



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
´Area entre curvas e a Integral definida. Seja S a regi˜ao do plano delimitada pelas curvas ... A ideia para calcular a área consiste em fazer aproxima-.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 5
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Universidade de Bras´ılia Departamento de Matem´atica
Seja S a regi˜ao do plano delimitada pelas curvas y = f (x) e y = g(x) e as retas verticais x = a e x = b, onde f e g s˜ao fun¸c˜oes cont´ınuas tais que f (x) ≥ g(x) para todo x ∈ [a, b]. Vamos desenvolver aqui uma t´ecnica que permite calcular a ´area de S.
Para simplificar a exposi¸c˜ao vamos considerar f (x) = x e g(x) = x^2 , definidas no intervalo [0, 1]. O leitor n˜ao ter´a dificuldades em verificar que, para todo x ∈ [0, 1], vale x ≥ x^2. Neste caso, a regi˜ao S ´e denominada triˆangulo parab´olico e est´a indica na figura ao lado. A ideia para calcular a ´area consiste em fazer aproxima- ¸c˜oes e, depois, tomar o limite nas aproxima¸c˜oes. Os passos seguintes mostram como faremos as nossas aproxima¸c˜oes.
=
∑^ n k=
[f (xk) − g(xk)]∆x.
As figuras abaixo ilustram essas aproxima¸c˜oes nos casos em que n = 5, n = 10 e n = 20, respectivamente.
n = 5 n = 10 n = 20
Intuitivamente, a aproxima¸c˜ao melhora `a medida que a quantidade de retˆangulos au- menta. Deste modo, a ´area da regi˜ao S ´e dada pelo seguinte limite
´area(S) = (^) n→lim+∞ An = (^) n→lim+∞
∑^ n
k=
[f (xk) − g(xk)]∆x. (1)
Vamos calcular a ´area acima lembrando que f (x) = x, g(x) = x^2 e que os pontos xk foram escolhidos de modo que xk = k/n, para cada k = 1, 2 ,... , n. Temos que
An =
∑^ n
k=
[f (xk) − g(xk)] ∆x =
∑^ n
k=
k n −
( (^) k n
n =^
n^2
∑^ n
k=
k −
n^3
∑^ n
k=
k^2. (2)
Vamos verificar que cada um dos termos acima possui limite quando n → +∞. Para o primeiro, observe que
1 n^2
∑^ n k=
k = (^) n^12 (1 + 2 + · · · + n).
A maior dificuldade aqui ´e que o termo 1/n^2 tende para zero quando n → ∞, enquanto a soma (1 + 2 + · · ·+ n) claramente vai para infinito. Assim, ao tentarmos fazer n → ∞, temos uma indetermina¸c˜ao. Ela pode ser resolvida se lembrarmos que os termos da soma entre parˆenteses acima formam uma progress˜ao aritm´etica de raz˜ao 1, de modo que
1 n^2
∑^ n
k=
k = (^) n^12 n(n^2 + 1) =^12
n + 1 n
Logo, podemos facilmente calcular
nlim→∞ n^12
∑^ n k=
k = (^) n→lim+∞^12
n + 1 n
Observe que a soma acima depende, de fato, n˜ao s´o do ´ındice n mas tamb´em da escolha dos pontos x∗ k’s. Contudo, pode-se mostrar que, quando n → +∞, a soma acima converge para um n´umero, qualquer que seja a escolha destes pontos. Vamos denotar este limite da seguinte forma (^) ∫ b a
f (x)dx = (^) n→lim+∞
∑^ n
k=
f (x∗ k)∆x.
O n´umero acima ´e chamado integral definida de f no intervalo [a, b]. Definimos ainda
∫ (^) a
a
f (x)dx = 0,
∫ (^) a
b
f (x)dx = −
∫ (^) b
a
f (x)dx.
A integral
∫ (^) b a f^ (x)dx^ ´e um n´umero, n˜ao dependendo portanto de^ x. De fato, a letra usada no s´ımbolo da integral n˜ao ´e importante, de modo que ∫ (^) b
a
f (x)dx =
∫ (^) b
a
f (t)dt.
Usando a defini¸c˜ao de integral e os argumentos apresentados no in´ıcio do texto conclu´ımos que, se f, g : [a, b] → R s˜ao fun¸c˜oes cont´ınuas tais que f (x) ≥ g(x) para todo x ∈ [a, b], ent˜ao a ´area da regi˜ao S compreendida entre os gr´aficos das fun¸c˜oes ´e exatamente
´area(S) =
∫ (^) b
a
[f (x) − g(x)]dx.
Em particular, se f ≥ 0 em [a, b], podemos tomar g ≡ 0 para concluir que a ´area abaixo do gr´afico de f e acima do eixo Ox ´e dada por
∫ (^) b a f^ (x)dx. O c´alculo de uma integral usando a defini¸c˜ao n˜ao ´e uma tarefa simples. De fato, ´e necess´ario obter f´ormulas que nos permitam manipular o somat´orio que aparece na defini¸c˜ao de modo a conseguir calcular o limite. Contudo, veremos em breve um m´etodo que nos permitir´a calcular as integrais de maneira mais simples.
Nesta tarefa vamos calcular a ´area da regi˜ao delimitada pelos gr´aficos das par´abolas f (x) = (4x − x^2 ) e g(x) = x^2 , conforme ilustrado na figura abaixo.
A primeira dificuldade que encontramos ´e que, diferente do exemplo visto no texto sobre ´areas, n˜ao sabemos aqui qual ´e o intervalo [a, b] que utilizaremos no c´alculo, tam- pouco qual das curvas fica por cima da outra. Os passos seguintes resolvem essa quest˜ao:
Uma vez que os gr´aficos se tocam em somente dois pontos, a regi˜ao S a ser considerada ´e aquela que fica abaixo da fun¸c˜ao que est´a por cima, e acima da que est´a por baixo, sendo considerado somente o que ocorre no intervalo [a, b].