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Avaliação Cinético Funcional - Fática Figueiredo, Esquemas de Fisioterapia

Livro voltado para o público da Fisioterapia que aborda de modo detalhado as etapas de uma anamnese, seus parâmetros e também diretrizes de tratamento

Tipologia: Esquemas

2019
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 04/08/2019

daniel-rezende
daniel-rezende 🇧🇷

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Baixe Avaliação Cinético Funcional - Fática Figueiredo e outras Esquemas em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity!

autora

FÁTIMA FIGUEIREDO DA CONCEIÇÃO

1ª edição SESES rio de janeiro 2016

AVALIAÇÃO-CINÉTICO

FUNCIONAL

Sumário

7

Prefácio

Prezados(as) alunos(as),

Este livro faz parte do Projeto Material Didático Estácio , uma iniciativa que reúne professores da Estácio e de outras instituições de ensino na construção de obras que passam a compor a bibliografia básica das disciplinas pertinen- tes. Os livros são elaborados com conteúdo e objetivos didáticos adequados aos Projetos Pedagógicos dos Cursos e aos Planos de Ensino das disciplinas. Assim, use este material como fonte permanente de consulta na sua disci- plina e importante recurso para a construção do conhecimento e sua formação.

Bons estudos!

Avaliação e

diagnóstico

cinesiológico

funcional

10 • capítulo 1

1. Avaliação e diagnóstico cinesiológico funcional

A avaliação fisioterapêutica é, se não a mais importante, uma das mais impor- tantes etapas dos atendimentos de fisioterapia. É neste momento que o profis- sional poderá avaliar seu paciente para iniciar o tratamento com os melhores métodos e prescrições específicas para cada caso. Além disto, é o primeiro con- tato que o fisioterapeuta tem com o seu cliente; é o momento em que ele coleta- rá dados que são primordiais para prestar um bom atendimento, como históri- cos de traumas e doenças, intenções e objetivos do paciente com o tratamento. Consiste na identificação das queixas trazidas pelo paciente e também na investigação da história atual e pregressa de como a patologia se instalou, as- sim como o relato das atividades que praticadas no dia a dia e das praticadas ao longo da vida. Avaliar a condição clínica das articulações, músculos e tendões para verificar se o indivíduo pode aplicar força ou se necessita passar por algum tipo de tratamento antes que tenha condições para tal. Avalia-se, também, se há boa predisposição para a recuperação – prognósti- co, entre outras informações, para, por fim, prescrever dentro das ferramentas que possuímos a melhor forma de tratamento que podemos oferecer.

OBJETIVOS

  • Apresentar a anamnese e sua importância junto ao exame físico;
  • Apresentar diretrizes para uma avalição consciente e abrangente;
  • Relacionar a avaliação físico-funcional com o diagnóstico cinesiológico funcional.

1.1 Anamnese

Independentemente de qual sistema ou órgão do corpo humano seja selecio- nado para avaliação, nós devemos estabelecer um método sequencial, a fim de assegurar que nada passe despercebido. A avaliação deve ser organizada, abrangente e reprodutível. Em geral, comparamos os dois lados do corpo, o que apresenta a disfunção e o que está normal. Por essa razão, o fisioterapeuta deve dominar a ampla variabilidade do que é considerado normal.

12 • capítulo 1

Elementos da anamnese:

IDENTIFICAÇÃO

A identificação é o início do relacionamento com o paciente, que lhe informa: nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão atual, profissão anterior, local de trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência.

QUEIXA PRINCIPAL (QP)

Em poucas palavras, o profissional registra a queixa principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda. É importante que se mantenha o paciente concentrado e se desincentivem informações que não sejam relevantes.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA)

No histórico da doença atual, é registrado tudo que se relaciona com ela: sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. A clássica tríade: Quando, como e onde, ou seja: quando começou? Onde começou? Como começou? Em caso de dor, devemos caracterizá-la por completo.

HISTÓRIA PREGRESSA OU HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA (HP OU HPP)

Adquirem-se informações sobre toda a história da saúde do pa- ciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual, como visitas a médicos para prevenção de câncer, nas mulheres, a visita ao ginecologista; nos homens, a visita ao proctologista. Isso direciona a escolha de procedimentos a serem utilizados.

HISTÓRICO FAMILIAR (HF)

Neste histórico, indaga-se o paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação com hereditariedade de doenças.

HISTÓRIA PESSOAL (FISIOLÓGICA) E HISTÓRIA SOCIAL

Procura-se informar sobre a ocupação do paciente, como e onde trabalha, onde reside; se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais), suas atividades recreativas e se faz uso de algum tipo de medicamento (inclusive os da medicina alternativa).

capítulo 1 (^) • 13

REVISÃO DE SISTEMAS

É também conhecida como interrogatório sintomatológico ou anamnese especial/específica. É um Interrogatório sobre os diver- sos aparelhos (ISDA) de todos os sistemas do corpo do paciente, permitindo levantar hipóteses de diagnósticos e prognósticos.

Essas informações são valiosas para a prescrição do tratamento. Esse pa- ciente pode procurar a fisioterapia em decorrência de uma dor cervical, mas na sua história clinica pode relatar que tem alguns problemas na próstata (ainda em pesquisa de diagnóstico) e essas informações são de fundamental impor- tância para a prescrição de um aparelho de eletroterapia que tenha como con- traindicação o câncer. Informações sobre doenças na família também possi- bilitam contraindicar alguns procedimentos, quando se evidenciam diversos membros da família com câncer ou doenças cardiovasculares. Fiquem atentos às informações colhidas com o paciente. O examinador também deve prestar atenção a quaisquer sinais e sintomas “bandeiras vermelhas” (tabela 1.1) potenciais, que indiquem a necessidade de um outro profissional de saúde (MAGEE, 2010).

CANCER

  • Dor persistente à noite;
  • Dor constante em alguma parte do corpo;
  • Perda inexplicável de peso;
  • Nódulos ou tumorações incomuns;
  • Fadiga injustificada.

CARDIOVASCULARES

  • Falta de ar;
  • Tontura;
  • Dor – um sensação de peso no tórax;
  • Dor pulsátil em qualquer parte do corpo;
  • Dor constante e intensa na panturrilha ou braço;
  • Pés com alteração de cor ou dolorosos;
  • Edema (sem histórico de trauma).

GASTROINTESTINAIS/ GENITOURINÁRIOS

  • Dor abdominal frequente ou intensa;
  • Azia ou indigestões frequentes;
  • Náuseas ou vômitos frequentes;
  • Irregularidades menstruais incomuns.

capítulo 1 (^) • 15

TÓRAX

Avaliação do padrão respiratório – observar se há dificuldades para respirar ou se está usando força excessiva (uso de muscula- tura acessória) para inspirar. O paciente pode estar eupneico ou dispneico (com dificuldades de respirar). Observar a frequência res- piratória (o paciente pode estar bradipneico – “poucas inspirações”, ou taquipneico – “muitas inspirações”). Exemplo: um paciente com esforço para respirar e com frequência respiratória aumentada encontra-se taquidispneico.

ABDÔMEN

Nessa etapa, deseja-se averiguar observar o paciente, buscando na região abdominal lesões, distribuição anormal de pelos, estrias, circulação colateral venosa (veias ao redor da cicatriz umbilical), cicatrizes. O formato do abdômen também deve ser observado na inspeção – plano, globoso, batráquio – presença de ascite, obesos, escavado – muito emagrecido.

MEMBROS

Devem ser avaliados como um todo – tamanho (avaliar se não existe desproporção entre os membros), simetria, amplitude de mo- vimentos, função, cor e textura da pele, padrão venoso e presença de edemas (inchaços) e sinais flogísitcos (dor, calor, rubor, tumor e perda de função).

MARCHA

Locomoção bípede ou marcha é uma tarefa funcional que exige intera- ções complexas e coordenação entre muitas das principais articulações do corpo, especialmente da extremidade inferior. A deambulação ou marcha deve ser avaliada quanto a deslocamento linear, deslocamento rotacional (graus), passos, ciclo da marcha (apoio e balanço, comprimen- to do passo, comprimento da passada, largura e duração do passo).

16 • capítulo 1

Figura 1.1 – Disfunções neuromotoras.

A palpação é a utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície corporal – palpação superficial – e os órgãos internos – palpação pro- funda. A palpação confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração da textura, tamanho, forma, consistência, sensibilida- de (tátil, térmica e dolorosa), elasticidade, temperatura, posição e característi- ca de cada órgão, resistência muscular, presença de massas e outros. Existem várias técnicas de palpação e sua escolha depende do local a ser examinado e do que se pretende investigar.

1.3 Sinais vitais

Sinais vitais são medidas que fornecem dados fisiológicos indicando as con- dições de saúde da pessoa. As alterações das funções corporais geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão arte- rial, podendo indicar enfermidades. Por essa razão, são chamados sinais vitais.

18 • capítulo 1

3. Quanto ao volume:

  • Pulso cheio: normal;
  • Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico. 4. Locais mais comuns para obtenção (palpação) do pulso:
  • Radial – punho;
  • Carótida – pescoço;
  • Femoral - região inguinal;
  • Braquial - face interna do braço;
  • Apical - ausculta cardíaca (figura 1.2).

Figura 1.2 – Locais e verificação da frequência de pulso.

Frequência respiratória – Contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, observando movimentos da caixa torácica ou parede abdominal. Não se deve informar ao paciente que sua frequência respiratória está sendo verificada, pois inconscientemente ele mudará o padrão respiratório. Pode-se utilizar o momento após a verificação da frequência de pulso e desviar o olhar, verifi- cando os movimentos da caixa torácica. É importante verificar também o rit- mo da respiração, que pode conter pausas, períodos de inspiração/expiração profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura acessória, tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa supraclavicular ou da região epigástrica) – que

capítulo 1 (^) • 19

evidenciam dificuldade para respirar. Observar se não há tempo expiratório prolongado (o normal é o tempo da inspiração ser maior do que o da expiração, o que pode se inverter em situação de broncoespasmo – “crise de asma”). A uni- dade de medida utilizada é incursões respiratórias por minuto (irpm) (MELO; NAKAMURA; POLHO; CAVALIERI, 2012). Respiração (frequência respiratória) normal, pela idade:

  • Recém-nascidos: 44 respirações por minuto;
  • Bebês: 30 a 60 respirações por minuto;
  • Crianças em idade pré-escolar: 20 a 30 respirações por minuto;
  • Crianças mais velhas: 16 a 25 batimentos por minuto Verificar: batimen- tos ou respirações;
  • Adultos: 12 a 20 batimentos por minuto. Verificar batimentos ou respirações;
  • Idosos: 19 a 26 batimentos por minuto. Verificar batimentos ou respirações.

Terminologia

  • Eupneia: respiração normal;
  • Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, fre- quentemente pouco profunda;
  • Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade;
  • Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa;
  • Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posi- ção ereta;
  • Apneia: ausência da respiração;
  • Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e di- minui a profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte;
  • Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expi- ração suspirante, característica de coma diabético;
  • Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, segui- dos por período irregular de apneia;
  • Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios.