculo complexo, e por essa razão existem ウッセオセ@ simplificadas a favor da segurança, mas baseadas nos mesmos pri.ncipios. Uma delas é a que propõe a ABNT NBR 6118:2014 (item 14.6.2.2), que, de acordo com esse item, a largura colaborante b,será a largura da viga b. acrescida de no máximo'10%
do tramo considerado:
1
Alternativamente, a determinação da distância a pode eer feita pela anilise dos diagramas de momentos fletores na estrutura. No aso de vigas contínuas, permite-
apoios sob momentos negativos, des4e que essa largura seja calcUlada a partir do trecho de momentos positivos onde
0 a{a.rgura resulte mínima. Deverão ser respeitados os limites de b 1 e セS@ conforme a Figura 3.26: