Pré-visualização parcial do texto
Baixe capacidade e níveis de serviço em rodovias de pista simples e outras Exercícios em PDF para Engenharia de Transportes, somente na Docsity!
MNE Manual de Estudos de Tráfego 263 10 CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO O objetivo da determinação da Capacidade de uma via é quantificar o seu grau de suficiência para acomodar os volumes de trânsito existentes e previstos, permitindo a análise técnica e econômica de medidas que asseguram o escoamento daqueles volumes em condições aceitáveis. Ela é expressa pelo número máximo de veículos que pode passar por uma determinada faixa de tráfego ou trecho de uma via durante um período de tempo estipulado e sob as condições existentes da via e do trânsito. Embora sendo um dado básico, a capacidade por si só não traduz plenamente as condições de utilização da via pelos usuários, pois ela se refere tão somente ao número de veículos que pode circular e o intervalo de tempo dessa circulação. Outros fatores de utilização, tais como: velocidade e tempo de percurso, facilidade de manobras, Segurança, conforto, custos de operação etc. não são co! Capacidade. No sentido de melhor traduzir a utilização da via pelo usuário, qualificando-a além de quantificá-la foi eriado o conceito de Nível de Serviço. Esse conceito, introduzido através do Highway Capacity Manual - HCM em sua edição de 1965, possi avaliação do grau de eficiência do serviço oferecido pela via desde um volume de trânsito quase nulo até o volume máximo ou capacidade da via. De acordo com o referido Manual, foram selecionados 6 (seis) níveis designados pelas seis primeiras letras do alfabeto. O nível A corresponde à melhor condição de operação e no outro extremo o nível F Corresponde à condição de congestionamento completo. Entre estes extremos, situam-se os demais níveis. A Figura 59 ilustra os graus de liberdade dos veículos para os Seis níveis de serviço considerados. Antes da descrição dos procedimentos constantes do Highway Capacity Manual para o cálculo da capacidade e níveis de serviço das rodovias, algumas considerações sobre sua aplicação devem ser feitas. Embora os parâmetros do HCM venham sendo integralmente adotados, já é sentida a necessidade de pesquisas para a verificação da validade de sua aplicação às nossas rodovias. Isso decorre não só dos resultados até aqui obtidos como também da observação dos seguintes fatos: os matoristas não conduzem seus veículos de igual modo em todos os palses, nem seu comportamento é grau de obediência às regras de trânsito têm uniformidade geográfica; o tamanho e demais características dos veículos, assim como a composição do trânsito, podem ser diferentes; o conceito de congestionamento é muito variável e principalmente a sua “tolerância” deve ser estabelecida em função dos recursos econômicos e financeiros disponíveis em cada país. É possível que em função de pesquisas sejam estabelecidos, tal como já ocorreu em outros países, certos coeficientes de ajustamento a serem aplicados aos valores recomendados pelo HCM, a fim de adaptá-los às condições locais. É preciso, no entanto, observar que a capacidade das vias depende de fatores tão complexos, que é praticamente impossível o seu cálculo com precisão, sendo satisfatória a sua estimativa com valores aproximados. Por esta razão, as variações decorrentes das diferenças de condições daquelas supostas no HCM devem ser bastante significativas, MIDNITDPPAPR Manual do Estudos de Tráfego 264 para que sua influência na capacidade e nos níveis de serviço sejam superiores ao “erro” normal do valor estimado. Com relação à metodologia, que será a seguir exposta, extraída do HCM 2000, deve-se ressaltar que os valores obtidos por seu intermédio são bem mais exatos para qualquer condição do que aqueles que poderiam ser estimados antes da publicação dos referidos métodos pelo HCM. Desta forma, eles devem ser encarados como básicos para a preparação de métodos particulares locais, e sempre serão úteis para obtenção de valores da capacidade, enquanto não se dispõe de outros meios exatos para o seu cálculo. 10.1 RoDoviAS DE PisTA SIMPLES 10,1.1 CAPACIDADE A capacidade de uma rodovia com duas faixas e dois sentidos de tráfego é de 1.700 carros de passeio por hora (ucp/h), para cada sentido de tráfego, não excedendo 3.200 uepih para o conjunto dos dois sentidos, exceto em trechos curtos, camo túneis e pontes, onde pode atingir 3.400 ucpih. 10,1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES Para efeito de análise de capacidade, as rodovias pavimentadas com duas faixas e dois sentidos de tráfego são divididas em duas classes: e Classe |: Rodovias nas quais os motoristas esperam poder trafegar com velocidades relativamente elevadas. Compreende: — ligações de maior importância entre cidades e rodovias arte: conectando importantes vias geradoras de tráfego — rotas de trabalho diário — ligações estaduais e federais de grande relevância. is. principais Geralmente atendem a tráfego de longa distância ou possuem conexões entre vias que servem a tráfego de longa distância. * Classe dl: Rodovias nas quais os motoristas não esperam trafegar com velocidades elevadas. Compreende: — vias que funcionam como rotas de acesso às rodovias de Classe | ou servem como rodovias turísticas e recreacionais, não atuando como arteriais principais — passam por terreno de topografia acidentada. Geralmente atendem às viagens curtas, inícios e fins de viagens longas ou viagens em que a contemplação cênica exerce um papel si MTONTDPPIPR Digitalizado com CamScanner