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O impacto consistente e acima dos valores esperados da ação escolar na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos no agrupamento d. Manuel de faria e sousa. Além disso, detalha as estratégias adotadas para estimular o envolvimento dos alunos na vida da comunidade, monitorar os resultados acadêmicos, promover a participação em projetos e atividades, e valorizar o sucesso acadêmico. O documento também aborda a inclusão e integração de alunos com necessidades especiais e a promoção da relação escola/família/comunidade.
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Tipologia: Provas
Compartilhado em 07/11/2022
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Área Territorial de Inspeção do Norte
1 – I NTRODUÇÃO
A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.
A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.
O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas D. Manuel de Faria e Sousa – Felgueiras, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 17 e 20 de março de 2014. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.
Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.
A equipa de avaliação externa visitou a escola- -sede do Agrupamento, as escolas básicas com educação pré-escolar de Covelo (Moure) e Varziela e a Escola Básica de Felgueiras.
A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.
N í v e i s d e c l a s s i f i c a ç ã o d o s t r ê s d o m í n i o s
E XCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes. M UITO B OM – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.
B OM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. I NSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.
O relatório do Agrupamento e o eventual contraditório apresentado(s) no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2013-2014 serão disponibilizados na página da IGEC.
transição/conclusão dos 2.º e 3.º ciclos e as percentagem de positivas na prova de aferição de língua portuguesa do 4.º ano, nas provas finais do 6.º ano (língua portuguesa e matemática) e na prova final do 9.º ano de matemática situam-se em valores próximos da mediana.
Em síntese, os resultados contextualizados de 2011-2012 situam-se, globalmente, acima dos valores esperados para as escolas de contexto análogo.
Analisando os resultados contextualizados do ano letivo de 2010-2011 e 2011-2012, verifica-se que as taxas conclusão, nos três ciclos, não melhoraram, enquanto nas provas de avaliação externa se registaram melhorias, particularmente no 3.º ciclo. No entanto, releva-se que o Agrupamento apresenta variáveis de contexto que o situam entre os mais desfavorecidos do mesmo grupo de referência.
O Agrupamento faz, com regularidade, a monitorização dos resultados académicos, nomeadamente da qualidade do sucesso, através do tratamento estatístico das taxas de transição/conclusão dos alunos com sucesso a todas as disciplinas e da distribuição dos níveis de classificação por disciplina, turma, ano e ciclo de escolaridade. Nos últimos dois anos letivos, a percentagem de alunos que transitaram com classificação positiva (considerando apenas os 2.º e o 3.º ciclos) a todas as disciplinas passou de 68%, em 2011-2012, para 75%, em 2012-2013.
Os resultados relativos às taxas de transição/conclusão nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos, como já foi referido, situam-se aquém dos valores esperados, não tendo o Agrupamento apresentado outros fatores justificativos para tal situação, para além da eventual exigência dos critérios de avaliação utilizados. Relativamente ao bom desempenho nas provas de avaliação externa, em particular no 3.º ciclo, poderá estar relacionado com o investimento nas assessorias nas disciplinas de matemática e português, na oferta complementar Oficina de Matemática e no trabalho desenvolvido pelos professores na preparação para os exames.
As taxas de abandono/desistência, em consequência do trabalho atento e permanente que tem sido desenvolvido, em especial com os alunos de etnia cigana, têm diminuído bastante, nos últimos anos, registando 0,11%, em 2009-2010, e 0,07%, em 2012-2013.
R ESULTADOS SOCIAIS
Os alunos, por vezes, assumem a responsabilidade na organização e dinamização de diferentes atividades, particularmente através da associação de estudantes. Estas iniciativas integram o plano anual de atividades, com destaque para o desfile de moda, a festa de finalistas, a festa de Natal e torneios desportivos. O Agrupamento promove a participação dos alunos em projetos e atividades, no sentido de promover a sua formação pessoal e social, nomeadamente no âmbito do ambiente, alimentação, segurança e saúde.
Para estimular e fomentar o envolvimento dos alunos na vida da comunidade, a direção reúne com os delegados e subdelegados de turma, pelo menos uma vez por período. Durante estas reuniões, os alunos têm a oportunidade de expor e discutir os seus problemas e expetativas, apresentam sugestões e atividades que, quando se revelam oportunas e fundamentadas, são aceites pelos responsáveis e postas em prática.
A educação para a cidadania e para os valores são aspetos que o Agrupamento promove, estando bem evidenciados no projeto educativo. Os alunos envolvem-se regularmente em campanhas de recolha de fundos, bens alimentares e de vestuário, bem como de tampas para a aquisição de uma cadeira de rodas, e na comemoração do dia internacional da pessoa com deficiência.
Releva-se o trabalho de inclusão/integração que tem sido desenvolvido, nomeadamente no apoio aos alunos de etnia cigana, às alunas provenientes de uma instituição de acolhimento social da região e,
ainda, aos alunos com necessidades educativas especiais, em particular aos que integram a unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita.
O comportamento dos alunos, de uma maneira geral, não se tem traduzido em situações de natureza disciplinar relevantes. No entanto, têm ocorrido alguns casos relacionados com a utilização de linguagem excessiva e alguma violência, que são devidamente acompanhados pelos diretores de turma, com a colaboração da equipa de integração e do núcleo de apoio ao aluno e à família (NAAF), e em última instância, se necessário, pela direção. Nos últimos dois anos letivos, verificaram-se 18 ocorrências (2011-2012), que se traduziram em duas medidas corretivas e três medidas disciplinares sancionatórias, enquanto em 2012-2013 se verificaram 15 ocorrências, que originaram uma medida corretiva e duas medidas disciplinares sancionatórias.
R ECONHECIMENTO DA COMUNIDADE
A comunidade educativa, de um modo geral, mostra satisfação com o funcionamento das diferentes áreas do Agrupamento, traduzida nas respostas aos questionários aplicados no âmbito desta avaliação externa e expressa pelo predomínio das opções de concordo e concordo totalmente.
Assim, os aspetos que mereceram maior concordância, e que são transversais a todos os grupos, estão relacionados com a qualidade e exigência do ensino, a disponibilidade da direção e dos diretores de turma e a satisfação de frequentar o Agrupamento. No que diz respeito aos aspetos menos conseguidos, destaca-se a reduzida utilização dos computadores na sala de aula, a falta de qualidade das refeições, a reduzida participação em projetos/clubes e alguma preocupação com questões relacionadas com a indisciplina.
Para estimular o sucesso dos alunos, promove-se a realização de atividades no âmbito da biblioteca e a participação em concursos, projetos e exposições. No sentido de valorizar o sucesso académico, foi implementado o quadro de mérito, que integra os alunos que atingiram melhor desempenho escolar, e o quadro de valores e atitudes, que abrange os alunos que mais se evidenciaram pelo seu comportamento ou se distinguiram em diferentes áreas sociais, nomeadamente, no âmbito da solidariedade, ambiente e outras atividades com impacto relevante na comunidade educativa.
Os representantes da autarquia evidenciaram elevado grau de satisfação pelo trabalho desenvolvido pelo Agrupamento, destacando a vertente de inclusão/integração e a interação estabelecida com o meio envolvente.
O Agrupamento colabora de forma empenhada nas iniciativas promovidas pela comunidade, em particular pela autarquia, destacando-se o seu contributo na Feira de Maio, durante a qual é promovido um festival musical, e no desfile de carnaval e a participação em vários concursos locais, onde obteve, por diversas vezes, alguns prémios. Acrescenta-se que também já foram obtidos outros prémios de âmbito nacional, como, por exemplo, a participação no concurso Vamos Contar a História de Nuno Álvares Pereira, promovido pela então Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e a Comissão de S. Nuno de Santa Maria.
A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Resultados.
A adequação da educação e do ensino à especificidade dos grupos e das turmas, bem como a concertação estratégica de procedimentos e metodologias, são planificadas e concretizadas pelos educadores, professores titulares de turma e conselhos de turma, em conformidade com os objetivos e as metas do projeto educativo, sendo privilegiadas as metodologias ativas e o recurso aos meios audiovisuais existentes.
Os planos de trabalho de turma contemplam alguma diferenciação pedagógica na lecionação das disciplinas. A aprendizagem cooperativa é estimulada, desde a educação pré-escolar. Crianças e alunos assumem também a responsabilidade por algumas tarefas escolares.
Para as turmas com mais dificuldades de aprendizagem, são implementadas diversas medidas de promoção do sucesso escolar, nomeadamente assessoria em sala de aula a português e a matemática e apoios individualizados ou em pequenos grupos para os alunos que pontualmente revelem mais dificuldades de aprendizagem. Para os alunos mais problemáticos, são implementadas tutorias, que visam um acompanhamento de proximidade e a consequente melhoria do sucesso educativo. Estas medidas são sistematicamente avaliadas pelos docentes envolvidos, em articulação com os professores titulares de turma ou o professor da disciplina.
Os alunos com necessidades educativas especiais são oportunamente referenciados e avaliados, passando a dispor de respostas educativas específicas, num processo supervisionado e acompanhado pela equipa de apoio educativo, em colaboração com as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, o serviço de psicologia, uma assistente social e outros parceiros externos, que colaboram no desenvolvimento de competências pessoais destes alunos e da sua inserção na vida pós- escolar.
Existe também uma unidade de apoio à multideficiência, onde os alunos que a frequentam são e apoiados e estimulados, como é reconhecido pela comunidade. São planificadas atividades específicas para os alunos com necessidades educativas especiais, que também participam em iniciativas com os restantes colegas do Agrupamento.
Os alunos com mais capacidades são incentivados a apoiar os colegas que demonstram mais dificuldades, mas também são estimulados a continuar a desenvolver as suas competências, através da realização de trabalhos de investigação e exercícios mais complexos.
A curiosidade científica é regularmente promovida, no âmbito da exploração dos conteúdos programáticos, recorrendo, por vezes, a materiais improvisados (1.º ciclo) e também através de atividades programadas e concursos que envolvem alunos de diferentes níveis de ensino. Neste âmbito, destaca-se a criação da Turma +, cujo trabalho culmina na participação nas Olimpíadas da Química, bem como a Oficina da Matemática e a Oficina das Ciências , que proporcionam diversas atividades nestas áreas.
A dimensão artística é particularmente promovida através de atividades desenvolvidas pelos alunos na organização de eventos, na comemoração de momentos festivos e na decoração dos diferentes espaços escolares. A sobrelotação da escola-sede não deixa grande margem para a dinamização de clubes e projetos, sendo porém de destacar o envolvimento de muitos alunos no desporto escolar.
A coordenadora da biblioteca da escola-sede, em colaboração com outros docentes, promove uma multiplicidade de atividades de índole cultural, organiza exposições, convida escritores e outras figuras públicas para interagirem com os alunos e faz uma boa promoção da literacia, o que torna este espaço muito frequentado e dinâmico. Os pais também são convidados a participar em algumas atividades e a dinamizarem outras, nas diversas escolas do Agrupamento.
Decorrente da avaliação externa, realizada em 2010, o acompanhamento e a supervisão da prática letiva em contexto de sala de aula têm sido intensificados pelos coordenadores, através da monitorização das planificações e dos planos de turma, bem com das reuniões de reflexão sobre as práticas. Já se observaram, em situações excecionais, algumas aulas, mas ainda não existe um plano de supervisão, regular e sistemático, da prática letiva em sala de aula, de modo a contribuir para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem.
M ONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
Os critérios de avaliação, definidos pelo conselho pedagógico, visando adequar a avaliação aos processos de ensino e de aprendizagem, são genericamente conhecidos pelos alunos e encarregados de educação. Estão implementadas as diferentes modalidades de avaliação, com recurso a instrumentos diversificados. Na educação pré-escolar, privilegia-se a observação direta na avaliação das crianças em interação com os seus pares e os adultos, bem com o seu desempenho e envolvimento nas atividades, documentado nos respetivos portefólios.
A transmissão de informação aos pais e encarregados de educação sobre a evolução das aprendizagens é periodicamente realizada em formulários adequados a cada nível de educação e ensino, o que contribui para facilitar o acompanhamento dos alunos pelos respetivos encarregados de educação.
A confiança nos resultados da avaliação interna baseia-se, fundamentalmente, na produção e aplicação conjunta, nas diferentes áreas disciplinares, de fichas de diagnóstico e de avaliação das aprendizagens e na elaboração de critérios de avaliação e de correção das provas. Os coordenadores supervisionam estes procedimentos e pedem explicações para os resultados eventualmente menos satisfatórios. O Agrupamento aderiu à realização dos testes intermédios, como forma de monitorizar o seu desempenho.
O tratamento estatístico dos resultados tem servido de base à reflexão sobre os mesmos, nas diferentes estruturas de orientação educativa, de modo a repensar as metodologias utilizadas, direcionar as medidas de promoção do sucesso escolar e reformular planos, o que tem contribuído para a elaboração anual do plano de melhoria.
O abandono escolar é praticamente inexistente, fruto do trabalho articulado desenvolvido pelo núcleo de apoio ao aluno e à família e pela equipa de integração, com os alunos e respetivas famílias, sendo de destacar a integração de alunos de etnia cigana e a interação estabelecida com uma instituição social de acolhimento de raparigas que frequentam o Agrupamento. Neste âmbito, releva-se também o trabalho dos professores tutores no acompanhamento de alunos em situação psicossocial mais instável.
A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.
O projeto educativo, intitulado Intervir para renovar a Escola , emerge como principal documento estruturante da ação. Neste projeto, aprovado em julho de 2013 e construído com a participação dos diferentes órgãos e estruturas intermédias e com a colaboração da consultora externa do projeto TEIP, são identificados, de forma clara, os problemas e são estabelecidas finalidades educativas e objetivos, bem como estratégias e metas, quantificadas, para um período temporal que se esgota em 2017. Pretende-se, desta forma, congregar esforços dos diferentes setores da comunidade educativa para a
desempenho profissional, associado a uma motivação e a um envolvimento muito dignificante e significativo na vida escolar.
A articulação e a cooperação entre as diferentes estruturas organizacionais têm sido promovidas através de grupos de trabalho e da realização de atividades que envolvem a comunidade educativa, de que são exemplo as jornadas pedagógicas ou a feira de outono.
Os recursos educativos são adequados e partilhados em cada escola e entre os diferentes estabelecimentos de ensino, embora escassos a nível tecnológico, de que é exemplo a insuficiente disponibilidade de quadros interativos.
Os critérios para a constituição de turmas, elaboração de horários e distribuição de serviço são explícitos e do conhecimento da comunidade educativa. Os critérios para a atribuição da componente não letiva e cargos pedagógicos valorizam a experiência e a adequação ao perfil desejado, bem como a continuidade. A lógica de eficiência preside à distribuição de serviço dos trabalhadores não docentes, na adequação do perfil à função, garantindo-se o conhecimento e experiência necessários para o desempenho das tarefas, sem descurar alguma rotatividade, sobretudo entre os assistentes operacionais.
Embora exista uma certa estabilidade profissional, os docentes e outros trabalhadores recentemente colocados foram muito bem integrados pelas respetivas estruturas em que se enquadram, manifestando a superação das suas expetativas em relação ao ambiente profissional e humano existente. O Agrupamento promove alguma formação interna com recursos próprios, para os seus profissionais, como forma de suprir a escassez de formação externa.
Para além das formas tradicionais de comunicação, a informação é disponibilizada diretamente por endereços eletrónicos, sejam institucionais, seja por endereço eletrónico específico de turma. O Agrupamento possui um portal eletrónico com aspeto gráfico atrativo e muito intuitivo. As diferentes ligações permitem uma interação facilitada com a associação de pais, a biblioteca e outros serviços.
A UTOAVALIAÇÃO E MELHORIA
O Agrupamento tem feito um caminho progressivo no seu processo de autoavaliação, em função do resultado da última avaliação externa, realizada em 2010.
A equipa de autoavaliação integra os diferentes representantes da comunidade educativa para facilitar o envolvimento e a participação mais alargada no processo avaliativo. Organiza-se em pequenos grupos de ação, distribuindo tarefas, e reúne periodicamente para fazer o ponto da situação. O seu objetivo principal é promover a reflexão interna. A metodologia utilizada privilegia a análise SWOT. Analisam- se documentos, aplicam-se questionários (alguns dos quais validados por peritos externos) e identificam- se pontos fortes e pontos fracos, constrangimentos e oportunidades, que integram o relatório anualmente elaborado.
Apesar de muito centrada nos resultados escolares, a equipa de autoavaliação tem-se debruçado sobre outros aspetos do funcionamento do Agrupamento, nomeadamente: a concretização do projeto educativo; o nível de execução das atividades planeadas e a sua contribuição para a formação integral, para a concretização das aprendizagens e para a integração social; o desempenho dos órgãos de gestão e das estruturas educativas; a prática de uma cultura de colaboração e a sustentabilidade do Agrupamento.
No ano letivo de 2013-2014, foi nomeado um novo coordenador da equipa de autoavaliação que pretende dar continuidade às dinâmicas existentes. Neste momento, estão em fase de avaliação os procedimentos de enquadramento da ação educativa, em função das propostas de melhoria estabelecidas no plano anterior.
Apesar dos progressos evidenciados, existe alguma sobreposição do trabalho desenvolvido pela equipa e autoavaliação com o da equipa de avaliação do TEIP. Alguns dos aspetos identificados repetem-se, o que
dificulta a implementação e a coordenação de algumas medidas. Falta a definição das áreas de ação de cada uma das equipas ou mesmo a fusão das duas equipas de modo a facilitar o desenvolvimento e a implementação do processo de autoavaliação.
A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio Liderança e Gestão.
4 – P ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA
A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:
avaliação externa;
em particular dos mais desfavorecidos;
facilita a integração dos saberes e o desenvolvimento das aprendizagens;
rentabilizar os apoios disponíveis e elaborar um plano anual de melhoria do sucesso educativo;
profundo da realidade vivida no Agrupamento, que culminam no estabelecimento de um forte sentido de pertença e de estímulo à participação;
interna e o seu comprometimento na aplicação dos planos de melhoria.
A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:
ensino básico, que permitam a definição e a implementação de estratégias, no sentido de melhorar os resultados;
aula, de modo a contribuir para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem;
das ações a desenvolver pela equipa de autoavaliação e pela equipa de avaliação do TEIP, no sentido de evitar alguma sobreposição de funções e facilitar a sua implementação.
A Equipa de Avaliação Externa: Jorge Mota, Luís Rodrigues e Ramiro Santos