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A Bula de Medicamentos: Uma Fonte de Informações para a População, Notas de estudo de Farmacologia

Um estudo sobre o uso da bula de medicamentos como fonte de informações para usuários. O documento discute a importância da bula como documento técnico-científico, sua regulação pela agência nacional de vigilância sanitária (anvisa), e a importância do papel do farmacêutico na disseminação de informações sobre medicamentos. Além disso, o documento discute a importância da leitura e análise da bula para o uso racional de medicamentos, e a utilização da internet como outra fonte de informações sobre medicamentos.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da bula de medicamentos como fonte de informações para usuários?
  • Como a internet pode ser utilizada como uma fonte de informações sobre medicamentos?
  • Qual é a importância da leitura e análise da bula de medicamentos para o uso racional de medicamentos?
  • Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula as bulas de medicamentos no Brasil?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Nazario185
Nazario185 🇧🇷

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
BULA COMO FONTE DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DE
MEDICAMENTOS
Camila Batista Debortoli
Lajeado, novembro de 2018.
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Baixe A Bula de Medicamentos: Uma Fonte de Informações para a População e outras Notas de estudo em PDF para Farmacologia, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

BULA COMO FONTE DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DE

MEDICAMENTOS

Camila Batista Debortoli

Lajeado, novembro de 2018.

Camila Batista Debortoli

BULA COMO FONTE DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DE

MEDICAMENTOS

Artigo apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de Farmácia, da Universidade do Vale do Taquari - Univates, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

Orientadora: Profª. Dra. Carla Kauffmann

Lajeado, novembro de 2018.

BULA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA USUÁRIOS DE

MEDICAMENTOS

MEDICINE PACKAGE INSERTS AS A SOURCE OF INFORMATION FOR

USERS OF MEDICINES

RESUMO

A bula de medicamentos é um mecanismo utilizado mundialmente, auxiliando nas dúvidas dos usuários. O objetivo desta pesquisa foi analisar o uso da bula como fonte de informações sobre medicamentos para usuários. Este estudo de caráter transversal foi realizado no município de Anta Gorda/RS, no período de setembro a outubro de 2018. Foram entrevistados, com auxílio de um questionário estruturado, 70 usuários da farmácia da unidade básica de saúde do município, a faixa etária variou entre 18 e 84 anos, predominando mulheres. 52 usuários afirmaram buscar informações sobre medicamentos, empregando para isso principalmente a bula e internet. A maioria dos entrevistados (n=62) considera importante a leitura da bula, porém também consideram difícil essa atividade, devido aos termos técnicos e ao tamanho da fonte. Apesar disso, 51 entrevistados possuem o hábito de ler a bula e relataram conseguir sanar suas dúvidas. A partir desse estudo, conclui-se que a bula se apresenta como uma fonte de informações sobre medicamentos para a população. Entretanto, apesar de alterações realizadas na legislação vigente a fim de facilitar o entendimento das informações contidas nesse informativo, vislumbram-se dificuldades por parte dos leitores, como o tamanho da fonte, a presença de numerosos termos técnicos e sua extensão. Além disso, é importante que o

profissional farmacêutico assuma seu papel como profissional da saúde a fim de ser reconhecido e consultado quando surgirem dúvidas em relação ao uso de medicamentos.

Palavras-chave: bula de medicamentos; legibilidade; uso racional de medicamentos.

ABSTRACT

The package leaflet is a mechanism used worldwide, helping in the doubts of the users. The objective of this research was to analyze the use of the package leaflet as a source of medication information for users. This cross-sectional study was carried out in the city of Anta Gorda, RS, from September to October 2018. A total of 70 users of the pharmacy of the basic health unit of the municipality were interviewed using a structured questionnaire. between 18 and 84 years, predominantly women. 52 users stated that they were searching for information about medicines, mainly using the package leaflet and the internet. Most of the interviewees (n = 62) consider it important to read the package insert, but also consider this activity difficult due to the technical terms and the size of the source. In spite of this, 51 interviewees have a habit of reading the package leaflet and reported being able to resolve their doubts. From this study, it is concluded that the package insert presents itself as a source of information about medicines for the population. However, despite changes made to current legislation in order to facilitate the understanding of the information contained in this newsletter, difficulties are encountered by readers, such as the size of the source, the presence of numerous technical terms and their extension. In addition, it is important for the pharmacist to assume his / her role as a health professional in order to be recognized and consulted when questions arise regarding the use of

De 1953 ao ano de 2006, destacam-se quatro atos normativos sobre a estrutura e o conteúdo das bulas, são eles a Portaria nº 49, de 10 de agosto de 1959, do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia; Portaria nº 65, de 28 de dezembro de 1984, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária; a Portaria nº 110, de 10 de março de 1997 e a Resolução da Diretoria Colegiada, nº 140, de 29 de maio de 2003 da Anvisa. Entre os anos de 1950 a 1973, as normas específicas continham as instruções que constavam no ato do licenciamento do produto. O primeiro regulamento específico para as bulas ocorreu em 1959 com a Portaria nº 49 que regulamentou a apresentação dos textos de bulas, entretanto foi dispensada a obrigatoriedade quanto às informações que estavam nas rotulagens. A Portaria nº 65, da SNVS instituiu o roteiro para texto de bulas, inicialmente por classe terapêutica e, posteriormente, de produto a produto, dividindo as informações em identificação do produto, informação ao paciente, informação técnica e dizeres legais (4). Para que se obtenha o uso racional de medicamentos, faz-se necessário a leitura, análise e a compreensão das orientações e advertências constantes na bula (5). Entretanto, a linguagem utilizada nas bulas sempre representou a maior dificuldade para o leigo que se depara com uma escrita técnica que pouco ou nada lhe comunica, podendo ser considerada uma falha histórica na normatização e fiscalização dos órgãos governamentais responsáveis (6). Além da bula de medicamentos, tanto os usuários quanto os profissionais da saúde podem utilizar a internet para sanar algumas dúvidas, como o Bulário eletrônico disponibilizado pela Anvisa. O Guia de Submissão Eletrônica de Texto de Bula (7) tem como objetivo estabelecer a forma de envio de arquivos eletrônicos de bulas para a

Anvisa, por meio de um Peticionamento Eletrônico, com a finalidade de atualização do banco de dados da agência e possibilitar a publicação das bulas no Bulário Eletrônico. Segundo a Anvisa (8), a bula de medicamentos deve transmitir todas as informações relevantes sobre o produto, contendo informações obrigatórias sobre o medicamento estabelecidas por resoluções publicadas pela agência regulatória. A indústria responsável pelo medicamento tem obrigação legal de prestar todas as informações para o uso adequado e os possíveis problemas e cuidados relacionados aos medicamentos. Foram criadas duas bulas diferentes, uma para o profissional da saúde que contém informações técnico-científicas e orientadoras sobre medicamentos para o seu uso racional, e a bula para o paciente, a qual também contém informações técnico científicas e orientadoras sobre medicamentos, porém em linguagem apropriada, ou seja, de fácil compreensão. No Brasil, mais de 10 milhões de usuários acessam sites sobre saúde, possibilitando melhor manejo de diversas condições clínicas, oferecendo para alguns uma melhoria na qualidade de vida, promovendo uma maior autonomia e autoconfiança entre os usuários. Porém, grande parte das informações que estão disponíveis na internet sobre as doenças e tratamentos é inadequada e em alguns casos incompletas cientificamente (9). Como a bula é o principal instrumento que permite ao paciente saber com exatidão como deve ser utilizado o medicamento prescrito pelo médico, assim como os riscos associados, o presente trabalho objetivou analisar o uso da bula como fonte de informações sobre medicamentos para usuários de medicamentos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram convidados 80 usuários para participarem da pesquisa no período de estudo, sendo que 70 usuários aceitaram participar, restando 10 recusas. Os entrevistados apresentavam idade entre 18 a 84 anos (média de 48,2 anos), com predomínio de indivíduos na faixa de 21 a 30 anos (22,9%) e daqueles com 51 a 60 anos (17,1 %) (Tabela 1). As mulheres representaram a maioria dos entrevistados (82,9%), assim como, indivíduos com ensino fundamental incompleto (40,0%) (Tabela 1). As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), frequentam os serviços de saúde muitas vezes como acompanhantes de crianças, idosos e outros familiares e também para seu próprio atendimento (10). A maior parte dos entrevistados, 58 pessoas (82,9%), relatou possuir acesso à internet (Tabela 1). Segundo dados do IBGE (22), referentes ao ano de 2016, 71,3% dos domicílios localizados nos municípios da região Sul do Brasil possuíam acesso à internet. Os entrevistados foram questionados sobre o hábito de buscar informações sobre medicamentos, sendo que 74,3% afirmaram realizar essa prática. A bula foi elencada pela maioria dos usuários (63,5%) como fonte de informações, assim como a internet (57,7%) e estabelecimentos de saúde (25,0%). Quanto às informações pesquisadas, reações adversas configuraram a mais elencada (n=42; 80,8%), seguida da forma de uso do medicamento (n=33; 63,5%) e de interações medicamentosas (n=21; 40,4%) (Tabela 2). Fernandes e Cembranelli (2014) (11) constataram que boa parte da população não possui apropriado nível de informação sobre medicamentos, apresentando dúvidas sobre a maneira correta de utilizá-los, assim como sobre a indicação terapêutica. Apresentando assim uma necessidade de intervenção farmacêutica.

Tabela 1: Caracterização sociodemográfica da população entrevistada (n= 70 ). Variável Frequência (n) Porcentagem (%) Sexo Feminino 58 82,9% Masculino 12 32,6% Faixa etária 18 a 20 anos 1 1,4% 21 a 30 anos 16 22,9% 31 a 40 anos 14 20,0% 41 a 50 anos 9 12,9% 51 a 6 0 anos 12 17,1% 61 a 70 anos 6 8,6% 71 a 80 anos 7 10 ,0% 81 a 90 anos 5 7,1% Escolaridade Ensino fundamental incompleto 28 40,0% Ensino fundamental completo 21 30,0% Ensino médio incompleto 4 5,7% Ensino médio completo 21 30,0% Ensino superior incompleto 6 8,6% Ensino superior completo 11 15,7% Acesso à internet Sim 58 82,9% Não 12 17,1%

As reações adversas a medicamentos são a área de estudo da Farmacovigilância, ciência que surgiu de uma necessidade no monitoramento mais intensivo de

Modesto et al. (13) analisou em seu estudo o nível de conhecimentos de profissionais que atuam em hospital universitário, verificando que uma das principais é a falta de conhecimento sobre as reações adversas. A fim de minimizar esse problema, foi instituída a Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, nomeada Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), visando fortalecer a implementação dos cuidados com os pacientes. Com esse programa os usuários teriam um maior auxilio nos estabelecimentos de saúde, a segurança do paciente é considerada muito importante, por isso os estabelecimentos de saúde contam com esse programa, para poderem assim sanar as dúvidas pertinentes. O uso indiscriminado da internet como fonte de diagnósticos é uma realidade, a qual se relaciona a ampliação e facilidade de acesso à rede. Assim, o maior acesso à internet faz com que o usuário busque cada vez mais por informações sobre diagnóstico, doenças, sintomas, medicamentos e custos de internação e tratamentos. Todo esse acesso, independentemente de sua veracidade, pode fazer com que o paciente esteja potencialmente menos disposto a acatar as instruções médicas ou explicações dadas pelo profissional farmacêutico (14). Além disso, ao proporcionar fácil acesso a informações sobre possíveis diagnósticos e tratamento, a internet pode acabar estimulando a prática da automedicação (15). Por outro lado, a internet se apresenta como um recurso muito valioso no acesso às informações necessárias em relação ao autocuidado, bem como na interação entre os profissionais e seus pacientes. Tendo as informações técnicas disponibilizadas surgiu uma nova saúde pública, mais centrada no autoesclarecimento e na autorresponsabilização de quem busca as informações em relação a sua própria saúde (16).

A partir disso, faz-se necessário um entendimento melhor sobre os padrões de buscas utilizados em relação à saúde, tendo em vista que o usuário poderá estar exposto a um número grande de informações consideradas dúbias e inconsistentes. De um lado encontra-se a facilidade de encontrar todo o tipo de informação, e por outro surge uma dificuldade de encontrar informações seguras, tendo em vista que a quantidade de dados dificulta a localização de uma fonte confiável (17). Os pesquisados foram inquiridos sobre a prática de questionar profissionais da saúde quando apresentam dúvidas sobre medicamentos, verificando-se que 54 usuários (77,1%) são adeptos dessa prática. O profissional mais elencado foi o médico (n=40; 74,1%), seguido do farmacêutico (n=16; 29,6%) e do enfermeiro (n=6; 11,1%). Esses resultados corroboram com o ideário da saúde centrado na prática médica, fato também reforçado pela realidade de atuação do farmacêutico dentro da rede básica de saúde, que muitas vezes acaba tendo suas ações restritas a processos administrativos, não podendo atender a demanda clínica. Entretanto, o profissional farmacêutico é um agente de saúde de fácil acesso e encontrado na maioria das farmácias e drogarias do Brasil, sendo que sua atuação pode contribuir para o uso racional de medicamentos, bem como com a melhoria da atual situação da saúde pública do país (10). A leitura da bula é realizada pela maioria dos entrevistados (72,9%), contudo 47,1% não tem o hábito de guardá-la, descartando a mesma (Tabela 3). Considerando que a bula pode ser uma fonte de informações sobre medicamentos, seu descarte pode contribuir para o uso irracional, principalmente quando da prática da automedicação, comum entre brasileiros.

facilitador da prática da automedicação. Além de o estoque domiciliar, a facilidade de acesso a medicamentos devido ao número elevado de farmácias e drogarias, as práticas comerciais éticas e legalmente questionáveis cometidas por alguns estabelecimentos também podem ser apontadas como causas da automedicação (19). A leitura da bula é considerada importante por 88,6% dos entrevistados, sendo que 51 indivíduos relataram sanar suas dúvidas com a leitura da mesma. Ainda, os entrevistados listaram dúvidas sobre medicamentos como principal motivo para leitura da bula (81,4%) (Tabela 3). Conforme estudo realizado por Fujita (2004) (20), considerando a Resolução-RDC nº 140 do ano de 2003, sob o ponto de vista da área da comunicação visual, observa-se que as bulas de medicamentos, apesar de conterem todas as informações necessárias, apresentam problemas em sua composição textual, como tamanho da fonte, espaçamento entre linhas do texto, organização textual e uso maciço de negrito. Quanto ao grau de entendimento das informações contidas na bula, 27,5% dos usuários (n=19) consideram difícil, devido ao tamanho da fonte (n=3), a presença de termos técnicos (n=16) e extensão da mesma (n=1). A maioria dos usuários (n=28; 40,6%) avaliam como grau intermediário, citando os mesmos motivos: tamanho da fonte (n=2), presença de termos técnicos (n=26) e extensão (n=1). Contudo, 22 usuários consideram de fácil entendimento, devido à clareza e objetividade das mesmas. Quando questionados especificamente sobre a fonte empregada na bula, 50,7% dos entrevistados avaliaram como inadequada (Tabela 4).

Tabela 4: Avaliação da bula pelos entrevistados quanto ao grau de entendimento e adequação da fonte (n=69*). Variável Frequência (n)^ Porcentagem (%) Grau de entendimento da bula Difícil 19 27,5% Intermediário 28 40,6% Fácil 22 31,9% Fonte empregada na bula Adequada 34 49,3% Inadequada 35 50,7% *Um entrevistado não tem o hábito de ler bulas, não tendo respondido à questão.

A Resolução nº 47, de 08 de setembro de 2009 (4), estabelece regras para a elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais da saúde. Essa norma tem como objetivo aprimorar a forma e o conteúdo das bulas de todos os medicamentos registrados e notificados, comercializados no Brasil, visando garantir o acesso à informação segura e adequada em prol do uso racional de medicamentos. Ainda, foi publicada a fim de complementar a RDC nº 140 do ano de 2003, uma vez que muitas questões não estavam claras ou não foram definidas pela mesma. O aumento do tamanho das letras e a criação de dois tipos de bulas, uma para o profissional e outra voltada ao paciente, demonstram destaque especialmente pela criação da lista de medicamentos padrão para texto de bula, a qual objetiva harmonizar o conteúdo das bulas nacionais a partir da criação de um texto padrão para cada fármaco.

saúde e numa das últimas oportunidades de identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à farmacoterapia (22). Melo e Castro (2017) (23) apontam que o profissional farmacêutico auxilia muito em desfechos mais custo-efetivos, bem como, na interação com o profissional prescritor, auxiliando em resultados mais expressivos na eficácia e segurança no uso de medicamentos por usuários. A presença do farmacêutico se torna indispensável nos serviços de atenção primária, garantindo a comunicação efetiva e o estabelecimento de relações interpessoais, aumentando a probabilidade de sucesso nas intervenções e sanando as dúvidas que surgem.

CONCLUSÃO

A partir desse estudo, conclui-se que a bula se apresenta como uma fonte de informações sobre medicamentos para a população. Entretanto, apesar de alterações realizadas na legislação vigente a fim de facilitar o entendimento das informações contidas nesse informativo, vislumbram-se dificuldades por parte dos leitores, como o tamanho da fonte, a presença de numerosos termos técnicos e sua extensão. Além disso, é importante que o profissional farmacêutico assuma seu papel como profissional da saúde a fim de ser reconhecido e consultado quando surgirem dúvidas em relação ao uso de medicamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. FUJITA, Patrícia Lopes; MACHADO, Carlos José Saldanha; TEIXEIRA, Márcia de Oliveira. A bula de medicamentos e a regulação de suas configurações em termos de forma e conteúdo no Brasil. Saúde Soc. São Paulo, 23(1), 2014.
  2. GONÇALVES, Silmara de Almeida et al. Bula de medicamentos como instrumento de informação técnico-científica. Rev Saúde Pública, Brasilia, 36(1), 2002.
  3. KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico Guanabara. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999.
  4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde. Resolução da Diretoria Colegiada no 47, de 08 de setembro de 2009. Institui as regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais da saúde. Diário Oficial da União 2009; 04 de agosto.
  5. SILVA, M. et al. Estudo da bula de medicamentos: uma análise da situação. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., 27(3), 2006.
  6. CALDEIRA, Telma Rodrigues; NEVES, Eugênio Rodrigo Zimmer; PERINI, Edson. Evolução histórica das bulas de medicamentos no Brasil. Cad. Saúde Pública, 24(4),