Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

calibração relatório, Notas de estudo de Química

relatório calibração relatório

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 12/12/2024

camile-barragana
camile-barragana 🇧🇷

1 documento

1 / 3

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
CALIBRAÇÃO DE MATERIAIS VOLUMÉTRICOS
A vidraria volumétrica utilizada corriqueiramente nos laboratórios deve ser calibrada ou aferida para aumentar a
precisão dos volumes contidos ou transferidos pela mesma. Afinal, não é porque uma pipeta marca 25mL que ela
realmente meça 25mL, ou seja, ela pode conter 24,96mL ou 25,07mL e tudo causa erro nos volumes medidos por
essa vidraria, reduzindo a precisão e a exatidão dos resultados analíticos obtidos.
A vidraria é aferida de forma bastante simples. O procedimento de calibração envolve e determinação da
massa de água contida na vidraria ou descarregada por ela. Observa-se a temperatura da água e, a partir da sua
densidade na temperatura medida, calcula-se o seu volume.
Em geral, se utiliza a densidade da água como a medida padrão para aferição das vidrarias, pois a água pode
ser facilmente descartada após o seu uso.
Em todas as operações de calibração, a vidraria a ser calibrada deve estar cuidadosamente limpa e deve ficar
algum tempo ao lado da balança que será empregada, juntamente com um suprimento de água destilada ou
desionizada, a fim de estarem em equilíbrio térmico com o ambiente.
Para que a calibração seja bem feita é preciso levar em conta a expansão volumétrica das soluções e das
vidrarias com relação a variação da temperatura; desta forma, é preciso conhecer a temperatura do laboratório no
momento em que as soluções são preparadas e também no momento em que são utilizadas.
Os vidros fabricados a base de borossilicatos se expandem cerca de 0,0010% por grau Célsius, quer dizer, se
a temperatura de um recipiente for aumentada em 10 graus, o seu volume irá aumentar cerca de 0,010% e, para
todos os trabalhos, exceto os mais exatos, esta variação não é expressiva.
Pipetas volumétricas
As pipetas são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo preciso,
sob determinadas temperaturas. A Figura 1 mostra como se manuseia corretamente uma pipeta.
Figura 1 – Manuseio correto de pipetas.
Em análise química quantitativa, a pipeta volumétrica é um instrumento bastante utilizado devido a sua
precisão. Como este material não possui escala graduada, não é possível estimar o erro como sendo “metade da
menor divisão possível da escala” e, portanto, este instrumento deve ser aferido com um erro relativo de 0,1% entre
as calibrações. Para uma pipeta de 10,00mL, o desvio máximo aceitável é de 0,02mL.
O tempo de escoamento da pipeta também deve ser aferido. Se o escoamento da pipeta for muito rápido, a
abertura da ponta deve ser diminuída numa chama de um bico de Bunsen. Se for muito lento, o orifício deverá ser
aumentado levemente com uma lixa.
Um escoamento muito rápido pode levar a resultados não reprodutíveis, enquanto que um escoamento muito
lento tem o inconveniente de tornar o tempo de análise muito demorado.
A Tabela 1 mostra vários valores de tempo mínimo de escoamento para vários volumes de pipetas
pf3

Pré-visualização parcial do texto

Baixe calibração relatório e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity!

CALIBRAÇÃO DE MATERIAIS VOLUMÉTRICOS

A vidraria volumétrica utilizada corriqueiramente nos laboratórios deve ser calibrada ou aferida para aumentar a precisão dos volumes contidos ou transferidos pela mesma. Afinal, não é porque uma pipeta marca 25mL que ela realmente meça 25mL, ou seja, ela pode conter 24,96mL ou 25,07mL e tudo causa erro nos volumes medidos por essa vidraria, reduzindo a precisão e a exatidão dos resultados analíticos obtidos. A vidraria é aferida de forma bastante simples. O procedimento de calibração envolve e determinação da massa de água contida na vidraria ou descarregada por ela. Observa-se a temperatura da água e, a partir da sua densidade na temperatura medida, calcula-se o seu volume. Em geral, se utiliza a densidade da água como a medida padrão para aferição das vidrarias, pois a água pode ser facilmente descartada após o seu uso. Em todas as operações de calibração, a vidraria a ser calibrada deve estar cuidadosamente limpa e deve ficar algum tempo ao lado da balança que será empregada, juntamente com um suprimento de água destilada ou desionizada, a fim de estarem em equilíbrio térmico com o ambiente. Para que a calibração seja bem feita é preciso levar em conta a expansão volumétrica das soluções e das vidrarias com relação a variação da temperatura; desta forma, é preciso conhecer a temperatura do laboratório no momento em que as soluções são preparadas e também no momento em que são utilizadas. Os vidros fabricados a base de borossilicatos se expandem cerca de 0,0010% por grau Célsius, quer dizer, se a temperatura de um recipiente for aumentada em 10 graus, o seu volume irá aumentar cerca de 0,010% e, para todos os trabalhos, exceto os mais exatos, esta variação não é expressiva. Pipetas volumétricas As pipetas são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo preciso, sob determinadas temperaturas. A Figura 1 mostra como se manuseia corretamente uma pipeta. Figura 1 – Manuseio correto de pipetas. Em análise química quantitativa, a pipeta volumétrica é um instrumento bastante utilizado devido a sua precisão. Como este material não possui escala graduada, não é possível estimar o erro como sendo “metade da menor divisão possível da escala” e, portanto, este instrumento deve ser aferido com um erro relativo de 0,1% entre as calibrações. Para uma pipeta de 10,00mL, o desvio máximo aceitável é de 0,02mL. O tempo de escoamento da pipeta também deve ser aferido. Se o escoamento da pipeta for muito rápido, a abertura da ponta deve ser diminuída numa chama de um bico de Bunsen. Se for muito lento, o orifício deverá ser aumentado levemente com uma lixa. Um escoamento muito rápido pode levar a resultados não reprodutíveis, enquanto que um escoamento muito lento tem o inconveniente de tornar o tempo de análise muito demorado. A Tabela 1 mostra vários valores de tempo mínimo de escoamento para vários volumes de pipetas

volumétricas. Tabela 1 – Tempo mínimo de escoamento para pipetas volumétricas. Capacidade/mL Tempo/s 5,00 15 10,00 20 25,00 25 50,00 30 100,00 40 A calibração da pipeta volumétrica é feita pela pesagem da quantidade de água que dela é escoada. Mede-se a temperatura da água utilizada na calibração e verifica-se o valor de sua densidade nesta temperatura (Tabela 2). Conhecendo-se a massa e a temperatura da água escoada na calibração, calcula-se o volume da pipeta volumétrica pela equação: V = m/d (1) Onde o volume é dado em mL, a massa é dada em gramas (g) e a densidade em g mL-1. Tabela 2 – Densidade absoluta da água em várias temperaturas. T/^0 C Densidade (gmL-1) T/^0 C Densidade (gmL-1) T/^0 C Densidade (gmL-1) 0 0,999841 10 0,999700 20 0, 1 0,999900 11 0,999605 21 0, 2 0,999941 12 0,999498 22 0, 3 0,999965 13 0,999377 23 0, 4 0,999973 14 0,999244 24 0, 5 0,999965 15 0,999099 25 0, 6 0,999941 16 0,998943 26 0, 7 0,999902 17 0,998774 27 0, 8 0,999849 18 0,998585 28 0, 9 0,999781 19 0,998405 29 0, A calibração deve ser realizada no mínimo em duplicata, sendo que o erro relativo (Er) entre as duas medidas não deve ultrapassar 0,1%. Er = (V 1 –V 2 ) x100/Vm (2) Onde: V 1 e V 2 são os volumes da pipeta relativos à medida 1 e à medida 2 e Vm é a média de V 1 e V 2. Durante a realização dessa aula prática, será calibrada uma pipeta volumétrica de 10,00mL, bem como será verificado o seu tempo de escoamento. 2 – PARTE PRÁTICA: CALIBRAÇÃO DE PIPETAS VOLUMÉTRICAS DE 10,00mL 2.1 – Materiais e equipamentos

  • 1 pipeta volumétrica de 10,00mL;
  • 2 erlenmeyers de 125mL;
  • 1 béquer de 250mL;
  • Pró-pipeta (pêra de borracha);
  • Água destilada;
  • Termômetro;
  • Cronômetro;
  • Balança analítica. 2.2 – Procedimento Experimental: 2.2.1 – Calibração de uma pipeta de 10,00mL 1 – Lavar, secar, medir a massa de dois erlenmeyer de 125mL e colocá-los próximos à balança; 2 – Colocar um béquer com água destilada próximo à balança; 3 - Lavar uma pipeta volumétrica de 10,00mL adequadamente até observar-se um filme contínuo de água em sua