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Concílio de Jerusalém – A controvérsia; A decisão da igreja de. Antioquia; O concílio; A decisão da igreja de Jerusalém e a.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
AULA 10 – Continuação da 1ª viagem missionária – Paulo e Barnabé em Icônio e Listra; Apedrejamento de Paulo; Passagem por Derbe e volta confirmando o trabalho; Chegada a Antioquia. Concílio de Jerusalém – A controvérsia; A decisão da igreja de Antioquia; O concílio; A decisão da igreja de Jerusalém e a comunicação à igreja de Antioquia. Início da 2ª viagem missionária
- Rompimento entre Paulo e Barnabé; Incorporação de Silas e Timóteo; Visita às igrejas de Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Psídia; Tentativa de ultrapassar a região da Mísia e alcançar a Bitínia; Porto de Trôade e visão do ‘varão macedônio’. (At 14.1 a 16.10) 10.1 – “..., sacudindo... o pó dos pés,...” (At 13.51); (At 14.1-28) A grande inflexão dos ministérios de Paulo e Barnabé em direção aos gentios tem seu ponto crítico em Antioquia da Psídia, e é marcado pela rejeição dos judeus e pelo reconhecimento alegre dos gentios. O verso 48 do cap.13 expressa o reconhecimento, por parte dos gentios, que eles estavam sendo salvos pela graça e iniciativa de Deus: “...haviam sido destinados para a vida eterna.”. Na mesma ocasião os judeus ali presentes, embora tivessem tido o privilégio de ouvirem a pregação em primeiro lugar, a rejeitaram e consideraram-se a si mesmos “...indignos da vida eterna,” (At 13.46). Todos, judeus e gentios, são destinados para a vida eterna. A vontade de Deus é que “...todos cheguem ao arrependimento.” (2Pe 3.9); e “...deseja que todos os homens sejam salvos...” (1Tm 2.4); e deseja ainda que o “...perverso...se converta dos seus caminhos e viva...” (Ez 18.23). É por causa da incredulidade que rejeitamos a preciosa salvação que Cristo conquistou para todos na cruz. “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Rm 10.17). Na sequência de Rm 10.9-17, Paulo expressa com imensa clareza a necessidade da pregação e as consequências da rejeição. ‘Sacudindo o pó dos pés’, numa alusão a responsabilidade cumprida apesar da rejeição, partem para Icônio, que ficava a cerca de 160km de Antioquia da Psídia. Situava-se em posição privilegiada no planalto entre as montanhas Tauros e Sultão. É hoje a cidade de Konya na atual Turquia, sendo a quarta maior cidade do país. Chegaram e, embora já não mais se dirigissem prioritariamente aos judeus, foram a uma sinagoga onde falaram abertamente. Houve tanto receptividade como reações contrárias, mas não o suficiente para que desistissem ou amenizassem o discurso. Manifestações de sinais e prodígios da parte de Deus ocorreram
por meio deles, confirmando a palavra da graça de Deus. O povo dividido acabou provocando tumultos que levaram as autoridades a autorizar serem Paulo e Barnabé ultrajados e apedrejados. Em face disso fugiram para Listra e Derbe, pequenas cidades relativamente próximas, onde continuaram a pregar o evangelho. Em Listra tem lugar um acontecimento inusitado. Logo ao chegarem encontram um coxo, paralítico de nascença, que lembra o ocorrido com Pedro na porta formosa logo após o Pentecostes. Ele é curado de forma semelhante, e em função disso um alvoroço acontece. Cerca de 50 anos antes, o poeta latino Ovídio tinha contado na sua obra ‘Metamorphoses’, uma antiga lenda local; ‘certa vez, o supremo deus Júpiter (Zeus para os gregos) e seu filho Mercúrio (Hermes) visitaram a região montanhosa da Frígia, disfarçados de homens mortais. Anônimos, procuraram hospitalidade, mas foram rejeitados milhares de vezes. Finalmente, porém, foi-lhes oferecido um abrigo numa pequena cabana coberta de palha e junco, onde morava um casal de camponeses idosos chamados Filemon e Baucis que, mesmo muito pobres, os hospedaram. Mais tarde os deuses os recompensaram, mas, com uma enchente, destruíram as casas dos que os rejeitaram’. Zeus e Hermes eram adorados juntos naquela região como uma espécie de padroeiros locais. É razoável supor que a gritaria em língua local, representava a lembrança deles acerca dessa lenda, e não queriam que a mesma desgraça viesse novamente sobre eles, caso não reconhecessem que as divindades novamente os visitavam. Paulo e Barnabé não entendiam o que estava acontecendo, até que veio até eles o sacerdote de Júpiter trazendo touros e grinaldas, para serem sacrificados a Zeus, o deus dos deuses (identificado em Barnabé), e a Hermes, o seu porta-voz (Paulo). Nesse ponto, horrorizados com o entendimento da situação, rasgaram suas vestes em sinal disso, e protestaram contra essa blasfêmia do povo em pensarem serem eles deuses. O texto fala por si e registra a forma magistral da pregação de Paulo, usando argumentos, agora não do Antigo Testamento, mas da criação, da história da humanidade, da natureza supridora e que tudo isso apontava para o verdadeiro e único Deus vivo que devia ser adorado. Isso mostra que, embora o cerne da mensagem seja imutável, os argumentos e pontos de abordagem devem ser usados de acordo com as melhores possibilidades de contato com os ouvintes. Mesmo assim foi difícil impedi- los de lhes oferecerem sacrifícios (At 14.8-18). Não demorou muito, entretanto, para que judeus, tanto de Antioquia quanto de Icônio, chegassem a Listra e instigassem o povo dali para os
estudado em um círculo maior, o que significava o envio a Jerusalém de uma delegação, a fim de serem ouvidos os líderes da primeira igreja, especialmente Tiago (o justo). Essa viagem a Jerusalém, de Paulo, Barnabé e alguns outros líderes, foi acompanhada de perto pela igreja. Uma vez enviados e acompanhados, atravessaram a Fenícia e Samaria, onde iam contando às igrejas por onde passavam, acerca das conversões dos gentios. Chegaram por fim à Jerusalém, onde foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros. Também foram logo confrontados pelos fariseus crentes acerca da circuncisão; 3- O concílio propriamente dito – Os apóstolos e presbíteros reuniram- se para examinarem a questão. Após intensos debates a respeito, não detalhados por Lucas, foram feitos três pronunciamentos conclusivos: por Pedro (v.7-11), por Barnabé e Paulo (v.12) e por Tiago (v.13-21). Pedro, já refeito do constrangimento de Antioquia, começa referindo-se ao episódio ‘Cornélio’, acontecido cerca de 10 anos antes. Suas afirmações soam todas em concordância com o que já havia afirmado anteriormente, e com Paulo. Logo a seguir a multidão silencia para ouvir a Barnabé e Paulo que, a rigor, prestaram um detalhado relatório da extensa e profícua missão aos gentios. Por último falou Tiago. A essa altura na vida da igreja de Jerusalém, Tiago era o principal líder e coordenador do ministério da primeira igreja. Embora não tenha sido um dos doze, inclusive não crendo em Jesus durante seu ministério terreno (apesar de ter sido meio irmão de Jesus – Mc 6.3), veio a crer quando Jesus ressurreto lhe apareceu (1Co 15.7) e, junto com sua mãe e irmãos aguardava em oração o Pentecostes, logo após a ascensão de Jesus (At 1.14). ‘O parecer de Tiago’, assim intitulado, é de uma importância única para a igreja. Ele, com sua argumentação, derruba definitivamente a tentativa que estavam vivendo de reduzir a igreja de Jesus a uma nova seita judaica. No correr de sua argumentação chega ao registrado no verso 19, quando afirma: ‘julgo eu’! Isso é de uma convicção inabalável que se transforma na aceitação unânime de toda a igreja de que “...,não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus,” (At 15.19). Tiago conclui sua argumentação com uma sábia recomendação no sentido de ser respeitada a consciência dos judeus, abstendo-se os gentios de algumas práticas que poderiam ofendê-los. É o chamado ‘quadrilátero de Jerusalém’, cujo conteúdo
pode parecer conter recomendações de ordem moral, mas que na realidade eram tão somente questões cerimoniais que consideravam a ‘pureza exterior’. A abstinência aqui recomendada deve ser entendida não como um dever cristão essencial, mas como uma concessão às consciências dos outros. 4- A decisão e sua comunicação a Antioquia – A palavra de Tiago consolidou as manifestações de toda a igreja e especialmente as de Pedro, Barnabé e Paulo, tornando-se assim a própria decisão do concílio: “não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.” (At 15.19,20). A ideia de Tiago de propor abstenção aos cristãos gentios, em quatro áreas culturais, parecia ser uma sábia solução para promover tolerância mútua e comunhão. A decisão do concílio abrangeu a escolha de dois homens notáveis, Judas Barsabás, judeu palestinense (talvez irmão de José Barsabás que havia concorrido com Matias – At 1.23) e Silas, cujo nome latino era Silvano e era judeu helenista, além de ser também cidadão romano (At 16.37). Eles seriam os portadores da carta contendo a decisão que acabara de ser tomada. O simples envio de uma carta pode às vezes ser mal interpretada, mas a presença e confirmação pessoal do seu conteúdo podia fazer toda a diferença. Assim é que esses dois emissários, juntamente com Barnabé e Paulo (citados nominalmente na carta), foram os portadores. O resultado ultrapassou as expectativas de todos e trouxe muita alegria à igreja de Antioquia, acrescido ao fato de que Judas e Silas ministraram aos irmãos ali, fortalecendo-os, aconselhando-os e consolando-os. Foram depois de algum tempo despedidos em paz, enviados de volta a Jerusalém. Paulo e Barnabé ainda continuaram por mais tempo ali, ministrando aos irmãos. 10.3 – Rompimento entre Paulo e Barnabé; Incorporação de Silas e Timóteo; A visão em Trôade (At 15.36 a 16.10) A decisão de Paulo de voltar com Barnabé aos lugares visitados na 1ª viagem para supervisionarem o trabalho implantado, reabriu feridas não curadas. Barnabé queria levar junto a João Marcos, mas Paulo não achava justo, considerando que ele os havia abandonado quando chegaram à Panfília. Desentenderam-se a ponto de se separarem definitivamente no trabalho missionário daí em diante. Barnabé foi para Chipre levando João Marcos e Paulo escolheu Silas para ser seu companheiro de viagem. Foi
importante de tudo nessa altura é que, “..., imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluído que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.” (At 16.10). A conjugação de portas que se fecham com portas que se abrem, é uma forma que Deus usa para deixar clara a sua vontade. Podemos chamar a isso de ‘dupla orientação’, quando de um lado temos da parte de Deus proibição e restrição e de outro, permissão e coação. De uma lado o Espírito fala ‘não vá’ e de outro chama ‘venha’. Situações semelhantes foram vividas por Livingstone, que tentou ir para a China mas Deus o enviou para a África, Carey, que planejava ir para a Polinésia e Deus o guiou para a Índia, Judson foi primeiro para a Índia mas depois foi levado para a Birmânia, e mesmo Kalley, que queria ir para a China mas Deus o mandou, primeiro para a Ilha da Madeira e depois para o Brasil. Precisamos aprender a confiar em Deus para recebermos dele, com alegria, tanto as restrições como as coações.