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Atividades Involvendo o Material Dourado: Aprendizagem Prática com o Material Montessori, Resumos de Construção

O material dourado, criado pela médica italiana maria montessori, é composto por peças de madeira que permitem a criança visualizar os valores de cada peça por correspondência dos tamanhos e formatos. Aprenda sobre as atividades recomendadas para utilizar este material, como jogo livre, jogo com regras, construções, agrupamentos e trocas na base 10, representando agrupamentos e trocas, sucessor na passagem de dezenas ou centenas, ações inversas e do caderno para o ábaco.

O que você vai aprender

  • Como as crianças construem agrupamentos e trocam peças na base 10?
  • Qual é a primeira atividade recomendada para a utilização do Material Dourado?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Barros32
Barros32 🇧🇷

4.4

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Atividades envolvendo o Material Dourado
O material dourado foi criado pela médica italiana Maria Montessori (1870 1952) quando ela trabalhava com crianças que
apresentavam distúrbios de aprendizagem. Montessori observou que, para essas crianças, mais do que para outras, era muito
importante a ação na construção dos conceitos, e desenvolveu uma série de materiais e estratégias de trabalho. Devido à grande
eficiência demonstrada, seu método de ensino passou a ser utilizado em várias escolas comuns, as chamadas escolas
montessorianas.
O material originado era constituído de contas de plástico transparente, na cor dourada daí o nome.
Hoje, o material dourado, ou montessoriano, geralmente é constituído de peças de madeira, apresentadas em quatro tipos:
cubo, placa, barra e cubinho.
A grande vantagem desse material é permitir que a criança visualize os valores de cada peça por correspondência dos
tamanhos e formatos. Assim, ela consegue observar que:
uma barra pode ser formada por 10 cubinhos;
uma placa, por 10 barras (ou 100 cubinhos);
um cubo, por 10 placas (ou 100 barras ou, ainda 1 000 cubinhos).
Ao contrário do ábaco, por exemplo, em que é necessário convencionar determinado valor para a troca das peças no material
dourado os agrupamentos e trocas na base 10 aparecem concretizados.
Atividades com o material dourado
Quando se oferece um material novo para as crianças, a primeira atividade que se recomenda é sempre o jogo livre:
apresenta-se o material às crianças e deixa-se que elas o utilizem como quiserem. Assim, os alunos irão manipular as peças do
material dourado, conhecendo-as, relacionando-as e até dando nome para elas.
A segunda etapa é o jogo com regras, em que se propõe à criança atividades planejadas envolvendo equivalência,
agrupamentos e trocas na base 10, representação, sucessão de um número com ênfase na passagem de dezenas ou centenas,
etc.
1. Equivalência
O professor o nome convencional das peças para que todos usem a mesma nomenclatura, em vez dos nomes
particulares que podem ter dado anteriormente. A seguir, pede aos alunos que descubram:
a) quantos cubinhos precisamos enfileirar para formar uma barra?
b) quantas barras são necessárias para formar uma placa?
c) com quantas placas se forma um cubo?
Numa segunda etapa, pede que verifiquem:
a) quantos cubinhos há em uma placa?
b) quantas barras formam um cubo?
c) com quantos cubinhos podemos fazer um cubo?
2. Construções
O professor pede aos alunos que construam a figura que desejarem e, depois, contem quantos cubinhos foram utilizados
na construção. Depois, pode sugerir a eles que construam:
a) um avião com 18 cubinhos;
b) uma ponte com 26 cubinhos (algumas crianças usarão 26 cubinhos; outras, 2 barras e 6 cubinhos);
c) uma mesa com 140 cubinhos (a maioria deles usará 1 placa e 4 barras).
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Atividades envolvendo o Material Dourado

O material dourado foi criado pela médica italiana Maria Montessori (1870 – 1952) quando ela trabalhava com crianças que apresentavam distúrbios de aprendizagem. Montessori observou que, para essas crianças, mais do que para outras, era muito importante a ação na construção dos conceitos, e desenvolveu uma série de materiais e estratégias de trabalho. Devido à grande eficiência demonstrada, seu método de ensino passou a ser utilizado em várias escolas comuns, as chamadas escolas montessorianas. O material originado era constituído de contas de plástico transparente, na cor dourada – daí o nome. Hoje, o material dourado, ou montessoriano, geralmente é constituído de peças de madeira, apresentadas em quatro tipos: cubo, placa, barra e cubinho. A grande vantagem desse material é permitir que a criança visualize os valores de cada peça por correspondência dos tamanhos e formatos. Assim, ela consegue observar que:  uma barra pode ser formada por 10 cubinhos;  uma placa, por 10 barras (ou 100 cubinhos);

 um cubo, por 10 placas (ou 100 barras ou, ainda 1 000 cubinhos). Ao contrário do ábaco, por exemplo, em que é necessário convencionar determinado valor para a troca das peças no material dourado os agrupamentos e trocas na base 10 aparecem concretizados.

Atividades com o material dourado

Quando se oferece um material novo para as crianças, a primeira atividade que se recomenda é sempre o jogo livre : apresenta-se o material às crianças e deixa-se que elas o utilizem como quiserem. Assim, os alunos irão manipular as peças do material dourado, conhecendo-as, relacionando-as e até dando nome para elas. A segunda etapa é o jogo com regras , em que se propõe à criança atividades planejadas envolvendo equivalência, agrupamentos e trocas na base 10, representação, sucessão de um número com ênfase na passagem de dezenas ou centenas, etc.

  1. Equivalência O professor dá o nome convencional das peças para que todos usem a mesma nomenclatura, em vez dos nomes particulares que podem ter dado anteriormente. A seguir, pede aos alunos que descubram: a) quantos cubinhos precisamos enfileirar para formar uma barra? b) quantas barras são necessárias para formar uma placa? c) com quantas placas se forma um cubo? Numa segunda etapa, pede que verifiquem: a) quantos cubinhos há em uma placa? b) quantas barras formam um cubo? c) com quantos cubinhos podemos fazer um cubo?
  2. Construções O professor pede aos alunos que construam a figura que desejarem e, depois, contem quantos cubinhos foram utilizados na construção. Depois, pode sugerir a eles que construam: a) um avião com 18 cubinhos; b) uma ponte com 26 cubinhos (algumas crianças usarão 26 cubinhos; outras, 2 barras e 6 cubinhos); c) uma mesa com 140 cubinhos (a maioria deles usará 1 placa e 4 barras).
  1. Agrupamentos e trocas na base 10 Os alunos constroem agora um ábaco de papel, dobrando uma folha de sulfite em quatro partes iguais. Em seguida, desenham as peças ou escrevem o nome de cada uma: Depois, cada criança recebe uma quantidade de cubinhos deverá fazer com eles todas as trocas de peças que forem possíveis. Por exemplo: a) com 12 cubinhos; b) com 32 cubinhos; Agora o professor já pode oferecer peças variadas e pedir que troquem tudo o que for possível. Por exemplo: a) com 21 cubinhos e 2 barras; b) com 1 placa, 8 barras e 30 cubinhos.
  2. Representando agrupamentos e trocas Atividades semelhantes às do item anterior são repetidas, com a diferença de que agora os alunos devem registrar tudo no caderno, em forma de tabela, e fazer a leitura do número representado. Por exemplo: a) o que dá para formar com 23 cubinhos?

cubo placa barra Cubinho

De acordo com o interesse demonstrado pelos alunos, o professor pode dar nome às diversas ordens: CUBO PLACA BARRA CUBINHO Unidade de milhar Centena Dezena Unidade simples (UM) (C) (D) (U)

b) o que dá para formar com 2 placas, 12 barras e 25 cubinhos?

UM C D U

  1. O sucessor na passagem de dezenas ou centenas Todos nós já vimos crianças “recitando” a série numérica e cometendo erros como: ..., 27, 28, 29, 20 e 10, 20 e 11, etc. Mesmo que sejam corrigidas, durante certo tempo esse tipo de erro persistirá na passagem de outras dezenas. Mais tarde, após finalmente terem “aprendido” a regra, surpreendem-se quando são corrigidas ao contar: ..., 107, 108, 109, 200. Sabemos que é no dia-a-dia que as crianças constroem seus conhecimentos relativos à língua materna, estabelecendo relações de semelhança e diferença e buscando as regularidades. Assim, costumam errar quando empregam verbos irregulares, por exemplo, ou palavras cujo feminino ou plural não é irregular. Do mesmo modo, aprendem a contar buscando as regularidades, sem o domínio do processo de agrupamentos e trocas. Daí a importância de se realizarem com os alunos atividades que os ajudem a compreender o que de fato acontece ao se passar de uma dezena ou centena para outra, na série numérica. Vejamos um exemplo: Os alunos colocam algumas peças do material dourado no ábaco, representam o número correspondente no caderno e fazem a leitura do número. A seguir, o professor apresenta alguma situação em que eles verificam o que acontece quando acrescentam 1 cubinho no ábaco, do tipo: “Há 1 barra e 9 cubinhos. Se acrescentarmos mais 1 cubinho, o que teremos?”. Por fim, os alunos deverão representar e ler o novo número.