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Guias e Dicas
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Câncer de Endométrio e Hiperplasia Endometrial, Notas de estudo de Ginecologia

Demonstrar por meio da explicação teórica as implicações do Câncer endometrial e a Hiperplasia Endometrial

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 29/03/2024

nadja_amorim16
nadja_amorim16 🇧🇷

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Alterações endometriais
Hiperplasia endometrial
Modificação da relação entre as glândulas e o estroma
pelo favorecimento da proliferação glandular
O aumento da proliferação ocorre devido a estimulação
estrogênica endógena/exógena prolongada sem a ação
da progesterona para a contraposição
Características
Multiplicação excessiva das glândulas endometriais com
alterações da arquitetura tecidual
Ocorre de forma difusa ou focal
Endométrio proliferado desordenado / proliferação
complexa
Tipos de hiperplasia endometrial
Hiperplasia benigna
HA / neoplasia intraepitelial endometrial ( NIE )
A HE sem atipia
B HI atípica / NIE com relação glândula/estroma
maior que 1 e maior densidade glandular
C HE sem atipia
D HE atípica
Na hiperplasia endometrial, há o risco de progressão
para o câncer de endométrio
Hiperplasia atípica é considerada uma lesão precurs-
ora do CE do tipo endometrioide
Quadro clínico da hiperplasia
endometrial
Sensação de peso em baixo ventre
Dor pélvica
Menorragia
Sangramento pós-menopausa
Presença de piometra, hematometra e de células
glandulares atípicas no exame colpocitológico.
Tratamento da hiperplasia
endometrial
sem atipias Hormonioterapia ou Pan-Histerectomia
com atipia Pan-Histerectomia ou Hormônio
Pacientes com hiperplasia benigna observação com
ecografia pélvicas e biópsias ou o tratamento com
progestágenos resulta em maior taxa de regressão da
doença quando comparada apenas com observação
O sistema intrauterino (SIU) liberador de
levonorgestrel é a primeira linha de tratamento porque
apresenta maior taxa de regressão com menos efeitos
colaterais
Progestágenos contínuos, como acetato de
medroxiprogesterona 10 a 20 mg/dia ou noretisterona
10 a 15 mg/dia
Progestágenos cíclicos não devem ser usados para
esse tratamento. Tais medicamentos desencadeiam a
decidualização do estroma
Todas as estratégias de manejo também devem ser
acompanhadas de remoção da fonte extrínseca ou
intrínseca de estrogênio sem oposição
Nadja Amorim-M19
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Hiperplasia endometrial

  • Modificação da relação entre as glândulas e o estroma pelo favorecimento da proliferação glandular
  • O aumento da proliferação ocorre devido a estimulação estrogênica endógena/exógena prolongada sem a ação da progesterona para a contraposição Características
  • Multiplicação excessiva das glândulas endometriais com alterações da arquitetura tecidual
  • Ocorre de forma →difusa ou focal
  • Endométrio proliferado desordenado / proliferação complexa Tipos de hiperplasia endometrial
  • Hiperplasia benigna
  • HA / neoplasia intraepitelial endometrial ( NIE )
  • A →HE sem atipia
    • B →HI atípica / NIE com relação glândula/estroma maior que 1 e maior densidade glandular
    • C →HE sem atipia
    • D →HE atípica ➢ Na hiperplasia endometrial, há o risco de progressão para o câncer de endométrio ➢ Hiperplasia atípica é considerada uma lesão precurs- ora do CE do tipo endometrioide Quadro clínico da hiperplasia endometrial ➢ Sensação de peso em baixo ventre ➢ Dor pélvica ➢ Menorragia ➢ Sangramento pós-menopausa ➢ Presença de piometra, hematometra e de células glandulares atípicas no exame colpocitológico. Tratamento da hiperplasia endometrial ➢ sem atipias →Hormonioterapia ou Pan-Histerectomia ➢ com atipia →Pan-Histerectomia ou Hormônio ➢ Pacientes com hiperplasia benigna →observação com ecografia pélvicas e biópsias ou o tratamento com progestágenos resulta em maior taxa de regressão da doença quando comparada apenas com observação ➢ O sistema intrauterino (SIU) liberador de levonorgestrel é a primeira linha de tratamento porque apresenta maior taxa de regressão com menos efeitos colaterais ➢ Progestágenos contínuos, como acetato de medroxiprogesterona 10 a 20 mg/dia ou noretisterona 10 a 15 mg/dia ➢ Progestágenos cíclicos não devem ser usados para esse tratamento. Tais medicamentos desencadeiam a decidualização do estroma ➢ Todas as estratégias de manejo também devem ser acompanhadas de remoção da fonte extrínseca ou intrínseca de estrogênio sem oposição

➢ A redução ponderal em mulheres obesas apresenta múl- tiplos benefícios para a saúde, além de reduzir os altos níveis de estrógenos endógenos ➢ Histerectomia total é indicada a mulheres com HB nos seguintes casos: ➢ quando não desejam preservar a fertilidade e tiveram progressão para HA/NIE ➢ quando não apresentaram regressão histológica da HB, mesmo após 12 meses de tratamento ➢ nos casos de recidiva com HE após término do tratamento, quando os sintomas de sangramento persistem ou quando não desejam nem aderem ao seguimento. ➢ Mulheres com HA/NIE devem ser submetidas à histerectomia total com ou sem salpingo-oforectomia bilateral, preferentemente por via laparoscópica, devido ao risco de neoplasia maligna não diagnosticada ou progressão para CE ➢ RESUMINDO → Para mulheres que desejam preservar a fertilidade ou não são candidatas à cirurgia, a primeira linha de tratamento é o SIU liberador de levonorgestrel, sendo os progestágenos orais a segunda melhor alternativa. → Quando a prole estiver completa, histerectomia total deve ser oferecida, uma vez que o risco de recorrência da doença é alto e há possibilidade de progressão para CE.

câncer de endométrio

  • Transformação maligna do endométrio que está relacionada ao estímulo estrogênico sem oposição→ mais ciclo celular ocorrendo e maior chance de ocorrer mutação epidemiologia
  • sexta neoplasia maligna mais frequente em mulheres classificação
  • classificação histológica do CE, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), subdivide os tumores nos seguintes tipos histológicos epiteliais: 1. carcinoma endometrioide 2. carcinoma mucinoso 3. carcinoma seroso 4. carcinoma de células claras 5. tumores neuroendócrinos de baixo ou alto grau 6. adenocarcinoma misto 7. carcinoma indiferenciado 8. carcinoma desdiferenciado 9. tumor mesenquimal →sarcoma de estroma endometrial de baixo / alto grau 10. Carcinossarcoma uterino →com os componentes epitelial e mesenquimal →tem comportamento agressivo e associado a mutaçoes TP Quadro clínico do CE 11. mulheres com CE apresentam sangramento pós- menopausa 12. Corrimento serossanguinolento 13. Já pacientes na pré-menopausa ou na perimenopausa apresentam sangramento intermenstrual ou menstrua- ção prolongada e frequentemente têm antecedentes de menstruação irregular, disfuncional, que sugere anovulação. Fatores de risco para o CE e HE
  • Exposição prolongada a estrógenos, sem oposição da progesterona
  • Obesidade
  • SOP (principalmente em mulheres com SOP + amenorreia)
  • DM
  • idade avançada
  • Nuliparidade
  • Infertilidade
  • Menarca precoce
  • Menopausa tardia
  • História familiar / predisposição genética para síndrome de Lynch ( seguimento com exame ginecológico, USTV e biópsia de endométrio deve ser oferecido e iniciado aos

(CMI), deve ser oferecida a portadoras de mutação para síndrome de Lynch aos 40 anos de idade Diagnostico diferencial

  • Hiperplasia endometrial
  • Atrofia endometrial
  • CA de colo uterino
  • Lesões vaginais tipos de neoplasia endometrial
  • Tipo 1 →adenocarcinoma endometrioide ➢ grau histológico baixo ➢ mais jovens ( 50-60 ) ➢ hiperestímulo estrogênico ➢ invasão menor ➢ Estável
  • Tipo 2 →Carcinoma seroso / células claras ➢ Grau histológico alto ➢ idade mais avançada (60-70) ➢ mutação na P ➢ invasão maior ➢ agressivo Estadiamento do câncer de endométrio Tratamento do câncer de endométrio
  • lavado peritoneal
  • explorar abdome
  • pan-histerectomia
  • Linfadenectomia para aórtica e pélvica
  • Omentectomia infracólica nos casos serosos
  • CE é tratado com cirurgia e terapia adjuvante ou não, de acordo com os achados anatomopatológicos.
  • A abordagem cirúrgica é feita preferentemente por CMI devido à menor taxa de morbidade pós-operatória e menos dias de internação
  • Tratamento cirúrgico padrão para CE estádio I é a histerectomia total com salpingo-ooforectomia bilateral para tumores G1 ou G2 do tipo endometrioide, confinados ao útero
  • a linfadenectomia é recomendada a pacientes de alto risco (grau 3 com invasão miometrial superior a 50%). →Deve-se ressaltar que nem todas as pacientes são elegíveis à linfadenectomia devido ao elevado risco cirúrgico. ➢ critérios para dissecção linfonodal: tamanho tumoral maior que 2 cm ou histologias endometrioides grau 3, seroso e células claras ou invasão miometrial superior a 50% ➢ Todo(s) o(s) linfonodo(s) mapeado(s) deve(m) ser reti- rado(s). Mas quando o mapeamento falha na hemipelve, é necessário que a linfadenectomia ipsilateral seja realizada
  • linfadenectomia paraórtica pode ser realizada em mulheres com tumores de alto risco: com in- vasão miometrial profunda, histologia de alto grau e CE seroso, de células claras e carcinossarcoma
  • omentectomia deve ser realizada no CE seroso, de células claras e carcinossarcoma
  • Pacientes com CE endometrioide de alto risco podem apresentar melhora da sobrevida e diminuição da recorrência pélvica ao serem submetidas à radioterapia externa adjuvante, porém com redução da qualidade de vida, a longo prazo, pela radioterapia pélvica
  • Quimioterapia adjuvante, com esquema baseado em platina, pode ser uma opção para pacientes com CE endometrioide de alto risco, porém com baixa pro- babilidade de aumento da sobrevida.
  • Radioterapia externa com ou sem braquiterapia ou, ainda, a braquiterapia isolada são opções de tratamento para pacientes com CE que não podem ser operadas
  • A quimioterapia neoadjuvante pode ser aplicada em pacientes com CE avançado, não candidatas à cirurgia como tratamento primário ➢ O esquema quimioterápico neoadjuvante é composto de carboplatina e paclitaxel.
  • O carcinoma recorrente pode ser tratado com radioterapia, quimioterapia e, eventualmente, com cirurgia
  • O tratamento hormonal também pode ser recomendado para EC endometrioide avançado ou recorrente,(9) sendo mais efetivo para tumores endometrioides grau 1 ou 2 ➢ ) A positividade para receptor de estrógeno e/ou progesterona pode ser um fator preditivo de resposta à terapia endócrina, portanto o ideal é que seja de- terminada por biópsia da doença recorrente antes de iniciar o tratamento, devido à possibilidade de haver diferenças no status dos receptores hormonais entre o tumor primário e o metastático. ➢ O acetato de medroxiprogesterona 200 mg por dia ou acetato de megestrol 160 mg por dia são os progestágenos utilizados.
  • OBS → mulheres na pré-menopausa com CE em estádio inicial, com infiltração miometrial inferior a 50%, grau 1, podem ter os ovários preservados. Prognóstico do cE
  • Cerca de 75% dos casos de CE são diagnosticados nos estádios I e II da FIGO, com sobrevida global em cinco anos variando de 74% a 91%.
  • No estádio III, a sobrevida global em cinco anos é de 57% a 66%
  • para doença em estádio IV, é de 20% a 26%.
  • A sobrevida livre de doença em cinco anos em pacientes sem metástase linfonodal é de 90%.
  • Naquelas com metástase para linfonodos pélvicos e para-aórticos, a sobrevida livre de doença em cinco anos é de 60% a 70% e 30% a 40%, respectivamente.