Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Campos Vetoriais: Definições, Exemplos e Integral de Linha, Notas de aula de Cálculo

Aula 18 do curso ma211 - cálculo ii aborda campos vetoriais, incluindo definições, exemplos em r2 e r3, continuidade, campos de velocidade, gravitacional e gradiente. Além disso, aprende-se sobre integrais de linha de campos vetoriais e seu uso para determinar trabalho exercido.

O que você vai aprender

  • Qual é a definição de um campo vetorial?
  • Como podemos escrever um campo vetorial em R2 e R3?
  • Qual é o campo gravitacional e como é definido?
  • Como se calcula a integral de linha de um campo vetorial?
  • Qual é a continuidade de um campo vetorial?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Raimundo
Raimundo 🇧🇷

4.6

(212)

216 documentos

1 / 18

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Aula 18
Campos Vetoriais e
Integrais de Linha
MA211 - Cálculo II
Marcos Eduardo Valle
Departamento de Matemática Aplicada
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Universidade Estadual de Campinas
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Campos Vetoriais: Definições, Exemplos e Integral de Linha e outras Notas de aula em PDF para Cálculo, somente na Docsity!

Aula 18

Campos Vetoriais e

Integrais de Linha

MA211 - Cálculo II

Marcos Eduardo Valle

Departamento de Matemática Aplicada Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

Campo Vetorial

Definição 1 (Campo Vetorial)

Um campo vetorial é uma função F : D → Rm, com D ⊆ Rn, que associa a cada ponto x em D um vetor F ( x ) em Rm.

Exemplo 2 (Campo Vetorial em R^2 )

Um campo vetorial em R^2 é uma função F : D → R^2 , D ∈ R^2. Neste caso, o campo vetorial pode ser escrito em termos de suas componentes P e Q da seguinte forma:

F (x, y) = P(x, y) i + Q(x, y) j =

P(x, y), Q(x, y)

Observe que P e Q são campos escalares, ou seja, funções de duas variáveis.

Exemplo 4 (Campo Vetorial em R^3 )

Um campo vetorial em R^3 é uma função F : D → R^3 , D ∈ R^3. Neste caso, o campo vetorial pode ser escrito em termos de suas componentes P, Q e R da seguinte forma:

F (x, y, z) = P(x, y, z) i + Q(x, y, z) j + R(x, y, z) k

P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)

Observe que P, Q e R são campos escalares, ou seja, funções de três variáveis.

Continuidade de Campos Vetoriais

Dizemos que um campo vetorial F : D → Rm, D ⊆ Rn, é contínuo se suas componentes forem contínuas!

Exemplo 5

Considere o campo vetorial em R^3 é definido por

F (x, y) = y i + z j + x k.

A figura abaixo mostra F aplicado em alguns pontos.

(Figura extraída do livro de James Stewart, Calculus, 5 edição.)

Exemplo 7 (Campo Gravitacional)

A Lei da Gravitação de Newton afirma que a intensidade da força gravitacional entre dois objetos com massas m e M é

| F | =

mMG r 2

em que r é a distância entre os objetos e G é a constante gravitacional. Suponha que um objeto de massa M está localizado na origem em R^3. Seja x = (x, y, z) a posição do objeto de massa m. Nesse caso, r = | x | e r 2 = | x |^2. A força gravitacional exercida nesse segundo objeto age em direção a origem e o vetor unitário em sua direção é − x /| x |. Portanto, a força gravitacional agindo no objeto em x = (x, y, z) é

F ( x ) = −

mMG | x |^3 x.

A função acima é chamada campo gravitacional.

Campos Gradiente

Definição 8 (Campo Gradiente)

O gradiente ∇f de uma função escalar f : Rn^ → R é um campo vetorial chamado campo gradiente.

Exemplo 9

O campo vetorial gradiente de

f (x, y) = x^2 y − y^3 ,

é o campo vetorial dado por

∇f (x, y) =

∂f ∂x i +

∂f ∂y j = 2 xy i + (x^2 − 3 y^2 ) j.

Integral de Linha de Campos Vetoriais

Podemos definir integrais de linhas de campos vetoriais. Tais integrais são usadas, por exemplo, para determinar o trabalho exercido ao mover uma partícula ao longo de uma curva lisa C.

Definição 12 (Integral de Linha de um Campo Vetorial F )

Seja F é um campo vetorial contínuo definido sobre uma curva lisa C dada pela função vetorial r (t), a ≤ t ≤ b, então a integral de linha de F ao longo de C é ∫

C

F · d r =

∫ (^) b

a

F

r (t)

· r ′(t)dt.

Lembre-se que: I (^) F

r (t)

= F

x(t), y(t)

para campos vetoriais em R^2 e I (^) F

r (t)

= F

x(t), y(t), z(t)

para campos vetoriais em R^3.

Integrais de Linha com Respeito a x, y e z

Considere um caminho liso C descrito por

r (t) = x(t) i + y(t) j + z(t) k , a ≤ t ≤ b,

e suponha que

F (x, y, z) = P(x, y, z) i + Q(x, y, z) j + R(x, y, z) k.

A integral de linha do campo vetorial F pode ser escrita como ∫

C

F · d r =

C

P(x, y, z)dx + Q(x, y, z)dy + R(x, y, z)dz,

em que ∫

C

P(x, y, z)dx,

C

Q(x, y, z)dy e

C

R(x, y, z)dz,

são chamadas integrais de linha ao longo do caminho C com relação a x , y e z, respectivamente.

Exemplo 13

Determine o trabalho feito pelo campo de força F (x, y) = x^2 i − xy j ao se mover uma partícula ao longo de um quarto de círculo r (t) = cos t i + sen t j , 0 ≤ t ≤ 2 π.

Resposta: (^) ∫

C

F d r = −

Exemplo 14

Calcule

C

y^2 dx + xdy em que

a) C = C 1 é o segmento de reta de (− 5 , − 3 ) a ( 0 , 2 ),

b) C = C 2 é o arco de parábola x = 4 − y^2 de (− 5 , − 3 ) a ( 0 , 2 ).

APÊNDICE

Dedução da integral de um campo vetorial

(Trabalho realizado para mover uma partícula

sobre uma curva)

Considere um campo de força F contínuo e uma curva lisa C.

Primeiramente, dividimos o intervalo [a, b] em n subintervalos [ti− 1 , ti ] de tamanho igual ∆t e tomamos xi = x(ti ) e yi = y(ti ). Desta forma, os pontos Pi = (xi , yi ) dividem o caminho C em n subarcos de comprimento ∆s 1 ,... , ∆sn.

Observe que o vetor que liga os pontos Pi− 1 e Pi é dado pela diferença r (ti ) − r (ti− 1 ). Pelo teorema do valor médio, existe t i∗ ∈ [ti− 1 , ti ] tal que

r ′(t i∗ )∆t = r (ti ) − r (ti− 1 ).

O trabalho realizado pela força F para mover a particular de Pi− 1 para Pi é aproximadamente

F

r (t i∗ )

· r ′(t i∗ )∆t.