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Micobacterias e Doenças Infecciosas: Tuberculose, Lepra e Sífilis, Notas de estudo de Microbiologia

Informações sobre micobacterias, especificamente sobre o gênero mycobacterium, e as doenças infecciosas que causam, como a tuberculose, a lepra e a sífilis. Descrevem-se as características básicas das bactérias, os reservatórios naturais, os sintomas e a transmissão de cada doença, além de tratamentos e prevenção. O documento também aborda a diagnóstico clínico e laboratorial.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 02/04/2024

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MYCOBACTERIUM
Bacilos anaeróbios, imóveis e não formadores de esporos
Possui parede celular complexa, rica em lipídios – não é gram + nem gram -, por possuir grande quantidade de lipídio não cora por gram
Chamados de ácido resistentes
Crescimento lento em meio de cultura12 a 24hrs, doença cresce devagar
M. TUBERCULOSIS
M. LEPRAE
Tuberculose
Seres humanos são o único
reservatório natural
1/3 da população é infectada
Mais comum na África
Subsaariana, sudeste da Ásia e
leste da Europa
Patógeno intracelular – penetra
pelas vias aéreas, são fagocitados
nos alvéolos e evitam a fusão do
fagossomo com o lisossomo,
fundindo com outras vesículas para
crescimento celular, alterando o
formato celular e com crescimento
em corda
Sist. imune elimina a bactéria na
maior parte das infecções, sendo
resistente a desidratação e
sobrevivendo em material
expectorado seco
Bact. fagocitada pelo macrófago,
que sinaliza para outros, indo
muitas cél. de defesa pro pulmão.
Bact. se multiplica intracelular;
cria-se um envolto de macrófago
envolta dos macrófagos infectados
e forma um seio caseoso, dentro
está cheio de cél. mortas e bact. se
multiplicando. Sist. imune isola a
infecção, formando uma memb.
rígida (tubérculo)
- segue 3 caminhos:
1. Cura – calcifica o tubérculo e
elimina as bact., destruindo parte
do alvéolo
2. Tuberculose primária – não
consegue calcificar e as bact.
Infectam + alvéolos, rompendo a
memb., infectando o restante,
crescendo e infectando o resto do
pulmão, disseminando pelo
restante do corpo e SNC
3. Tuberculose latente – bact. fica
dentro do tubérculo sem se
multiplicar, anos depois voltam a
atividade, gerando lesão no
pulmão
Lepra, doença de Hansen ou Hanseníase
Fracamente gram+ de crescimento lento – doença pode levar 20a para se
desenvolver
Cresce em temperatura ótima de 30ºC, preferindo a pele e n. periféricos
Tempo de geração – 14d
Replicação intracelular em cistos
Danos causados pelo contato direto e crescimento da bact. no tec. com
o tec.
Lepra Tuberculoideresposta celular imunológica limita o crescimento;
dano celular causado pelo ataque do sist. imune; baixa infectabilidade
Lepra Lepromatosa – doença de Hansen multibacilar; resposta celular
imunológica fraca ao antígeno; cistos na pele contém grande nº de bact.,
formam cistos de aparência espumosa; perda sensorial difusa, alta
infectabilidade, gera úlcera com facilidade
TRATAMENTO
Isoniazida, etambutol, pirazinamida e rifampicina
Tuberculoide – dapsone e rifampicina
Lepromatosa – dapsone, rifampicina e clofazimina
TRANSMISSÃO E
PREVENÇÃO
Disseminada pessoa-pessoa – aerossóis contaminados
Profilaxia de exposição – isoniazida ou rifampicina
Vacina BCG
Disseminada pessoa-pessoa – aerossóis contaminados, principalmente
secreção nasal
Isolamento do paciente e profilaxia para crianças que tiveram contato
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MYCOBACTERIUM

Bacilos anaeróbios, imóveis e não formadores de esporos Possui parede celular complexa, rica em lipídios – não é gram + nem gram - , por possuir grande quantidade de lipídio não cora por gram Chamados de ácido resistentes Crescimento lento em meio de cultura – 12 a 24hrs, doença cresce devagar M. TUBERCULOSIS M. LEPRAE Tuberculose Seres humanos são o único reservatório natural 1/3 da população é infectada Mais comum na África Subsaariana, sudeste da Ásia e leste da Europa Patógeno intracelular – penetra pelas vias aéreas, são fagocitados nos alvéolos e evitam a fusão do fagossomo com o lisossomo, fundindo com outras vesículas para crescimento celular, alterando o formato celular e com crescimento em corda Sist. imune elimina a bactéria na maior parte das infecções, sendo resistente a desidratação e sobrevivendo em material expectorado seco Bact. fagocitada pelo macrófago, que sinaliza para outros, indo muitas cél. de defesa pro pulmão. Bact. se multiplica intracelular; cria-se um envolto de macrófago envolta dos macrófagos infectados e forma um seio caseoso, dentro está cheio de cél. mortas e bact. se multiplicando. Sist. imune isola a infecção, formando uma memb. rígida (tubérculo)

  • segue 3 caminhos: 1. Cura – calcifica o tubérculo e elimina as bact., destruindo parte do alvéolo 2. Tuberculose primária – não consegue calcificar e as bact. Infectam + alvéolos, rompendo a memb., infectando o restante, crescendo e infectando o resto do pulmão, disseminando pelo restante do corpo e SNC 3. Tuberculose latente – bact. fica dentro do tubérculo sem se multiplicar, anos depois voltam a atividade, gerando lesão no pulmão Lepra, doença de Hansen ou Hanseníase Fracamente gram+ de crescimento lento – doença pode levar 20a para se desenvolver Cresce em temperatura ótima de 30ºC, preferindo a pele e n. periféricos Tempo de geração – 14d Replicação intracelular em cistos Danos causados pelo contato direto e crescimento da bact. no tec. com o tec. Lepra Tuberculoide – resposta celular imunológica limita o crescimento; dano celular causado pelo ataque do sist. imune; baixa infectabilidade Lepra Lepromatosa – doença de Hansen multibacilar; resposta celular imunológica fraca ao antígeno; cistos na pele contém grande nº de bact., formam cistos de aparência espumosa; perda sensorial difusa, alta infectabilidade, gera úlcera com facilidade TRATAMENTO Isoniazida, etambutol, pirazinamida e rifampicina Tuberculoide – dapsone e rifampicina Lepromatosa – dapsone, rifampicina e clofazimina TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO Disseminada pessoa-pessoa – aerossóis contaminados Profilaxia de exposição – isoniazida ou rifampicina Vacina BCG Disseminada pessoa-pessoa – aerossóis contaminados, principalmente secreção nasal Isolamento do paciente e profilaxia para crianças que tiveram contato

DIAGNÓSTICO

Clínico - Mal-estar, Perda de peso, Tosse, Sudorese noturna, Escarro sanguinolento ou purulento Laboratorial

  • Radiografia pulmonar, Catalase positivo, Teste rápido , Detecção de bactéria em microscopia/cultura (8 semanas), PCR , Antibiograma - Baciloscopia – análise de amostra de escarro, realizada coloração de Ziehl-Neelsen, identificado o BAAR
    • Teste de reatividade da pele ( LAM ), PPD, prova tuberculina, TT = + 4 a 6 semanas após a infecção Infectados por um longo período podem dar falso negativo; efeito booster realizado 1 a 3 semanas após o 1º teste, reação ≥10mm é + Tuberculóide – Biópsia, baciloscopia, teste rápido, eletroneuromiografia, PCR Lepromatosa – Biópsia, PCR Não cresce em cultura de laboratórios

NEISSERIA GONORRHOEAE

Gonorreia Coco gram – Normalmente sintomática em homens e assintomática em mulheres Homens – infecção se restringe a uretra; após período de incubação de 2 - 5 dias, ocorre corrimento uretral purulento e disúria ; 95% apresentam sintomas agudos Mulheres – infecta cérvix; microrganismo não é capaz de infectar as cél. do epitélio da vagina; pacientes sintomáticas geralmente apresentam corrimento vaginal, disúria e dor abdominal Patogenicidade

- Pili: adesão ao epitélio e antifagocítica; bact. perde virulência na ausência de pili - Opa: adesão ao tec. e tem propriedade antigênica; uma bactéria possui diversos tipos de proteína Opa, sendo expressas em tempos diferentes

  • Endotoxina: causa febre e choque quando em altas quantidades - Proteases IgA: destroem anticorpos IgA produzidos na mucosa TRATAMENTO Ceftriaxona Uso de preservativos, tratamento do paciente e dos seus contatos Não existe vacina disponível Falta de tratamento pode levar a gonorreia disseminada 1 semana após tratamento deve ser feita cultura para identificar se ainda há bactérias TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO Causa doença somente em humanos Transmitida sexualmente – recém-nascidos podem ser infectados durante o parto SINTOMATOLOGIA Homens - 25% apresentam muito poucos sintomas; começa 2-14d após infecção
  • sentem desconforto na uretra, dor leve/intensa ao urinar, secreção amarelo-esverdeada de pus proveniente do pênis e poliúria
  • orifício na ponta do pênis pode ficar vermelho e inchar; bact. por vezes se espalham para o epidídimo, fazendo com que o escroto inche e fique sensível ao toque Mulheres - 10 - 20% apresentam muito pouco/nenhum sintomas
  • detectada somente durante exames de rotina ou após diagnóstico da infecção no parceiro
  • sintomas 10d após infecção, algumas sentem leve desconforto na área genital e secreção parecida com pus saindo da vagina
  • outras tem sintomas mais graves, como poliúria e dor ao urinar, se desenvolvem quando a uretra está infectada DIAGNÓSTICO Coloração de Gram – amostra de material purulento em homens, nas mulheres se confunde com a flora normal Bioquímico – oxidase-positivo