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Cap I EII 0506, Notas de estudo de Informática

EFEITO DE CAMPO

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 11/11/2014

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bg1
1
Transistores de Efeito de Campo (FETS)
Como no caso do TBJ, a tensão entre dois terminais do FET (field-effect transistor) controla a corrente que circula pelo
terceiro terminal. Correspondentemente o FET pode ser usado tanto como amplificador quanto como uma chave. O nome do
dispositivo origina-se de seu pricípio de operação. O controle é baseado no campo elétrico estabelecido pela tensão aplicada no
terminal de controle. O transistor MOSFET (acrônimo de Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor, ou transistor de
efeito de campo de semicondutor de óxido metálico), é, de longe, o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em
circuitos tanto digitais quanto analógicos.
Símbolo
Canal N (NMOS)
Canal P (PMOS)
Função Controlar a corrente elétrica que passa por ele.
ID
D
G
S
VGS
+
-
Construção
Fonte (S)
Porta (G)
Dreno (D)
Corpo (B)
p
n
+
n
+
Região de
canal
Óxido (SiO )
2
I
D
função de V
GS
Geralmente o terminal corpo (B) é
ligado a fonte (S).
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

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  • Transistores de Efeito de Campo (FETS)

Como no caso do TBJ, a tensão entre dois terminais do FET (field-effect transistor) controla a corrente que circula pelo

terceiro terminal. Correspondentemente o FET pode ser usado tanto como amplificador quanto como uma chave. O nome do

dispositivo origina-se de seu pricípio de operação. O controle é baseado no campo elétrico estabelecido pela tensão aplicada no

terminal de controle. O transistor MOSFET (acrônimo de M etal O xide S emiconductor F ield E ffect T ransistor, ou transistor de

efeito de campo de semicondutor de óxido metálico), é, de longe, o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em

circuitos tanto digitais quanto analógicos.

  • Símbolo

Canal N (NMOS) Canal P (PMOS)

  • Função – Controlar a corrente elétrica que passa por ele.

ID

D

G

S

VGS

  • Construção

Fonte (S)

Porta (G) Dreno (D)

Corpo (B)

p

n

n

Região de +

canal

Óxido (SiO ) 2

ID função de VGS

Geralmente o terminal corpo (B) é

ligado a fonte (S).

• Criação do canal

Considere a figura a seguir:

(S)

(G) (D)

(B)

p

n

n

VGS

Canal n

induzido

Região de depleção

A tensão VGS, em um primeiro momento, faz as lacunas livres da região do substrato sob a porta serem

repelidas, deixando uma região de depleção. A tensão positiva sob a porta atrai elétrons das regiões n

da fonte e do

dreno para a região do canal. Quando elétrons suficientes estiverem sob a porta, o canal estará formado ligando a fonte

ao dreno. O valor mínimo de VGS para se formar o canal é chamado de tensão de limiar (threshold) ou Vt.

• Operação do transistor

A operação de um MOSFET pode ser dividida em três diferentes regiões, dependendo das tensões aplicadas sobre seus

terminais. Para o MOSFET canal n :

  • Região de Corte: quando VGS < Vt, onde VGS é a tensão entre a porta (gate) e a fonte (source). O transistor permanece desligado, e não há condução entre o dreno e a fonte. Enquanto a corrente entre o dreno e fonte deve idealmente ser zero

devido à chave estar desligada, há uma fraca corrente invertida.

  • Região de Triodo (ou região linear): quando VGS > Vt e Vds < VGS - Vt onde Vds é a tensão entre dreno e fonte. O

transístor é ligado, e o canal que é criado permite o fluxo de corrente entre o dreno e fonte. O MOSFET opera como um

resistor, controlado pela tensão na porta. A corrente do dreno para a fonte é:

[ ( ) ]

2 I (^) D = K 2 VGS−VtVDS−VDS , onde L

W

K μnCox

  • Região de Saturação: quando VGS > Vt e Vds > VGS - Vt. O transístor fica ligado, e um canal que é criado permite o

fluxo de corrente entre o dreno e a fonte. Como a tensão de dreno é maior do que a tensão na porta, uma parte do canal é

desligado. A criação dessa região é chamada de “pinch-off”. A corrente de dreno é agora relativamente independente da

tensão de dreno (numa primeira aproximação) e é controlada somente pela tensão da porta de tal forma que:

2 I (^) D =KVGS−V t

OBS: Para o transistor PMOS as equações são idênticas, lembrando que Vt é negativo e as inequações são inversas.

  • Característica ID –VGS

ID (mA)

1 2 3 4 5 6 7 8 9^ VGS (V)

1

2

3

4

5

6

7

8

Vt

Observação:

O gráfico da característica ID – VDS mostra que a corrente do dreno possui uma leve dependência

linear com VDS na região de saturação. Essa dependência pode ser considerada analiticamente pela

incorporação do fator (1+λVDS) na equação de ID, onde λ = 1/VA, como se segue:

ID = K (V (^) GS−Vt) ( 1 + λVDS)

2

Onde λ é um parâmetro do MOSFET. VA é uma tensão positiva semelhante a tensão Early

do TBJ, como mostra seguinte figura:

  • Polarização

O termo polarização significa a aplicação de tensões DC em um circuito para estabelecer valores fixos de

corrente e tensão. O Ponto de polarização (ponto quiescente) deve ser localizado na região ativa e dentro dos

valores máximos permitido.

  • Equações importantes no projeto do circuito de polarização.
  • Para a polarização do MOSFET em uma sua região de saturação, as seguintes condições devem ser

satisfeitas:

  • Circuitos de Polarização
  • Exemplo 1:

( )

2 I (^) D = KVGS−V t D S

I = I IG= 0

VGS > V t VDS >VGS−Vt

OBS: A equação da corrente de dreno pode fornecer dois valores de VGS. Desses valores, apenas um

atenderá as condições para a polarização da região de saturação, o outro valor não tem significado

físico. Se os dois valores de VGS não atenderem as condições, significa que o transistor não está em sua

região de saturação.

Projete o circuito de modo que o transistor opere com ID = 0,4 mA e

VD = +1V. O transistor NMOS tem Vt = 2V e K = 0,4 mA/V

2 .

Suponha que λ = 0.

IG

VGS

R S

R D

5V

ID

VDS

V D

- 5V

Com essa tensão positiva na porta, o transistor NMOS está em condução. Mas não podemos determinar se ele opera na

região de triodo ou saturação. Podemos supor uma operação na região de saturação e verificar a validade da suposição.

A tensão na fonte é:

VGS = 5 − 6 I D

Portanto, ID é dado por:

( )

2 ID =KVGS−V t

( )

3 2 = 0 , 5 × 10 5 − 6 − 1

− ID I D

2 ID − ID+ =

A equação de segundo grau produz dois valores para ID: 0,89 mA e 0,5 mA. O primeiro valor não tem significado

físico pois produz uma tensão de fonte maior que a tensão de porta. Portanto:

ID = 0 , 5 mA

VS = 0 , 5 × 6 = 3 V

VGS = 5 − 3 = 2 V

VD = 10 − 6 × 0 , 5 = 7 V

Como VDS > VGS – Vt, o transistor está realmente operando na saturação.

  • Exemplo 3:

Para análise DC, XC1 = XC2 ∝

Podemos escrever:

( )

2 ID =KVGS−V t

[ ( )]

2 0 , 5 = 0 , 5 VGS− − 1

VD

C 2

V 0

RG

V DD = +5V

IG VG

RD

ID

V i

C 1

RG

IG

IG

Projete o circuito de modo que o transistor

opere na saturação com ID = 0,5 mA e VD = 3V.

Suponha o transistor PMOS tendo Vt = -1V e K =

0,5 mA/V

2

. Suponha λ = 0.

Como VGS deve ser negativo (VGS < Vt), a única solução que faz sentido físico é VGS = -2V. Como a tensão na fonte é

5V, a tensão na porta deve ser 3V. Dessa forma, temos o divisor de tensão:

2 1

2 3 5

G G

G

R R

R

3 RG 1 = 2 RG 2

Uma possível solução seria RG 1 = 2 MΩe RG 2 = 3 MΩ.

O valor de RD pode ser encontrado por:

= = = k Ω I

V

R

D

D D 6 0 , 5

A operação no modo de saturação será mantida até o ponto em que VD exceder VG por |Vt|, que é:

VD max = 3 + 1 = 4 V

A máxima resistência será dada por:

RD = = 8 k Ω 0 , 5

  • Exemplo 4:

Como VDG = 0, VD = VG o transistor está operando na saturação, dessa forma:

( )

2 ID =KVGS−V t

K

I

V V

D GS = t+

VGS 1 V

A tensão de dreno será:

V D =VG= 1 V

O valor de R será:

= k I

V V

R

D

DD D 25 0 , 08

Projete o circuito para obter uma corrente ID = 80 μA. Suponha o

transistor NMOS tendo Vt = 0,6V e K = 0,5 mA/V

2

. Suponha λ = 0.

  • MOSFET - Modelo AC

Assim como o TBJ, o MOSFET também pode ser representado por um modelo para descrever, de maneira

simplificada, sua operação AC.

  • Modelo π -híbrido
  • Modelo para altas freqüências

G

D

S

Elementos

de circuito

D

G

S

S

r 0

CGD

S

ID

CGS

D

gm vGS

G

vGS

G

D

S

  • Modelo para baixas freqüências (simplificado)

 Nova apresentação do modelo (^) ππππ -híbrido (simplificado)

ID

gm vGS = vGS/re r 0

S

D

S

G

vGS

( )

GS t

D GS t D GS

D

V V

I

KV V KI

V

I

gm −

gm

re

D

A o I

V

r =

VA =

G

D

S

ID

vGS/re r 0

S

D

S

G

vGS

B

vGS

S S

r 0

iD

G D vGS/re

re

G

S

iD D

iS

re

r 0

RD

RG

vi

vo

iD iG

ro

re

iD

iD

i=

ii

Zo

Zi

ix

  • Parâmetros importantes do circuitos

 Impedância de entrada ( Z i)

 Impedância de saída ( Z 0 )

 Ganho de tensão ( Av)

 Ganho de corrente ( Ai)

  • Determinação dos parâmetros.

 Impedância de entrada ( Z i)

Por inspeção da figura acima, temos:

i

o

G

i

G

i o i v

v

R

v

R

v v i 1

onde vo /vi é o ganho de tensão Av , dessa forma:

( (^) v)

G

i i A R

v i = 1 −

Portanto:

v

G

i

i i A

R

i

v Z −

 Impedância de saída ( Z 0 )

Novamente, por inspeção da figura acima, a impedância de saída do circuito é igual à:

 Note que para determinação de Z 0 as tensões independentes, no caso somente vi , são colocadas em

curto com o terra.

 A corrente ix é mostrada para evidenciar que esta seria a corrente que uma fonte de tensão ( v 0 )

conectada a saída forneceria ao circuito com uma impedância de saída Z0.

 Ganho de tensão ( A v)

Da figura temos:

G

o i

o

o

e

i

D

o D D D G R

v v

r

v

r

v

R

v i i i i

G e

i D o G

o R r

v R r R

v

G e

G o D i

o

R r

R r R v

v 1 1 // //

G e

o i

o v R r

Z

v

v A

 Ganho de corrente ( A i)

Definindo a corrente de saída como a corrente iD, temos:

D

o o D i

i i R

v i i Z

v i = , = =−

Dividindo as duas equações temos:

i

i

D

o

i

o

v

Z

R

v

i

i =− ⋅

D

i v i

o i R

Z

A

i

i A = = ⋅

Zo =RG//RD//r o

Modelo AC:

10k

10M

vi

vo

iD iG

47k

1,379k

iD

iD

i=

ii

Zo

Zi

ix

(a) Determinar Zo:

Zo =RG//RD//r o

Zo = 8 , 24 k Ω

(b) Determinar Av:

G e

o i

o v R r

Z

v

v A

Av =− 5 , 97 V V

(c) Determinar Zi:

v

G

i

i i A

R

i

v Z −

( )

×

Zi = 1 , 34 M 1 5 , 97

6

(d) Determinar Ai:

D

i v i

o i R

Z

A

i

i A = = ⋅

Ai 800 A A 10 10

3

6

= ×

×