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Guias e Dicas
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Anatomia e Fisiologia do Sistema de Condução Elétrica do Coração, Notas de aula de Cardiologia

Uma introdução à anatomia e fisiologia do sistema de condução elétrica do coração. O texto aborda a importância do registro eletricamente do coração através do ecg, a estrutura do coração formado por sincícios atriais e ventriculares, a anatomia e fisiologia do sistema de condução elétrico, as fases da despolarização e repolarização do cardiomiócito, e a registro gráfico da despolarização elétrica na superfície da célula. Além disso, o texto discute o conceito de dipolo elétrico e o registro eletrocardiográfico da despolarização e repolarização do músculo cardíaco.

O que você vai aprender

  • Como as células cardíacas se despolarizam e se repolarizam?
  • O que é um dipolo elétrico e como ele se relaciona ao registro eletrocardiográfico?
  • Qual é a importância do ECG no estudo da anatomia e fisiologia do sistema de condução elétrico do coração?

Tipologia: Notas de aula

2021

Compartilhado em 11/10/2022

isabella-de-melo-pompei
isabella-de-melo-pompei 🇧🇷

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3a- ECG - conceitos básicos
Introdução
ECG registra atividade elétrica
Coração gera um campo elétrico que pode ser
captado na superfície do tórax
Atividade elétrica é gerada pela abertura e
fechamento harmonioso de canais iônicos nas
células cardíacas
Esse processo governa o ciclo cardíaco (sístole-
contração e diástole- relaxamento)
Portanto, o ECG registra dois fenômenos:
despolarização e repolarização do músculo
cardíaco
Anatomia e fisiologia do sistema de
condução elétrico do coração
Coração
é
formado por 2 sincícios (conjunto de células que
possuem propriedades elétricas homogêneas -
disco intercalar e GAP -> despolarização de uma
célula garante a despolarização de todas as outras
ao mesmo tempo): atrial e ventricular
Átrio são as câmaras receptoras
Ventrículos são as câmaras ejetoras
Sincícios atriais e ventriculares isolados
eletricamente pelo anel fibroso das valvas
oÚnica conexão entre átrios e ventrículos normal
– nó Átrio Ventricular
Atraso fisiológico para dar tempo dos átrios
esvaziarem nos ventrículos
Nó sinusal (próximo a inserção da v. cava
superior)-> feixe internodal -> nó antrioventricular
(atraso - esvaziamento dos átrios antes da
contração dos ventrículos) -> células ficam mais
longitudinais e perdem o aspecto fusiforme ->
feixe de His (penetra no septo) -> ramos direito e
esquerdo (mais divididos: antero-superior
esquerda,
antero-medial,
postero-
inferior) ->
rede de
Purkinje
(contração do
ventrículo é
sincrônica)
oFrequência
de disparo
do nó
sinusal é
variável,
dependendo da demanda do corpo por O2 ->
isso determina a freq. cardíaca
Sequência de ativação:
oOnda A: ativação dos átrios
oIntervalo PR: atraso no átrio ventricular
oComplexo QRS: ativação dos ventrículo -> bem
estreita/ rápida
oSegmento ST: repolarização do musculo
cardíaco se preparando para a próxima
despolarização
Despolarização e repolarização do
cardiomiócito individual
Fase 4- repouso : células polarizadas em
voltagem negativa – excesso de cargas negativas
no interior da célula (ativação continua da bomba
de sódio -> efluxo de 3 sódios e influxo de 2
potássios= excesso de cargas negativas no interior
da célula em repouso)
oCélulas dotadas de atividade de marcapasso:
ascensão lenta da fase 4 até a fase 0
(despolarização) -> por conta do influxo
contínuo de sódio e cálcio
oCélulas sem atividade de marcapasso (repouso
elétrico) – fase 0 depende de chegada de
estímulo elétrico de células adjacentes
Fase 0- despolarização: abertura de
canais de sódio (entrada de Na+) quando é
atingido o limiar de excitabilidade
oPotencial de ação ficam com valores mais
positivos -> rápida entrada de sódio nas células
Fase 1- repolarização: fechamento dos
canais de sódio e abertura dos canais de K+ (saída
de K+ => repolarização inicial): efluxo de cálcio
favorecido pelo gradiente eletroquímico (tem mais
potássio do lado de dentro da célula)
Fase 2- platô: abertura de canais de Ca2+
(entrada de Ca2+ => fase de platô – sístole
cardíaca): contração -> sístole
Fase 3- repolarização
: fechamento de
canais de Ca2+ e manutenção/abertura de novos
canais de K+ (saída de K+ => repolarização)
Registro gráfico da despolarização
elétrica na SUPERFÍCIE da célula:
TEORIA DO DIPOLO
Dipolo é o gradiente elétrico pela diferença de
cargas. A seta fica em direção ao positivo (Vetor:
seta aponta para lado positivo)
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3a- ECG - conceitos básicos

Introdução  (^) ECG registra atividade elétrica  (^) Coração gera um campo elétrico que pode ser captado na superfície do tórax  (^) Atividade elétrica é gerada pela abertura e fechamento harmonioso de canais iônicos nas células cardíacas  (^) Esse processo governa o ciclo cardíaco (sístole- contração e diástole- relaxamento)  (^) Portanto, o ECG registra dois fenômenos: despolarização e repolarização do músculo cardíaco Anatomia e fisiologia do sistema de condução elétrico do coração  (^) Coração é formado por 2 sincícios (conjunto de células que possuem propriedades elétricas homogêneas - disco intercalar e GAP -> despolarização de uma célula garante a despolarização de todas as outras ao mesmo tempo): atrial e ventricular  (^) Átrio são as câmaras receptoras  (^) Ventrículos são as câmaras ejetoras  (^) Sincícios atriais e ventriculares isolados eletricamente pelo anel fibroso das valvas o (^) Única conexão entre átrios e ventrículos normal

  • nó Átrio Ventricular  (^) Atraso fisiológico para dar tempo dos átrios esvaziarem nos ventrículos  (^) Nó sinusal (próximo a inserção da v. cava superior)-> feixe internodal -> nó antrioventricular (atraso - esvaziamento dos átrios antes da contração dos ventrículos) -> células ficam mais longitudinais e perdem o aspecto fusiforme -> feixe de His (penetra no septo) -> ramos direito e esquerdo (mais divididos: antero-superior esquerda, antero-medial, postero- inferior) -> rede de Purkinje (contração do ventrículo é sincrônica) o (^) Frequência de disparo do nó sinusal é variável, dependendo da demanda do corpo por O2 -> isso determina a freq. cardíaca  (^) Sequência de ativação: o (^) Onda A: ativação dos átrios o (^) Intervalo PR: atraso no átrio ventricular o (^) Complexo QRS: ativação dos ventrículo -> bem estreita/ rápida o (^) Segmento ST: repolarização do musculo cardíaco se preparando para a próxima despolarização Despolarização e repolarização do cardiomiócito individual  (^) Fase 4- repouso : células polarizadas em voltagem negativa – excesso de cargas negativas no interior da célula (ativação continua da bomba de sódio -> efluxo de 3 sódios e influxo de 2 potássios= excesso de cargas negativas no interior da célula em repouso) o (^) Células dotadas de atividade de marcapasso: ascensão lenta da fase 4 até a fase 0 (despolarização) -> por conta do influxo contínuo de sódio e cálcio o (^) Células sem atividade de marcapasso (repouso elétrico) – fase 0 depende de chegada de estímulo elétrico de células adjacentes  (^) Fase 0- despolarização: abertura de canais de sódio (entrada de Na+) quando é atingido o limiar de excitabilidade o (^) Potencial de ação ficam com valores mais positivos -> rápida entrada de sódio nas células  (^) Fase 1- repolarização: fechamento dos canais de sódio e abertura dos canais de K+ (saída de K+ => repolarização inicial): efluxo de cálcio favorecido pelo gradiente eletroquímico (tem mais potássio do lado de dentro da célula)  (^) Fase 2- platô: abertura de canais de Ca2+ (entrada de Ca2+ => fase de platô – sístole cardíaca): contração -> sístole  (^) Fase 3- repolarização: fechamento de canais de Ca2+ e manutenção/abertura de novos canais de K+ (saída de K+ => repolarização) Registro gráfico da despolarização elétrica na SUPERFÍCIE da célula: TEORIA DO DIPOLO  (^) Dipolo é o gradiente elétrico pela diferença de cargas. A seta fica em direção ao positivo (Vetor: seta aponta para lado positivo)

 (^) Despolarização: leva a uma inversão, externo fica negativo, mas a região do lado que não despolarizou continua positiva  (^) Repolarização: essa seta inverte o sentido, pois a parte que repolariza fica mais positiva do a que não repolarizou  (^) Fase 4 (entrada de cargas positivas) -> despolarização -> superfície da célula fica negativo Registro gráfico da repolarização elétrica na SUPERFÍCIE da célula  (^) Região q despolarizou primeiro vai repolarizar primeiro  (^) Vetor com sentido inverso  (^) Excesso de cargas negativas no INTERIOR -> estímulo elétrico (abertura dos canais de sódio) -> despolarização -> excesso de cargas negativas no EXTERIOR; superfície é mais negativa que a região subjacente Registro eletrocardiográfico da despolarização e repolarização do miócito  (^) Entrada de cargas positivas (região de superfície fica mais negativa em relação a região lateral adjacente -> forma dipolo apontando para o lado positivo) Despolarização  (^) Deflexão negativa : sempre q o dipolo se afasta do eletrodo  (^) Deflexão positiva : dipolo se aproxima  (^) Despolarização completa : toda a superfície com carga negativa -> linha de base  (^) E se estiver paralelo, ele vai enxergar positivo porque tá aproximando e depois negativo porque está afastando → se tiver exatamente no centro (perpendicular)= isodifásica Registro eletrocardiográfico da despolarização e repolarização do músculo cardíaco como um todo  (^) No músculo cardíaco normal, registro do ECG da despolarização e repolarização possui mesma polaridade (ambos positivos ou ambos negativos)  (^) Despolarização: endocárdio para epicárdio → eletrodo na parte de fora: positivo, eletrodo perto do endocárdio: negativo  (^) Potencial de ação (despolarização) no endocárdio demora mais -> demora mais tbm p/ repolarizar;  (^) Despolarização ocorre do endocárdio p/ epicárdio o (^) Célula é negativa no exterior e positiva no interior -> forma dipolo: despolarização o (^) Repolarização: pericárdio repolariza primeiro (recupera situação de excesso de cargas positiva no interior e excesso de negativas no interior) -> dipolo na repolarização no músculo como um todo: despolarização e repolarização tem o MESMO SENTIDO o (^) Isquemia: inversão de onda T O registro do eletrocardiograma : 12 derivações  (^) Eletrodos o (^) Membros o (^) Região anterior do tórax  (^) Derivações de membros o (^) Bipolares  (^) D1: ≠ de potencial entre braço E e braço D  (^) D2: ≠ de potencial entre pé E e braço D  (^) D3: ≠ de potencial entre pé E e braço D o (^) Derivações aumentadas unipolares:  (^) aVF: pé  (^) aVR: braço direito  (^) aVL: braço esquerdo o (^) Plano horizontal  (^) Derivações precordiais o (^) Unipolares:  (^) V1: 4º espaço intercostal do lado DIREITO  (^) V2: 4º espaço intercostal do lado ESQUERDO  (^) V3: ponto médio entre V2 e V  (^) V4: 5º espaço na linha hemiclavicular  (^) V5: 5º espaço intercostal na linha axilar anterior  (^) V6: 5º espaço intercostal na linha média axilar o (^) Plano horizontal Posicionamento dos eletrodos  (^) Triângulo de Eithoven (verde amarelo lado esquerdo da paixão; cores claras em cima) o (^) Braço D - vermelho o (^) Braço E - amarelo o (^) Perna D (terra) - preto o (^) Perna E - verde  (^) Eletrodos precordiais Derivaçã o Posição do eletrodo Visão do coração V1 4º espaço intercostal D Septo V2 4º espaço intercostal E Septo V3 Entre V2 e V4 Parede anterior V4 Linha hemiclavicular E Parede anterior

Intervalo PR: tempo da condução elétrica do átrio ao ventrículo  (^) Inicio da despolarização atrial ao inicio da despolarização vnetricular  (^) Duração normal: entre 120 e 200 ms Complexo QRS: despolarização ventricular e corresponde a sístole cardíaca  (^) Normalmente composto por três ondas

 Deflexão inicial negativa: Q (despolarização

septal)

 Deflexão inicial positiva : R (vetor resultante da

despolarização das paredes livres dos ventrículos, especialmente VE)

 Deflexão negativa após onda R : S (despolarização

das regiões basais dos ventrículos)  (^) Duração: 80 a 100 ms o (^) Mais que 100 ms= bloqueio de ramo  (^) A repolarização atrial não aparece no ECG, já que fica encoberta pela ativação  (^) (despolarização) ventricular  (^) Primeira deflexão Q  (^) Primeira deflexão positiva: R  (^) Primeira deflexão negativa depois do positivo: S Segmento ST: linha reta (isoelétrica) entre duas ondas  (^) Entre a despolarização (complexo QRS) e repolarização (onda T)  (^) Ponto inicial é o ponto J o (^) Em alteração isquêmica= deixa de ser isoelétrica  (^) Para cima: obstrução total  (^) Para baixo: sobrecarga ventricular, isquemia Onda T: repolarização ventricular  (^) Assimétrica, larga  (^) Polaridade costuma ser a mesma da maior onda do QRS Intervalo QT : abrange a despolarização e repolarização ventricular  (^) Início do complexo QRS até o final da onda T  (^) Formula de Bazett= menor ou igual a 440 ms o (^) Na derivação onde QT for mais prolongado (V ou V3) o (^) FC entre 60 e 90 bpm Onda U: pequena onda posterior a onda T  (^) Representa o final da repolarização ventricular  (^) Melhor identificada em V2 e V Intervalo RR  (^) Útil para cálculo do intervalo QT  (^) Útil para detectar a frequência cardíaca  (^) Ver se está regular ou irregular o (^) Regular: em ritmo sinusal o (^) Irregular: arritmia, fibrilação atrial Onda Evento elétrico Evento mecânico Onda P Despolarização do átrio Contração atrial Intervalo PR Retardo fisiológico no nó AV Evita que o átrio contraia ao mesmo tempo q o ventrículo Complexo QRS Despolarização ventricular Início da contração ventricular (sístole) Onda T e segmento ST Repolarização ventricular A sístole ventricular compreende do Início do QRS até próximo ao final de T. Relaxamento isovolumétrico - final de T Enchimento rápido - início da onda isoelétrica após T Eixo no ECG  (^) Eixo do complexo QRS ou eixo do coração o (^) Vetor resultante da despolarização dos ventrículos o (^) Vetor  (^) Módulo: é o tamanho, magnitude  (^) Direção: é a reta de apoio  (^) Sentido: é a orientação da seta na reta

o (^) Derivações representam a diferença de potencial entre dois pontos (eletrodo explorador positivo e um eletrodo indiferente - negativo) - diferença de potencial de ação  (^) Impulso elétrico estiver indo me direção ao eletrodo explorador, a deflexão será positiva e se estiver se afastando negativo  (^) Derivações bipolares o (^) 2 eletrodos diretamente no paciente: D1 por exemplo (braço D negativo e braço esquerdo positivo)  (^) Derivações unipolares o (^) Um eletrodo no precordio e virtual (próprio aparelho Passo a passo:  (^) 1º Passo : DI e aVF (localização do quadrante) o (^) Positivo nos 2: 1º quadrante  (^) 2º passo : encontrar derivações com QRS isoelétrico o (^) Soma das deflexões positivas seja igual (Fiz 3 bolinhos levaram 1 bolinhos restaram 2) Onda P: entre 0º e 90º (positiva em DI e aVF) Complexo QRS: entre -30º e + 90º  (^) Brevilíneos: tenência a horizontalização (mais próximo a 0º, amplitude maior em DI)  (^) Longilíneo: tendência a verticalização 3º quadrante DI - aVF - Eixo indeterminada 2º quadrante DI + aVF - Eixo p/ esquerda 4º quadrante DI - aVf + Eixo para direita 1º quadrante DI + aVF + Eixo normal Interpretação do ECG  (^) Identificação do paciente: idade, gênero, peso e altura  (^) Padronização do ECG: o (^) Velocidade de 25 mm/s o (^) Deslocamento de 1mm, no sentido horizontal, corresponde a 0,04 seg o (^) Amplitude N (10 quadradinhos) -> 2 quadrados grandes  (^) Ritmo, frequência cardíaca, SÂQRS (ângulo do QRS), e mais.....  (^) Ver velocidade e amplitude  (^) Ritmo: p positivo precedendo QRS mantendo relação em V1, V2 e aVF Ritmo sinusal  (^) Onda P positiva em D1, D2 e aVF e negativa em aVR o (^) Morfologia e orientação de P normal (entre 0 e 90º)  (^) Ondas P com a mesma morfologia  (^) A cada onda P, se segue um complexo QRS  (^) R-R: 20 mm -> 1500/20 (quadradinhos pequenos)= 75 bpm