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Guias e Dicas
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Gráficos de Funções em Cálculo Diferencial, Notas de aula de Construção

Este documento fornece passos para construir gráficos de funções utilizando cálculo diferencial, incluindo a determinação de domínio, simetria, intervalos de crescimento e decrescimento, concavidade, assíntotas, raízes e interseção com o eixo y. Exemplos são fornecidos para funções f(x) = x^3 - x^2 - x + 1, f(x) = x^4 - 2x^2, f(x) = x tg x e f(x) = e^x.

O que você vai aprender

  • Como identificar a simetria de uma função?
  • Como determinar o domínio de uma função?
  • Como encontrar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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usuário desconhecido 🇧🇷

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CÁLCULO I
Aula n
o
20: Grácos.
Objetivo da Aula
Utilizar o Cálculo Diferencial para esboçar o gráco de uma função.
1 Construção de Grácos
Separamos alguns exemplos de construção de grácos de funções utilizando o cálculo diferencial. Para
isso, em todos os exemplos seguiremos o seguinte roteiro.
(1)
Domínio
- vericar sempre em que pontos a função está denida ou não está denida;
(2)
Simetria
- vericar se a função é par ou ímpar. No caso de trabalharmos com funções periódicas,
determinar o período, caso exista.
(3)
Intervalos de Crescimento e Decrescimento / Máximos e Mínimos Locais
- Utilizar a primeira
derivada para determinar os intervalos de crescimento e decrescimento e o teste da primeira derivada
para determinar os máximos e mínimos locais;
(4)
Concavidade / Pontos de Inexão
- Utilizar a segunda derivada para determinar a concavidade da
função e também os pontos de inexão;
(5)
Assíntotas
- Utilizar os limites no innito para determinar a existência de assíntotas horizontais e
vericar os pontos em que a função não está denida para determinar as assíntotas verticais;
(6)
Raízes e Interseção com o eixo y
- determinar as raízes da função e o ponto de interseção com o
eixo y, caso existam;
(7)
Esboçar o gráco
.
Observação 1.
Sempre que determinarmos os extremos relativos e os pontos de concavidade se faz neces-
rio determinar o valor da função nesses pontos para que possamos representá-los no gráco.
Exemplo 1.
Esboce o gráco da função
f(x) = x3x2x+ 1
Solução:
Vamos seguir sempre o roteiro mencionado no início dessa seção.
(1)
Domínio.
Como
f
é uma função polinomial, então
Df=R
.
(2)
Simetria.
Note que
f(x)=(x)3(x)2(x) + 1 = x3x2+x+ 1
Como
f(x)6=f(x)
e
f(x) = f(x)
, então
f
não é par nem ímpar.
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CÁLCULO I

Aula no^ 20: Grácos.

Objetivo da Aula

  • Utilizar o Cálculo Diferencial para esboçar o gráco de uma função.

1 Construção de Grácos

Separamos alguns exemplos de construção de grácos de funções utilizando o cálculo diferencial. Para isso, em todos os exemplos seguiremos o seguinte roteiro.

(1) Domínio - vericar sempre em que pontos a função está denida ou não está denida;

(2) Simetria - vericar se a função é par ou ímpar. No caso de trabalharmos com funções periódicas, determinar o período, caso exista.

(3) Intervalos de Crescimento e Decrescimento / Máximos e Mínimos Locais - Utilizar a primeira derivada para determinar os intervalos de crescimento e decrescimento e o teste da primeira derivada para determinar os máximos e mínimos locais;

(4) Concavidade / Pontos de Inexão - Utilizar a segunda derivada para determinar a concavidade da função e também os pontos de inexão;

(5) Assíntotas - Utilizar os limites no innito para determinar a existência de assíntotas horizontais e vericar os pontos em que a função não está denida para determinar as assíntotas verticais;

(6) Raízes e Interseção com o eixo y - determinar as raízes da função e o ponto de interseção com o eixo y, caso existam;

(7) Esboçar o gráco.

Observação 1. Sempre que determinarmos os extremos relativos e os pontos de concavidade se faz neces- sário determinar o valor da função nesses pontos para que possamos representá-los no gráco.

Exemplo 1. Esboce o gráco da função f (x) = x^3 − x^2 − x + 1

Solução: Vamos seguir sempre o roteiro mencionado no início dessa seção.

(1) Domínio. Como f é uma função polinomial, então Df = R.

(2) Simetria. Note que

f (−x) = (−x)^3 − (−x)^2 − (−x) + 1 = −x^3 − x^2 + x + 1

Como f (−x) 6 = f (x) e f (−x) = −f (x), então f não é par nem ímpar.

(3) Intervalos de Crescimento e Decrescimento / Máximos e Mínimos Locais. Vamos determinar a função f ′^ e estudar o seu sinal. Desse modo,

f ′(x) = 3x^2 − 2 x − 1

Agora, vamos determinar as raízes de f ′. Dessa forma, utilizando a fórmula de Bháskara, temos que as raízes são x = 1 e x = −

  1. Então, estudando o sinal da função^ f^

′, temos o seguinte diagrama

Figura 1: Estudo do Crescimento/Decrescimento de f (x) = x^3 − x^2 − x + 1

Logo, f é crescente em

∪ (1, +∞) e decrescente em

Pelo teste da primeira derivada, −

3 é máximo local e^1 é mínimo local. (4) Concavidade / Pontos de Inexão. Vamos determinar a função f ′′^ e estudar o seu sinal. Sendo assim, f ′′(x) = 6x − 2

Logo, a raiz de f ′′^ é x =^1 3

. Estudando o sinal de f ′′, temos o seguinte diagrama

Figura 2: Estudo da Concavidade de f (x) = x^3 − x^2 − x + 1

Logo, f tem concavidade para baixo em

e para cima em

3 ,^ +∞

Analisando a concavidade de f , podemos notar que x =^13 é um ponto de inexão de f.

(5) Assíntotas. Verticais. Como f está denido em R, então f não apresenta assíntotas verticais.

Horizontais. Para vericar se existem assíntotas horizontais, devemos calcular os limites (^) x→lim+∞ f (x) e (^) x→−∞lim f (x).

Então,

x→^ lim+∞ f^ (x) =^ x→lim+∞ x^3 −^ x^2 −^ x^ + 1 =^ x→lim+∞ x^3

x −^

x^2 +

x^3

Exemplo 2. Esboce o gráco de f (x) = x^4 − 2 x^2

Solução:

(1) Domínio. Note que Df = R

(2) Simetria. Observe que

f (−x) = (−x)^4 − 2(−x)^2 = x^4 − 2 x^2 = f (x)

Então f é uma função par. (3) Intervalos de Crescimento e Decrescimento / Máximos e Mínimos Locais. Calculando a primeira derivada, temos que f ′(x) = 4x^3 − 4 x Calculando as raízes da primeira derivadas, temos que

f ′(x) = 0 ⇒ 4 x(x^2 − 1) = 0 ⇒ x = 0 ou x = 1ou x = − 1

Estudando o sinal de f ′^ podemos construir o seguinte diagrama e exibir os intervalos de crescimento e descrescimento de f.

Figura 4: Intervalos de Crescimento e Decrescimento de f (x) = x^4 − 2 x^2

Então, f é decrescente em (−∞, −1) ∪ (0, 1) e crescente em (− 1 , 0) ∪ (1, ∞). Utilizando o diagrama acima, segue do teste da primeira derivada que − 1 e 1 são mínimos locais e 0 é máximo local.

(4) Concavidade / Pontos de Inexão. Para estudar a concavidade, devemos estudar o sinal da função f ′′. Sendo assim, note que f ′′(x) = 12x^2 − 4 Logo f ′′(x) = 0 ⇒ 12 x^2 − 4 = 0 ⇒ 4(3x^2 − 1) ⇒ 4(

3 x − 1)(

3 x + 1)

Sendo assim, as raízes são x = −

e x =

. Dessa forma, utilizando o diagrama abaixo, podemos determinar a concavidade de f.

Figura 5: Concavidade de f (x) = x^4 − 2 x^2

Então, f possui concavidade para cima em

e possui concavidade para

baixo em

. Utilizando o diagrama acima, podemos perceber que x = −

3 e^ x^ =

são pontos de inexão de f. (5) Assíntotas.

Verticais. Como o domínio de f é R, então não há assíntotas verticais.

Horizontais. Calculando os limites no innto, temos que

x→^ lim+∞ f^ (x) =^ x→lim+∞ x^4 −^2 x^2 =^ x→lim+∞ x^4 (1^ −^2 x^2

e x→−∞^ lim f^ (x) =^ x→−∞lim x^4 −^2 x^2 =^ x→−∞lim x^4 (1^ −^2 x^2

Então, não há assíntotas horizontais. Observe que se x → +∞ ou x → −∞, temos que f (x) → +∞

(6) Raízes e Interseção com o eixo y. Fazendo f (x) = 0, obtemos que

x^4 − 2 x^2 = 0 ⇒ x^2 (x^2 − 2) = 0 ⇒ x = 0 ou x = −

2 ou x =

Então as raízes são 0 (raiz dupla), −

2 e

  1. Agora, fazendo

f (0) = 0^4 − 202 = 0

notamos que a função intersecta o eixo y na origem. (7) Esboçar o gráco. Fazendo os seguintes cálculos

f (0) = 0 f (−

f (

  1. = 0 f (−1) = − 1

f (1) = − 1 f

f

Sendo assim, o gráco de f é dado por

Figura 7: Intervalos de Crescimento e Decrescimento de f (x) = x tg x

Pelo Teste da Primeira Derivada, x = 0 é mínimo local.

(4) Concavidade / Pontos de Inexão. Calculando f ′′, obtemos

f ′′(x) = sec^2 x + sec^2 x + 2x sec^2 x tg x = 2 sec^2 x (1 + x tg x)

Note que para x ∈

− π 2 , π 2

, temos que sec^2 x 6 = 0. Logo, para encontramos uma raiz de f ′′, temos que encontrar uma raiz de 1 + x tg x. Mas note que para isso, devemos encontrar algum valor de x tal que 1 + x tg x = 0 ⇒ x tg x = − 1 ⇒ x

sen x cos x =^ −^1 Agora, observe que se x > 0 então sen x > 0 e se x < 0 então sen x < 0. Logo o produto x sen x > 0 e como cos x > 0 para x ∈ Df então x tg x > 0 no domínio que estamos considerando. Então, f ′′^ não possui raiz. E como 1 + x tg x > 0 , temos o seguinte quadro

Figura 8: Concavidade de f (x) = x tg x

(5) Assíntotas. Em se tratando de assíntotas da função f (x) = x tg x, note que não faz sentido calcularmos os limites no innito de uma função denida em um intervalo. Como nesse intervalo a função f é contínua, então não há assíntotas em pontos de seu interior. Porém se faz necessário, estudar os limites nas extremidades do intervalo, mesmo que elas não pertençam ao mesmo. Sendo assim, vamos calcular os seguintes limites:

lim x→− π 2 +^

x tg x = lim x→− π 2 +

x sen x cos x

Como lim x→− π 2 +^

x sen x =

π 2 ,^ x→−lim π 2 +^ cos^ x^ = 0^ e^ cosx >^0 para valores a direita de^ −^

π 2 , temos que

lim x→− π 2 +^

x tg x = +∞

Analogamente, temos que lim x→ π 2 −^

x tg x = +∞

(6) Raízes e Interseção com o eixo y. Observe que a única raiz da função f (x) = x tg x é em x = 0, implicando que a interseção com o eixo y é a origem. (7) Esboçar o gráco. Logo, o gráco de f é dado por

Figura 9: Gráco de f (x) = x tg x

Exemplo 4. Esboce o gráco da função f (x) =

ex x.

Solução:

(1) Domínio. Note que Df = R − { 0 }.

(2) Simetria. Observe que f (−x) =

e−x −x =^ −^

e−x x como f (−x) 6 = f (x) e f (−x) 6 = −f (x) então f não é par nem ímpar. (3) Intervalos de Crescimento e Decrescimento / Máximos e Mínimos Locais. Calculando f ′, obtemos que

f ′(x) = (e

x)′x − ex(x)′ x^2 =^

ex(x − 1) x^2

portanto, x = 0 é uma assíntota vertical.

Horizontais. Agora observe que

x→^ lim+∞

ex x =

[

]

Pela Regra de l'Hôspital, temos que

x→^ lim+∞^ e

x x

= (^) x→lim+∞ = e

x 1

Agora, note que

x→−∞^ lim^ e

x x

= (^) x→−∞lim ex. (^) x→−∞lim^1 x

Logo, y = 0 é uma assíntota horizontal.

(6) Raízes e Interseção com o eixo y. Observe que f não possui raízes e não há interseção com o eixo y.

(7) Esboçar o gráco. Logo, o gráco de f é dado por

Figura 12: Gráco de f (x) = e

x x



Resumo

Faça um resumo dos principais resultados vistos nesta aula, destacando as denições dadas.

Aprofundando o conteúdo

Leia mais sobre o conteúdo desta aula na seção 4.5 do livro texto.

Sugestão de exercícios

Resolva os exercícios da seção 4.5 do livro texto.