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A história da implantação e expansão de ordens religiosas no brasil durante o período colonial, incluindo as ordens jesuítas, franciscanas, beneditinos e carmelitas. Descreve a chegada de cada ordem, a construção de igrejas, conventos e colégios, e a contribuição dessas ordens para a evangelização e administração colonial. Além disso, o texto aborda a arquitetura religiosa no litoral brasileiro e a influência portuguesa nessa arquitetura.
Tipologia: Esquemas
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Pontifícia Universidade Católica de Goiás Arquitetura e Urbanismo
Além das ordens religiosas (Jesuítas, Franciscanos, Beneditino e Carmelitas) vieram também as ordens laicas (ordens terceiras, irmandades e confrarias).
Classificação das ordens religiosas (que cumprem votos):
Ordem primeira – frades, votos perpétuos Ordem segunda – freira, votos perpétuos Ordem terceira – leigos (homens e mulheres, solteiros, casados, viúvos, que congregados sob uma mesma devoção, fazem noviciado e profissão). Ordens terceiras ou laica – leigos; procuram chegar à perfeição, sem praticar votos perpétuos, pela sua maneira de viver. Confrarias – associações de fiéis dedicadas ao incremento do culto publico Irmandade – associações de fieis visando obras de caridade.
Clero Secular: aqueles que viviam na vida cotidiana, como padres, bispos, etc.
As ordens religiosas (Jesuítas, Franciscanos, Carmelitas e Beneditinos) contribuíram para a expansão das terras no interior ao instalarem igrejas, colégios e conventos. Clero Secular tornou-se coadjuvante no processo de administração colonial, como depositário de documentações como certidões de nascimento, óbito, etc.; os quais só foram se separar com a Constituição da República segregando os poderes do Estado e da Igreja.
Política lusitana para ocupação do território:
litoral as ordens religiosas igrejas, colégios, conventos no interior as ordens laicas capelas e igrejas menores
As edificações religiosas podem ser classificadas pelas tipologias e cronologia de seus conjuntos em três fases distintas, podendo ser evidenciadas a se caracterizar por: 1ª. Fase – 1549 ~1654 – presença das ordens religiosas no litoral chegada dos jesuítas (1549) em Salvador, encerrando-se com a reconstrução do Colégio da Bahia (1654); 2ª. Fase – 1640 ~1730 – Expansão das ordens no século XVII construção dos grandes conventos das ordens religiosas, com a consolidação dos templos no interior; 3ª. Fase – 1701 ~1808 – aumento do prestígio das ordens terceiras e irmandades construção de igrejas e capelas das ordens laicas.
Igreja de Nossa Senhora da Graça Igaraçu – 1580
Representante do clero regular, além de colaborar com o Rei na evangelização da população, edificava seus conjuntos constituídos de igreja e colégio, alojamento dos padres, residência dos bispos e até hospitais de epidemias; supriam a falta do Clero Secular, catequizando e alfabetizando gentios.
Com esse interesse renovado, as pequenas capelas e igrejas, agregados aos alojamentos precários, transformaram-se em grandiosas construções, com fachadas cuidadosamente elaboradas e interiores requintados.
Questões relacionadas aos novos programa de necessidades passaram a ser resolvidos em planta e tecnicamente estruturados e abastecidos de água, aquecimento e iluminação; solucionados com eficiência pelos mestres de obras ou padres – arquitetos / engenheiros (com a vinda dos engenheiros militares para a colônia).
Instalações antigas e precárias foram reformadas e ampliadas e novos edifícios foram construídos.
Convento Beneditino Olinda (PE)
João Pessoa (PB) – Ordens Primeira e Terceira - a capela é recuada em relação à Igreja.
As fachadas mais simples passaram a dar lugar à composições austeras trazendo o discurso clássico português para o Brasil. As construções religiosas começaram a receber maior tratamento arquitetônico recebendo influências barrocas e rococós.
Convento Carmelita
Impedidos por decreto real de se instalarem junto aos locais de extração mineral, a igreja secular e todas as irmandades e confrarias passaram a possuir seus próprios edifícios.
Antes ocupavam alguns locais institucionais ou capelas inseridas no corpo das igrejas para a realização de suas reuniões.
O ciclo do ouro (século XVIII) trouxe mudanças expressivas na rotina colonial: intensificação da vida urbana, capital de giro, contato com a Europa, valorização do luxo e do conforto.
Fachada da igreja do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro (1633-c.1677)
Em 1763, com a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, a opulência e ostentação passaram a integrar edificações, inclusive de ordens com votos de pobreza viabilizados pelas irmandades e confrarias em ascensão, também no litoral.
Recebendo contrato de profissionais de prestígio europeu, modismos e linguagens vigentes na Europa chegaram ao Brasil.
IGREJA MATRIZ DE N. Sra. DA CANDELÁRIA (1811)
Ampliação de casas modestas e construção de palácios
Implantação de chafarizes para matar a sede da população crescente
Edificação de cadeias para demonstrar o poder da coroa
Desenvolvimento de modestas capelas (dos primeiros anos de ocupação) por suntuosos e amplos templos.
Com a melhoria da mão de obra dos oficiais construtores e arquitetos os volumes das igrejas se sofisticaram formalmente, acompanhado com a evolução das técnicas construtivas;
abandono do pau-a-pique e esteios à mostra por pedra e cal das alvenarias e cunhais, entablamentos, vergas e ombreiras executadas em pedras.
Na transição para o século XIX, com a mineração em decadência, a adoção de um repertório arquitetônico clássico tornou-se necessário para diminuir gastos decorativos.
E com o empobrecimento das irmandades e confrarias muitos templos ficaram por acabar, juntamente com o movimento de migração de retorno da população para o campo no afã de retomar a agricultura abandonada.
Assim fecha-se o ciclo do barroco, que com a vinda da família real para a colônia e a elevação do Brasil a Reino Unido, o neoclassicismo torna-se seu repertório oficial.
Mais do que uma justificativa funcional, tem uma intenção simbólica de representar em planta a cruz latina, símbolo máximo do cristianismo.
Os novos templos deveriam incluir, além dos espaços tradicionais, um elemento para divulgação da Palavra, o Velho e o Novo Testamento, na língua natal do fiel, apartado do altar, onde a cerimônia continuava a ser celebrada em latim.
Surgia o púlpito, estrategicamente colocado acima da cabeça dos fiéis.
O novo edifício religioso também deveria respeitar e incluir elementos da cultura cristã local, incorporando os santos ali venerados, com suas imagens dispostas em altares laterais, zelados por irmandades próprias.