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artigo sobre a biologia da radiação, como ela afeta nosso corpo e mais
Tipologia: Teses (TCC)
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Brenda Kathleen Vieira dos Santos Laura de Mello Benedito Letícia De Souza Liuth
Radiation Biology. A bibliographic review in Dental Radiology. Brenda Kathleen Vieira dos Santos FACISA – Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas, Itamaraju, Brasil. Brendakathleen181@gmail.com Laura de Mello Benedito FACISA – Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas, Itamaraju, Brasil. Laahmello13@gmail.com Letícia De Souza Liuth FACISA – Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas, Itamaraju, Brasil. Leticialiuth189@gmail.com
Resumo Conhecer os efeitos biológicos e os riscos associados aos raios x é fundamental para usar a radiação como um meio seguro de auxiliar em diagnósticos, a radiação provoca efeitos deletérios ao organismo, independentemente da quantidade de exposição. Material e Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, através de artigos publicados no período de 1982 a 2020. A participação dos docentes e discentes aconteceu através de questionários de sondagens, elaborado a partir de um tema gerador: Possíveis Efeitos Biológicos das Radiações. A análise dessas sondagens apontou a necessidade de aprofundarem-se os estudos das radiações emitidas durante os demais tratamentos, temas fortemente relacionado ao cotidiano do aluno. discute os impactos do desenvolvimento da ciência e da tecnologia na sociedade. Especificamente nesse trabalho estudou-se os efeitos biológicos do celular e da radiação ultravioleta no ser humano, mostrando malefícios e benefícios dessas ondas eletromagnéticas. Além disso procurou-se divulgar mecanismos de proteção contra essas radiações. A elaboração deste trabalho pretende-se avaliar o conhecimento dos efeitos biológicos da radiação-x. Estes conhecimentos, de extrema importância, são imprescindíveis para a prescrição correta de exames imaginológicos, para que haja uma conscientização sobre o que a radiação-x pode provocar quando há uma exposição excessiva. Palavras-chave: efeitos biológicos, radiação, radiação ionizante, exposição, mutações, equipamentos de proteção individual, radiologia, radiologia odontológica.
1 Introdução Os efeitos da radiação ionizantes podem ser diretos e indiretos (Duran, 2006), os efeitos diretos podem citar as mudanças que aparecem como resultado da absorção de energia irradiado pelas moléculas que estão sendo estudadas e as indiretas são as mudanças das moléculas em uma solução, devido aos produtos da radiólise da água ou outra solução, e não pela absorção de energia pelas moléculas estudadas. Não existe uma dose segura (Duran, 2003) a exposição à radiação ionizante sob ponto de vista genético, qualquer exposição à radiação podem envolver certo risco de indução de efeitos hereditários e somáticos. Os efeitos da radiação podem ser divididos em efeitos em curto prazo ou agudos e em longo prazo ou tardios (Okuno et al, 1982) Os efeitos somáticos dependem de alguns fatores tais como: tipo de radiação, profundidade atingida, que está relacionada á energia da radiação e ao tipo de tecido irradiado, área ou volume do corpo exposto, dose recebida, e tempo de radiação. Os efeitos somáticos no homem, os mais importantes são: aumento da incidência de câncer, anormalidade no desenvolvimento do embrião, indução da catarata e redução da vida média. ( MARTINS, nicolas. 2011)
2 Desenvolvimento
Esta pesquisa é do tipo bibliográfica e descritiva, visando investigar o cuidado em biossegurança durante exames de radiografia realizados em leitos hospitalares. A revisão bibliográfica foi conduzida utilizando fontes do Google Acadêmico, SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Pubmed, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), além de livros físicos e digitais, periódicos e revistas acadêmicas pertinentes ao tema em questão. Os critérios de inclusão para seleção dos artigos abordaram a afinidade com o tema proposto e a similaridade de objetivos, considerando publicações entre os anos de 2002 e 2021. Por outro lado, foram excluídas publicações redundantes ou não relacionadas ao tema. Não houve restrições quanto ao idioma das publicações. As palavras-chave utilizadas na busca incluíram: leito, radiografia, biossegurança e radiologia.
As radiografias ionizante é a radiação que possuem energia suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, é capaz de arrancar um elétron de um átomo ou moléculas. Nesse artigo estamos interessados em radiação ionizante que é a radiação transmitida por partículas de alta energia (partículas alfa, prótons, elétrons, nêutrons) ou ondas eletromagnéticas (raios X, raios gama) que possui energia suficiente para remover elétrons de valência de um átomo, produzindo consequentemente a sua ionização. A radiação ionizante pode ser aplicada com diferentes finalidades na indústria, dentre elas podem-se destacar: realização de ensaios não-destrutivos, modificação de materiais poliméricos, preservação e desinfestação de produtos alimentícios e esterilização de produtos farmacêuticos, médicos e cirúrgicos. O universo de possibilidades de aplicação desta técnica na indústria tende a se expandir no futuro com o desenvolvimento de equipamentos mais versáteis e econômicos.
A radiação ionizante pode ser aplicada com diferentes finalidades na indústria, dentre elas podem-se destacar: realização de ensaios não-destrutivos, modificação de materiais poliméricos, preservação e desinfestação de produtos alimentícios e esterilização de produtos farmacêuticos, médicos e cirúrgicos. A população mundial tem a possibilidade com a aplicação desta técnica na indústria vai se expandir no futuro com o desenvolvimento de equipamentos mais versáteis e econômicos.
As fontes de radiação são amplamente categorizadas em naturais e artificiais, dependendo da sua origem. Alguns exemplos são: Fontes Naturais de Radiação, podem ser divididas em Radiação Cósmica, que são partículas de alta energia provenientes do espaço exterior, incluindo raios cósmicos e radiação solar, Radiação Terrestre, são emissões naturais de elementos radioativos presentes na crosta terrestre, como urânio, tório e potássio-40, Radônio, é um gás radioativo produzido pela decomposição do rádio, geralmente encontrado em solos e rochas, e Radiação de Fundo, é uma radiação proveniente de várias fontes naturais, como gases radioativos, materiais de construção e alimentos. Fontes Artificiais de Radiação, como aplicações médicas, Raios-X utilizados em diagnósticos médicos, tomografias computadorizadas, radioterapia, etc., Indústria Nuclear, reatores nucleares, usinas nucleares, processamento de combustível nuclear, armazenamento de resíduos nucleares, etc., Tecnologia, equipamentos de radiografia industrial, dispositivos de medida nuclear, equipamentos de análise por ativação neutrônica, etc., Resíduos Radioativos, resíduos gerados por atividades nucleares, como rejeitos de reatores, resíduos de usinas nucleares, resíduos hospitalares, etc., e Armas Nucleares, detonações nucleares produzem uma variedade de radiações, incluindo raios gama e partículas alfa, beta e neutrônicas. Fontes de Radiação de Baixo Nível, como Produtos de Consumo, alguns produtos de consumo, como relógios luminosos, detectores de fumaça,
•Mitocôndrias: As mitocôndrias são sensíveis a radiações. Danos às mitocôndrias podem levar à produção aumentada de espécies reativas de oxigênio (ROS), podem causar danos ao DNA, proteínas e lipídios celulares. O acúmulo de danos mitocondriais pode desencadear a apoptose (morte celular programada) e sua responsabilidade são enormes no organismo humano como a produção de energia celular que pode ser afetada. •Citoplasma: A citoplasma pode ser a que não tem muita possibilidade de ser afetada pela sua sensibilidade em comparação aos núcleos. Ele pode ser afetado de maneira na formação de radicais livres no citoplasma, que podem danificar organelas e outras estruturas citoplasmáticas. Retículo Endoplasmático: O retículo endoplasmático (RE) pode sofrer estresse devido à radiação, levando ao mal dobramento de proteínas e a uma resposta de estresse do RE. Isso pode afetar a síntese e o processamento de proteínas essenciais para a célula. Lisosomas: Danos aos lisossomas podem resultar na liberação de enzimas hidrolíticas no citoplasma, causando autólise e morte celular. Radiação não ionizante: São aquelas que não geram ionização como as ondas de TV, ondas de rádio e micro-ondas tendem a causar danos mais superficiais. Por exemplo, a radiação ultravioleta danifica a membrana celular e causa a formação de dímeros de timina no DNA, prejudicando a replicação e a transcrição. Resistência à Radiação: Algumas células têm estruturas e mecanismos que lhes conferem maior resistência à radiação. Por exemplo, células com sistemas eficientes de reparo de DNA, antioxidantes elevados e mecanismos robustos de apoptose podem sobreviver melhor à exposição à radiação.
Considerando que as moléculas biológicas são constituídas, principalmente, por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, os elétrons que provavelmente serão arrancados de um átomo, no caso de irradiação de um ser vivo, serão elétrons de átomos destes elementos. Para que ocorra ionização em um material biológico a energia da radiação deve ser superior ao valor da energia de ligação dos elétrons ligados aos átomos destes elementos. A transformação de uma molécula específica (água, proteína, açúcar, DNA, RNA, etc.) pela ação das radiações leva a conseqüências que devem ser analisadas em função do papel biológico desempenhado pela molécula atingida. O efeito desta transformação deve ser acompanhado nas células, visto serem estas as unidades morfológicas e fisiológicas dos seres vivos. Da mesma maneira, a geração de novas entidades químicas no sistema também deve ser analisada considerando seu impacto nacélula irradiada.
Os efeitos biológicos das radiações ionizantes referem-se às alterações que ocorrem nos organismos vivos devido à exposição a radiações capazes de ionizar átomos e moléculas nos tecidos biológicos. Essas radiações podem incluir raios-X, raios gama, partículas alfa, partículas beta e nêutrons. Quando essas radiações interagem com os tecidos biológicos, podem causar uma série de efeitos adversos. Esses efeitos são classificados em dois tipos principais: determinísticos e estocásticos.
1. Efeitos Determinísticos : Os efeitos determinísticos (também conhecidos como efeitos não estocásticos) ocorrem quando há uma dose suficientemente alta de radiação, acima de um determinado limiar, que causa danos diretos aos tecidos. Esses danos têm uma relação direta com a dose recebida e incluem: •Síndrome Aguda por Radiação: Exposições agudas a doses muito altas de radiação podem resultar em uma síndrome de radiação aguda, caracterizada
A proteção contra radiação, o monitoramento da exposição ocupacional e o uso de técnicas de radioproteção são essenciais para minimizar os riscos à saúde associados à exposição a radiações ionizantes.
Os efeitos biológicos da radiação ionizante podem ser classificados de várias maneiras, dependendo de diferentes critérios, como a natureza dos efeitos, a dose recebida e o tempo de exposição. Dois tipos comuns de classificação são: a) Efeitos Determinísticos (ou Não Estocásticos): Estes são efeitos que ocorrem apenas acima de um certo limiar de dose e têm uma relação dose resposta previsível. A gravidade dos efeitos determinísticos está diretamente relacionada à dose recebida. Exemplos incluem síndrome aguda por radiação, síndrome hematopoiética, síndrome gastrointestinal aguda, entre outros. b) Efeitos Estocásticos (ou Aleatórios): Estes são efeitos que não possuem um limiar de dose específico e cuja probabilidade de ocorrência aumenta com a dose, mas a gravidade dos efeitos não está relacionada à dose recebida. Exemplos incluem câncer induzido por radiação, mutações genéticas, efeitos carcinogênicos e teratogênicos, entre outros.
Os danos celulares causados por radiação ionizante referem-se às alterações que ocorrem nas células do corpo humano quando expostas a radiações capazes de ionizar átomos e moléculas nos tecidos biológicos. Essas radiações podem incluir raios-X, raios gama, partículas alfa, partículas beta e nêutrons. Os danos celulares resultantes da exposição à radiação ionizante podem ser diversos e afetar diferentes componentes celulares e processos biológicos. Os principais tipos de danos são:
A radiação ionizante pode causar danos diretos ao DNA das células, incluindo quebras simples e duplas nas cadeias de DNA, formação de dímeros de pirimidina e alterações na estrutura molecular do DNA. Mutação Genética: Esses danos ao DNA podem resultar em mutações genéticas, alterando a sequência de nucleotídeos nos genes das células. Essas mutações podem levar a distúrbios genéticos, câncer e outras doenças. Morte Celular: Em casos de exposição a doses elevadas de radiação, as células podem sofrer morte celular programada (apoptose) ou morte celular não programada (necrose), levando à perda de tecido e função. Dano Mitótico: A radiação pode interferir no processo de divisão celular, resultando em mitoses anormais e células filhas com cromossomos danificados. Resposta Inflamatória e Reparativa: A exposição à radiação pode desencadear uma resposta inflamatória nos tecidos afetados, além de estimular mecanismos de reparo do DNA para tentar corrigir os danos causados. Esses danos celulares podem ter consequências variadas, desde efeitos agudos como a síndrome de radiação aguda até efeitos crônicos como o desenvolvimento de câncer. Portanto, a minimização da exposição à radiação e a adoção de medidas de proteção radiológica são essenciais para reduzir os danos celulares causados por radiação ionizante.
Esta fase varia de dezenas de minutos até dezenas de anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas provocadas pela radiação podem afetar uma célula de várias maneiras, resultando em: morte prematura, impedimento ou
organismo de superar ou reparar tais danos, que são as doenças. Assim, o aparecimento de um tumor cancerígeno radio induzido, significa já quase o final de uma história de danos, reparos e propagação, de vários anos após o período de irradiação. A ocorrência de leucemia nos japoneses, vítimas das bombas de Hiroshima e Nagasaki, teve um máximo de ocorrência cinco anos após. As queimaduras originárias de manipulação de fontes de 192Ir, em acidente com irradiadores de gamagrafia, aparecem horas após. Porém, os efeitos orgânicos mais dramáticos, como a redução de tecido, ou possível perda dos dedos, podem levar até 6 meses para acontecer
Efeitos Agudos: Estes são efeitos que ocorrem dentro de um curto período após uma exposição aguda a doses elevadas de radiação. Exemplos incluem síndrome de radiação aguda, síndrome hematopoiética aguda, lesões teciduais graves, entre outros. Efeitos Crônicos: Estes são efeitos que se desenvolvem ao longo do tempo após uma exposição crônica a doses mais baixas de radiação. Exemplos incluem câncer induzido por radiação, catarata radioinduzida, efeitos genéticos hereditários, entre outros. Essas classificações são úteis para compreender os diferentes impactos da radiação ionizante nos organismos vivos e para orientar medidas de proteção radiológica e segurança ocupacional
Logo após a descoberta dos raios X e da radioatividade, iniciou-se o uso desenfreado da radiação e os médicos começaram a perceber que ela tinha
potencial para retirar manchas de nascença, pintas e matar células. Entretanto, somente 30 anos após a descoberta dos raios X é que foi criada a International Commission on Radiation Units and Measurements (ICRU) com a finalidade de estabelecer grandezas e unidades de Física das radiações, critérios de medidas, métodos de comparação etc. Três anos depois foi criada a International Commission on Radiological Protection (ICRP), com a incumbência de elaborar normas de proteção radiológica e estabelecer limites de exposição à radiação ionizante para indivíduos ocupacionalmente expostos e para público em geral. Essas comissões ainda se reúnem com regularidade para elaborar novas normas ou atualizar as já existentes. Cada país tem um órgão que faz adequações nas normas internacionais e as adota para regulamentar o uso das radiações. No Brasil, tal órgão é a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A proteção radiológica se baseia em três princípios:
As normas de proteção radiológica, apesar de indicarem valores de limitação da dose, estabelecem o princípio fundamental conhecido como ALARA. No Brasil, as diretrizes básicas referentes à proteção radiológica estão relacionadas na norma do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) NE-