











Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
As seções planas de um parabolóide elíptico e sua interseção com planos paralelos aos planos xy e yz, além de apresentar a interseção do parabolóide com outros planos específicos, como x = k, y = k, e z = k. Além disso, é apresentada a análise geométrica das seções planas e interseções, incluindo a identificação de parábolas, hipérboles e retas.
Tipologia: Resumos
1 / 19
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
Nas superf´ıcies qu´adricas estudadas nas Aulas de 29 a 32, vimos que elipses, c´ırculos e hip´erboles s˜ao encontradas como se¸c˜oes planas. Al´em dessas cˆonicas, encontramos tamb´em retas e pontos, ou seja, cˆonicas degeneradas. Nos parabol´oides, conforme o nome sugere, as par´abolas aparecem de forma natural. De fato, elas ocorrem em duas das trˆes formas de obtermos se¸c˜oes. Isto ´e, as par´abolas s˜ao as cˆonicas que “mais aparecem”como se¸c˜oes planas (paralelas aos planos coordenados) num parabol´oide.
Um parabol´oide ´e denominado el´ıptico quando suas se¸c˜oes s˜ao par´abolas ou elipses e ´e denominado hiperb´olico quando suas se¸c˜oes s˜ao par´abolas e hip´erboles. Come¸camos estudando os parabol´oides el´ıpticos.
Parabol´oide el´ıptico Outros parabol´oides Dados a, b, c ∈ R positivos, o parabol´oide S, na defini¸c˜ao ao lado, ´e o conjunto {(x, y, x a^22 + y b^22 )|x, z ∈ R}. Outros parabol´oides s˜ao os conjuntos: {( y b 22 + z c^22 , y, z)|y, z ∈ R} e {(x, x a^22 + z c^22 , z)|x, z ∈ R}.
Defini¸c˜ao 17. Sejam a e b n´umeros reais positivos. Denominamos parabol´oide el´ıptico `a superf´ıcie qu´adrica S formada pelos pontos P = (x, y, z) cujas coordenadas satisfazem uma equa¸c˜ao do tipo
S : z = x
2 a^2 +^
y^2 b^2 Para entender a forma de S, vamos analisar suas se¸c˜oes planas.
Figura 17.1: Elipse E, se¸c˜ao de S no plano z = k, k ≥ 0.
(i) Interse¸c˜ao de S com planos pa- ralelos ao plano XY
A interse¸c˜ao de S com um plano de equa¸c˜ao z = k, paralelo ao plano XY , consiste dos pon- tos cujas coordenadas satisfazem o sistema
z = x
2 a^2 +^
y^2 b^2 z = k.
Substituindo z = k na primeira equa¸c˜ao, obtemos x
2 a^2 +^
y^2 b^2 =^ k^.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Como o primeiro membro dessa equa¸c˜ao ´e n˜ao-negativo, ela tem solu¸c˜ao se, e somente se, k ≥ 0.
2 ka^2 +^
y^2 kb^2 = 1, contida no plano^ z^ =^ k^ e com centro (0,^0 , k). Se a > b, a elipse E tem por focos os pontos F 1 = (−
k(a^2 − b^2 ), 0 , k) e F 2 = (
k(a^2 − b^2 ), 0 , k), como mostramos na Figura 17.1; se b > a, os focos de E s˜ao F 1 = (0, −
k(b^2 − a^2 ), k) e F 2 = (0,
k(b^2 − a^2 ), k).
Lembre que... Para identificar a par´abola P, considere o plano munido de um sistema ortogonal de coordenadas cartesianas (y, z). A equa¸c˜ao z − z 0 = y b^22 ´e a equa¸c˜ao de uma par´abola. Fazendo a mudan¸ca de coordenadas z′^ = z − z 0 , y′^ = y, obtemos a equa¸c˜ao na forma canˆonica z′^ = (y b′ 2 ) 2. No entanto, a equa¸c˜ao z′^ = (y 4 ′p)^2 , p > 0 , ´e a equa¸c˜ao da par´abola de diretriz z′^ = −p; foco F = (0, p)Y ′Z′ e v´ertice V = (0, 0)Y ′Z′ (o termo diretriz refere-se `a diretriz de uma par´abola, como no M´odulo I). Comparando as duas equa¸c˜oes, obtemos 4p = b^2 , temos p = b 42. Logo, a par´abola z′^ = (y b′ 2 )^2 tem diretriz z′^ = − b 42 , foco F =^ “ 0 , b 42 ” Y ′Z′ e v´ertice V = (0, 0)Y ′ (^) Z′. Portanto, em coordenadas (y, z), tomando z 0 = k a^22 e considerando z′^ = z − z 0 , obtemos que z − k a^22 = y b 22 ´e a par´abola de diretriz z − k a^22 + b 42 = 0; foco F = (0, k a^22 + b 42 ) e v´ertice V = (0, k a^22 ).
(ii) Interse¸c˜ao de S com planos paralelos ao plano Y Z Essa interse¸c˜ao consiste dos pontos cujas coordenadas satisfazem o sis- tema (^)
z = x
2 a^2 +^
y^2 b^2 x = k ,
ou seja,
z − k
2 a^2 =^
y^2 b^2 x = k. Isto ´e, a se¸c˜ao ´e o conjunto de pontos P =
P = (k, y, z)
z − k
2 a^2 =^
y^2 b^2
Como k
2 a^2 ´e constante, a equa¸c˜ao acima representa uma par´abola contida no plano x = k. Veja, na nota ao lado, como fazer a identifica¸c˜ao da par´abola. Se vocˆe ainda n˜ao est´a convencido, mostremos ent˜ao que P ´e a par´abola no plano x = k, de foco F =
k, 0 , k
2 a^2 +^
b^2 4
, v´ertice V =
k, 0 , k
2 a^2
e
diretriz ` =
(k, y, z)
z − k
2 a^2 +^
b^2 4 = 0
, como mostramos na Figura 17.2.
Figura 17.2: Par´abola P, se¸c˜ao de S no plano x = k. Para isso, lembre que um ponto P = (k, y, z) ´e ponto da par´abola P se, e somente se, d(P, `) = d(P, F ). Confirmamos o desejado desenvolvendo essa identidade:
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Figura 17.4: Parabol´oide S e seu eixo sendo o eixo OZ.
Como uma par´abola tem a concavidade voltada para seu foco, comparando as co- ordenadas do v´ertice com as coordenadas do foco em cada uma dessas situa¸c˜oes, con- clu´ımos que as par´abolas das se¸c˜oes obtidas tˆem concavidade voltada para o semi-eixo positivo OZ. O eixo OZ ´e denominado eixo do parabol´oide el´ıptico S.
Figura 17.5: y = x a^22 + z b 22 , eixo OY e con- cavidade voltada para o semi-eixo OY po- sitivo.
Figura 17.6: x = y a^22 + y b 22 , eixo OX e concavidade voltada para o semi-eixo OX positivo. Nas seguintes figuras, observe com aten¸c˜ao a mudan¸ca de concavidade em virtude da mudan¸ca de sinal nas parcelas da equa¸c˜ao correspondente:
Figura 17.7: z = − x a^22 − y b^22 , eixo OZ e concavidade voltada para o semi-eixo OZ negativo.
Figura 17.8: y = − x a^22 − z b^22 , eixo OY e concavidade voltada para o semi-eixo OY negativo.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
Figura 17.9: x = − (^) ay^22 − z b^22 eixo OX e concavidade voltada para o semi-eixo OX negativo.
Exemplo 17. Seja S o parabol´oide el´ıptico de equa¸c˜ao S : y = x
2 9 +^
z^2
Solu¸c˜ao:
a. Interse¸c˜ao de S com o plano XY
A se¸c˜ao S 1 obtida ´e dada pela equa¸c˜ao y = x
2 9 , com a condi¸c˜ao^ z^ = 0.
Conforme temos feito ao longo do estudo, consideramos a equa¸c˜ao y = x
2 9 num plano de coordenadas (x, y) e depois acrescentamos a coordenada z = 0.
Essa ´e a equa¸c˜ao de uma par´abola do tipo y = x
2 4 p.^ Logo,^ p^ =^
9
(^4 ; o foco ´e 0 , (^94)
; o v´ertice ´e (0, 0) e a diretriz ´e y = − 94.
Assim, a se¸c˜ao S 1 ´e a par´abola contida no plano z = 0, de foco (0, 94 , 0),
v´ertice (0, 0 , 0) e diretriz ` :
y = − (^94) z = 0.
b. Interse¸c˜ao de S com o plano XZ
A se¸c˜ao S 2 = S ∩ {plano XZ} ´e dada pela equa¸c˜ao x
2 9 +^
z^2 16 = 0, com a condi¸c˜ao y = 0.
Isto ´e, a se¸c˜ao S 2 consiste apenas do ponto (0, 0 , 0).
c. Interse¸c˜ao de S com o plano Y Z
A se¸c˜ao S 3 = S ∩ {plano Y Z} ´e dada pela equa¸c˜ao y = z
2 16 com a condi¸c˜ao x = 0.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
e. Interse¸c˜ao de S com o plano z = −2.
A se¸c˜ao S 6 obtida dessa interse¸c˜ao ´e dada pela equa¸c˜ao y = x
2 9 +^
z^2 16 com a condi¸c˜ao z = − 2.
Consideremos a equa¸c˜ao y − 14 = x
2 9 num plano de coordenadas (x, y). No- vamente, da Geometria Plana, vemos que essa equa¸c˜ao difere da equa¸c˜ao
y = x
2 9 por uma transla¸c˜ao, e que a mudan¸ca de coordenadas^ y
′ (^) = y − 1 4 , x′^ = x, transforma a equa¸c˜ao na forma canˆonica y′^ = (x
′) 2 9 ,^ que ´e do tipo y′^ = (x
′) 2 4 p , p >^ 0. Logo,^ p^ =^
9 4 e a equa¸c˜ao corresponde `a par´abola de diretriz y′^ = − (^94) , foco F =
X′Y ′^ e v´ertice^ V^ = (0,^ 0)X′Y^ ′^.
Em coordenadas (x, y), a diretriz ´e y − 14 = −4, ou seja, y = − 154 ; o foco ´e
F =
e o v´ertice ´e V =
Portanto, a se¸c˜ao S 6 ´e a par´abola contida no plano z = −2, de equa¸c˜ao y − 14 = x 92 com z = −2 ; foco no ponto F =
; seu v´ertice ´e
V =
e a diretriz ´e dada por ` :
y + 154 = 0 z = − 2.
Na Figura 17. Destacamos uma diretriz D e uma geratriz P do parabol´oide de revolu¸c˜ao S.
Figura 17.10: Parabol´oide de revolu¸c˜ao S.
Parabol´oides de revolu¸c˜ao
Os parabol´oides de revolu¸c˜ao s˜ao casos particulares de para- bol´oides el´ıpticos em que as vari´aveis de segundo grau, que figuram na equa¸c˜ao, tˆem coeficientes iguais. Portanto, as equa¸c˜oes desses pa- rabol´oides s˜ao do tipo
S : z = x
2 a^2 +^
y^2 a^2. As se¸c˜oes planas obtidas intersectando S com planos paralelos ao plano XY , isto ´e, planos de equa¸c˜ao z = k, somente ocorrem quando k ≥ 0.
k. A revolu¸c˜ao ´e em torno do
eixo OZ e uma geratriz ´e a par´abola y = z
2 a^2 contida no plano^ x^ = 0 , como mostramos na Figura 17.10.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Figura 17.11: Parabol´oide hi- perb´olico S.
Parabol´oide hiperb´olico Defini¸c˜ao 17. Sejam a e b n´umeros reais positivos. Deno- minamos parabol´oide hiperb´olico `a superf´ıcie qu´adrica S, formada pelos pontos P = (x, y, z) do espa¸co, cujas coordenadas satisfazem uma equa¸c˜ao do tipo (veja a Figura 17.11)
Na Figura 17.11, mostramos um parabol´oide hiperb´olico com suas se¸c˜oes planas paralelas aos planos coordenados. Note que em duas dire¸c˜oes paralelas aos planos coordenados, obtemos par´abolas e, na outra, hip´erboles. Essa superf´ıcie ´e chamada sela, devido a sua semelhan¸ca com a sela de montar. S : z = − x
2 a^2 +^
y^2 b^2
Vejamos as se¸c˜oes planas do parabol´oide hiperb´olico. (i) Interse¸c˜ao de S com planos paralelos ao plano XY A interse¸c˜ao de S com um plano de equa¸c˜ao z = k consiste dos pontos P = (x, y, z) cujas coordenadas satisfazem o sistema
z = − x
2 a^2 +^
y^2 b^2 z = k ,
ou seja,
−x
2 a^2 +^
y^2 b^2 =^ k z = k.
Figura 17.12: Se¸c˜ao z = 0 do pa- rabol´oide hiperb´olico S.
A primeira equa¸c˜ao reduz-se a x^2 a^2 −^
y^2 b^2 = 0 , ou seja, (^) ( x a +^
y b
) (x a −^
y b
Portanto, as solu¸c˜oes s˜ao as retas
` 1 :
y = − b a x z = 0
e ` 2 :
y = (^) ab x z = 0. Essas retas passam pela origem, pois O = (0, 0 , 0) satisfaz os dois sis- temas (Figura 17.12).
2 ka^2 +^
y^2 kb^2 = 1. Multiplicando todos os termos por (−1), obtemos a equa¸c˜ao x^2 ka^2 −^
y^2 kb^2 =^ −1 ,^ no plano^ z^ =^ k. Portanto, a se¸c˜ao ´e a hip´erbole H+ k , contida no plano z = k, de focos F 1 = (0, −d, k) e F 2 = (0, d, k), com d > 0 , d^2 = ka^2 + kb^2 , e m´odulo da diferen¸ca dos raios focais igual a 2b
k.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Comparando as terceiras coordenadas do v´ertice e do foco, vemos que
−k
2 a^2 <^ −^
k^2 a^2 +^
b^2
(iii) Interse¸c˜ao de S com planos paralelos ao plano XZ
Figura 17.16: Se¸c˜ao y = k do parabol´oide S.
Essa interse¸c˜ao consiste dos pontos cu- jas coordenadas s˜ao solu¸c˜oes do sistema
z = − x
2 a^2 +^
y^2 b^2 y = k ,
ou
z − k
2 b^2 =^ −^
x^2 a^2 y = k. A situa¸c˜ao ´e an´aloga ao estudo do caso (iii) do parabol´oide el´ıptico, com diferen¸ca no sinal do coeficiente da vari´avel x^2. Naquele caso, o coeficiente ´e +1, e agora, o coefici- ente ´e −1. Logo, a concavidade da par´abola ´e voltada para o semi-eixo OZ negativo.
Portanto, a se¸c˜ao P = S ∩ {plano y = k} ´e a par´abola contida no
plano y = k, de foco F =
0 , k, − a
2 4 +^
k^2 b^2
, v´ertice V =
0 , k, k
2 b^2
e
diretriz ` : z − k
2 b^2 −^
a^2 4 = 0^ ,^ com^ y^ =^ k^ (Figura 17.16).
Varia¸c˜oes de equa¸c˜oes dos parabol´oides hiperb´olicos
Ao inv´es de colocarmos aqui as poss´ıveis equa¸c˜oes de um parabol´oide hi- perb´olico, vejamos os crit´erios que devemos observar para identificar quando uma qu´adrica ´e um parabol´oide hiperb´olico.
Caracter´ısticas da equa¸c˜ao: uma equa¸c˜ao do segundo grau a trˆes vari´aveis que n˜ao possui termos em xy, xz ou yz ´e a equa¸c˜ao de um parabol´oide hi- perb´olico quando ela possui exatamente trˆes termos, uma das vari´aveis apa- rece apenas no primeiro grau e as outras duas no segundo grau nos outros dois termos (n˜ao havendo, portanto, termo independente); a equa¸c˜ao pode ser escrita de forma que, no primeiro membro, figure o termo de primeiro grau com coeficiente (+1) e, no segundo membro, apare¸cam os outros dois termos com coeficientes de sinais contr´arios.
Exemplo 17. Dado o parabol´oide hiperb´olico S : y = x
2 4 −^
z^2 8 , determine a se¸c˜ao plana obtida intersectando S com: a. o plano XY , b. o plano XZ , c. o plano Y Z , d. o plano x = 4 , e. o plano y = − 2. Solu¸c˜ao: As intersec¸c˜oes de S com os planos XY , XZ e Y Z s˜ao dadas,
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
respectivamente, pelas solu¸c˜oes dos sistemas
S ∩ ΠXY :
y = x
2 4 z = 0 ,
; S ∩ ΠXZ :
x^2 4 −^
z^2 8 = 0 y = 0 ,
e S ∩ ΠY Z :
y = − z
2 8 x = 0. a. O primeiro sistema representa uma par´abola (Figura 17.17) do tipo
y = x
2 4 p , contida no plano^ z^ = 0 , onde^ p^ = 1 , seu foco ´e o ponto^ F^ = (0,^
9 4 ,^ 0), seu v´ertice ´e a origem e a diretriz ´e a reta ` dada por y = − 1 , z = 0.
b. Se no segundo sistema reescrevemos a primeira equa¸c˜ao na forma (ver Figura 17.18)
Figura 17.17: Se¸ (c˜ ao S ∩ ΠXY. Figura 17.18: Se¸c˜ao^ S^ ∩^ ΠXZ. x 2 +^
z 2
√ 2
x 2 +^
z 2
√ 2
vemos que a se¸c˜ao ´e a uni˜ao de duas retas que se interceptam na origem:
` 1 :
z = −
2 x y = 0
e ` 2 :
z =
2 x y = 0.
c. O terceiro sistema representa uma par´abola P do tipo y = − z
2 4 p , contida no plano x = 0. Portanto, 4p = 8 , o que implica p = 2. O foco dessa par´abola ´e o ponto F = (0, 0 , −2), o v´ertice ´e (0, 0 , 0) e a diretriz ´e a reta ` dada pelas equa¸c˜oes y = 2 , z = 0 (veja a Figura 17.19).
d. A interse¸c˜ao de S com o plano x = 4 consiste dos pontos cujas coordenadas satisfazem o sistema
y = x
2 4 −^
z^2 8 x = 4 ,
ou seja,
y − 4 = − z
2 8 x = 4.
Esse sistema tem por solu¸c˜oes os pontos da par´abola P (Figura 17.20), contida no plano x = 4, tendo a sua equa¸c˜ao do tipo
y − y 0 = z
2 4 p ,^ com^ y^0 = 4^ e^ p^ = 2.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
Parabol´oides hiperb´olicos vistos como superf´ıcies regradas
Na aula anterior, vimos que o hiperbol´oide de uma folha ´e uma su- perf´ıcie regrada. Na seguinte proposi¸c˜ao, mostramos que o parabol´oide hi- perb´olico ´e, tamb´em, uma superf´ıcie regrada (Figura 17.22).
Proposi¸c˜ao 17. O parabol´oide hiperb´olico S : z = x
2 a^2 −^
y^2 b^2 ´e uma superf´ıcie regrada.
Demonstra¸c˜ao: Devemos provar que por cada ponto P 0 = (x 0 , y 0 , z 0 ) ∈ S passa pelo menos uma reta LP 0 contida em S. Isto ´e, dado o ponto P 0 ∈ S, devemos determinar um vetor −→v = (λ 1 , λ 2 , λ 3 ) 6 = −→ 0 , tal que a reta LP 0 que passa por P 0 com dire¸c˜ao −→v , esteja contida em S. Essa reta ´e dada pelas equa¸c˜oes param´etricas:
LP 0 :
x = x 0 + λ 1 t y = y 0 + λ 2 t z = z 0 + λ 3 t ,
; t ∈ R.
Temos que P = (x, y, z) ∈ S ∩ LP 0 se, e somente se, as coordenadas de P s˜ao dadas pelas equa¸c˜oes param´etricas de LP 0 e satisfazem a equa¸c˜ao de S. Isto ´e, se, e somente se, P = (x 0 + λ 1 t, y 0 + λ 2 t, z 0 + λ 3 t) e
z 0 + λ 3 t = (x^0 +^ λ^1 t)
2 a^2 −^
(y 0 + λ 2 t)^2 b^2 = x
(^20) a^2 +^
2 x 0 λ 1 t a^2 +^
λ^21 t^2 a^2 −^
y 02 b^2 −^
2 y 0 λ 2 t b^2 −^
λ^22 t^2 b^2 = x
(^20) a^2 −^
y 02 b^2 +
2 x 0 λ 1 a^2 −^
2 y 0 λ 2 b^2
t +
λ^21 a^2 −^
λ^22 b^2
t^2.
Levando em conta que z 0 = x
(^20) a^2 −^
y^20 (^ b^2 , pois^ P^ ∈^ S, obtemos: 2 x 0 λ 1 a^2 −^
2 y 0 λ 2 b^2 −^ λ^3
t +
λ^21 a^2 −^
λ^22 b^2
t^2 = 0. Como todo ponto P de LP 0 deve pertencer a S, essa identidade deve ser v´alida qualquer que seja o parˆametro t (parˆametro do ponto P na reta LP 0 ). Portanto, devemos ter 2 x 0 λ 1 a^2 −^
2 y 0 λ 2 b^2 −^ λ^3 = 0^ e^
λ^21 a^2 −^
λ^22 b^2 = 0^. Da segunda equa¸c˜ao, obtemos λ 2 = b a λ 1 ou λ 2 = − b a λ 1.
Substituindo λ 2 = b a λ 1 na primeira equa¸c˜ao, temos
λ 3 = 2 x a^02 λ 1 − 2 y b^02 bλa 1 = 2 λ a^1
( (^) x 0 a −^
y 0 b
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Fixando λ 1 = a, obtemos o vetor dire¸c˜ao −→v 1 de LP 0 :
−v→ 1 =^ ( a, b, 2 (x^0 a −^
y 0 b
Alternativamente, substituindo λ 2 = − (^) ab λ 1 na primeira equa¸c˜ao: λ 3 = 2 λ a^1
(x 0 a +^
y 0 b
Fixando, de novo, λ 1 = a, obtemos outro vetor dire¸c˜ao, para outra reta L′ P 0 contida em S e passando por P 0 : −v→ 2 =^ ( a, −b, 2 (x 0 a +^
y 0 b
Portanto, as retas
x = x 0 + at y = y 0 + bt z = z 0 + 2t
(x 0 a −^
y 0 b
) e^ L
′ P 0 :
x = x 0 + at y = y 0 − bt z = z 0 + 2t
(x 0 a +^
y 0 b
passam pelo ponto P 0 = (x 0 , y 0 , z 0 ) ∈ S e est˜ao inteiramente contidas em S.
Vamos mostrar que todas as retas LP 0 , P 0 ∈ S, descritas anteriormente, intersectam a par´abola P obtida intersectando S pelo plano y = 0, isto ´e, a par´abola P dada por
P :
z = x
2 a^2 y = 0.
Seja P 0 = (x 0 , y 0 , z 0 ) ∈ S, isto ´e, z 0 = x
(^20) a^2 −^
y^20 b^2.^ Substituindo as coordenadas de um ponto de LP 0 na segunda das equa¸c˜oes de P, obtemos t = − y b^0 , e desenvolvendo o lado direito da primeira equa¸c˜ao, obtemos: x^2 a^2 =^
(x 0 + at)^2 a^2 =^
x^20 a^2 +^
2 x 0 at a^2 +^
a^2 t^2 a^2 =
x^20 a^2 −^
y 02 b^2
(^20) b^2 =^ z^0 + 2
−y b^0
) (x 0 a −^
y 0 b
= z 0 + 2t
(x 0 a −^
y 0 b
= z. Assim, se P 0 = (x 0 , y 0 , z 0 ) ∈ S, a reta LP 0 intersecta a par´abola P no ponto que corresponde ao valor do parˆametro t = − y b^0.
Portanto, o parabol´oide hiperb´olico S (Figura 17.22) ´e uma superf´ıcie regrada para a qual a par´abola P ´e uma diretriz e as retas LP 0 , P 0 ∈ S , s˜ao geratrizes.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides
Exemplo 17. Descrever o parabol´oide hiperb´olico S : y = x
2 4 −^
z^2 8 como superf´ıcie regrada. Solu¸c˜ao: As par´abolas de S contidas em planos coordenados s˜ao
P :
y = x
2 4 z = 0 ,
e P′^ :
y = − z
2 8 x = 0.
Seja P 0 = (x 0 , y 0 , 0) ∈ P , isto ´e, y 0 = x
(^20)
−→v = (λ 1 , λ 2 , λ 3 ),
tal que a reta
LP 0 :
x = x 0 + λ 1 t y = y 0 + λ 2 t z = λ 3 t
; t ∈ R ,
que passa por P 0 , com dire¸c˜ao −→v , esteja contida em S.
Temos que LP 0 ⊂ S ⇐⇒ y 0 + λ 2 t = (x^0 +^ λ^1 t)
2 4 −^
λ^23 t^2 8 ,^ para todo^ t^ ∈^ R^.
Isto ´e, y 0 = x
(^20) 4 +
2 x 0 λ 1 4 −^ λ^2
t +
λ^21 4 −^
λ^23 8
t^2 , para todo t ∈ R.
Como P 0 ∈ P, temos y 0 = x
(^20)
x 0 λ 1 2 −^ λ^2
t +
λ^21 4 −^
λ^23 8
t^2 = 0 , para todo t ∈ R ,
ou seja, x^02 λ 1 − λ 2 = 0 e λ
(^21) 4 −^
λ^23 8 = 0^.^ Assim,^ λ^2 =^
x 0 λ 1 2 e,^ λ^3 =^ ±
2 λ 1.
O valor de λ 1 pode ser fixado de maneira arbitr´aria, desde que, diferente de zero. Tomando λ 1 = 2, obtemos duas solu¸c˜oes para −→v :
−v→ 1 = (2, x 0 , 2 √2) e −v→ 2 = (2, x 0 , − 2 √2).
Figura 17.25: S e a fam´ılia de retas LP , com P ∈ P.
Figura 17.26: S e a fam´ılia de retas L′ P , com P ∈ P.
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
Portanto, as retas
x = x 0 + 2t y = y 0 + x 0 t z = 2
2 t
; t ∈ R, e L′ P 0 :
x = x 0 + 2t y = y 0 + x 0 t z = − 2
2 t
; t ∈ R
est˜ao contidas em S e passam por P 0 = (x 0 , y 0 , 0) ∈ P.
Consideremos agora P 0 = (0, y 0 , z 0 ) ∈ P′^ , com y 0 = − z 02
Determinemos as poss´ıveis dire¸c˜oes −w→ = (σ 1 , σ 2 , σ 3 ), tais que a reta
x = σ 1 t y = y 0 + σ 2 t z = z 0 + σ 3 t
; t ∈ R ,
que passa por P 0 , com dire¸c˜ao −→w , esteja contida em S.
Usando a rela¸c˜ao y 0 = − z 02 8 , temos JP 0 ⊂ S ⇐⇒ y 0 + σ 2 t = σ 12 t^2 4 −^
(z 0 + σ 3 t)^2 8 ,^ para todo^ t^ ∈^ R ⇐⇒ y 0 = − z 02 8 −
( (^2) zσ 3 8 +^ σ^2
) t +
( (^) σ 2 1 4 −^
σ 32 8
) t^2 , para todo t ∈ R
⇐⇒ −
( (^2) z 0 σ 3 8 +^ σ^2
) t +
( (^) σ 2 1 4 −^
σ^23 8
) t^2 = 0 , para todo t ∈ R
⇐⇒ z^04 σ 3 + σ 2 = 0 e σ
(^21) 4 −^
σ^23 8 = 0 ⇐⇒ σ 2 = − z 40 σ 3 e σ 1 = ±
√ 2 2 σ^3. Tomando σ 3 = 4, obtemos as duas poss´ıveis dire¸c˜oes (Figura 17.28)
Figura 17.27: Fam´ılias de retas LP e L′ P , com P ∈ P.
Figura 17.28: Fam´ılias de retas LP e L′ P , com P ∈ P′. −w→ 1 = (√ 2 , −z 0 , 4) e −w→ 2 = (−√ 2 , −z 0 , 4).
Superf´ıcies qu´adricas - parabol´oides (^) M ODULO 2´ - AULA 17
2 2 −^
z^2 18 como superf´ıcie regrada.
e
z = − 4 x^2 y = 0.
y = − b a x z = k
e
y = (^) ab x z = k com k 6 = 0, s˜ao ass´ıntotas das hip´erboles obtida da interse¸c˜ao do para- bol´oide hiperb´olico de equa¸c˜ao z = − x
2 a^2 +^
y^2 b^2 com o plano^ z^ =^ k.
Se vocˆe resolveu os Exerc´ıcios de 1 a 6, vocˆe fixou os tipos de se¸c˜oes planas dos parabol´oides. Fazendo o Exerc´ıcio 7, vocˆe fixa o m´etodo de como obter as retas contidas num parabol´oide hiperb´olico. Se vocˆe fez o Exerc´ıcio 8, vocˆe sabe manipular os coeficientes da equa¸c˜ao de um parabol´oide hi- perb´olico.