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Bacterioses Meningite, Streptococos, Staphylococos e Tétano, Notas de estudo de Microbiologia

Principais bacterioses, forma de transmissão, tratamento e prevenção, diagnóstico, patogênese, sintomatologia, entre outros

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 02/04/2024

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MENINGITE BACTERIANA
3 patógenos principais – H. influenza, S. pneumoniae e N. meningitidis
H. influenza e S. pneumoniae são as duas causas mais comuns de otites e sinusites agudas e crônicas
Sintomas mais comuns – febre, cefaleia, confusão mental, sensibilidade a luz e rigidez na nuca
- crianças pequenas podem apresentar apenas sintomas não específicos (febre e vômitos)
S. PNEUMONIAE HAEMOPHILUS INFLUENZA N. MENINGITIDIS
Coco gram + - streptococos viridams
Pode se disseminar para o SNC após
bacteremia, otites ou sinusites, ou traumas de
cabeça que favoreçam comunicação entre
espaço subaracnóideo e nasofaringe
Principal causa de meningite
São alfa-hemolíticos e possuem cápsula de
polissacarídeo que é utilizada para identificação
Quando consegue infectar, há grande
mobilização de cél. inflamatórias para o tec.,
havendo grande produção de fatores pró-
inflamatórios e geração de radicais livres,
danificando o tec.
- A doença é causada pela resposta do
corpo contra a bact. que está ali
presente
Capazes de sobreviver de forma intracelular e
evadir o sist. imune, se disseminando
Apesar do tratamento efetivo, mortalidade em
< 5a é alta
Bacilo gram – - agrupados em correntes,
anaeróbios facultativos, fermentadores
Encapsulados – + virulento, patógeno do trato
respiratório e SNC, causa meningite, otite e
sinusite
Não Encapsulados – coloniza TRS logo nos
primeiros meses, pode causar doenças
Patogenicidade
Cápsula polissacarídeo – sorotipada de A-F,
tipo B é mais importante, tem antígenos
contra anticorpos, bact. do tipo B são as
que mais causam doenças
Pili e adesinas
LPS e GPD da parede celular compromete
e função ciliar da mucosa e facilita
translocação através do endotélio e acesso
a corrente sanguínea – facilita adesão
celular, após invadir corrente sanguínea
pode causar meningite
Proteases IgA
Endotoxinas
Após 3d de infecção do TRS os sintomas de
meningite aparecem – febre, cefaleia, pescoço
enrijecido, tontura e confusão mental
Coco gram - - diplococos, não fazem parte da
flora normal, intracelulares
Meningite meningocócica – começa de forma
rápida
Humanos são os únicos hospedeiros – maior
incidência em < 5a
Infecta 1º a nasofaringe e, a partir dela, pode
disseminar para outros pontos, como a
meninge (tropismo), articulações ou diversos
tec. ao mesmo tempo
5 tipos principais de meningites e
meningococcemia:
- A – mundo
- B – Brasil
- C, Y e W-135
Patogenicidade
Cápsula polissacarídeo – evasão da
fagocitose e atividade imunogênica
para o desenvolvimento de vacinas,
aumenta a virulência e é imunogênica
Endotoxina – febre e choque
Proteases IgA – destrói IgA
Proteína ligadora de fator H – inibe
cascata de sinalização do sist. imune,
reduzindo ataque contra bact., que
consegue crescer de forma mais
intensa, atua como antígeno na
produção de vacina contra grupo B
Oxidase e catalase + - produz ác. a
partir de carboidratos por via oxidativa
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MENINGITE BACTERIANA

3 patógenos principais – H. influenza, S. pneumoniae e N. meningitidis H. influenza e S. pneumoniae são as duas causas mais comuns de otites e sinusites agudas e crônicas Sintomas mais comuns – febre, cefaleia, confusão mental, sensibilidade a luz e rigidez na nuca

  • crianças pequenas podem apresentar apenas sintomas não específicos (febre e vômitos) S. PNEUMONIAE HAEMOPHILUS INFLUENZA N. MENINGITIDIS Coco gram + - streptococos viridams Pode se disseminar para o SNC após bacteremia, otites ou sinusites, ou traumas de cabeça que favoreçam comunicação entre espaço subaracnóideo e nasofaringe Principal causa de meningite São alfa-hemolíticos e possuem cápsula de polissacarídeo que é utilizada para identificação Quando consegue infectar, há grande mobilização de cél. inflamatórias para o tec., havendo grande produção de fatores pró- inflamatórios e geração de radicais livres, danificando o tec.
  • A doença é causada pela resposta do corpo contra a bact. que está ali presente Capazes de sobreviver de forma intracelular e evadir o sist. imune, se disseminando Apesar do tratamento efetivo, mortalidade em < 5a é alta Bacilo gram – - agrupados em correntes, anaeróbios facultativos, fermentadores Encapsulados – + virulento, patógeno do trato respiratório e SNC, causa meningite, otite e sinusite Não Encapsulados – coloniza TRS logo nos primeiros meses, pode causar doenças Patogenicidade  Cápsula polissacarídeo – sorotipada de A-F, tipo B é mais importante, tem antígenos contra anticorpos, bact. do tipo B são as que mais causam doenças  Pili e adesinas  LPS e GPD da parede celular compromete e função ciliar da mucosa e facilita translocação através do endotélio e acesso a corrente sanguínea – facilita adesão celular, após invadir corrente sanguínea pode causar meningite  Proteases IgA  Endotoxinas Após 3d de infecção do TRS os sintomas de meningite aparecem – febre, cefaleia, pescoço enrijecido, tontura e confusão mental Coco gram - - diplococos, não fazem parte da flora normal, intracelulares Meningite meningocócica – começa de forma rápida Humanos são os únicos hospedeiros – maior incidência em < 5a Infecta 1º a nasofaringe e, a partir dela, pode disseminar para outros pontos, como a meninge (tropismo), articulações ou diversos tec. ao mesmo tempo 5 tipos principais de meningites e meningococcemia:
  • A – mundo
  • B – Brasil
  • C, Y e W- Patogenicidade  Cápsula polissacarídeo – evasão da fagocitose e atividade imunogênica para o desenvolvimento de vacinas, aumenta a virulência e é imunogênica  Endotoxina – febre e choque  Proteases IgA – destrói IgA  Proteína ligadora de fator H – inibe cascata de sinalização do sist. imune, reduzindo ataque contra bact., que consegue crescer de forma mais intensa, atua como antígeno na produção de vacina contra grupo B  Oxidase e catalase + - produz ác. a partir de carboidratos por via oxidativa

TRATAMENTO

Antibióticos – Penicilina G ou oral, mas há crescente resistência à penicilina e outras classes de antibióticos do grupo Meningite: Cefalosporinas de amplo espectro Otite média e sinusite: amoxicilina e azitromicina Antibióticos – grupo das penicilinas TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO Disseminado endógena – da oro/nasofaringe para outros locais, sendo rara disseminação por perdigoto Vacinação – VPC 10, VPC 13 e VPC 23 OBS: crianças e imunodeficientes recebem vacinas com quantidades reduzidas de antígeno Disseminado endógena – da oro/nasofaringe para outros locais, sendo rara disseminação por perdigoto Vacinação – contendo o antígeno capsular purificado Rifampicina – em caso de alto risco para a doença Disseminado pessoa-pessoa – gotículas no ar, coloniza nasofaringe 5% são carreadores crônicos assintomáticos Vacinação – A, meningocócica B, meningocócica C conjugada, meningocócica conjugada quadrivalente ACWY DIAGNÓSTICO Coloração de Gram

- Apenas antes de iniciar antibiótico

  • Escarro ou líquido cerebrospinal
  • Diagnóstico rápido Detecção de antígeno na urina ou líq. cérebro- espinhal - Adultos com pneumonia e suspeita de meningite Cultura
  • Amostra de escarro, aspirado dos seios paranasais e ouvido médio, e líq. Cefalorraquidiano
  • Se for iniciado tratamento antes da coleta resultado é - Diagnóstico clínico
    • I mpossível distinguir a causada por H. influenza das outras, mas é a mais comum em crianças não vacinadas
    • Após 3d de infecção do TRS, os sintomas de meningite aparecem Diagnóstico laboratorial
    • Coloração de Gram do esfregaço – bacilos gram –
    • Ensaios Imunológicos – identificação de antígeno capsular e PRP (teste de aglutinação)
    • Cultura – meio com sangue enriquecido com fator de crescimento heme e fator NAD Coloração de Gram
      • Facilmente visualizada em amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano
      • Tratamento prévio com antibiótico atrapalha o diagnóstico Bioquímico - Oxidase positivo – citocromo C

Glomerulonefrite – principalmente em crianças, causa hipertensão, inchaço de face e tornozelo e hematúria Febre Reumática – reação cruzada entre anticorpos e superfície de articulação, coração e cérebro

  • febre, artrite migratória e endocardite sistêmicos (área afetada fica elevada) Celulite – envolve tec. subcutâneo, dano intenso ao tec. - acamado por muito tempo, gera feridas e nelas pode ser infectada e gerar celulites torácica, febre persistente - precedida por infecção virar no TRS, causa descamação e destruição do ep. ciliado, tornando suscetível a infecção bacteriana - otite é mais comum me crianças - precedidas por infecção viral no TRS DIAGNÓSTICO Coloração de Gram - eficaz para lesões e feridas na pele, não serve para faringite por fazer parte da flora normal
  • tem teste rápido para faringite estreptocócica Cultura
  • Swab de garganta inoculados em ágar sangue apresentarão colônias que tem crescimento inibido por bacitracina Coloração de Gram - Apenas antes de iniciar antibiótico
  • Escarro ou líquido cerebrospinal
  • Diagnóstico rápido Detecção de antígeno na urina ou líq. cérebro-espinhal - Adultos com pneumonia e suspeita de meningite Cultura
  • Amostra de escarro, aspirado dos seios paranasais e ouvido médio, e líq. Cefalorraquidiano
  • Se for iniciado tratamento antes da coleta resultado é -

STAPHYLOCOCOS

Crescem em biofilme Catalase POSITIVO – responsáveis por doenças sistêmicas, de gravidade considerável, como infecções de pele, tec. moles, ossos, trato urinário e oportunistas Encontrados na pele e nasofaringe – disseminação comum e responsável por muitas das infecções hospitalares Podem crescer em alimentos, serem transferidos para indivíduo suscetível por contato direto ou fômites S. AUREUS S. EPIDERMES Gram + Causa doença produzindo toxinas que induzem inflamação e crescimento bact.

  • Produz toxina -> induz inflamação -> mucosa (abcesso) e pele (foliculite e impetigo) Lesão típica – abcesso - S. aureus MRSA é um dos principais em hospitais Presença de suturas e cateteres intravenosos são importantes fatores predisponentes Patogenicidade  Biofilme – aderência e a tec. e superfície  Proteína A – de superfície, inibe eliminação mediada por anticorpo IgG  Toxinas Esfoliativas – ETA e ETB, superantígeno, causam alteração na epiderme  Enterotoxina – A-R, superantígenos  Toxina-1 da Síndrome do Choque Tóxico – superantígeno  Cápsula, Peptidoglicano, Citotoxina, Coagulase e Hialuronidase Gram + Causa doença pelo crescimento bact., que provoca produção de pus, principalmente em feridas/cortes - possível controlar o crescimento, mas não o impedir por assepsia e revezamento de cateteres e locais Encontrado na pele humana TRATAMENTO Antibiótico - geral Foliculite – pode necessitar de drenar Intoxicação – direcionado para o alívio dos sintomas, resolve em 24hr Síndrome do Choque Tóxico – tratamento direto no foco da infecção Síndrome da Pele Escaldada – autolimitada, 7-10d Antibiótico TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO Encontrados na pele e nasofaringe Transmissão por fômites Não tem vacina Coloniza a pele e penetra a corrente sanguínea através de cateteres Não tem vacina SINTOMATOLOGIA Síndrome da Pele Escaldada – impetigo bolhoso, forma localizada
  • descamação disseminada do ep. causada por toxina esfoliativa na epiderme, forma bolhas, causa febre e rachaduras na pele, não Intoxicação alimentar – consumo de alimento contaminado com enterotoxina
  • início rápido, vômito severo, diarreia e espasmos abdominais
  • anticorpos são formados, mas a Endocardite – infecta válvulas cardíacas artificiais, sendo introduzida no momento da substituição
  • ocorre a formação de abcesso que pode levar à separação da válvula na região da sutura, dano tecidual e insuficiência mecânica cardíaca
  • doença de progressão lenta

CLOSTRIDIUM TETANI

Bacilo Gram + Forma esporos – encontrados no ambiente, principalmente solo e alimento

  • Germinam no ambiente da ferida que possui pouca circulação e tec. necrosado Anaeróbio, móvel, em ágar forma filme Podem colonizar TGI de animais e humanos Patogenicidade - 2 toxinas e esporos
  • Se cozinhar/aquecer o alimento a toxina é inativada TRATAMENTO Limpeza da ferida Administração de Imunoglobulina tetânica Antibiótico – gera degradação das proteínas, não alivia os sintomas pois estimula a liberação das toxinas TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO Vacinação – reforço a cada 10ª Infecção não confere imunidade SINTOMATOLOGIA Tétano lisina – hemolisina sensível a O Tétano espamina – age na junção neuromuscular - neurotoxina termolábil, produzida na fase estacionária do crescimento e liberada durante lise celular - toxina tipo AB
  1. as moléculas são internalizadas nos neurônios motores, indo para o corpo celular
  2. domínio A é liberado na cél., inativando proteínas envolvidas na liberação de neurotransmissores inibitórios – desregula acetilcolina, que é liberada o tempo todo, gerando estímulos de contração contínuos
  3. resulta em paralisia espástica – desregulação da atividade excitatória sináptica nos neurônios motores - ligação irreversível, logo, a recuperação depende da formação de novos axônios Sintomas – riso sardônico e posição opistótono DIAGNÓSTICO Relacionar feridas com sintomas Clínico – principalmente Microscopia e Cultura – geralmente malsucedidas Toxina e Anticorpos contra a não são detectáveis – não tem quantidade mínima nem sensibilidade para ser detectado