Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Candidíase por Candida albicans: Diagnóstico e Tratamento, Manuais, Projetos, Pesquisas de Microbiologia

Este documento aborda a infecção por candida albicans, um fungo que pode causar candidíase em diversas regiões do corpo, como pele, mucosas, trato geniturinário e gastrointestinal. O texto detalha os tipos de diagnóstico, como exame microscópico, cultura de fungos e testes laboratoriais, bem como os tratamentos com medicamentos antifúngicos. Também são discutidos os aspectos morfológicos da colônia de c. Albicans e os meios de cultura utilizados para seu isolamento e identificação. O documento fornece informações relevantes sobre essa infecção fúngica comum, suas características, formas de diagnóstico e opções terapêuticas.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

Compartilhado em 30/05/2024

yasmin-barbosa-30
yasmin-barbosa-30 🇧🇷

3 documentos

1 / 9

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR
CURSO: FARMÁCIA 9º P. MATUTINO
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA CLÍNICA
DOCENTE: LUÍS HENRIQUE BASTO GONÇALVES
DISCENTE: YASMIN VICTÓRIA BARBOSA FIGUEREDO SOUSA
MÉTODOS LABORATORIAIS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES
FÚNGICAS POR: Candida albicans.
São Luís- Ma
2024
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Candidíase por Candida albicans: Diagnóstico e Tratamento e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Microbiologia, somente na Docsity!

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR

CURSO: FARMÁCIA 9º P. MATUTINO

DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA CLÍNICA

DOCENTE: LUÍS HENRIQUE BASTO GONÇALVES

DISCENTE: YASMIN VICTÓRIA BARBOSA FIGUEREDO SOUSA

MÉTODOS LABORATORIAIS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES

FÚNGICAS POR: Candida albicans.

São Luís- Ma

INTRODUÇÃO

Candida spp é um fungo leveduriformes, sendo classificada como fungo dimórfico, saprófita, com virulência limitada, cuja medida pode variar de 3 a 30 um de diâmetro, apresentado como leveduras esféricas ou na forma alongada, denominada “hifa”. Apresentam aproximadamente 200 diferentes espécies. Podemos encontrar espécies do gênero Candida na pele, na cavidade bucal, orofaringe, secreções brônquicas, vagina, no trato geniturinário (TGU) e trato gastrointestinal. O microrganismo faz parte da microbiota normal e vive normalmente no organismo sem causar danos, mas, em situações de desequilíbrio do pH, aumenta a população e passa a trazer danos para o corpo. Isso acontece especialmente entre as mulheres, já que o fungo habita a microbiota vaginal. Em períodos de baixa imunidade, o ambiente quente e úmido da região genital propicia a proliferação descontrolada, que muitas vezes exige tratamento. Alguns hábitos contribuem efetivamente para o desenvolvimento da candidíase: uso de duchas higiênicas, roupas íntimas de látex, cremes e géis vaginais, uso de inadequado de antibiótico, e uso de contraceptivos. Pessoas com o sistema imune ainda não amadurecido como os recém- nascidos podem sofrer com a candidíase na cavidade oral conhecido popularmente como "sapinho". Cândida albicans A candidíase é uma infecção caracterizada por inflamação vaginal, causada pelo fungo Candida spp, sendo que Candida albicans é o agente etiológico mais comum e responsável por cerca de 80 a 95% dos casos. As leveduras do gênero Candida têm grande importância, pela alta frequência com que infectam e colonizam o hospedeiro humano. Essas espécies são encontradas no tubo gastrointestinal em 80% da população adulta saudável. Entre as mulheres, cerca de 20 a 30% apresentam colonização. As infecções dependem do local da lesão, podem ser classificadas de duas formas distintas: candidíase superficial ou de mucosa e candidíase profunda ou sistêmica. A Candidíase superficial é a infecção mais comum dentre as candidíases, acometendo a pele e mucosas, e normalmente é causada por C. albicans , que é a espécie comensal mais comum encontrada na boca, vagina e trato gastrointestinal de indivíduos saudáveis. Sendo a responsável pela candidíase vulvo-vaginal ou genital. Quando se altera o pH normalmente ácido da vagina, a C.albicans se manifesta. Candidíase vulvovaginal representa a segunda causa mais comum de vulvovaginite após a vaginose bacteriana, afeta milhões de mulheres anualmente e a localização geográfica tem mostrado ser um fator relevante na distribuição dos eventos. Essa é a espécie com maior conhecimento patogênico, devido à diversidade de fatores de virulência descobertos. Habitualmente se considera que a origem de C. albicans causadora de infecções seja a microbiota do trato digestório humano (organismo comensal), porém diversos casos têm sido relatados de forma horizontal. C. albicans foi o primeiro fungo zoopatogênico que teve o seu genoma sequenciado (organismo diploide com oito pares de

Para evitar a candidíase, o ideal é ter um estilo de vida mais tranquilo, evitando o estresse, dormindo bem, evitar o uso de roupas apertadas na região íntima, usar calcinhas de algodão, uso de preservativo durante as relações sexuais, ter uma higienização genital adequada e tentar não usar maiô ou biquíni molhado por muito tempo. Além disso, é recomendado evitar o consumo de muitos doces e carboidratos, principalmente pessoas que possuem alguma predisposição a doenças relacionadas ao consumo de açúcar.

- CLASSIFICAÇÕES 1. Morfológica O gênero Candida é composto por leveduras, que são fungos unicelulares. As leveduras são microrganismos que se reproduzem por brotamento, formando novas células a partir de uma célula-mãe. 2. Fisiológica As espécies de Candida são classificadas com base em suas características fisiológicas, como capacidade de fermentação de açúcares, crescimento em diferentes meios de cultura e resistência a certos agentes antifúngicos. 3. Genética Com o avanço da biologia molecular, as espécies de Candida são classificadas com base em análises genéticas, como sequenciamento de DNA e comparação de genes específicos. Isso ajuda a identificar diferenças genéticas entre as diferentes espécies de Candida. 4. Clínica Do ponto de vista clínico, as espécies de Candida também podem ser classificadas com base nas infecções que causam e nas manifestações clínicas associadas. Por exemplo, C. albicans é comumente associada à candidíase oral e genital, enquanto outras espécies como C. glabrata podem causar infecções invasivas. - TIPOS DE DIAGNÓSTICO 1. Exame clínico O médico pode realizar um exame clínico para avaliar os sintomas apresentados pelo paciente, como coceira, vermelhidão e secreção. 2. Exame microscópico C. albicans pode ser identificada por meio de um exame microscópico de amostras de tecido ou secreções. 3. Cultura de fungos

Uma cultura de fungos pode ser feita a partir de amostras de tecido ou secreções para identificar a presença de C. albicans.

4. Teste de laboratórios Testes laboratoriais, como o teste de PCR (reação em cadeia da polimerase) e o teste de antígeno, podem ser realizados para detectar a presença do fungo. 5. Testes de sensibilidade Testes de sensibilidade podem ser feitos para determinar quais medicamentos são eficazes no tratamento da infecção por C. albicans. - TRATAMENTO O tratamento para a infecção por C. albicans é feito por meio do uso de medicamentos antifúngicos em forma de comprimido ou de pomada que deve ser aplicada diretamente na região afetada. O antifúngico recomendado pelo médico varia de acordo com o local de proliferação do fungo, perfil de sensibilidade e sintomas apresentados, podendo ser recomendado o uso de Imidazol, Nistatina, Anfotericina B, Miconazol, Fluconazol ou Itraconazol, por exemplo. - MÉTODOS LABORATORIAIS O tipo e a qualidade da amostra biológica, submetida ao laboratório de micologia, são fatores importantes no sucesso do isolamento e na identificação do agente etiológico. A assepsia antes da coleta e a quantidade da amostra são fatores básicos para o sucesso do diagnóstico fúngico por leveduras do gênero Candida spp. Procedimentos para a coleta de amostras são estabelecidos de acordo com a sintomatologia clínica, a exemplo temos os fragmentos de pele e unhas, raspados de mucosa oral, vaginal ou anal, secreção do trato respiratório, sangue, liquor, urina, fezes, dentre outros. O meio de cultura é selecionado a partir do tipo de amostra e agente etiológico, conforme a suspeita clínica. Para isolamento de fungos a partir de qualquer tipo de amostra, devem ser utilizados meios não seletivos, que permitam crescimento de fungos patogênicos e bolores de crescimento rápido.

  • Exame direto (a fresco) O exame microscópico direto do material clínico é uma técnica simples, de baixo custo, rápida, sensível, eficaz e reprodutível, que permite a visualização do fungo e sua identificação imediata por profissional técnico treinado. A desvantagem do método direto é o fato de as preparações não serem duradouras (TRABULSI et al., 1999). Essa técnica é útil em micoses cutâneas, subcutâneas e sistêmicas, bastando colocar o material coletado numa lâmina de vidro, adicionando hidróxido de potássio (КОН) a 10-20% com tinta Parker 51 permanente na proporção de 2:1. Cobre-se, então, com lamínula e aquece-se ligeiramente ao bico de Bunsen (VERONESI e FOCACCIA,1996; TRABULSI et al., 1999). O

- ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA COLÔNIA

As provas para diferenciação das várias cepas isoladas podem incluir a morfotipagem pela análise das franjas e da topografia das colônias (ZAITZ et al., 1998).

- ASPECTOS MACROSCÓPICOS Após 24 horas da semeadura em meio de cultura, C. albicans aparece como minúsculos pontos e, em 48 horas surgem as colônias de cor creme, lisas e brilhantes, com consistência mole e odor de levedo (MARSHALL, 1995; JAWETZ et al., 1998; LACAZ et al., 1998). - ASPECTOS MICROSCÓPIOS - Cultivo em lâmina A semeadura em duas linhas paralelas é feita diretamente no Àgar derramado sobre lâmina de microscopia. O cultivo em lâmina é recoberto por lamínula e colocado em câmara úmida em condições de assepsia. O fungo C. albicans permite a identificação de gênero e espécie já pelo cultivo em lâmina, pois a presença de hifas verdadeiras e clamidósporos típicos, redondos e terminais, além de intercalares, é peculiar (FERREIRA e AVILA, 2001). - Prova de tubo germinativo ou efeito Reynolds-Braude É o método laboratorial padrão para identificação de C. albicans (WILLIAMS e LEWIS, 2000). É executado suspendendo-se uma pequena porção de uma colônia isolada da cultura num tubo de prova com 0,5 mL de soro humano ou animal. Essa prova é utilizada para C. albicans por ser um procedimento rápido e capaz de produzir tubo germinativo no período de duas a três horas, à temperatura de 37 °C. Coloca-se uma gota da suspensão soro-levedura em uma lâmina, cobrindo-se com lamínula, e observa-se ao microscópio (KONEMAN et al.,1997). O teste terá resultado positivo quando aparecerem blastósporos de globosos a ovais, apresentando tubos germinativos (MOURA, 1999). O tubo germinativo da C. albicans é uma extensão filamentosa de uma única célula e tem sido descrito como um tubo sem constrição na sua origem, o que o diferencia da C. tropicalis (KONEMAN et al., 1997). O teste é limitado por sua baixa especificidade e alta interferência de contaminações bacterianas (SANDVEN,1990; FERREIRA e ÁVILA, 2001). - Imunofluorescência É uma técnica sofisticada que requer material e aparelhagem específicos. Pode ser recomendada para a verificação de alguns fungos, como a C. albicans , em cortes de tecidos e em secreções e para serem diferenciados de outros fungos morfologicamente semelhantes (LACAZ et al., 1998; TRABULSI et al., 1999).

Esta técnica pode ser necessária em formas da candidíase nas quais não se evidenciam colônias clinicamente, em especial na forma atrófica crônica (REGEZI e SCIUBBA, 1991).

  • CHROMAgar Candida É um meio diferencial e cromogênico que, entre populações mistas, pode identificar espécies de Candida spp. Após 24 a 48 h de incubação, surgem colônias coloridas por enzimas espécie-específicas. As colônias verdes indicam C. albicans (NIMI, SHEPHERD, CANNON, 2001; BAUTERS e NELIS, 2002; GEE et al., 2002). Figuras 1 e 2 : Espécies de Candida isolados utilizando-se ágar seletivo e diferencial CHROMAgar candida.