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Guias e Dicas
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Conscientização de Odontologistas e Estudantes sobre Riscos Biológicos, Notas de aula de Odontologia

Este documento discute os riscos biológicos que cirurgiões-dentistas e estudantes de odontologia enfrentam durante a prática profissional, especialmente em relação à infecção cruzada. O texto aponta que, apesar da importância da biossegurança, há um déficit no conhecimento e prática dessas medidas entre esses profissionais. O estudo propõe a necessidade de programas de educação continuada e cursos específicos sobre o tema, além de uma maior atenção à formação de profissionais mais conscientes e práticos em relação às condutas de controle e prevenção de infecções.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

4.3

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bg1
5
Anais - XVII CIOBA, 29/10 a 01/11 de 2014. Centro de Convenções da Bahia. Salvador-Bahia-Brasil
Biossegurança
VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
Rosangela Goes Rab elo1, 2, Songeli Menezes Freire1, 3, Jacquel ine Gurjão Rios2,
3 FALCÃO, AFP.
Profess ora do Curso de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, Secr etaria da Saúde do
Estado da Bahia, Professora do Curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública.
O proce sso de e sterilização do instrumental cirúrgico é para Odontologia de grande relevância na
prática clínica. Proc esso físico o u químico que elimine todas as formas de vida microbiana, incluindo
esporos bacterianos é indispensável no controle da infecção. Para efe tiva qualidade no pr ocesso
de este riliza ção do instr umental deve -se cont rolar tod os os passo s: rec epção do mater ial
contaminado, limpeza, desinfec ção, e nxágue, secag em, inspeção visual, lubrificação, montagem,
empacotamento do instrumental, rotulagem, e sterilização , guarda e d istribuição. Cada etapa do
proc essame nto de verá seguir o Proc edimento Ope racio nal Pa drão elabor ado com base em
referenci al científico atualizado e normatização pertinente. A validação de todas as fases do processo
deverá fazer parte da rotina dos serviç os de assistência odontológica se ndo responsabilidade do
cirurgião dentista em cada ser viço. Para tanto, deve recorrer a testes labora toriais de e sterilidade,
consi derando as v ariáveis envolvi das no proce sso: tipo de emba lagem utiliza da, o método de
esteri lização, as c ondições de ma nuseio, a fo rma de armazenamen to além da manuten ção a o
equipame nto. A ANVIS A def ine a va lidação co mo um proc esso est abeleci do po r e vidência s
documenta das que compro vam que uma at ividade específ ica a presenta confo rmidade com a s
especific ações predete rminadas e atende aos requisitos de qualidade a fi m de garantir se gurança
ao paciente e ao pro fissional e meio ambiente.
001
ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO AOS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE EM RISCO OCUPACIONAL
Renan Pires Gonzaga1, Thami rys Dantas Nóbrega2, Ítalo de Lima Farias3, Maria
Lígia Gouvei a4 , Criseuda Maria Beníci o Barros5
Universidade Estadual da Pa raíba
Os prof issionais e acadêmicos da área de sa úde estão expostos a riscos ocupacionais devido a
manipulação de materi ais perfuroc ortantes potencialmente contaminados, expondo o trabalhador a
doenças infec tocontagios as tai s c omo AIDS (HIV), Tétano, Hepatite B, Hepatite C e outras . A
propagação destas doenças, em especi al a AI DS, sempre foi marcada des de os primórdios por
muitos estigmas e prec onceitos, criados e fortalecidos por grande pa rte da população. Têm-se
tornado recorre nte o crescente número de acide ntes ocupa cionais e m profiss ionais da área de
saúde, que a cabam adquiri ndo tais doenças infec tocontagios as, a pesar de t odos os cuidados
reforça dos pelo Ministério da Saúde como o uso de Equipamentos de P roteção Individual (EPI).
Além disso, a maioria dos acidentes encontram-se subnotif icados e são tomadas medidas e rrôneas
pós-exposiç ão ao acidente. Diante disto, o programa de extensã o Manejo e Segregação do Material
Perfur ocortante em P rofissio nais d a Área de Saúde, desenvolvido entre os D epartamentos de
Odontologia, Psicologia e Farmácia atua com vistas a minimizar os riscos ocupacionais , em especial
acolhendo os profissionais e acadêmicos do CCBS da Universidade Estadual da Paraíba acidentados
com mater iais perf uroco rtantes . D iante da angúst ia do s mesmos e da confr ontação c om o
desconhecido, o projeto de Psic ologia junto com Odontologia tem como objetivo o acolhimento dos
profiss ionais acidentados, no Centro de Referência em Assistência e Prevenção a Acidentes c om
Materiais Perfurocorta ntes, onde a equipe de psicologia suste ntada na ética e no compromisso de
acom panhamento , r ealiza a Escu ta Psica nalítica num espa ço de acolhime nto; o projet o de
Odontologia, por meio de parc eria com a Secre taria de Estado da Saú de da Paraíba realiza tes tes-
rápidos para triagem das seguintes doenças infectocontagio sas: TR HIV ½, TR Síf ilis, TR VHB, TR
VHC. Pacientes -fonte e/ou profissi onais que apresentam sorologia posi tiva são encaminhados para
terapia medicamentosa co m médicos infectologistas do Hosp ital Universitário Alcides Carneiro (HU/
UFCG).
002
CO NHE CI MEN TO DOS C IRUR GIÕE S-DEN TISTAS DE
PATOS-PB SOBRE RADIOPROTEÇÃO E PRÁTICAS
Ana Beatri z Maximo Figuereido1, Winilya de Abreu Alve s1, Manoe l Itaguacy Leite Nova is Junio r1,
Camila Hel ena Machado da Costa2, Manuella Santos Carneir o Almeida2.
1- Aluna de Graduação e m Odontologia da U niversidade Feder al de Campina Gr ande - Pato s/PB,
2- Profes sora de Graduação em Odontologia da Universidade Fe deral de Campina Grande - Patos/
PB.
Introdução: A avaliação de exa mes radiográ ficos com fins diagnósticos na O dontologia é muitas
vezes imprescindível, entretanto, é importante a conscientizaç ão da necessidade de evitar os efeitos
nocivos decorrentes de exposições excessi vas a que os profis sionais e paciente s podem estar
expostos.Objetivo: Avaliar o conhecimento de cirurgiões- dentistas da cidade de Patos-PB acerca
da bios segurança em radiologia e métodos de pr oteção utilizados.Metodologia: Fo i utilizada uma
abordagem indutiva com proc edimento descrit ivo e téc nica de pesquisa por documentação direta
em campo. Par ticiparam do es tudo 40 c irurgiões-dentistas que possuíam cons ultórios particular es
com apar elho de r aios X intrao ral na cidade de Pato s-PB. Após a ass inatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido pelos profiss ionais, foram aplicados questionários para avaliaç ão
do conhecimento dos mesmos so bre biossegurança em radiologia e práticas de proteçã o utilizadas.
Os dados f oram tabulados e f oi feita a nálise descritiva das variáveis qualitativas pelas medidas de
propor ção, frequ ências e porce ntagens.Re sultados: Obs ervou-s e que todos os pro fissi onais
mostr aram preocupaç ão em r elação à radiopr oteção e que buscava m obede cer às técnica s
radiográfic as para evitar repetir as tomadas radiográfic as. Para proteção do paci ente, a maioria
relato u utiliza r a vental de c humbo, in cluindo protetor de tireo ide, a lém de reduzir o tempo de
exposiçã o. Acerc a da proteção própria , muitos relataram possuir paredes baritadas .Conclusão:
Obser vou-se que a maior ia d os p rofis sionais te m co nscient ização ac erca dos as pectos de
radioproteção , contudo, alguns cirurgiões-dentis tas ainda desconhecem os mes mos e não praticam
a biosse gurança em radiologia, c olocando em risc o sua própria saúde e a dos pacientes.
003
GR ADUAN DOS DO CU RSO DE ODO NTOL OGIA :
QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Fabríci o Sil va San tos1, La ís Moni que So uza Leal 1, Yndia ra Nov aes Sa ntos
Olivei ra2, Rita de Cás sia Santos Barros3, Ricar do da Silva Ol iveira4.
1
Graduando do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,
2
Enfermeira. Especialista
em Gestão do Trabalho e Educação Permanente em Saúde.
3
Fisiotera peuta. Docente do Curso de Graduação
em Fisiotera pia da Universidade E stadual do Sudoeste da Bahia,
4
Farmacêutic o do Centro de Referência de
Doenças Endêmicas Pirajá da S ilva.
Introduçã o: O perfi l dos problemas de saúde atual faz c om que a p romoção de estilos de vida s audáveis
aliadas à pr ática de ativ idade física regular seja valori zada e colocada c omo uma das prioridades e m saúde
pública no mundo. A qualidade de vida está relacionada com o bem-estar pes soal e abrange aspec tos co mo
o estado de saúde, lazer, satisfação pessoal, hábitos e esti lo de vida. Nesse contex to, a prática de ati vidade
física tem se most rado fundamental para a melhoria da qualidade de v ida da população em gera l. Ess e
estudo tem o objeti vo de identifica r a prática de a tividade físi ca entre graduandos do curso de odontologi a e
a percepção destes quanto a s ua qualidade de vida. Métod o: Estudo quanti tativo e descr itivo. A amostra foi
composta por 174 graduandos do curso de odontologia da Univer sidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Para
a coleta de dados foi util izado um questionário auto-aplicáv el. Os questioná rios foram tabulados através do
softwar e Epidata, versão 3.1 e analisados atravé s do progra ma estatí stico Statistical Package for Soc ial
Science s – SPSS, ve rsão 21. O prese nte estudo foi submetido ao Comitê de É tica em Pesquisa da referida
universida de, conforme a Resolução 466/2012, que dispõe so bre as Diretrizes e Normas Regulamentares na
Pesquisa com Se res Humanos, e a provado sob o parecer de 2 42.588 e CAAE: 048308 12.7.000 0.0055.
Resultado e Discus são: Dos 174 informantes da pesquisa 66 ,7% são do sexo feminino, 62,6 % tem entre 21
a 30 anos, 93,1% se declararam solteiros, 56,9% afirmaram serem pardos. Quanto à satisfação com o trabalho/
curso, 14, 4% responderam que estão muito satis feitos, 78 ,2% estão sat isfeitos, 6,6% não estão sa tisfeito s,
0,6% não est ão s atisfe itos de forma alguma e 0 ,6% não respondeu. Da amost ra pesquisada, 70 ,7%
considerar am ter uma boa qualidade de vida, 20,1% afirmam ter muito boa qualidade de vida, 1, 1% referir am
ter uma qualidade de vida ruim, 6 ,4% disse ram não ser nem boa nem ruim, 1,6% não informou. Em relaç ão
às ativ idades físic as, 53,4% a firmaram realizar algum tipo de e xercício, 26 ,4% referi ram praticar exe rcícios
físicos pelo menos 5 vezes na semana. Dos que informaram que fazem exercícios, 18 ,4% praticam musculação.
Conclusão: Perc ebeu-se pelas respostas dos informantes que a satisfaç ão com o curso /trabalho está
intrinsecamente ligada a percepção de uma boa qualidade de vida. Além disso, mais da metade dos informantes
praticam algum tipo de ativi dade física. Assim, a maior ia dos estudantes e stá satisfei ta com o trabalho/c urso
e avali am sua qualidade de vida como bo a/muito boa.
004
NORMA REGULAMENTADORA 32: CONHECIMENTO DOS
GRADUANDOS DE ODONTOLOGIA
Fabrício S ilva Santos1, Juliana da Silva Oli veira2, Rober ta Laíse Gomes Leite
Morais2, Manue lla Serra Tanan3, Maiara Pimentel Macedo3
1
Graduando do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,
2
Enfermeira. Doc ente
do Curs o de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da B ahia,
3
Graduanda do
Curso de Enf ermagem e Obstetríc ia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Introdução:
O Ministéri o do Trabalho publicou a No rma R egulamentadora 32 (NR 32) , no ano de 200 5, co m o objetivo
de estabel ecer diret rizes para a implantação de medidas que possam g arantir a proteção e a segurança aos trabal hadores
de s aúde. Diver sos são os risco s ocupacio nais que os ciru rgiões d entistas es tão expost os em seu ambien te de trabalho,
dentre esses riscos o biológico se sobressai. Os graduando s do curso de odontologi a est ão expos tos ao mes mo r isco
ocupacio nal que o ciru rgião denti sta, vi sto que, realiza as mesmas ati vidades pertin entes a pr ofissão. Dessa for ma,
torna-se relev ante que e sses tenham conhecim ento das No rmas Regulamen tadoras implement adas pelo Ministér io do
Trabalho e Empr ego, espec ialmente a NR 32. A ssim, o presente estudo objetiv ou avali ar o conheciment o dos discentes
do curso de grad uação em odonto logia sob re a NR 32.
Métodos:
Trata-se de um estud o quanti tativo e descr itivo,
reali zado com 174 gradua ndos de odonto logia. Para a coleta d e da dos foi utiliza do um qu estion ário auto- aplicáve l,
com posto po r ques tões di stri buída s em cin co blo cos, a sa ber: i nform açõe s soci odem ográ ficas ; car acter ísti cas
ocupaci onais; aci dente de trabal ho; b iossegu rança e c ondições ge rais de saúde. Nes te e studo foram ana lisados os
blocos relacion ados aos aspe ctos soci odemográfic os e biossegu rança, sendo que des te ext raímos os dad os re ferentes
à NR 32. Os questionário s for am tabula dos através d o sof tware E pidata, versão 3.1 e analis ados at ravés do pr ograma
estatístic o Stati stical Package for Social Science s – SPSS, versã o 21. O presente estud o fo i submet ido ao Co mitê d e
Ética em Pesqu isa da Un iversida de Est adual do Sudoest e d a Bahi a e apro vado sob o p arecer de 242.58 8 e CAAE :
04830812. 7.0000.0055, obede cendo à Reso lução 466/2012, que dispõe sobre as Diretrize s e Normas Regul amentares
na P esquisa com Seres Humanos.
Resultados e D iscussão:
Observou-se que dos 174 estudan tes que participaram da
pesquis a ( 100%), 116 eram do sexo femini no (66,7 %), 109 encontra vam-se entr e 21 e 30 anos (62,6%) e 162 dos
alunos eram sol teiros (93 ,1%). Ev idenciou-se que 172 graduando s desconhec em a Norma Re gulamentadora 32 ( 98,9%).
Através des ses r esultados pode -se inf erir que os e studante s podem o ser capa zes de se preven ir adequada mente
dos a cidentes q ue rotineirame nte estão expostos no am biente de prática. Ao ques tionar o conceito d essa nor ma, apenas
um d iscente res pondeu, de ntre os dois que haviam afirmado conhecê-la, o q ue representa 0,6% da popu lação. C ontudo,
a resposta foi superficial e incompleta , pois , o graduand o inf ormou ap enas que ela faz ia referê ncia a bio ssegurança e
seguranç a no ambi ente de tra balho.
Conclusão:
Este estudo demo nstrou que existe um défici t no conhe cimento por
parte dos di scentes sobre a NR 32, o que p oderá levá -los a uma maior exposição aos risc os no ambiente de prática e/
ou trabalho e, consequente mente, ao a cidente ocupaci onal.
005
RISCOS BIOLÓGICOS NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA
Malu Oliv eira Santos1, Elle n Rayana Pereira Sil va1, Nathalia Sant os Macedo Xavie r1, Fabio
Ornellas P rado2
1Aca dêmic as do cur so de Od ontol ogia da U niver sida de Esta dual do Sud oes te da Bahi a
(UESB),2Prof essor Adjunto do Departamento de Saúde da UESB
A clínica odo ntológica é um ambiente onde a transmissã o de patógenos po de ocorrer com relativa
facilidade, s endo os c irurgiões-dentistas os profis sionais da saúde mais suscetíveis a contrair - e
transmitir - infec ções pelo contato diário com sangue e/ou saliva em seus consultórios . A prevenção
da infec ção cr uzada é, portanto, um aspecto crucial d a prática odontológica. O presente t rabalho
dispõe-se a avaliar os comportamen tos e condutas de biossegurança e controle de infecção cruzada
entre o s cirurgiõe s-dentistas e estudantes de Odontologia. Para tanto, foi r ealizado levantamento
bibliográf ico nas bases de dados SciELO, MedL ine e Lilac s, uti lizando c om te rmos de bus ca
'odontologia', 'riscos ocupacioana is', 'bios segurança', 'infecção cruzada', 'controle d e infecç ão' e
seus e quivalentes em língua inglesa. Foram levantados 300 a rtigos, após criterios a avaliação, 15
trabalhos, publicados entre 2004 e 2014, foram s elecionados. Os achado s na literatura suger em
que o risco de o c irurgião-dentista contrair u ma infecção é ba stante pequeno - desde que sejam
tomadas as devidas pre cauções de biossegurança e controle de infecç ão, entretanto, estudantes
de Odonto logia podem s er um grupo particularmente vulnerável, s obretudo pela sua re lativa falta
de experiência e habilidade. O nível de conhecimento, as atitudes e práticas de dentistas e estudantes
de Odontologia em relação aos proc edimentos de controle de i nfecção cruzada, biossegura nça e
gestão pós -exposições ac identais mostram-se, ainda, incipientes e insuficientes, sugerindo que há
uma grande necessidade em implementar programas de educação continuada e curso s de curta
duração sobre o tema; além disso, é muito importante adequar a grad e curricular dos c ursos de
Odontologia, visando à formação de profissionais mais conscientes de suas responsabilidades éticas
e legais, e c om um maior nível de conhec imento prático sobre a s condutas de controle e prevenção
de infecçõe s.
006
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Biossegurança

VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO

Rosangela Goes Rabelo1, 2, Songeli Menezes Freire1, 3, Jacqueline Gurjão Rios2,

3

FALCÃO, AFP.

Professora do Curso de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, Secretaria da Saúde do

Estado da Bahia, Professora do Curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde

Pública.

O processo de esterilização do instrumental cirúrgico é para Odontologia de grande relevância na

prática clínica. Processo físico ou químico que elimine todas as formas de vida microbiana, incluindo

esporos bacterianos é indispensável no controle da infecção. Para efetiva qualidade no processo

de esterilização do instrumental deve-s e controlar todos os passos: rec epção do material

contaminado, limpeza, desinfecção, enxágue, secagem, inspeção visual, lubrificação, montagem,

empacotamento do instrumental, rotulagem, esterilização, guarda e distribuição. Cada etapa do

processamento deverá seguir o Procedimento Operacional Padrão elaborado com base em

referencial científico atualizado e normatização pertinente. A validação de todas as fases do processo

deverá fazer parte da rotina dos serviços de assistência odontológica sendo responsabilidade do

cirurgião dentista em cada serviço. Para tanto, deve recorrer a testes laboratoriais de esterilidade,

considerando as variáveis envolvidas no processo: tipo de embalagem utilizada, o método de

esterilização, as condições de manuseio, a forma de armazenamento além da manutenção ao

equipamento. A ANVISA define a validação como um proc esso estabelecido por evidências

documentadas que comprovam que uma atividade específica apresenta conformidade com as

especificações predeterminadas e atende aos requisitos de qualidade a fim de garantir segurança

ao paciente e ao profissional e meio ambiente.

ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO AOS PROFISSIONAIS DE

SAÚDE EM RISCO OCUPACIONAL

Renan Pires Gonzaga^1 , Thamirys Dantas Nóbrega^2 , Ítalo de Lima Farias^3 , Maria

Lígia Gouveia

4

, Criseuda Maria Benício Barros

5

Universidade Estadual da Paraíba

Os profissionais e acadêmicos da área de saúde estão expostos a riscos ocupacionais devido a

manipulação de materiais perfurocortantes potencialmente contaminados, expondo o trabalhador a

doenças infectocontagiosas tais como AIDS (HIV), Tétano, Hepatite B, Hepatite C e outras. A

propagação destas doenças, em especial a AIDS, sempre foi marcada desde os primórdios por

muitos estigmas e preconceitos, criados e fortalecidos por grande parte da população. Têm-se

tornado recorrente o crescente número de acidentes ocupacionais em profissionais da área de

saúde, que acabam adquirindo tais doenças infectocontagiosas, a pesar de todos os cuidados

reforçados pelo Ministério da Saúde como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Além disso, a maioria dos acidentes encontram-se subnotificados e são tomadas medidas errôneas

pós-exposição ao acidente. Diante disto, o programa de extensão Manejo e Segregação do Material

Perfurocortante em Profissionais da Área de Saúde, desenvolvido entre os Departamentos de

Odontologia, Psicologia e Farmácia atua com vistas a minimizar os riscos ocupacionais, em especial

acolhendo os profissionais e acadêmicos do CCBS da Universidade Estadual da Paraíba acidentados

com materiais perfurocortantes. Diante da angústia dos mesmos e da confrontação com o

desconhecido, o projeto de Psicologia junto com Odontologia tem como objetivo o acolhimento dos

profissionais acidentados, no Centro de Referência em Assistência e Prevenção a Acidentes com

Materiais Perfurocortantes, onde a equipe de psicologia sustentada na ética e no compromisso de

acompanhamento, realiza a Escuta Psicanalítica num espaç o de ac olhimento; o projeto de

Odontologia, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba realiza testes-

rápidos para triagem das seguintes doenças infectocontagiosas: TR HIV ½, TR Sífilis, TR VHB, TR

VHC. Pacientes-fonte e/ou profissionais que apresentam sorologia positiva são encaminhados para

terapia medicamentosa com médicos infectologistas do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HU/

UFCG).

CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS DE

PATOS-PB SOBRE RADIOPROTEÇÃO E PRÁTICAS

Ana Beatriz Maximo Figuereido^1 , Winilya de Abreu Alves^1 , Manoel Itaguacy Leite Novais Junior^1 ,

Camila Helena Machado da Costa^2 , Manuella Santos Carneiro Almeida^2.

1- Aluna de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande - Patos/PB,

2- Professora de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande - Patos/

PB.

Introdução: A avaliação de exames radiográficos com fins diagnósticos na Odontologia é muitas

vezes imprescindível, entretanto, é importante a conscientização da necessidade de evitar os efeitos

nocivos decorrentes de exposições excessivas a que os profissionais e pacientes podem estar

expostos.Objetivo: Avaliar o conhecimento de cirurgiões-dentistas da cidade de Patos-PB acerca

da biossegurança em radiologia e métodos de proteção utilizados.Metodologia: Foi utilizada uma

abordagem indutiva com procedimento descritivo e técnica de pesquisa por documentação direta

em campo. Participaram do estudo 40 cirurgiões-dentistas que possuíam consultórios particulares

com aparelho de raios X intraoral na cidade de Patos-PB. Após a assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido pelos profissionais, foram aplicados questionários para avaliação

do conhecimento dos mesmos sobre biossegurança em radiologia e práticas de proteção utilizadas.

Os dados foram tabulados e foi feita análise descritiva das variáveis qualitativas pelas medidas de

proporção, frequências e porcentagens.Resultados: Observou-se que todos os profissionais

mostraram preocupação em relação à radioproteção e que buscavam obedecer às técnicas

radiográficas para evitar repetir as tomadas radiográficas. Para proteção do paciente, a maioria

relatou utilizar avental de chumbo, incluindo protetor de tireoide, além de reduzir o tempo de

exposição. Acerca da proteção própria, muitos relataram possuir paredes baritadas.Conclusão:

Observou-se que a maioria dos profissionais tem conscientização acerca dos aspectos de

radioproteção, contudo, alguns cirurgiões-dentistas ainda desconhecem os mesmos e não praticam

a biossegurança em radiologia, colocando em risco sua própria saúde e a dos pacientes.

GRADUANDOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA:

QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Fabrício Silva Santos

1

, Laís Monique Souza Leal

1

, Yndiara Novaes Santos

Oliveira^2 , Rita de Cássia Santos Barros^3 , Ricardo da Silva Oliveira^4.

(^1) Graduando do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2 Enfermeira. Especialista em Gestão do Trabalho e Educação Permanente em Saúde. 3 Fisioterapeuta. Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 4 Farmacêutico do Centro de Referência de Doenças Endêmicas Pirajá da Silva.

Introdução: O perfil dos problemas de saúde atual faz com que a promoção de estilos de vida saudáveis aliadas à prática de atividade física regular seja valorizada e colocada como uma das prioridades em saúde pública no mundo. A qualidade de vida está relacionada com o bem-estar pessoal e abrange aspectos como o estado de saúde, lazer, satisfação pessoal, hábitos e estilo de vida. Nesse contexto, a prática de atividade física tem se mostrado fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população em geral. Esse estudo tem o objetivo de identificar a prática de atividade física entre graduandos do curso de odontologia e a percepção destes quanto a sua qualidade de vida. Método : Estudo quantitativo e descritivo. A amostra foi composta por 174 graduandos do curso de odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário auto-aplicável. Os questionários foram tabulados através do software Epidata, versão 3.1 e analisados através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS , versão 21. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da referida universidade, conforme a Resolução 466/2012, que dispõe sobre as Diretrizes e Normas Regulamentares na Pesquisa com Seres Humanos, e aprovado sob o parecer de 242.588 e CAAE: 04830812.7.0000.. Resultado e Discussão: Dos 174 informantes da pesquisa 66,7% são do sexo feminino, 62,6% tem entre 21 a 30 anos, 93,1% se declararam solteiros, 56,9% afirmaram serem pardos. Quanto à satisfação com o trabalho/ curso, 14,4% responderam que estão muito satisfeitos, 78,2% estão satisfeitos, 6,6% não estão satisfeitos, 0,6% não estão satisfeitos de forma alguma e 0,6% não respondeu. Da amostra pesquisada, 70,7% consideraram ter uma boa qualidade de vida, 20,1% afirmam ter muito boa qualidade de vida, 1,1% referiram ter uma qualidade de vida ruim, 6,4% disseram não ser nem boa nem ruim, 1,6% não informou. Em relação às atividades físicas, 53,4% afirmaram realizar algum tipo de exercício, 26,4% referiram praticar exercícios físicos pelo menos 5 vezes na semana. Dos que informaram que fazem exercícios, 18,4% praticam musculação. Conclusão: Percebeu-se pelas respostas dos informantes que a satisfação com o curso/trabalho está intrinsecamente ligada a percepção de uma boa qualidade de vida. Além disso, mais da metade dos informantes praticam algum tipo de atividade física. Assim, a maioria dos estudantes está satisfeita com o trabalho/curso e avaliam sua qualidade de vida como boa/muito boa.

NORMA REGULAMENTADORA 32: CONHECIMENTO DOS

GRADUANDOS DE ODONTOLOGIA

Fabrício Silva Santos

1

, Juliana da Silva Oliveira

2

, Roberta Laíse Gomes Leite

Morais^2 , Manuella Serra Tanan^3 , Maiara Pimentel Macedo^3

(^1) Graduando do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2 Enfermeira. Docente do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 3 Graduanda do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Introdução: O Ministério do Trabalho publicou a Norma Regulamentadora 32 (NR 32), no ano de 2005, com o objetivo de estabelecer diretrizes para a implantação de medidas que possam garantir a proteção e a segurança aos trabalhadores de saúde. Diversos são os riscos ocupacionais que os cirurgiões dentistas estão expostos em seu ambiente de trabalho, dentre esses riscos o biológico se sobressai. Os graduandos do curso de odontologia estão expostos ao mesmo risco ocupacional que o cirurgião dentista, visto que, realiza as mesmas atividades pertinentes a profissão. Dessa forma, torna-se relevante que esses tenham conhecimento das Normas Regulamentadoras implementadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, especialmente a NR 32. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o conhecimento dos discentes do curso de graduação em odontologia sobre a NR 32. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, realizado com 174 graduandos de odontologia. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário au to-aplicável, com post o po r que stõe s di strib uída s em cinc o bl ocos, a s aber : in form açõe s so cio demo gráf icas ; c arac terí stic as ocupacionais; acidente de trabalho; biossegurança e condições gerais de saúde. Neste estudo foram analisados os blocos relacionados aos aspectos sociodemográficos e biossegurança, sendo que deste extraímos os dados referentes à NR 32. Os questionários foram tabulados através do software Epidata, versão 3.1 e analisados através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS , versão 21. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e aprovado sob o parecer de 242.588 e CAAE: 04830812.7.0000.0055, obedecendo à Resolução 466/2012, que dispõe sobre as Diretrizes e Normas Regulamentares na Pesquisa com Seres Humanos. Resultados e Discussão: Observou-se que dos 174 estudantes que participaram da pesquisa (100%), 116 eram do sexo feminino (66,7 %), 109 encontravam-se entre 21 e 30 anos (62,6%) e 162 dos alunos eram solteiros (93,1%). Evidenciou-se que 172 graduandos desconhecem a Norma Regulamentadora 32 (98,9%). Através desses resultados pode-se inferir que os estudantes podem não ser capazes de se prevenir adequadamente dos acidentes que rotineiramente estão expostos no ambiente de prática. Ao questionar o conceito dessa norma, apenas um discente respondeu, dentre os dois que haviam afirmado conhecê-la, o que representa 0,6% da população. Contudo, a resposta foi superficial e incompleta, pois, o graduando informou apenas que ela fazia referência a biossegurança e segurança no ambiente de trabalho. Conclusão: Este estudo demonstrou que existe um déficit no conhecimento por parte dos discentes sobre a NR 32, o que poderá levá-los a uma maior exposição aos riscos no ambiente de prática e/ ou trabalho e, consequentemente, ao acidente ocupacional.

RISCOS BIOLÓGICOS NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA

Malu Oliveira Santos1,^ Ellen Rayana Pereira Silva^1 , Nathalia Santos Macedo Xavier^1 , Fabio

Ornellas Prado^2

1 Acadêmic as do curso de Odontologia da U niversidade Es tadual do Sudoes te da Bahia

(UESB),^2 Professor Adjunto do Departamento de Saúde da UESB

A clínica odontológica é um ambiente onde a transmissão de patógenos pode ocorrer com relativa

facilidade, sendo os cirurgiões-dentistas os profissionais da saúde mais suscetíveis a contrair - e

transmitir - infecções pelo contato diário com sangue e/ou saliva em seus consultórios. A prevenção

da infecção cruzada é, portanto, um aspecto crucial da prática odontológica. O presente trabalho

dispõe-se a avaliar os comportamentos e condutas de biossegurança e controle de infecção cruzada

entre os cirurgiões-dentistas e estudantes de Odontologia. Para tanto, foi realizado levantamento

bibliográfico nas bases de dados SciELO, MedLine e Lilacs, utilizando com termos de busca

'odontologia', 'riscos ocupacioanais', 'biossegurança', 'infecção cruzada', 'controle de infecção' e

seus equivalentes em língua inglesa. Foram levantados 300 artigos, após criteriosa avaliação, 15

trabalhos, publicados entre 2004 e 2014, foram selecionados. Os achados na literatura sugerem

que o risco de o cirurgião-dentista contrair uma infecção é bastante pequeno - desde que sejam

tomadas as devidas precauções de biossegurança e controle de infecção, entretanto, estudantes

de Odontologia podem ser um grupo particularmente vulnerável, sobretudo pela sua relativa falta

de experiência e habilidade. O nível de conhecimento, as atitudes e práticas de dentistas e estudantes

de Odontologia em relação aos procedimentos de controle de infecção cruzada, biossegurança e

gestão pós-exposições acidentais mostram-se, ainda, incipientes e insuficientes, sugerindo que há

uma grande necessidade em implementar programas de educação continuada e cursos de curta

duração sobre o tema; além disso, é muito importante adequar a grade curricular dos cursos de

Odontologia, visando à formação de profissionais mais conscientes de suas responsabilidades éticas

e legais, e com um maior nível de conhecimento prático sobre as condutas de controle e prevenção

de infecções.

Biossegurança

BIOSSEGURANÇA NA ODONTOLOGIA: UMA REVISÃO DA

LITERATURA

Bruno Dezen Vieira¹; Renata Alves da Silveira Santos¹; Melissa Mercadante

Santana Cruz^2 ; Fabrício Santos Menezes³; Virginia Kelma Santos Silva³.

¹Discente de Odontologia da Universidade Federal de Sergipe, ² Discente de Nutrição da Universidade

Federal de Sergipe, ³Professor (a) do Campus Prof. Antônio Garcia Filho (Lagarto) da Universidade

Federal de Sergipe.

A biossegurança é fundamental para os profissionais de saúde. A negligência de procedimentos

corretos de biossegurança acarreta riscos às pessoas e contribui para a transmissão de patógenos,

constituindo-se assim em um problema de saúde pública. Os estudantes de odontologia compõem

um grupo risco para infecções devido à falta de conhecimento, negligência e privação de recursos.

O estudo visa demonstrar a importância da aplicação dos procedimentos corretos de biossegurança

pelos estudantes/profissionais de odontologia. Pesquisas apontam que 48,8% dos acidentes

envolvendo materiais biológicos ocorreram em estudantes de odontologia. Deste modo, a adoção

das precauções-padrão tais como: a higienização das mãos e o uso de equipamentos de proteção

individual (EPI) como luvas, óculos de proteção, jaleco, máscara e gorro, que dificultam o contato

com fluidos corporais e reduz o risco de contaminação. Além disso, a vacinação contra hepatite B e

tétano também são uma importante medida preventiva. Em casos de pós-exposição envolvendo

pacientes soropositivos ao HIV, recomenda-se a quimioprofilaxia com anti-retrovirais. Portanto, a

adoção de práticas seguras e medidas de biossegurança são obrigatórias desde a graduação,

sendo necessária a sensibilização e reflexão ética/bioética para a formação de profissionais de

saúde envolvidos com a prevenção de acidentes envolvendo material biológico.

BIOSSEGURANÇA: VOCÊ ESTA FAZENDO ISSO

CORRETO?

Jordana Rodrigues de Queiroz Brito^1 , Larissa Miranda Oliveira^1 , Neiana Carolina

Rios Ribeiro^2 , Flávia Carolina Gonçalves Azevedo^3 , Maria Cecília Fonseca

Azoubel

4

1 Alunas do Curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2 Cirurgiã-

dentista graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 3 Professora Adjunta da

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 4 Professora Adjunta da Escola Bahiana de Medicina

e Saúde Pública.

O procedimento odontológico é invasivo e possui riscos de contaminação entre o profissional, paciente

e equipe auxiliar. Com a finalidade de reduzir esses riscos, normas de biossegurança precisam ser

seguidas, porém muitas vezes são descumpridas e negligenciadas pelos profissionais e estudantes

da área. Portanto, o objetivo desse trabalho é mostrar os erros mais frequentes na prática

odontológica, alertando alunos e profissionais da área de saúde, a realizar todas as etapas de

biossegurança minimizando os riscos de contaminação durante e após o atendimento odontológico.

A biossegurança é o conjunto de medidas que visam o controle de infecção no ambiente odontológico,

muitas vezes são descumpridas por estudantes e cirurgiões-dentistas, sendo estes expostos a

acidentes ocupacionais, infecções cruzadas e transmissão de doenças infecto-contagiosas através

da exposição à materiais biológicos, devido ao excesso de confiança ou negligência do ofício.

Conclui-se que mesmo ciente dos riscos de contaminação, o descumprimento das normas de

biossegurança é muito frequente entre profissionais e estudantes de odontologia.

EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO ENTRE DISCENTES

DO CURSO DE ODONTOLOGIA

Mariele Santana Dias Barreto

1

, Sérgio Donha Yarid

2

, Roberta Laíse Gomes Leite

Moraes^3 , Laís Monique Souza Leal^1 , Ricardo da Silva Oliveira^4.

(^1) Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2 Cirurgião Dentista. Doutor em Odontologia Preventiva e Social. Docente do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. 3 Enfermeira. Mestra em Enfermagem e Saúde. Docente do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 4 Farmacêutico do Centro de Referência de Doenças Endêmicas Pirajá da Silva.

Introdução: Os profissionais de saúde, dente eles o cirurgião dentista, estão expostos a diversos riscos em seus ambientes de trabalho (físicos, químicos, ergonômicos, biológicos, etc). Os riscos biológicos são especialmente importantes e estão associados, principalmente, à área limitada de acesso e ao uso de instrumentos perfurocortantes. Os estudantes apresentam riscos ainda maiores, pois desenvolvem suas atividades em situações semelhantes à prática profissional, associado à falta de experiência clínica. O presente estudo teve como objetivos: verificar a frequência dos acidentes com material biológico entre discentes do curso de odontologia, descrever o perfil desses acidentes e conhecer as condutas realizadas pós-exposição. Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva de corte transversal, realizada na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, no município de Jequié-BA, com 174 discentes do 1° ao 10° semestre do curso de odontologia. Os dados foram coletados através de um questionário autoaplicável, entre os meses de outubro a dezembro de 2013, após a aprovação no CEP – UESB, sob o parecer número 242.588 e CAAE: 04830812.7.0000.0055. Os dados coletados foram tabulados através do software Epidata, versão 3.1 e analisados através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS, versão 21, onde foi empregada a estatística descritiva para as variáveis de interesse (frequência simples e absoluta). Resultados e discussão: A análise revelou que 4 (2,3%) discentes sofreram acidentes com material biológico nos últimos 12 meses; os 4 (100%) envolveram materiais perfurocortantes, sendo estes: agulha (25%), broca (50%) e outro instrumental odontológico (25%); 3 (75%) deles ocorreram no período matutino. A parte do corpo atingida nos 4 acidentes (100%) foi o dedo da mão. O tipo de material envolvido e a área do corpo atingida nos acidentes estão relacionados aos procedimentos que são realizados pelos acadêmicos de Odontologia, quando estes estão desenvolvendo suas atividades práticas. Quanto à conduta pós-exposição, 2 (50%) discentes procuraram o centro de referência para orientações, 1 (25%) informou ter lavado o local com água e sabão e ter conversado com o paciente e seu professor e 1 (25%) lavou o local com álcool, o que é contra indicado, pois o álcool é uma substância irritante e pode aumentar a área de exposição a um possível agente infectante. Foi utilizada a quimioprofilaxia em 1 (25%) caso. Conclusão: Percebe-se que o percentual de acidente entre os discentes de odontologia foi baixo, porém a conduta pós-exposição não foi adequada. Isso revela a falta de conhecimento sobre tal temática, aumentando a exposição desses discentes aos riscos que podem ser ocasionados pelo acidente com material biológico.

HEPATITE B: PERFIL VACINAL DOS DISCENTES DE

ODONTOLOGIA

Mariele Santana Dias Barreto^1 , Juliana da Silva Oliveira^2 , Manuella Serra Tanan^3 ,

Maiara Pimentel Macedo

3

, Rita de Cássia Santos Barros

4

(^1) Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2 Enfermeira. Mestra em Enfermagem e Saúde. Docente do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 3 Graduanda do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 4 Fisioterapeuta. Especialista em Terapia Intensiva e Acupuntura. Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Introdução: A hepatite B é a principal causa de infecção entre os estudantes da área de saúde, a qual os acadêmicos de odontologia estão expostos a um risco elevado, por lidarem com secreções das vias aéreas superiores e aerossóis, sendo a vacinação uma das medidas preventivas mais eficazes contra as doenças imunopreveníveis. Desta forma, este estudo objetivou analisar o perfil vacinal para Hepatite B dos discentes do curso de odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB. Método: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo de corte transversal, realizado com estudantes de graduação do curso de odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié. A amostra foi composta de 174 estudantes. A coleta de dados deu-se por meio da utilização de um questionário padronizado auto- aplicável, composto por questões reunidas em 05 blocos, sendo realizada no período de outubro a dezembro de 2013. Os dados foram tabulados no software Epidata, versão 3.1 e analisados através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS , versão 21. Este estudo faz parte do projeto matriz intitulado “Ensino, pesquisa e extensão: exposição a materiais biológicos nos cursos de graduação em saúde” que foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e aprovada sob o parecer de 242.588 e CAAE: 04830812.7.0000.0055. Resultados e Discussão: A análise apontou que apenas 30,5% dos estudantes tinham esquema vacinal completo para Hepatite B. Em relação ao exame antiHbsAg, apenas 14,4% realizaram a sorologia. Outro dado importante, é que ainda existe estudante que não possui cartão de vacina (0,6%). Evidencia-se a baixa adesão dos acadêmicos de odontologia quanto à vacinação e imunização para Hepatite B, o que nos permite inferir que muitos não sabem da importância nem da vacinação e nem da sorologia, o que os tornam susceptíveis a tal doença, que é imunoprevenível. Conclusão: Os estudantes da graduação de odontologia não estão adequadamente imunizados contra Hepatite B, visto que a maioria não completou o esquema vacinal. É preocupante os baixos índices da realização do exame para a verificação da imunização, como também a não aquisição do cartão vacinal. Dessa forma, é importante que a instituição de ensino incentive a imunização para os discentes do curso de odontologia, com vistas a minimizar o risco de adquirir uma doença imunoprevenível no ambiente de prática e/ou trabalho.

BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA: UMA REVISÃO

LITERÁRIA

Cecília Correia Costa^1

1 Discente do curso de Odontologia da Faculdade Independentedo Nordeste. FAINOR - Faculdade

Independente do Nordeste

Resumo. O combate às infecções dentro dos consultórios odontológicos é de extrema importância

e tem sido bastante discutido e pesquisado entre profissionais da saúde oral e imunologistas. Alguns

microorganismos são capazes de sobreviver em condições extremas de escassez de nutrientes, o

que dificulta o seu extermínio. Há a necessidade de desenvolver, cada vez mais, a biossegurança

dentro de ambientes de saúde, principalmente, nos consultórios odontológicos, com a finalidade de

evitar contaminações diretas e cruzadas, entre pacientes e profissionais. Na assistência odontológica

é comum o contato do profissional com pacientes portadores de algumas infecções que podem

oferecer riscos, como a hepatite e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Pode haver,

também, a transmissão de doenças do profissional para o paciente. Torna-se importante discutir e

intensificar pesquisas direcionadas a biossegurança e uso de Equipamentos de Proteção Individual,

como luvas, touca, máscara e jaleco, bem como a eficaz limpeza e esterilização de materiais utilizados

por profissionais da odontologia e sua equipe de saúde bucal. As principais esterilizações são

feitas, na atualidade, com a auto-clave e estufa em um tempo pré determinado. O objetivo desta

revisão literária é avaliar e reforçar os estudos das publicações recentes, referentes aos métodos

de prevenção e controle de infecção em odontologia, cujo domínio do conhecimento e importância

visam o bem estar e proteção da equipe de saúde bucal e dos pacientes que procuram por este

serviço.

MEIOS DE PROTEÇÃO À RADIAÇÃO UTILIZADOS EM

CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS

Rayssa Batista de Andrade¹, Dayse Hanna Maia Oliveira^1 , Camila Helena

Machado da Costa

2

, Manuella Santos Carneiro Almeida

2

, Tássia Cristina de

Almeida Pinto Sarmento².

1 Aluna de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande - PB, 2 Professora

de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande - PB.

A radiação X utilizada nos exames radiográficos é capaz de provocar efeitos deletérios nos seres vivos, e apesar da existência de inúmeras pesquisas na área, ainda não se conhece uma dose mínima abaixo da qual não ocorram esses efeitos biológicos. É importante que o profissional conheça e siga normas de proteção em seu consultório durante a execução de radiografias, na tentativa de minimizar a quantidade de radiação a qual o paciente será exposto, diminuindo os efeitos biológicos nocivos ao organismo. De acordo com a lei, os profissionais da saúde que fazem uso de qualquer tipo de radiação ionizante, seja com fins de diagnóstico ou terapêutico, tem o dever de proteger seus pacientes com a blindagem plumbífera para evitar a exposição das gônadas, tórax e tireoide. Este trabalho objetivou avaliar os meios de proteção utilizados em estabelecimentos de assistência à saúde odontológica na cidade de Patos-PB de acordo com a atual legislação sanitária brasileira. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa via Plataforma Brasil no dia 30/01/ (CAAE: 23399713.8.0000.5181). Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo cirurgião-dentista, o pesquisador realizou inspeção visual do consultório odontológico e observou os métodos de proteção radiológica utilizados pelo profissional e paciente. Foram vistoriados 31 consultórios onde se constatou que acerca da proteção dos pacientes: 3,2% dos consultórios não dispunham de avental de chumbo, 77,4% o acondicionavam de maneira incorreta e, 12,9% não possuíam protetor de tireoide. Para a proteção do profissional, 25,8% relataram que mantinham distância adequada do aparelho. De acordo com a metodologia utilizada e os resultados obtidos, foi observado que alguns aspectos de radioproteção estão em desacordo com a legislação sanitária brasileira nos consultórios odontológicos de Patos-PB. Alguns cirurgiões demonstraram desconhecer certas normas de radioproteção vigentes as quais possibilitariam minimizar os riscos inerentes a exposição aos raios X. Pertence aos profissionais a responsabilidade de conhecer os efeitos biológicos dos raios X para minimiza-los e usar a radiação como um meio seguro auxiliar de diagnóstico.

Biossegurança

IDENTIFICAÇÃO E PREVENÇÃO DE RISCO À SAÚDE NA

ODONTOLOGIA

Rafaela Natali Rosales Leal da Silva

1

, Rosangela Rabelo

2

, Ana Carla Robatto

Nunes^3 , Urbino da Rocha Tunes^4 , Songeli Menezes Freire^5

1- Acadêmica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), 2- Profa da Universidade

Federal da Bahia (UFBA), Cirurgiã-dentista Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), 3-

Profa. Adjunta da EBMSP, 4-Coordenador e Prof. do curso de odontologia da EBMSP , 5- Profa.

Adjunto de Bioética e de Biossegurança do Instituto de Ciências da Saúde (ICS/UFBA), Profa.

Adjunto do curso de odontologia da EBMSP

No atendimento à saúde do paciente, o Cirurgião-Dentista (CD), além de legalmente habilitado,

deve estar capacitado e treinado quanto as normas de biossegurança e questionamentos bioéticos.

A boa formação do CD desde a fase de graduando e a conduta adotada frente ao paciente, aliados

a estrutura física organizacional e o planejamento no consultório, são fatores que favorecem a

efetivação da Biossegurança. Condutas práticas inadequadas e acidentes que ocorrem durante

a prática clínica têm sido descritos como danosos a saúde de profissionais e de pacientes. O cuidado

com o paciente e o autocuidado devem ser observados pelo CD, que deve seguir a legislação

vigente dos Ministérios do Trabalho e Emprego – MET e Ministério da Saúde – MS, referentes aos

riscos ambientais, físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes. Neste trabalho foram

abordados grupos de risco e medidas preventivas no consultório odontológico, para práticas mais

seguras, numa proposta de cuidado para os pacientes, para o graduando, sociedade e meio

ambiente.

RISCOS BIOLÓGICOS EM ODONTOLOGIA

Rebeca Hymer Galvão Oliveira^1 , Tatiana Frederico de Almeida 2

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

São inúmeros os riscos ocupacionais a que cirurgiões-dentistas estão expostos, destacando-se os risc os biológicos, pelo contato com pacientes, através de aerossóis como o caso do Microbacterium tuberculosis e/ ou com fluidos orgânicos que podem conter uma série desses microrganismos patógenos, que acarretam doença ocupacional pelos Vírus da Hepatite B, Hepatite C e do Human Immodeficiency Vírus.O presente estudo objetiva realizar uma revisão sistemática da literatura nacional sobre os riscos biológicos a que a equipe odontológica está exposta no ambiente laboral. Foram selecionados estudos nacionais publicados no período de 2002 a 2013, acerca dos Riscos Biológicos na Odontológia com enfoque para o Microbacterium tuberculosis, Human Immnodeficiency Vírus, Hepatitis B e C Vírus e Herpes Vírus hominis. As bases de dados utilizadas para o rastreamento foram: LiLacs, BBO e SciELO. Empregou-se combinações de busca: “risco ocupacional”, “HIV e Odontologia”, “Hepatites e Odontologia”, “tuberculose e Odontologia”, “herpes e Odontologia”. Foram encontrados 86 artigos, após análise criteriosa selecionou-se 14 artigos que se enquadravam na temática proposta. Dos estudos selecionados cinco foram revisão de literatura (35.7%) e nove foram estudos de corte transversal (64.2%). Os estudos objetivaram elucidar riscos biológicos que a equipe odontológica está exposta. A equipe odontológica está exposta a riscos biológicos no seu âmbito laboral, que são previníveis através de protocolos de imunização e biossegurança.

DESINFECÇÃO DE MOLDES ORTODÔNTICOS:

IMPORTANTE CONDUTA DE BIOSSEGURANÇA

*Alana Tavares Ribeiro Meneses, *Caio Sousa Ferraz, *Isabel Zarife Figueira,

**Marcos Alan Vieira Bittencourt

*Pós-graduandos em Ortodontia da Universidade Federal da Bahia, ** Prof. Adjunto da Universidade

Federal da Bahia e Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Federal

da Bahia

Um material de moldagem ideal é aquele capaz de reproduzir, com precisão, a forma dos dentes e

suas relações com estruturas vizinhas. Moldes odontológicos são obtidos em diversas etapas do

tratamento e carregam microrganismos que potencializam a infecção cruzada. São considerados

artigos semicríticos, por entrarem em contato com a mucosa do paciente, e devem ser submetidos

à desinfecção sem sofrer alterações em suas propriedades. Por isso, é imprescindível a incorporação

de um protocolo de desinfecção dentro das dependências ambulatoriais, como também na rotina

de consultórios e laboratórios odontológicos, evitando-se, dessa forma, a ocorrência de infecções

cruzadas. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as

substâncias e métodos de desinfecção em moldes com fins ortodônticos. As técnicas abordadas

foram imersão, pulverização, nebulização e incorporação da substância desinfectante no próprio

material de moldagem. Já as substâncias mais encontradas foram hipoclorito de sódio, ácido

peracético, glutaraldeído e clorexidina. Diante da literatura revisada, a pulverização de hipoclorito

de sódio a 2%, com o armazenamento do molde por dez minutos em recipiente fechado, e a

pulverização de ácido peracético a 0,2%, com armazenamento do molde por 15 min em recipiente

fechado, foram os métodos mais efetivos para aplicação clínica. No entanto, faz-se necessário o

emprego de novos estudos neste âmbito, com o intuito de estabelecer um protocolo efetivo e aplicável

na prática clínica.