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A importância da avaliação fisioterapêutica do sistema cardiovascular em repouso como ponto de partida para a reabilitação cardiovascular. Ele detalha as etapas da avaliação cinético-funcional, incluindo a coleta de sinais vitais, exame físico, avaliação estática e dinâmica, e a avaliação da capacidade funcional. O documento também destaca a importância de considerar a condição cinético-funcional do paciente em repouso para a implementação de ações terapêuticas eficazes e seguras.
Tipologia: Resumos
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Sistema cardiovascular em repouso
Na avaliação terapêutica do sistema cardiovascular em repouso, é importante sempre ter em mente o impacto das atividades sobre o metabolismo do pa- ciente. Para se ter segurança terapêutica, é preciso, inicialmente, ter clareza da condição cinético-funcional do paciente ao repouso (ponto de partida), para que, assim, possam ser implementadas ações terapêuticas que favoreçam o ganho funcional desejado. O conhecimento básico de fisiologia cardiovascular e das condições de repouso estabelecem o princípio das práticas eficientes e seguras para uma melhor resposta adaptativa do organismo, em busca de uma nova condição cinético-funcional. Desse modo, confira, a seguir, uma breve abordagem sobre os aspectos relativos à fisiologia cardiovascular. O sistema cardiovascular (SCV) é regulado pelo sistema nervoso autônomo (SNA) e tem como função garantir a irrigação sanguínea para todo o orga- nismo, com a participação do coração, do sangue e dos vasos sanguíneos, o que favorece a chegada de nutrientes e oxigênio (O 2 ), a retirada de gás carbônico e resíduos metabólicos, além de garantir o transporte de uma série de elementos entre órgãos específicos. O coração é responsável pelo bombeamento do sangue, gerando pressões adequadas para a chegada deste a todo corpo. Ele tem capacidade de gerar o próprio potencial de ação através do nó sinoatrial, que garante a contra- tilidade do músculo cardíaco, o que repercutirá no deslocamento do sangue entre as câmaras cardíacas, processo chamado de automatismo cardíaco. A sequência de contrações resulta em sístole (i.e., momento de contração isovolumétrica e ejeção) e diástole (i.e., momento de relaxamento isovolu- métrico e enchimento), presentes em cada ciclo cardíaco. O sistema vascular (i.e., a rede de vasos sanguíneos) encaminha o sangue bombeado pelo coração para todos os tecidos do corpo através das artérias e arteríolas (regiões de maior pressão sanguínea), dos capilares (por onde
ocorre as trocas de gases e nutrientes) e pelas veias e vênulas (regiões de menor pressão sanguínea que também atuam como reservatório de sangue), por onde retornam ao coração. O fluxo sanguíneo corresponde ao volume de sangue deslocado na cor- rente sanguínea em um dado momento, podendo variar conforme a área ou a demanda metabólica. O débito cardíaco (DC) corresponde à quantidade de sangue bombeado pelo coração em um minuto. A pressão sanguínea corresponde à força do sangue sobre a parede do vaso sanguíneo pela área deste. Devido à força de ejeção sanguínea promovida pelo coração, essa pressão é maior nas artérias no final da sístole. A resistência periférica refere-se à oposição ao fluxo sanguíneo ao longo dos vasos, podendo ser determinada por: viscosidade sanguínea, diâmetro do vaso e comprimento do vaso. O controle do SCV é realizado, basicamente, por três mecanismos:
Conhecer esses princípios da fisiologia é de grande importância, pois, a partir deles, são compreendidos os parâmetros de análises durante a avaliação cardiovascular.
A fisiologia cardiovascular é de fundamental importância nas condu- tas de todos os profissionais envolvidos no tratamento de indivíduos com distúrbios cardiovasculares. Por meio dos princípios fisiológicos, o profis- sional é capaz de reconhecer melhores condutas, considerando indicações e contraindicações dos métodos a serem adotados. Os programas de reabilitação cardiovascular e cardiopulmonar levam em consideração os fundamentos da fisiologia do sistema cardiovascular. Contudo, é preciso ampliar a visão de tratamento para outras condições. Podemos citar duas situações.
a) Quando um indivíduo apresenta condições patológicas associadas. Por exem- plo, se um paciente demandar tratamento devido a trauma, reumatismo ou neuropatia, é importante verificar a condição basal do sistema cardiovascular
por meio de: identificação do pulso arterial (resultante da sístole cardíaca em alguma artéria palpável); ausculta cardíaca (quinto espaço intercostal); e de algum aparelho apropriado (p. ex., frequencímetro e/ou eletrocardiograma). Diversos fatores fisiológicos estão associados à variação da FC, como estado emocional e nutricional, ritmo, gênero, presença de dor, atividade física, biotipo e uso de substâncias tóxicas (LANA et al ., 2018). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (PASTORE et al ., 2016), os valores de normalidade consideram que a FC pode variar de 50 a 100bpm. Entretanto, Barros (2016) traz referências de valores de FC conforme a faixa etária e o perfil do indivíduo, conforme o Quadro 1.
Quadro 1. Valores de referência da frequência cardíaca (FC)
Faixa etária e condição Valores de referência
Até 23 meses 120–140bpm 2 a 6 anos 100–110bpm 8 anos até a adolescência 80–100bpm Adulto sedentário 70–80bpm Adulto atleta 50bpm (aproximadamente)
Fonte: Adaptado de Barros (2016).
A pressão arterial (PA) corresponde à força do sangue sobre a parede da artéria. Ela está relacionada a dois momentos do ciclo cardíaco: sístole (con- tração) e diástole (relaxamento), sendo denominada pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) , respectivamente. A PA é registrada em milímetros de mercúrio (mmHg) por meio de equipamento apropriado (esfigmomanômetro). Os parâmetros de normalidade variam conforme a idade e a condição de saúde do indivíduo (LANA et al ., 2018). Aspectos como atividade física (ou outros esforços), alimentação, mudança postural repentina e condições patológicas podem alterar a PA. A PA alterada pode refletir variações hemodinâmicas, que podem representar alteração no débito cardíaco e na resistência vascular periférica (volume de sangue, viscosidade e diâmetro vascular), com impacto direto na qualidade de vida
do indivíduo e riscos inerentes à abordagem de tratamento. Tanto a hipo- tensão quanto a hipertensão podem ser fatores limitantes para as condutas fisioterapêuticas. Assim, é preciso ter esclarecida a causa-base da alteração pressórica antes de promover qualquer ação terapêutica.
O sistema pulmonar pode interferir ou sofrer interferência direta do SCV, podendo estar relacionado a condições fisiopatológicas do coração ou do sistema vascular. A fisiologia do sistema respiratório permite entender a ventilação pulmonar como o movimento de ar dentro das vias aéreas — ou seja, os processos de deslocamento (entrada e saída) de gases dentro da árvore respiratória — e a respiração como o processo de troca de gases (O 2 e CO 2 ) a nível alveolar (MARIEB; HOEHN, 2008). A frequência respiratória (FR) corresponde à quantidade de vezes que o indivíduo realiza incursões respiratórias por determinado tempo (em geral, determinada em incursões respiratórias por minuto [irpm]). Ao garantir o fluxo devido de ar nos pulmões, é possível estabelecer equilíbrio entre os gases, garantindo a homeostasia. O Quadro 2, a seguir, apresenta os valores de referências da FR (LANA et al ., 2018).
Quadro 2. Valores de referência da frequência respiratória (FR)
Faixa etária/perfil do indivíduo Valores de FR
Recém-nascido 44irpm, aproximadamente Crianças de 1 a 7 anos 18–30irpm Pré-adolescentes 20–30irpm Adolescentes 18–26irpm Adultos 12–20irpm
Fonte: Adaptado de Lana et al. (2018).
A FR pode ser obtida por meio da contagem das incursões respiratórias, ao se observar o movimento da caixa torácica do indivíduo. Além da frequência, deve-se observar o ritmo respiratório, pois algumas patologias estão asso- ciadas a variações no padrão respiratório. Um dado complementar à respi- ração é a oximetria , um exame rápido e prático realizado com um aparelho
-funcional precisa estar focada na identificação de dados em repouso, para que estes sirvam de parâmetros apropriados para as escolhas e condutas do plano de tratamento. A avaliação poderá variar conforme: tipo de serviço (hospitalar ou ambu- latorial), disponibilidade de equipamentos, estrutura do local, entre outros fatores. Por isso, é preciso que o fisioterapeuta esteja atento às condições que permeiam a sua avaliação e proponha ações integrais para favorecer as melhores condições na avaliação. De acordo com Papa et al. (2020), para a reabilitação cardiovascular, são abordadas etapas de avaliação com enfoque para melhor identificação do SCV, conforme a Figura 1.
Figura 1. Sequência esquemática da avaliação cinético-funcional pelo fisioterapeuta.
Anamnese Examefísico
Avaliação estática e dinâmica
Avaliação da qualidade de vida
Avaliação funcional
A seguir, serão apresentados os exames de avalição geral do sistema cardiovascular.
Anamnese
Primeiro estágio investigativo, em que se analisa: de que forma o paciente chegou ao atendimento (encaminhamento ou contato direto); queixa prin- cipal; histórico clínico pregresso e condições patológicas atuais; se houve hospitalização em algum momento; comprometimentos ortopédicos e neu- rológicos; hábitos de vida; presença de estresse; históricos familiares; e exames complementares. Contudo, existem algumas ressalvas:
Se o paciente estiver em assistência médica, é possível que já tenha realizado alguns exames, como radiografias, testes ergométricos, entre outros. Contudo, nem sempre o paciente se atenta a levar esses exames no primeiro contato, de modo que estes devem ser solicitados de imediato, pois possuem informações valiosas. O histórico familiar precisa estar claro para o paciente, pois é comum que ele omita informações que considera desnecessárias.
Há situações em que o tratamento do distúrbio cardiovascular pode sofrer interferência de disfunções em outras áreas (p. ex., disfunções musculoesqueléticas ou neurológicas), ou vice-versa. Isso precisa ser considerado, e, se preciso, o indivíduo deve ser encaminhado a um profissional apropriado que dê o devido suporte e analise ações adaptativas para o plano de tratamento.
Dentro da anamnese, o indivíduo pode apresentar exames que trazem diversos dados complementares pertinentes à sua condição funcional e que trataram de analisar o organismo em condições de trabalho. Entre esses exames, destacam-se dois.
a) Teste ergométrico: trata-se de um exame de baixo custo e alta reprodutividade para o diagnóstico de doenças cardiovasculares com capacidade diagnóstica, o qual avalia as respostas fisiológicas ao esforço. b) Testes cardiopulmonares de exercícios (TCPEs): fornecem informações rela- cionadas com o consumo de oxigênio nos pulmões (VO 2 ), a produção de gás carbônico, a FR e a ventilação pulmonar em associação a um teste ergométrico. Para saber mais sobre esses e outros exames, leia o livro Exames comple- mentares , de Hendler et al.
Exame físico
O exame físico consiste na avaliação de sinais vitais (FC e pulso, PA, FR, tem- peratura), coleta de dados antropométricos, perimetria, ausculta cardíaca e pulmonar, inspeção e palpação. Contudo, existem algumas ressalvas:
Dados de FC, FR e PA devem participar diretamente antes e durante cada abordagem, pois servirão tanto para analisar o SCV em repouso quando para monitorar valores estimados durante as abordagens te- rapêuticas, além de participarem de cálculos específicos que refletem a condição do indivíduo. Embora seja uma avaliação do sistema pulmonar, a ausculta pulmonar é importante para garantir que o paciente tenha um fluxo adequado de ar nos pulmões, além de direcionar a necessidade de uma abordagem em fisioterapia respiratória antes da implementação de estratégias que gerem maior demanda metabólica do O 2.
a qualidade de vida, como questões físicas, psicológicas e sociais, grau de independência, meio ambiente e espiritualidade, religiosidade e convicções pessoais. Contudo, existem algumas ressalvas:
Os instrumentos mais utilizados e validados são: SF-36 (Medical Ou- tcome Survey Short Form 36); WHOQOL100 (World Health Organization instrument to evaluate quality of life) e WHOQOL-bref (abreviação do WHOQOL100). Deve-se estabelecer uma padronização, pois isso garante uma melhor leitura por outros profissionais e identificação mais clara das infor- mações extraídas.
Parte da proposta de tratamento na reabilitação cardiovascular está pautada na realização de exercícios que demandarão esforços pelo indivíduo, a fim de condicionar o seu organismo a uma condição mais independente e estável funcionalmente. Assim, uma avaliação específica precisa ser considerada para estabelecer parâmetros de trabalho com ajustes de cargas e intensidade de esforço. Todavia, essa avaliação precisa respeitar a individualidade do indivíduo, suas características biológicas e cognitivas, entre outras. A seguir, estão pontuadas estratégias específicas de avaliação para a implementação de programas de reabilitação cardiovascular (RCV).
Avaliação da força muscular ventilatória
A função pulmonar pode ser um limitador para a prática de exercícios mesmo em indivíduos saudáveis. O aumento metabólico durante o exercício está ligado diretamente ao desempenho da função muscular ventilatória. As- sim, a avaliação da força muscular ventilatória precisa estar bem descrita para fornecer dados referentes às melhores condições para que o indivíduo possa realizar esforços e ter o fornecimento apropriado de oxigênio durante as atividades. Essa avaliação pode ser obtida por meio do manovacuômetro, que registra as pressões inspiratória e expiratória máximas, por exemplo. Contudo, existem algumas ressalvas:
As técnicas normalmente exigem um esforço acentuado do indivíduo. Desse modo, é preciso garantir que o paciente tenha condições mínimas
de realizar essas técnicas, para não o colocar em risco, tendo em vista a sua limitação clínica e cinético-funcional. Para melhor precisão e comparação de dados, normalmente são utilizados protocolos na implementação da avaliação da resistência muscular ventilatória.
Avaliação da força muscular periférica
É possível que o indivíduo apresente fraqueza muscular periférica e isso seja uma limitação para algum exercício ou para o desempenho geral. Assim, propõe-se realizar a avalição de força muscular de grandes grupos musculares. Além disso, são considerados: teste de preensão palmar, que reflete uma relação com a fraqueza global; e, se for o caso, dinamométrica isocinética. Contudo, existem algumas ressalvas:
É importante que, ao mensurar os dados, estes sejam registrados e utilizados como parâmetros para a prescrição de exercícios. Essa avaliação serve também como parâmetro de evolução após o período de aplicação do plano de tratamento.
Avaliação da capacidade funcional
Considerando-se a função do fisioterapeuta de conduzir tratamentos com foco no perfil cinético-funcional do indivíduo, a avaliação da capacidade fun- cional se destaca como fundamental à prática da fisioterapia. Essa avaliação permite correlacionar o distúrbio cardiovascular com a realidade funcional, ou seja, com a limitação funcional do indivíduo. Os testes de caminhada de seis minutos, de velocidade da marcha, Timed Up and Go (TUG), de sentar- -levantar, entre outros, podem compor uma avaliação funcional capaz de descrever diversas condições, como, por exemplo, mobilidade, destreza, força e velocidade. Contudo, existem algumas ressalvas:
Se o fisioterapeuta tiver acesso a dados de exames, como teste car- diopulmonar de exercícios ou teste ergométrico, ele poderá adotar os dados desses testes como parâmetros para a capacidade aeróbica no plano terapêutico.
Rigidez arterial: quando a distensão arterial está limitada, indicando que há redução na complacência arterial.
Além de permitir conhecer possíveis condições patológicas associadas ao pulso, a FC de repouso permite avaliar qual a intensidade do esforço a ser gerado durante o trabalho de reabilitação cardiovascular. A FC de treino pode ser definida por cálculos específicos, baseados tanto na avaliação em repouso quanto em testes específicos, que servirão de acompanhamento e análise de dados durante todo o processo de reabilitação cardiovascular.
Se for necessário prescrever algum exercício sem os dados de um teste funcional, o fisioterapeuta poderá utilizar uma escala de per- cepção subjetiva de esforço e limitar a FC de treinamento, considerando a FC de repouso + 20bpm. Assim, presumindo que o indivíduo tenha uma FC repouso de 78bpm, ele deverá ser acompanhado durante o exercício e orientado a atingir um esforço que mantenha a sua FC de treinamento próximo de 98bpm, considerando- -se uma percepção de esforço moderado. Isso garante que a resposta fisiológica seja apropriada e produza efeitos para a reabilitação.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição patológica do SCV que consiste em elevações da PA na sístole e/ou na diástole, colocando em risco o organismo por deixar o indivíduo suscetível a eventos danosos em todo o organismo, como, por exemplo, o acidente vascular encefálico (AVE), que pode levar ao comprometimento neurológico. O Quadro 3, a seguir, apresenta a classificação da hipertensão arterial sistêmica (MALACHIAS et al ., 2017).
Quadro 3. Classificação da hipertensão arterial sistêmica
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)
Normal ≤120 ≤ Pré-hipertensão 121–139 81– Hipertensão estágio 1 140–159 90– Hipertensão estágio 2 160–179 100– Hipertensão estágio 3 ≥180 ≥ Obs.: Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a classificação da PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥140mmHg e PAD <90mmHg, devendo ser classificada em estágios 1, 2 e 3.
Fonte: Adaptado de Malachias et al. (2017).
A hipotensão postural ou ortostática representa uma queda da pressão arterial sistólica de, pelo menos, 20mmHg ou diastólica de 10mmHg, sendo uma condição que precisa ser avaliada, pois pode ou não estar associada a condições patológicas. Quando associada a condições patológicas, o indivíduo precisa de cuidados específicos, pois vertigens e síncope podem ocorrer durante algum estímulo, ainda que terapêutico; uma mudança postural pode sobrecarregar o indivíduo, por exemplo. Nesse contexto, a PA precisa ser verificada em repouso e acompanhada ao longo das abordagens, principalmente porque o indivíduo pode não referir qualquer alteração subjetiva. Nesse processo, a observação contínua e a compreensão da técnica utilizada devem ser informações revisadas per- manentemente durante o tratamento. Além disso, redução da intensidade, tempo de repouso e suspensão da atividade devem ser considerados ao se deparar com alterações pressóricas significativas.
Alguns distúrbios cardiovasculares podem estar associados a processos infecciosos, por isso, pode haver alteração na temperatura. As endocardites e miocardites são exemplos disso, pois são condições em que microrganismos podem se alojar nas estruturas internas do coração ou no próprio músculo cardíaco, gerando a ativação do sistema imune e uma reação inflamatória, com consequente aumento de temperatura.