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PARTE | Introdução à Teoria Geral da Administração 2 Introdução & Teoria Geral da Administração * IDALBERTO CHIAVENATO O MUNDO EM QUE VIVEMOS É UMA sociedade institucionalizada & composta por organtea- ções, Todas as anividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou prestação de serviços (atividades es- pecializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. Todas as organizações são constiruidas por pessoas « por recur- sos não-humanos (coma recursos físicos e materiais, h- naneeiras, ccenolúgicos, mercadológicos etc.p. À vida das pessoas depende intimamente das organizações é essas dependem da atividade é do trabalho daquelas, Na sociedade moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. Às organizações são extremamente heterogêncas e diversificadas, de tama- nhsos aliferentes, de caracteristicas diferentes, de estru- tmuras diferentes, de objetivos diferentes, Existem orga- nizações lucrativas (chamadas empresas) e organteações mão-lucrativas (como Exército, Igreja, serviços púlhli- cos, entidades filansrópicas, organizações não-governa- mentais = ONGs — etc). À Teoria das Organizações (TON é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral, Por seu tamanho e pela complexidade de suas operações, as organizações, ao aringirem um certo porte, precisam ser adiminisira- das e a sua administração requer todo um aparaço de pessoas esratificadas em diversos níveis hierárquicos que se ocupam de incumbências diferentes. À admi- nistração nada mais é do que à condução racional das atividades de uma organszação seja ela hacrativa ou mão-hacrativa, À administração trata do planejamento, da organização (esruniração), da direção e do con- trole de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização, Assim, a administração é imprescindível para existên- cia, sobrevivência é sucesso das organizações Sem a administração, as organizações jamais tertam condi- ções de existir e de crescer. A Teurta Geral da Admi- nistração (TGA) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do essudo da Administração em geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se nas or- ganizações lucrativas (empresas) ou se mas organiza- ões não-lucrarivas. À TGA trata do estudo da Admi- nistração das organizações, DICAS As especializações da administração Nos dias de hoje. a administração revela-se como uma área do conhecimento humano repleta de complexidades e desafios. O profissional que utik- za a administração como meio de vida pode aiuar nos mais vartados níveis de uma organização. desde 5 nível hierárquico de superelsão elementar até o nivel de disgente máximo da organização. Pode atuar nas diversas especializações da Acdimi- nistração: seja em a Administração da Produção ide bens ou serviços prestados pela organização), ou Administração Financeira, cu Administração de Recursos Humanos, ou Administração Mercadoló- gica, ou ainda a Administração Geral, Em cada nl- vele em cada especialização da Administração, as situações são diferentes, Além disso, as organiza- ções são diferentes. Não há duas organizações iguais, assim como não existem duas pessoas idânticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de alividade, seus dirigentes e seu pes- soa, seus problemas internos e externos, Sou mar- cado, sum siuação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia & politica de negócios eso. Em função dos aspectos exclusivos de cada organi- zação, o administrador define estratégias, efetua diag- nósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade. O administrador bem-sucedido em uma organização pode não sê-lo em outra, Toda vez que uma organização pretende incluir um executivo em seu quadro adminisrrativo, os candidatos são sub- metidos a uma infinidade de testes e de entrevistas que procuram investigar em profundidade seus conheci- mentos, habilidades « competências, suas atitudes e caracecrísticas de personalidade, seu passado profissto- nal, sua formação escolar, seus antecedentes morais, seu sucesso ou fracasso em determinadas atividades, emtre outros. Talvez até sua situação conjugal ou sua estabilidade emocional, Isso porque o executivo difi- cilmente pode ser transferido de uma organização para outra sem que algum problema de adaptação dei xe de ocorrer. Mesmo que 0 executivo tenha profun- Introdução à Teoria Geral da Administração * IDALBERTO CHIAVENATO Empregabilidade significa a capacidade que uma pessoa tem para conquistar e manter um emprego. Conquistar um emprego pode avé ser fácil; o mais difícil é mantê-lo a longo prazo. 4 combinação dessas habilidades é importante para o administrador Na medida em que se sobe para os níveis mais elevados da rrganização, dimi- mui a necessidade de habilidades técnicas, enquanto aumenta a necessidade de habilidades conceituais. Os níveis inferiores requerem considerável habili- dade vécnica dos supervisores para lidar com os problemas operacionais concretos e cotidianos da organização, À TGA se dispõe a desenvolver a habi lidade conceirual, cinbora não deixe de lado as ha- bilidades humanas e técnicas. Em outros termos, se propõe a desenvolver a capacidade de pensar, defi- nir situações organizacionais complexas, diagnosri- car e propor soluções e inovações na organização, Contudo, essas três habilidades — récnicas, huma- nas € conceituais = requerem certas competências pessoais para serem colocadas em ação com êxito. Às competências — qualidades de quem é capaz de anali- sar uma situação, apresentar soluções e cesolver as suntos ou problemas — constituem o maior patrimá- não pessoal do administrador. O seu capiral intelec- tual; a sua maior riqueza. Porém, em um mundo em constante mudança e transformação, a aquisição de uma nova competência necessária, significa quase sempre, o abandono de outra que se tomou velha e ultrapassada. O segredo está em adquirir competên- «cias duráveis: aquelas que, mesmo em tempos de rá- pida mudança, não se rornam descartáveis mem ob- soletas, Diante de todos esses desafios, o administrar dor — para ser bem-sucedido profisstonalmente — precisa desenvolver três competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude * CONHECIMENTO significa todo o acervo de in- formações, conceitos, idéias, experiências, aprendi- zagens que o administrador possui a respeito de sua especialidade. Como o conhecimento muda a cada instante em função da mudança e da inovação que ocorrem com intensidade cada vez maior, o admi- nistrador precisa atualizar-se constantemente é re- nová-lo continuamente. leso significa aprender a aprender, a ler, a Ter comaro com outras pessoas € profissionais e, sobretudo, seciclar-se comtinuamen- te para não tornar-se obsoleto é ultrapassado em seus conhecimentos. Todavia, as empresas estão re- pletas de profissionais com excelentes currículos e Cancuiluáia edema m conceitos mtatranca) IN N Alta Diração | vet test E Habilidades Gerência Humanas Infarereciária: “RE Suparvisão] Habiiidacdes La] Tócnicas Maus de exiaas flcas) Execução dna Operações Figura 1.1. As trás habilidades do administrador, imuene-= PARTE | * Introdlução à Tesria Geral da Administração 5 um enorme cabedal de conhecimentos, mas que não são capazes de transformar a sua bagagem pessoal em contribuições efetivas ao negócio e criar valor para a organização. Eles têm o conhecimento para sie não disponível para a organização, Têm a conhe- cimento, mas não sabem como utilizá-lo ou apli- cálo. O conhecimento é necessário e fundamental; mas não é suficiente para o sucesso profissional, Ele precisa ser adicionado a duas outras competências duráveis: a perspectiva e a antude. » PERSPECTIVA significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação. Em saber transformar a teoria em prática, Em aplicar o conhecimento na anúlise das situações é na solução dos problemas e na condução do negócio. Não basta apenas possuir o conhecimento; ele pode ficar apenas em estado potencial. Torna-se necessário saber como utilizá-lo e aplicá-lo nas diversas situações e na solução dos diferentes problemas. À perspectiva representa a habilidade de colocar em ação os conceitos e idéias abstratas que estão na mente do administrador. Em visualizar as oporcumidades que nem sempre são percebidas pelas pessoas comuns e transformá-las em novos produtos, serviços ou ações pessoais, Na ecalidade, a perspectiva é a condição pessoal que corna o administrador capaz de diagnosticar situa- ções e propor soluções criativas é inovadoras. Éa perspechiva que dá autonomia « independência ao administrador, que não precisa perguntar ag chefe o que deve fazer e como fazer nas suas atividades. Contudo, o conhecimento e a perspectiva são fun- damentais, mas carecem de uma terceira competên- * cia durável: a atitude. * ATITUDE significa o comportamento pessoal do ad- ministrados frente às situações com que se defronta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas acontecerem, a maneira de liderar, «de motivar, de comunicar e de levar as coisas para a frente. Envolve o impulso c a determinação de inovar ca convicção de melhorar continuamente, o espírito empreendedor, o inconformismo com os problemas atuais e, sobretudo, a facilidade de trabalhar com ou- tras pessoas e fazer as suas cabeças. É esta competén- ia durável que eransforma o administrador em um agente de mudança nas empresas e organizações e não simplesmente um agente de conservação. Essas três competências duráveis constiruem a sancíssima trindade que conduz o administrador Atitude Saber fazor acontacar, Figura 1.2. As competências duráveis do administrador! PARTE | * Introdução à Teoria Geral da Administração Assume deveras cerimoniais o simbólicos, representa a Decisorial | Representação À) organização, acompanha visitantes, aasira documentos legais | Diriga & motiva pessoas, treina, aconselha, crenta o Interpessoal Uderança À [ag tomaria cam os sutseeáinacos [iMaridsm redes cs comunicação dani e lora dia Ligação organização, usa maiotes, telefonemas o reunibes a Manda é recebe informação. dá revistas & retetóvica, iii mantém contalos pessoais é a Ervia informação para 08 membros de outras orgarizações, informacionaid! Ciperiição Dl y mumórêndos à ilitódos, tulelonartem o Soriaios Tranamita informa decora, atravds dl ia ções para passons de e Empreendimento conversas. relatórios & memorandos fem Inigia projotos, Miontifica novas idéias. assume riscos, delega rasponsabilidades de idéias para outros Resolução Toma ação cometiva em disputas cu asas, resoha cordiitos die conflitos entro subordinados, adapta O grupo a crisos q a mudanças Alocação Decide a quem atribuir regursos. Programa. orça e «de recursos estabelnca prioridades Negociação Papresarta os infaresses da organização em negociações com sindicatos, em vendas. compras ou financiamentos Figura 1,4. Os dez papéis do administrador * 7 e Papéis Papéis Papeis Intorpessoais informacionais. Decisórios Como à administrador ca intercambia q processa a otras informação: * Representação e nonenção AMP REA * Dlssominação vai * Barti-vor o Figura .5. Os dez papéis aoministrativos segundo Minizher; Introdução à Teoria Geral da Adminisiração « IDALBERTO CHIAVENATO tempo trocando informações com outras pes- l Referências Bibliográficas soas dentro e fora da organização. Mostram como o administrador intercambia processa a informação, 3 Papéis decisórios. Envolvem eventos e sirua- ções em que o administrador deve fazer uma escolha ou opção, Estes papéis requerem tan- to habilidades humanas como conceiruais. Massram como o administrador utiliza à in- formação em suas decisões. Na verdade, administrar é muito mais do que uma mera função de supervisão de pessoas, de re- cursos e de atividades. Quando tudo muda € as ne- gras são engolfadas pela mudança, trata-se não ape- nas de manter a situação, mas de inovar e renovar cominuamente à organização. O papel do adminis- trador em épocas de mudança e instabilidade se centra mais na inovação do que ma manutenção do states quo organizacional, Isso será abordado no decorrer deste livro. 1 Theodore Levitt, “The Managerial Merry-go- round”, Harvard Business Review, 1974, Tramscr.: “0 Carrossel dos Administradores”, Revista Ex- parsão, 14 ser. 1974, p. 52-66. + Theodore Levitt, Revista Expansão, cit, po Sd Roberts L. Race, “Skolls of am Effective Administrator”, Hurnuard Business Reviver, jamfev, 15155, pr 33-42, + Paul Hersey é Kenneth Ho Blanchard, Psicologia para Adiministradores de Empresas: À Utilização de Recursos Humanos, São Paulo, Ed. Pedagógica e Unipersitária, Rio de Janeiro, Fandação Nacional de Marerial Escolar, 1976, p. 7. « Jdalberto Chiavenato, Adeministração mos Novos Ter- pus, Rio de Faneiro, Editora Campais, ZUM), p.20 e ldalberro Chiavenano, Administração mos Novos Teempos, op. cit. po 2 « Jetalherto Chiavenato, Administração amos Nomes Tempus, cfe cito, po 22 Hemy Mantrberg, The Nature of Managerial Work, Nova York, Harper & Row, 1973, p. 92-93 Idalherro Chiavenato, Administração quos Nonms Ternpos, of. cit., po 24 EEE 40 Introdução à Teoria Geral da Adminisiração * IDALBEATO CHIAVENATO Em uma época de complexidades, mudanças e incer- tezas como a que atravessamos nos dias de hoje, a Administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana, Vivemos em uma civili- zação em que predominam as organizações e na qual aestorço cooperativo do homem é a base fundamen- tal da sociedade. E a tarefa básica da Administração é ade fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente c eficaz. Nas organizações — seja nas indils- rrias, comércio, organiza de serviços públicos, hospitais, universidades, instituições milicares ou em qualquer outra forma de empreendimento humano — a chciência é a eficácia com que as pessoas trahalharm em conjunto para conseguir objetivos comuns de- pendem diretamente da capacidade daqueles que exercem a função administrativa. O avanço recnolá- giro co desenvolvimento do conhecimento humano, por si apenas, não produzem cícitos se a qualidade da administração efetuada sobre os grupos organiza- «dos de pessoas não permitir uma aplicação cferiva das recursos humanos e materiais, À Administração, como veremos adiante, está sendo considerada à principal chave para a solução dos mais graves pro- bleimas que atualmente alligen o mundo moderno. O rabalho do administrador em qualquer organi- zação — seja ele um supervisor de primeira linha ou o dirigente enáximo da organização — é essencialmente omesmo. Nesse sentido, não há uma distinção hásica emtre diretores, gerentes, chefes ou supervisores, co- mo administradores. Qualquer que seja a posição ou Desenvolvimento é subdesenvolvimento Peter Druckar,” o mais famoso autor nssciássico, afma que não existem países desenvolvidos é pai- ses subdasenvolvidos, & sim países que sabem ad- ministrar a tecnologia e os recursos disponiveis e Estenciais, e paises que ainda não o sabem, Em outros termos, existem palses administrados e pal- ses subedministrados. O mesmo ocorre com as organizações. Existem organizações excelentes é existem organizações precaramente administra- das. Tudo é uma questão de talento aciministrativo. o mível que ocupe, o administrador alcança sesulta- dos através da efetiva cooperação dos subordinados. A tarefa de administrar se aplica a qualquer tipo ou tamanho de organização, seja ela uma grande indús- fria, uma cadeia de supermercados, uma umiversida- de, um clube, um hospital, uma empresa de consul- Soria OU uma organização não-governamental (ONG). Toda organização = seja ela industrial ou prestadora de serviços — precisa ser administrada para alcançar seus objetivos com a maior eficiência, economia de ação c de recursos e ser competitiva. Devido às suas limitações físicas, biológicas e psíquicas, as pessoas Têm tecessidade de cooperar com outras pessoas para, em conjunto, alcançarem objetivos que isclada- mente jamais poderiam alcançar. À coordenação do esforço humano torna-se um problema essencial: mente administrarivo para o alcance de objetivos — sejam induscriais, comerciais, veligiosos, militares, «caritanivos ou educacionais, Onde quer que a coope- ração de pessoas, no inmuito de alcançar objerivos co- muns, se torne organizada e formal, o componente essencial e furidamental dessa associação é a Admi- nistração — a função de conseguir fazer as coisas por meio das pessoas e com os melhores resultados, 50 mente a partir do momento em que as organizações alcançaram um cervo tamanho e complexidade é que a sua administração começou a apresentar dificulda- des e desafios até então intransponíveis para seus di- rigentes. Foi nesse momento que surgir a necessida- de de uma Teoria da Administração que permitisse aferecer aos dirigentes das organizações os modelos e estratégias adequados para a solução de seus pro- blemas empresariais. EXERCÍCIO Habilidades do administrador Hã dois anos, Márcia trabalha ma Interbech, empresa que sempre olérece oportunidades de desenvolvi- mento para 05 seus luncionários. Em uma reunião da diretoria, Márcia ficou sabendo de sua lulura promo- qão para o cargo de gerente do departamento finan- ceiro da companhia, A primeira preocupação de Már- cla foi: estou realmente preparada para assumir o novo cargo? Quais as habilidades que deverel possuir para enfrentar 05 novos desafios da função? Como deverel ser uma administradora competente? ua GAPÍTULO 1º A Administração e suas Perspectivas " Conteúdo e objeto de estudo da administração A palavra administração vem do latim ad (dire- ção, tendência para) e manister (subordinação om obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto É, aq ço a outro. No entanto, a pala- uele que presta um ser vra administração sofreu uma radical transforma- ção em seu significado original. À tarefa da Admi- nistração passou a ser a de interpretar os objerivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esfor- ços realizados em todas as áreas e em todos os ni- veis da organização, a fim de alcançar tais obpet- vos da maneira mais adequada à situação e garan tir a competitividade em um mundo de negócios altamente concorrencial e complexo, A Adminis- tração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos à fim de alcançar ob- jetivos organizacionais, Tanta o significado como conteúdo da ÁAdminis- iração sofreram uma formidável ampliação e apro- fundamento por meio das diferentes teorias que abordaremos neste livro. O conteúdo do estudo da Administração varia de acordo com a teoeta ou a es cola considerada, Cada auror da Administração ven- de a abordar as variáveis e assuntos típicos da orien- tação teórica de sua escola ou teoria, Aliás, uma das rarões que nos levou a escrever este livro foi a ne- cessidade de abordarmos as várias Teorias da Admi- nestração, seus respectivos assuntos e conteúdos, Com isso, pretendemos apresentar não espedifica- mense a abordagem e o conteúdo de uma únic rente em decrimento das demais, mas mma visão am- comparativa e, sobremado, crítica de cada teoria da Administração, Cada uma destas seis variáveis = tarefas, estrutu- ra, pessoas, ambicate, tecnologia e competitividade - provocou ao seu vempo uma diferente teoria ad- mrinistrativa, marcando um gradativo passo no de- senvolvimento da TGA, a cur- teoria administrati- va privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas seis A ampliação do escopo A Taúsia Geral da Administração começou com a êntaso nas taretas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), por meio da Adiminis- tração Cientifica de Taylor. À seguir, a preocupa- ção básica passou para à êmiase na estrutura coma Teoria Clássica da Fayole coma Tecriada Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. À reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do De senvolvimento Organizacional. À ênfase no ambi ente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência: Essa, posteriormente, desenvolveu a ênfase na lecno- logia. Mais recontemente, as novas abordagens trouxeram à tona 8 emergente necessidade de competitividade das organizações em um mundo glbbalizado é carregado de mudanças e transior- mações. Assim, cada uma dessas seis variáveis — tarefas. estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitivdade — provocou a seu tempo uma diferente teoria acdirministrativa, marcando um gra- dativo passo no desenvolvimento da TGA, Cada tedria adrminestrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas sois variáveis. EXERGÍCIO As dificuldades de Roberto Roberto é um excelente proflastonal, muito responsá- vel e acimirado por seus conhecimentos técnicos. De- pois de diplomar-se em Aciminisiração, Roberto não parou mais de estudar e de tentar aplicar seus conhe cimentos. Sabe melhor do que ninguém equacionar os problemas e definir as melhores soluções. Sua dificul- dade maior é lidar com pessoas: não sabe explicar nem treinar ou argumentar, tampouco tem paciência com os subordinados. Apesar do seu excolento propa- rotécnico, Roberto não consegue progredir na empre- sa. Quer ser promovido a gerente de equipe, mas fica sempre na fila de espera. O que está acontecendo com Roberto? CAPÍTULO 4 + A Administração e suas Perspectivas 13 e Administração Cierihica 1918 + Teoria da Burveracia 152 Teoria Clássica 1847 + Taoria das Aolações Humanas 1951 e Teoria Estruturalista Teoria dos Sistemas Abordagem Socictéenica Teoria Neociâssica Nr = Teoria Comportamental tome e Desenvolvimento Organizacionar mo Taceia da Contingência 10 —>>>>>—>—>—+ Nois abordagens Figura 1.1. Às principais teorias do ponsamento administrativo. Na medida em que a Administr: | g dl que a Administração se defronta A Administração com novas situações que surgem no decorrer do tempo e do espaço, as doutrinas é as teorias admi- nistrativas precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las para continuarem úteis e aplici Isso explica, em parte, os gradativos passos da TGA no decorrer dos tempos e a gradativa abrangência c complexidade que acabamos de discutir, reis. Ateoria administrativa está continuamente se ex- pandindo e se ampliando, levando o leitor a uma di- ficuldade de se familiarizar, mesmo que superficial- mente, com uma amostra representativa da hiteraru- ra sobre a Administração, EXERCÍCIO A focalização na Alpha E Beta Rita Bastos acabara de assumir um importante cargo na Alpha & Beta, uma empresa no ramo de produtos educacionais. Aprendera que as teorias administrati- vas se centram em sois variáveis básicas: tarefas, es- trutura, pessoas, tecnologia, ambiente » competitivi- dade. Ela queria trabalhar envolvendo todas essas va- riáveis em uma focalização equilibrada, mesmo sa- bendo que as pessoas têm primazia sobre todas 55 demais. Como você procederia no lugar de Rita? = na Sociedade Moderna A Administração é um fenômeno universal no mun- de moderno. Cada organização requer o alcance de objerivos em um cenário de concorrência acirrada, a tomada de decisões, a coordenação de múltiplas atividades, à condução de pessoa ção do desempenho dirigido a metas previamente determi- nadas, a obtenção e a alocação de recursos etc. Nu- merosas atividades administrativas desempenhadas porvários administradores, orientadas para áreas € problemas específicos, precisam ser ecalizadas e co ordenadas de maneira integrada e coesa em cada or- ganização ou empresa. Como o administrador não É executor, mas o cesponsável pelo trabalho das pessoas a ele subor- dinadas, ele não pode comerer erros ou arriscar apelando para estratagemas de ensaio e crro, já que isso implicaria cond seus subordinados pelo caminho menos indicado, O administrador é um profisstonal cuja formação é ampla e variada: pre- cisa conhecer disciplinas hererogêneas (como Ma- temárica, Direito, Psicologia, Sociologia, Estarística EF, Introdução à Teoria Geral da Administração * IDALBERTO CHIAVENATO Figura 1.3. As variáveis básicas da TGA, A abrangência da Administração Por essa razão, profissionais — como engenheiros, eco- nomistas, contahfistas, advogados ou médicos que co- nhecem suas respectivas especialidades — quando são trutoras, serviços, consultorias ou hospitais - ao nivel de supervisor, gerente cu direioe, precisem se transformar em administradores. À partir daí, precisam aprender a administrar & poluir novos conhecimentos e posturas que suas especialidades não lhes ensinaram em mo- mento algum. Dei o caráter eminentemente univereal da Administração: cada empresa necessta não de um ad- ministrados apenes, mas de uma equipe de adminisira- dores em vários niveis e nas várias áreas e funções para conduzrem es diversas especialidades centro de um conjunto integrado e harmonioso da esforços em dire- ção aos objetivos cia empresa É |ss0 0 que eva muitos profissionas de nígel superior a retomaram mais tarde aos bancos unkerstárics para cursarem Admimetra- ção: quando são promovidos do nível operaconal no qual executam suas especialidades para o nível inter meciário ou institucional: eles deixam de ser angenhei- mos, economistas, contabílsias, advogados ou médicos para se tomarem admntstradores. etc.) precisa lidar com pessoas (que executam ta- refas ou que plancjam, organizam, controlam, as- sessoram, pesquisam etc.) que lhe estão subordina- das ou que estão no mesmo nível ou acima dele; ele precisa estar atento aos eventos passados cv presen- tes, bem como às previsões futuras, pois seu hori- zonte deve ser mais amplo, já que cle é o Tesponsá- vel pela direção de outras pessoas que seguem suas ordens e orientações; precisa lidar com eventos in- ternos (localizados dentro da empresa) e externos ocalizados no ambiente que envolve externamen- te a empresa); precisa ver mais longe que os outros pois deve estar ligado aos objetivos que a empresa pretende alcançar por meio da atividade conjunta de todos. Não que o administrador seja um herói que pretendamos consagrar, mas ele E um agente — não só de condução, mas também de mudança e de transformação das empresas, levando-as a novos rumos, novos processos, novos objetivos, novas es- tratégias, novas tecnologias e novos patamares; ele é um agente educador e orientador no sentido de que, com sua direção e orientação, modifica com- portamentos e atitudes das pessoas; ele é um agen- te cultural na medida em que, com o séu estilo de Administração, modifica a cultura organizacional existente nas empresas. Mais do que isso: 0 adiminis- “avaem Introdução à Teoria Geral da Administração * IDALBERTO CHIAVENATO + Comcorrência mais aguda. Na medida em que aumentam os mercados € os negócios, cres- cem também os riscos da atividade empresari- al O produto ou o serviço que demonstra ser melhor ou superior será o mais procurado. O desenvolvimento de produzos ou serviços exi- girá maiores investimentos em pesquisa e de- senvolvimento, aperfeiçoamento de tecnolo- gias, dissolução de velhos e criação de novos departamentos, busca incessante de novos mer- cados e competição com outras organizações para sobreviver e crescer. . Sujisticação da tecnologra. Com o uso das te- lecomunicações, do computador e do trans- porte, as organizações estão internacionalizan- do suas operações e atividades. A tecnologia proporciona eficiência maior, precisão mator ca liberação da atividade humana para tarefas mais complicadas que exijam planejamento É ertatrvidade. A tecnologia imtroduzirá novos processos c instrumentos que causarão impac- vos sobre as organizações, « Taxas elevadas de inflação. Os custos de ener- gia, matérias-primas, trabalho humano e di- nheiro estão se elevando continuamente, A in- flação exigirá, cada vez mais, maior eficiência da administração das organizações para que possam obter melhores resultados com menos recursos e programas de redução de custos operacionais. À inflação imporá novas pres- sões e ameaças sobre as organizações; elas de- verão lutar pelo lucro e pela sobrevivência por meio de maior produtividade. « Globalização da economia e internacionaliza- ão dos negócios. O esforço de exportação É criação de subsidiárias para deirar raízes em úlitros territórios estrangeiros é um fenómeno que influenciará as organizações do futuro sua administração. À globalização e o inter- câmbio planetário fazem com que a comperi- ção se torne mundial, « Visibilidade maior das organizações. Enquan- to crescem, as organizações comam-se Compe- fitivas, sofisticadas, internacionalizam-se e, com isso, aumentam sua influência ambiental, ou seja, às organizações chamam mais a aten- ção do ambiente e do público c passam a ser mais visíveis & percebidas pela opinião públi- em. À visibilidade da organização — a sua capa- cidade de chamar a atenção dos outros — pode ocorrer de maneira positiva limagem positiva da organização perante o público) ou negativa (imagem negativa). De qualquer forma, a or- ganização jamais será ignorada pelos consu- midores, fornecedores, imprensa, sindicatos, governo etc. € isso influenciará seu compor- tamento. Todes esses desafios trarão uma consequência para a administração das organizações: a adminis- tração da incerteza. As mudanças rápidas e bruscas, o crescimento organizacional, a concorrência das demais organizações, o desenvolvimento tecnológi- «à, às fenômenos econdimicos da inflação, à inter- nacionalização das atividades, a visibilidade é a im- tesferência da opinião pública farão com que as or- ganizações desse milênio passem a lidar não mais com revisibilidade, continuidade e estabilidade, mas com imprevisibilidade, descontinuidade e instabili- dade em todos os setores de atividade, Novas for- mas «é modelos de organização serão necessários, bem como uma nova mentalidade dos administra- dores será imprescindível para 05 novos rempas, Além do mais, o futuro parece complicar ainda mais essa realidade, À sociedade está passando por grandes rransformações — as chamadas megarendên- cias — que produzem forte impacto na vida das orga- nizações, já que clas constituem pares integrante e in- separável da sociedade. Essas megarendências são:* 1. Du sociedade iirdustrial para a sociedade da im- formação. À Era Industrial está vivendo o seu estágio final. À mudança € definitiva. À socie- dade pós-industrial que está surgindo não é uma sociedade de serviços como se imagina- va, mas uma sociedade de informação na qual a informação passa à ser o recurso estratégico, assumindo o lugar do capital financeiro. Às inovações nas comunicações & relecomunica- ções, a computação, a explosão do computa- dor doméstico e dos microprocessadores E a CAPÍTULO 1 + À Administração 0 suas Perspectivas ETA O VOLTANDO AO CASO INTRODUTÓRIO A PROMOÇÃO DE MARCELO Marcelo Gonçalves refletiu bastante sobre sua re- cente promoção ao cargo de Gerente do Deparia- mento de Novos Produtos. O que deveria lazer para começar de maneira satisfatória? Suas prin- cipais dúvidas estão relacionadas com os seguin- tes desafio = Quais as tarelas à sorem desenvolvidas pelo departamento. Qual a estrutura e a distribuição de cargos, Como deveria lidar com os subordinadas. Quais as tecnologias que deveria utilizar. Qual o contexto ambiental da sua atividade. Como contribuir para a competitividade de sua empresa. Como você poderia ajudar Marcelo em sua Iniciação à Administração? descentralização estão fazendo com que essa mudança seja irreversível. 2. Da tecnologia simples para a tecnologia so- fisticada. Estão surgindo tecnologias total- mente novas é não simplesmente desenvol- vimentos das tecnologias atuais, Além disso, a conversão da tecnologia em um produto ou serviço acabado é disponivel para o con- sumo será cada vez mais rápida. Com isso se- rão criadas novas empresas, com novas es- truturas organizacionais mais adequadas à essas Tecnologias e que tornarão rapidamen- te obsoletas as grandes organizações arual- mente existentes. Existé uma tendência para a sofisticação da tecnologia que deverá pro- porcionar eficiência cada vez maior, preci- são mais avançada e liberação da atividade humana para atividades mais complexas é que exijam conhecimento. Da economia nacional para a economia sn dial, O mundo tornou-se um enorme ambica- te, um mercado único, um centro de compras global, Passamos de um nal para uma econor economia intermacio- mundial, A globaliza- ção estã fazendo com que os paises deixem de aruar simplesmente em termos de mercados im LETROS para se projerarem em negócios interma- ctonais. Mais do que nunca, a produro om ser- viço que demonstra ser superior — mais avança- do, seguro e desejável = será o mais procurado. O resultado será um novo sentido de urgência para ertar e desenvolver tais produtos e servi- gos e, para isso, maiores investimentos em pes- quisa e desenvolvimento (PacD). Do curto para o longo prazo. O administrador tr prazo: fazer o próximo erimestre ser melhor do que o anterior. Esse estilo de atuação con- trasta com o estilo japonês, no qual a visão de ico do passado era orientado para o curto lomgo alcance É que orienta as ações cotidia- nas, ou seja, a orientação estratégica é que -dia das operações e não o con- norteia o trário, Essa mudança radical de enfoque im- plica uma versão conceitual do tipo: “qual é realmente o nosso negócio?" Os próprios han- cos estão se conscientizando de que dinheiro representa informação em circulação, Da democracia representativa para a partici- pativa, À revolução política ora em curso estã ação: às pessõas cli- jas vidas são afetadas por uma decisão, devem Fazer parte do processo de se chegar a essa de- gisão, À passagem da democracia represencati- va = na qual as pessoas escolhem pelo vara aqueles que irão representá-las no processo decisório da vida política de um país — para a demúcracia partici implícita na seguinte riva — na qual as pessoas serão consultadas a respeito de pontos de vista, de suas convicções « expecta- tivas — é um dedo importante na vida de mur= tes paises. E de suas organizações também. opinio Das hierarquias para a comunicação lateral ir tensiva. À decorrência maior da passagem da democracia representativa para a participati- CAPÍTULO + * À Administração o suas Perspecivas 1 QUADRO 1,1, As megatendências segundo Naisbit”? DE PARA Sociedade Industrial Sociadada da intormação Inovação e mudança Tecrodogia simples Tecnologia sofisticada Maior eficiência Economia nacional Exoreómia mundial Globaização 0 competitividado Curto prazo Longa pra Visão do negócio e do futuro Domocracia representaira Democracia participi Pluralismo e participação Hierarquia Comanicação lateral Democratização E empomerment Opção dual ou binária Opção muúlipla Visão sistêmica & contingencial Centralização Descentralização Incerteza é impreviaibibeiade Aguda Institucional Acgo-ajuda Autonomia é serviços diferenciados Nessas condições, a admini ação das organi- zações a fim de alcançar eficiêmcia e eficácia, tor- na-se uma das tarefas mais difíceis e complexas, À gmátr as e na “como Fazer ênfase F as coisas", com a utilização de fórmulas c receitas universais de gerência já utilizadas com sucesso, sem que se visualize cada nova e diferente situa- ção, não basta. Mais importante do que a serapéu- tica é o diagnóstico correro. Mais importante do que saber como faser é saber o que fazer. Nisso reside a essência fundamental da administração contemporânca: a visão estratégi 1 de cada ope- cação ou atividade, Ou em outras palavras: a ne- cessidade de visualizar cada tarefa e cada ativida- de cm um contexto ambiental mais amplo e que se modifica a cada momento, Se isso é abordagem sistêmica ou abordagem contingencial, pouco im- porta. O que realmente deve ser considerado é queçem administração, mada é absoluto ou defini tivo. Tudo é relativo e depende da situação, do momento c dos objerivos a atingir. Aliás, essa vi- ex pansi pliação do conceito de administração. Isso será ado na sequência deste livro, À hisrória Administração é recente. À Administração é um à XX. Ela tem potco mais é a comeqiência da gradariv am mus) produto típico do sé de cem anos, EXERCÍCIO O administrador como agente de mudanças O administrador deve estar focalizado no futuro para poder preparar sua empresa para enfrentar 05 novos desafios que surgem, seja por meio de novas tecnolo- gias, novas condições sociais e culturais, soja por meio de novos produtos e serviços. Além disso, deve pensar globalmente (ver o mundo) e agir localmente (atuar na empresa). Para levar sua empresa à excelân- cla, q administrador deve ter espirito empreendedor, aceitar desafios, assumir riscos e possuir um senso de inconformismo sistemático. Somente assim o ad- ministrador pode conchuzir sua empresa a uma sítua- ção melhor. O que você acha de tudo isso? [Resumo 1. A Administração constitui wma importante atividade cm nossa sociedade pluralista que se baseia no estorço conperanvo do homem por meio das organizações. 2. Atarefa básica da Administração é fazer as col- sas por meio das pes sultados. Em qualque com as melhores re- O de organia: mana, busca-se o algânce de determir jetivos com eficiência e eficácia, À Adiministra- ção dirige o esforço dos grupos organizados. ag Introdução é Teoria Geral da Administração * IDALBERTO CHIAVENATO 3 O conteúdo da Administração varia confor- me a teoria considerada: para a Administra- ção Científica, eram os métodos e processos de trabalho de cada operário; para à Teoria Clássica, a Administração envolve previsão, organização, direção, coordenação e contro- le do trabalho realizado em toda à orgamiza- ção; para a Teoria das Relações Humanas, à Administração deve buscar os melhores re- sultados por meio de condições que per- mitam a integração das pessoas nos grupos ção das necessidades indi- sociais E a satisfa viduais. 4 O objeto da Administração é a atividade or- ganizacional. Inicialmente, seu objero era simplesmente a atividade fabril; depois es» vendeu-se às empresas industriais e, mais adi- ante, a todo tipo de organização humana, passando gradativamente a envolver também o intercâmbio emtre as organizações é seus ambientes. E À Administração na sociedade moderna tor- nou-se vital c indispensável. Em uma socie- dade de organizações, na qual a complexida- de e a imterdependência das organizações cons- rituem o aspecto crucial, a Administração avulta como o fator-chave para a melhoria da qualidade de vida e para à solução dos pro- blemas mais complexos que afligem a huma nidade de hoje, O MÉTODO DO CASO O método do caso é uma técnica de simulação. Como o aluno não pode manipular experimental- mente uma empresa - da mesma forma como um es: tudante de Medicina aprende a fazer cirurgia em ca- dáveres, ou o estudante de Engenharia aprende a preparar reações químicas ou fisicas no laboratório -, O método do caso procura simular uma realidade na qual o aluno pode aplicar seus conhecimentos “na prática”. Como o administrador nunca trabalha sozinho, mas em contato com outros administrado- res encarregados de outras áreas ou tarefas da em- presa, o método do caso é uma técnica que tanto pode ser aplicada individualmente como em grupo de alunos. Quando aplicada individualmente, é uma técnica de resolução de problemas e de tomada de decisão pessoal, Quando aplicada em grupos, tor- ma-se uma técnica eminentemente social, que re- quer de cada aluno a exata compreensão do proble- ma e, mais do que isso, o conhecimento necessário e a argumentação suficiente para convencer seus colegas de grupo de que seus pontos de vista de- vem ser aceitos. Alêm do mais, o método do caso Im- põe a cada aluno tanto a habilidade de argumentar como a capacidade de aceitar idéias melhores de seus colegas. É um aprendizado que lhe será útlina vida profissional, pola desenvolverá as habilidades humanas que lhe permitirão uma proveitosa baga- gem para conviver com os problemas e com 05 cole- gas de sua empresa no futuro Além disso, o método do caso se baseia no proces- so decisório. Parte do princípio de que existe sempre mais de uma solução adequada para qualquer proble- ma em Administração de empresas. A solução que um administrador propõe poderá ser diferente da de ou- tro. Igualmente, o mesmo administrador poderá pro- por diferentes soluções para o mesmo problema, ten- da em vista determinados objetivos, e à medida que mudam os recursos disponíveis, a situação ambiental ou os aspectos envolvidos. Dificilmente haverá um completo acordo entre administradores em relação a determinadas soluções, já que cada um pode pérce- ber diferentes configurações no problema, parir do diferentes valores o objetivos, privilegiar determina- dos aspectos envolvidos no problema, visualizar dite- rentes consequências Tuluras de suas decisões, e as- sim por diante. O método do caso, quando aplicado em grupos, requer que cada grupo escolha um coordenador que deverá ser o elemento capaz de fazer o grupo traba- lhar em conjunta. O coordenador deve equilibrar a contribulção dos membros de seu grupo, de modo que todos possam contribuir igualmente com suas idéias e pontos de vista e impedir que um ou outro membro tenha exclusividade ou prodomino sobre 05